Talvez Isso Seja um Novo Começo escrita por Capuccino


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Yey!

Governador fazendo merda...
Obrigada pelos comentários! :)
Espero que curtam o capítulo! Compridinho por tanta inspiração u.u



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Maggie's POV

Eu estava grávida de três meses.

A barriga não era lá tão grande. Mas já estava maior do que antes.

Beth passava a mão repetidas vezes pela minha barriga, admirada por ali estar crescendo um bebê. Um bebê que em um futuro não tão distante seria cuidado por ela, provavelmente.

Deanna tinha achado um absurdo essa ideia, e concordava que não deveríamos de maneira alguma entregar os bebês à ele.

Um dia qualquer, eu estava vomitando meu café da manhã (Coisa que acontecia diariamente) e ouvi Glenn entrando no banheiro da cela:

–Glenn, eu estou usando, bata na porta quando entrar.- Brinquei, ajoelhada no azulejo sujo da prisão.

–Maggie, o Governador está lá fora, e há cerca de 90% de chance de dar merda.- Glenn disse, desesperado. A coisa deveria estar realmente muito ruim para ele utilizar um palavrão, coisa que antes eu nunca tinha visto.

–O que ele quer?- Perguntei, confusa.

–Maggie, não importa o que aconteça, fique aqui. Eu não quero por nosso bebê em risco.- Ele ignorou por completo minha pergunta, beijando minha barriga com pressa.- Se der errado, eu voltarei aqui para te buscar, entendeu?

Assenti com a cabeça, nervosa. Ele roçou meus lábios contra os seus com rapidez e saiu da cela, correndo.

Sentei na cama e aguardei, olhando para o anel que Glenn havia me dado.

Glenn's POV

Fui correndo até o pátio da prisão.

–O que aconteceu? - Perguntei à Hershel, que estava ao meu lado.

–Ele está querendo que as grávidas fiquem em Woodbury até o nascimento dos bebês, e ainda quer que elas fiquem para alimentá-los...

–O quê?- Perguntei, espantado. Daqui a pouco aquele cretino iria querer que elas morassem em Woodbury.

Mas eu não iria deixar. Não a minha Maggie.

Se ele acha que ele vai tomá-la de mim, está muito enganado.

–...Bem, eu já avisei. Ou vocês me dão as grávidas para viver em Woodbury, ou eu destruo esse lugar inteiro.- Ele deu um meio sorriso.

–Nós podemos resolver isso. Nós podemos todos nós viver em Woodbury. Podemos fazer isso como seres-humanos.

–Não. Não podemos.

Em um golpe de impulso, o Governador começou a atirar em tudo e em todos. Ele acabou matando muitos, e por sorte acabei sendo ágil e consegui não ser atingido.

Ele avançou com seu tanque potente para cima das grades da prisão. Os tiros consequentemente atraíram errantes que passavam por ali.

O único pensamento que veio em minha mente foi: Maggie.

Precisava ir até ela. Precisava sair com ela dali vivo.

Ninguém conseguia atirar no maldito. Nem mesmo Rick, que já fora xerife antes disso, conseguia acertá-lo.

Foi quando Andrea apareceu atrás dele.

–Philip...- Ela sacudiu a cabeça decepcionada. Ela apontava um revólver em sua direção.- O que diabos você pensa que está fazendo?

–Andrea, eu posso explicar! Eles, eles....- O Governador gaguejava, tentando se justificar, sem sucesso algum.

–Philip, isso já é demais. Eles são minha família. Você está machucando eles.... Me desculpa.- Ela atirou em sua cabeça, fazendo ele cair no chão.

Os errantes já estavam se espalhando pelos recantos da prisão, e isso era preocupante.

Andrea tinha estampado em seu rosto um olhar assustado, sombrio.

–Andrea, obrigado!- Rick abraçou ela rápido, temendo que Michonne ficasse com ciúmes ou que um errante atacasse eles.

–Eu tive que fazer o que era certo.- Ela murmurou, friamente.

Tiros começaram a vir em todas as direções. Os parceiros do Governador continuavam atirando na gente.

Um Walker se aproximou de mim. Peguei meu facão e atingi sua testa apodrecida. Peguei meu revólver e comecei a atirar, mas não era tão fácil quanto parece.

Rick também havia se abaixado ao meu lado, e tentava frustrado atirar nos babacas. O horrível pensamento de que a prisão não seria recuperada de maneira alguma me perseguia, seguido da minha preocupação com Maggie e o bebê.

–Rick...-Murmurei pra ele.- Eu preciso ver Maggie e as outras grávidas. Me cubra enquanto eu vou até lá.

Ele acenou com a cabeça positivamente. Daryl atirava com sua besta na maioria dos moradores de Woodbury, junto de Andrea e Sasha. Bob e Tyreese faziam o mesmo antes de serem atingidos e morrerem.

Era a minha deixa.

Fui correndo até a prisão, desesperado.

Entrei na nossa cela, e para piorar a situação, ela estava vazia.

Maggie não estava ali.

Todos os pensamentos negativos invadiram minha mente naquele exato momento. Ela não estava ali. Ela não havia me escutado.

O desespero tomou conta de mim.

Em um ato de raiva, derrubei todos os livros que estavam em uma prateleira. Lágrimas começaram a deslizar em meu rosto.

Encontrei no chão do ‘’quarto’’ uma foto. Aquela foto.

Tirei ela enquanto Maggie dormia. Ela sorria enquanto descansava. Parecia estar tendo bons sonhos e eu ficava com uma cara de bobo admirando suas feições.

Respirei fundo, tentando manter a calma. Tentei ignorar o fato de ela estar grávida e possivelmente morta. Olhei mais uma vez para a foto e guardei ela no bolso de trás da minha calça jeans.

–Hmm...Glenn?

Uma voz feminina surgiu atrás de mim. Me virei, esperançoso. Mas não era Maggie, era Carol.

–Carol? A prisão está sendo destruída. Precisamos sair rápido daqui urgentemente.- Enxuguei minhas lágrimas na manga suja da minha camiseta.

–Ok, e quanto aos outros? Você viu Sophia?- Ela perguntou, aflita. Beth estava ao seu lado segurando Judith.

–Não, eu não vi.- Lamentei. -Olha, eles vão conseguir, precisamos sair daqui, vamos!- Tentei juntar esperanças, mas eu sabia que era inútil, e que as chances de eles estarem motos eram grandes.

–Maggie mandou a gente sair pelos fundos da prisão...- Beth disse, baixinho.

Olhei para ela, esperançoso.

Fomos até os fundos da prisão. Matei todos os caminhantes que passavam na minha frente. Eu descontava minha raiva neles, meu medo.

Antes de sairmos oficialmente, encontramos a filha de Carol, Sophia, infectada. Hesitei em matá-la, apesar de ela já estar de fato morta.

Ela havia sido mordida no ombro, e agora rastejava sem destino, em busca de carne viva.

–Sophia...- Carol tentava engolir o choro. Ela era uma mulher forte, e estava tentando superar a perda de sua querida filha.

–Sinto muito.- Falei, chocado. Sophia era só uma criança, e no meio daquilo tudo acabou sendo mordida.

Ela ficou em silêncio, caminhou até o ser que um dia já fora sua filha e enfiou sua adaga na cabeça, fazendo-a cair.

–Ela está em um lugar melhor agora.- Beth tentou consolar, sem sucesso.

–Vocês viram meu pai?- Carl apareceu, com um olhar assustado.

–Não, não vimos.- Falei.

Fomos os últimos a sair da prisão. Deixando para traz lembranças, corpos conhecidos agora mortos e errantes.

***

–Onde está Michonne?- Perguntei para elas. Estávamos na estrada e não havíamos encontrado ninguém.

–Ela foi atrás de Rick.- Carol dizia. Eu estava a segundos de enlouquecer.

–Vocês viram a Maggie?- Perguntei, mesmo sabendo que a resposta me afetaria gravemente.

Silêncio completo, até Beth arriscar:

–Ela foi atrás de você, igual Michonne.- Ela murmurou, tímida.

–Ah Meu Deus.- Fechei os olhos e coloquei as mãos na cabeça.

–Sabe, você não precisa ficar tão preocupado.- Carol disse, apesar de estar abalada pela recente morte de sua filha primogênita.

–Por quê eu não ficaria tão preocupado?- Perguntei, nervoso.

–Porque Maggie sabe se virar sozinha, e eu tenho certeza que ela conseguiu fugir. O mesmo vale para você, Carl.

Eu queria realmente acreditar que Carol estava certa. Queria mesmo.

Mas não dava.

Foi quando encontramos uma placa sobre um lugar. Um lugar seguro chamado Alexandria.

Abaixo da placa estava um mapa, indicando sua localização.

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Maggie’s POV

Eu não escutei Glenn. Assim que ouvi tiros fui até o pátio, atrás dele.

Antes de sair, avisei à Carol e Beth para saírem pelo fundo da prisão. Era mais seguro.

Não encontrei ele. Os invasores de Woodbury atiraram em quase toda a comunidade da prisão, isso incluía Deanna, Patrick...

Peguei minha arma e atirei em todos que eu via. Michonne estava ao meu lado, decapitando todos os Walkers que via com sua espada.

Encontramos Daryl, e perguntei à ele:

–Onde estão todos?

–Matamos todos os moradores do Governador.- Ele disse, enquanto enfiava uma flecha na cabeça de um errante.- Mas essas pragas não desistem, precisamos sair daqui.

–Só sobreviveu você?- Questionei, temendo que a resposta fosse sim. Glenn não podia estar morto, ele simplesmente não podia.

–Não, Andrea está logo ali.- Ele apontou com a cabeça para a direção da loira.

Abracei ela, apesar de não ser o momento ideal para isso.

–Nós temos que sair daqui, agora.- Falei, lutando para não chorar.

Eu queria estar nos braços de Glenn. Eu queria ouvir sua voz otimista dizendo que vai ficar tudo bem. Eu só queria estar com ele.

Mas ele não estava mais lá.

***

Estávamos a caminho de alguma comunidade que havíamos visto placas, afirmando ser segura.

Eu olhava par o chão. Só conseguia lembrar de Glenn, e que talvez o nosso bebê nunca o conhecesse.

Lágrimas começaram a se formar novamente em meus olhos.

–Não fique triste, ele com certeza está bem.- Daryl disse. Isso foi estranho vindo de algum como ele.

Ele estava tentando ser legal comigo? Daryl, o cara durão sem sentimentos estava sendo legal?

Eu riria com Glenn sobre isso se ele estivesse ali.

Mas ele não estava.

–Como você pode ter certeza?- Questionei.

–Pelo conheço aquele maldito asiático, ele sobreviveu. Aquele filha da mãe é um puta durão, consegue sobreviver à qualquer tipo de coisa.

Ri com as palavras dele, tentando me convencer que ele estaria vivo.

–Mesmo que ele esteja vivo, as probabilidades de nos reencontrarmos é mínima.- Falei, negativa. -Talvez o bebê nunca conheça o pai.- Falei, me Lembrando novamente de que estava grávida.

Então eu imaginei o que Glenn falaria em uma situação como esta.

Ele me confortaria, me abraçaria forte e tentaria ser otimista, tentaria me dar esperança.

Aquilo realmente me fazia falta. Eu precisava de Glenn comigo.

–Nós vamos encontrá-lo. É uma promessa.- Ele sorriu de lado.- Assim como vamos encontrar Carol e os outros.

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Rick’s POV

Michonne, Carl e Judith. Onde eles estariam?

Acabei me perdendo dos outros. Só encontrei Aaron, Tara e Hershel.

Saímos da prisão. O Governador havia destruída ela, aquele desgraçado deveria estar queimando no inferno.

Isso se este existir.

Eu estava desesperado e Hershel me convenceu de que a prisão estava acabada. Era impossível recuperá-la.

Cada vez mais walkers eram atraídos para dentro dela.

Quando já estávamos bem longe, seguindo uma trilha pela floresta, Hershel disse, tentando melhorar as coisas:

–Eles estão vivos. Sempre tem que ter fé.

–Fé no que Hershel? A maioria deles está morta. Deveríamos ter matado ele quando tivemos chance.

Hershel permaneceu em silêncio por um tempo, até resolver dizer:

–Sabe, eu posso ter perdido minhas únicas duas filhas. Mas eu optei em acreditar que elas sobreviveram. Só irei me conformar se vê-las mortas.

Assenti com a cabeça.

–Para onde nós vamos?- Tara perguntou, mudando de assunto.

Foi quando avistei uma placa.

Alexandria

Procuram-se sobreviventes.

Havia um mapa embaixo, mostrando como chegar até lá.

–Alexandria?- Aaron perguntou, sorrindo.


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Notas finais do capítulo

:D
Vai ser tão foda os próximos capítulos! Eu preciso escreve-los :3