Tudo começou quando tinham apenas doze anos. Scorpius passou a desenhar Rose em seu caderno de desenho e a provoca-la sempre que pudesse somente para que ganhasse a sua atenção. A ruiva do cabelo de fogo mesmo sabendo que se ignorasse as provocações parariam, não queria Scorpius longe. Annia, irmã mais velha de Scorpius, foi a primeira a suspeitar que o irmão gostava da garota quando viu o desenho dela no caderno dele. Draco e Hermione, os pais de Scorpius, viviam dizendo que um dia eles ficariam juntos. Rony e Meg, os pais de Rose tinham opiniões diferentes, Meg dizia que eles iriam ficar juntos e Rony discordava, mas no fundo era difícil pensar na sua filhinha dizendo que amava outro homem que não fosse ele.

Após uma série de brigas por Scorpius proteger Rose de um garoto do quarto ano eles deram o primeiro beijo, um simples e inocente selinho dado por Rose. Meses depois quando estavam no terceiro ano um segundo beijo aconteceu, e esse foi iniciado por Scorpius, não foi tão simples mas não deixou de ser puro, se beijaram com necessidade daquela vez explorando a boca um do outro.

Se beijaram algumas vezes depois disso e escondidos a maiorias das vezes, isso durou o terceiro ano todo. Não queriam dar o braço a torcer para a família de que estavam gostando um do outro de verdade, mesmo os seus respectivos pais vendo o seu primeiro e inocente beijo ainda era estranho admitir que Rose Weasley e Scorpius Malfoy estavam gostando um do outro e se beijavam escondidos. Um detalhe importante é que mesmo nenhum dos dois dando motivos para que os primos e amigos suspeitassem, todos sabiam que se beijavam de vez em quando.

Porém a insegurança de Rose estava crescendo, o terceiro ano acabou e o quarto havia começado, o que ela sentia por Scorpius não era o mesmo que ele sentia ?

Rose começou a se zangar com o fato de ele somente beijá-la e não pedi-la em namoro ou demonstrar qualquer outra coisa. Discutiam com frequência e normalmente quem começava as discussões era Rose, o baile do quarto ano estava chegando, ela tinha esperança que ele a convidasse mas considerando o jeito com que vinha o tratando era praticamente impossível. Tudo piorou quando o boato de que Scorpius havia convidado uma sonserina se espalhou. Rose aceitou o primeiro convite que recebeu e só depois disso descobriu que os boatos eram mentira, porém Scorpius ficou zangado e convidou mesmo a tal sonserina, no dia do baile os olhares que ela e Scorpius trocavam chamaram a atenção de seus parceiros que estavam sendo completamente ignorados. Ambos os pares abandonaram-nos e os dois permaneceram se encarando até que Rose deu o primeiro passo e se sentou ao lado dele.

– Me desculpe – disse quase em um sussurro e ele a encarou por um longo minuto – eu me deixei levar pelo que ouvi, você não parecia querer nada comigo e então eu pensei que não gostava de mim da mesma forma que eu gosto de você

Scorpius levantou e estendeu a mão chamando Rose para dançar, ela aceitou e os dois passaram boa parte do tempo dançando juntos e querendo que aquele momento não acabasse, ela sabia que ele estava magoado e que as coisas iam demorar para serem como eram.

O quarto ano já estava quase no fim e ambos haviam ficado com outras pessoas até aquele dia, porém todas as vezes que ele beijava uma garota só conseguia pensar em Rose, e quando ela beijou o outro garoto pensou em Scorpius.

Até aquele dia em que Scorpius chamou Rose para conversar na torre de Astronomia, nesse dia, 12 de Maio, ele pediu a ruiva em namoro e ela aceitou, eles se beijaram e céus, como sentiam falta um do outro. Decidiram não contar aos pais sobre o namoro, mas era como se todos soubessem, afinal não era possível que ambos com quatorze anos não tivessem ao menos se beijado uma vez. As férias de verão foram difíceis de aguentar mas quando voltaram a Hogwarts para o quinto ano passavam um bom tempo juntos, ele gostava de observa-la lendo e a desenhava as vezes, quando ela o fazia estudar e ele acabava caindo no sono a ruiva fazia cafuné nos cabelos do loiro ciente que ele estava dormindo, porém não estava, ele somente disfarçava para não estudar e ainda ganhava um carinho da namorada.

Porém, um pouco antes das festas de natal do quinto ano a insistência de um garoto chamado Adam quanto a chamar Rose para sair o incomodava, os alunos de Hogwarts sabiam que eles ficavam mas não sabiam que aquilo era namoro, somente Lily Luna que vivia com os dois, a Weasley achava melhor esperar mais um pouco para revelar sobre o namoro a família, então Scorpius morria de ciúmes e não admitia de forma alguma. Tiveram várias brigas e para variar foram para casa brigados no natal. Em mais uma discussão fervorosa em pleno dia da ceia de natal N’Toca Annia se irritou com o irmão e a prima.

– Mas será que vocês dois não conseguem parar de discutir ? – perguntou fazendo todos olharem para eles – todos achavam que vocês iam ficar juntos mas é impossível, vocês já tem quinze anos e não pararam de brigar ainda – agora literalmente todos os Weasleys, Potters, Zabini, e Malfoy olhavam para eles – será que podem explicar por que diabos estão brigando dessa vez.

– PORQUE ESTAMOS NAMORANDO – Scorpius gritou de volta para a irmã e os murmúrios de surpresa foram coletivos N’Toca – mas não contamos pra ninguém e agora tem um imbecil que vive chamando a Rose para sair.

– E você está com ciúmes – Blásio afirmou rindo.

– Eu não sinto ciúmes – respondeu o garoto fazendo todos revirarem os olhos – é só egoísmo excessivo e saber cuidar do que é meu – ele completou fazendo Hermione e Blásio rirem mais ainda.

– Até que enfim alguém me entende – Draco disse revirando os olhos.

– Desde quando ? – Meg perguntou olhando para a filha, que logo atrás da mãe viu o pai vermelho como um pimentão.

– Desde o fim do quarto ano – Rose respondeu corando e olhando para baixo fazendo Scorpius rir e pegar na mão dela.

– Agora se podem dar licença eu preciso ir lá fora terminar uma discussão com a minha namorada – o garoto disse dando ênfase no minha.

O novo casal virou o assunto do momento, Lily contou que sabia e todos pediram para contar a história desde quando eles começaram a se envolver de um jeito mais sério, A Potter contou e Rony ficou irritado com o tempo em que viviam se beijando escondidos por aí quando tinham oportunidade, Meg Hermione e Draco ouviram a tudo atentos e em alguns momentos puderam ouvir o pai de Scorpius murmurar um “ninguém resiste ao charme dos Malfoy”.

Era noite e os dois estavam na torre de Astronomia, entre beijos e caricias Rose deixou escapar um “eu te amo” que saiu como um sussurro mas foi ouvido por Scorpius que não conseguia acreditar no que ouviu, a felicidade dele não cabia no peito. “Eu também te amo” o garoto respondeu e a ruiva deu um sorriso radiante que faz com que ele se apaixonasse por ela mais uma vez. Ficaram repetindo a frase entre as caricias até que dormiram aconchegados um no outro sonhando com simples palavras que quando ditas mudavam tudo.

O fim do quinto ano estava chegando e a relação da Weasley e do Malfoy se fortalecia cada vez mais, assim como os beijos agora não eram mais tão inocentes e puros. Havia alguns momentos em que Rose achava que simplesmente ia perder a sanidade mas interrompia e tentava se manter focada. Pegaram o costume de dormir e quando se diz isso refere-se a só dormir na sala precisa, o garoto não reclamava pois enquanto a namorada achasse que não estava pronta ele iria esperar. Até que houve um dia em que Scorpius levou a ruiva até a sala precisa e se deitaram, porém os beijos começaram e iam ficando mais vorazes e mais quentes “Eu amo você” o garoto dizia de novo, ele não cansava de dizer isso para Rose e ela repetia a mesmas palavras entre os beijos. Ele levou a mão até a blusa da garota na intenção de tira-la mas parou de repente.

– Não precisa parar – a ruiva disse.

– Você tem certeza ? – o loiro perguntou.

– Eu quero você Scorpius.

O loiro observava a garota dormindo serenamente com a cabeça apoiada em seu peito nu, ele tinha um sorriso bobo no rosto. Os cabelos cor de fogo caiam como uma cascata por suas costas nuas e sua respiração estava calma. “como você pode ser tão linda ?” disse em um sussurro quase inaudível antes de cair no sono. Ele acordou algumas horas depois com leves beijos que eram distribuídos em seu pescoço e subiram por seu queixo até enfim chegarem aos lábios. Após o fim do beijo o loiro abriu os olhos e encontrou a ruiva com um sorriso radiante o que fez com que sorrisse de volta, aquele definitivamente era o lugar deles nos braços um do outro.

O sexto ano começou e com ele veio Kendra Durward, uma sonserina irritante que vivia dando em cima de Scorpius e provocava a fúria de Rose, Adam se tornou um bom amigo de Rose e isso provocava a fúria de Scorpius. Brigavam praticamente todos os dias e um deles terminava o namoro mas algum tempo depois acabavam na sala precisa deitados na cama cansados e ofegantes. Mas tudo estava ficando muito intenso, as brigas, o ciúme, os problemas e a dependência que ambos sentiam um do outro. O relacionamento definitivamente não estava fazendo bem para ambos.

Mais um dia de discussão em que os gritos poderiam ser ouvidos da torre de Astronomia se não fosse a sala precisa para disfarçar, Scorpius havia bebido e irritou a namorada mais ainda, ambos estavam se agredindo com palavras. Foi quando Rose mais uma vez terminou o namoro, dessa vez Scorpius não hesitou em sair da sala precisa, ele não queria que tudo acabasse como sempre acabava nos últimos meses. Encontrou Kendra no corredor e não pensou muito bem antes de agarra-la, minutos se passaram quando ele interrompeu o beijo e escutou um choro baixo e olhou para o lado vendo Rose encarando os dois. “Mas que merda eu fiz ?” foi a primeira coisa que ele pensou vendo a ruiva sair correndo.

Não conseguiu mais falar com a garota, ela o evitava e sempre que se encontravam e ele praticamente encurralava a garota para que pudessem conversar, ela começava a chorar silenciosamente fazendo o seu coração doer. Foram para casa brigados mais um natal, mas desta vez tudo era mais complicado, todos perceberam e perguntavam aos dois o que aconteceu mas os olhares que recebiam eram a resposta, perceberam que Rose não sorria direito e que as vezes os olhos estavam um pouco vermelhos, Scorpius não desenhava e simplesmente não estava se importando com as coisas.

Faltando dois dias para o ano novo todas as famílias estavam acampadas N’Toca, quando mais uma vez perguntaram a Rose o por quê da briga ela não aguentou e deixou escapar.

– Por que não pergunta ao Scorpius e a vadia chamada Kendra Durward – ela disse com uma voz fria – e isso não é só uma briga, o nosso namoro acabou – a ruiva completou lançando um olhar decepcionado a Scorpius que sentiu os olhos se encherem de lágrimas e abaixou a cabeça derrotado depois de ver Rose indo para a cozinha.

– Você traiu a Rose ? – Hermione perguntou irritada ao filho, o garoto levantou a cabeça e encarou os parentes com a visão embaçada, por causa das lágrimas que tentava conter.

– Tecnicamente não – respondeu.

– Scorpius, ou você traiu a sua namorada ou não traiu, é simples – Draco disse e também parecia um pouco decepcionado.

– Nós estávamos brigando muito, já havíamos terminado umas quatro vezes no mês mas alguns minutos depois nos arrependíamos, nenhum de nós estava mais aguentando aquela palhaçada, só não tínhamos coragem de terminar tudo de uma vez e nem conseguíamos – disse e viu Rony e Meg prestarem atenção atentamente na história – naquele dia ela terminou e eu não fiquei para que desse tempo de arrependimentos como sempre acontecia, eu saí no corredor e beijei a primeira garota que eu encontrei. Por coincidência era Kendra, a garota que era quase sempre a razão de todas as minhas brigas com a Rose que por sua vez viu tudo e não fala comigo desde então – disse e viu os pais suspirarem e Rony ficar vermelho de raiva – não estávamos mais namorando mas eu fiquei com outra vinte segundos depois do fim de um namoro que durava mais de um ano – completou com uma voz amarga antes de se levantar e ir atrás de Rose na cozinha.

Ele não percebeu que os seus pais, os pais de Rose, Harry, Gina, Lilly e Annia o seguiram e se esconderam para ouvir a conversa. Assim que entrou na cozinha encontrou Rose encostada na bancada ele foi até ela preparado para pedir desculpas.

– Rose eu – mas foi interrompido por um tapa no rosto – tudo bem, eu merecia por todas as nossas brigas e – outro tapa – e esse pelo beijo na Kendra – outro tapa – e esse por quê ?

– Porque você nasceu – completou com raiva.

– Eu não tenho muita culpa nessa parte mas tudo bem – Rose levantou a mão mais uma vez para lhe desferir outro tapa mas dessa vez ele segurou o punho da ruiva que gemeu de dor – o que foi isso ? – ele perguntou puxando a manga

da blusa da garota para cima e não só ele mas os parentes que estavam escondidos se assustaram com os cortes que se encontravam em seu pulso.

– Quem fez isso com você ? – Scorpius perguntou assustado, mas no fundo ele sabia, a sua tia Meg havia feito a mesma coisa na adolescência.

– Eu fiz – respondeu, curta e grossa fazendo o garoto se assustar.

– Por que fez isso ? – Scorpius perguntou acariciando de leve os cortes no braço da ruiva e escondida observando tudo a mãe da garota chorava sem fazer barulho enquanto o marido a abraçava tentando segurar as lágrimas.

– Para aliviar a dor – respondeu e o garoto abaixou a cabeça – quando eu vi você com aquela vadia eu senti uma dor surreal e eu precisava achar uma forma de fazer passar, a única forma de esquecer a dor é quando outra aparece para lhe roubar a atenção.

– Nunca mais...- ele tentou segurar as lágrimas mas quando se deu conta elas já estavam caindo – faça alguma coisa dessas por causa de um idiota como eu, nunca mais ouse se mutilar desse jeito por alguém que não vale a pena.

– Você vale a pena – ela disse com as lágrimas caindo – mesmo sendo o maior babaca do universo.

– Eu não valho a pena, eu fiz com que você se cortasse, fiz você sofrer e me odeio por ser o causador das lágrimas que você está derramando.

– Tecnicamente eu também sou responsável pelas lágrimas que você está derramando agora – ela disse secando as lágrimas dele cuidadosamente, ele tocou os cortes e ela se afastou.

– Me deixe cuidar de você – ele falou quase implorando e ela concordou relutantemente.

Scorpius fez com que Rose sentasse na bancada e se esticou para pegar uma caixa de primeiros socorros que a vovó Weasley guardava no armário mais alto. Ele beijou de leve e com carinho os cortes em seu braço antes de passar álcool e limpá-los para logo depois cobri-los com ataduras.

– Por que você fez isso ? – ele perguntou de novo.

– Eu não sei, naquele momento eu só podia imaginar que de alguma forma estava perdendo você, estávamos brigando a meses e nenhuma das discussões se resolvia de fato. Quando você saiu da sala eu senti que estava te perdendo então eu saí e te encontrei com aquela garota e então percebi que havia perdido o seu amor.

– Isso nunca iria acontecer – ele disse com convicção.

– Estamos nessa a muito tempo, você me aguenta desde os ataques de ciúmes até os melhores momentos, em algum momento no meio de tudo isso eu odiei você e pensei que...e se você parasse de me amar ?

– Rose....Eu amei você ontem, hoje amo você mais do que amei ontem e amanha vou amar mais do que amei hoje. O meu amor por você cresce mais e mais a cada dia e eu nem sei se é humanamente possível amar alguém tanto assim – o garoto disse e viu os olhos da sua amada brilharem – então nunca duvide desse amor, o amor que eu sinto por você nunca vai acabar mesmo depois da morte. E você pode me odiar por um segundo se for me amar todos os outros, eu não me importo com isso, só quero que saiba que o meu amor por você nunca iria morrer desta forma. Desde o dia em que falamos pela primeira vez “eu te amo” um para o outro o meu amor por você só aumenta.

Aquilo foi o bastante para Rose beija-lo. Escondidos lá atrás Draco, Hermione e Annia que haviam escutado tudo o que o garoto disse não acreditavam que ele havia acabado de falar tudo aquilo, ele nunca falava muito sobre os seus sentimentos e além de alguns sorrisos e caricias que o viram trocando com a namorada eles nunca ouviram ele dizer nada parecido para ela. Pelo menos não na frente deles.

Como Rose sentiu falta daquele beijo tão familiar e tão doce, como Scorpius se arrependia de ter provado outros lábios que não fossem os dela. Ele se encaixou entre as pernas de Rose que ainda estava sentada na bancada e continuaram o beijo, o garoto apoiou as mão nas coxas dela e um pouco depois disso ela interrompeu o beijo.

– Ainda não estou pronta pra isso – ela disse sussurrando.

– Quem ouvir você falando assim vai pensar que você é uma garota virgem e pura, coisa que nós dois sabemos que você não é – ele disse em tom de brincadeira, lá atrás Rony ficou mais vermelho ainda enquanto Draco se segurava para não rir.

– Scorpius, isso não quer dizer que voltamos – Rose disse fazendo o garoto lhe lançar um olhar magoado mas mesmo assim se mantendo na mesma posição – nós estamos quase nos destruindo nos últimos meses, todos aqueles problemas com Adam e Kendra, o ciúme excessivo...eu odeio pensar no quanto eu me tornei dependente de você e o quanto você se tornou depende de mim. Estamos perdendo o controle um com o outro.

– Mas é isso que o amor significa, perder o controle e fazer tudo pela pessoa que você ama.

– Mas não de uma forma em que acabe com você bêbado e eu me cortando – Rose disse olhando nos olhos dele – não vê o quanto tudo isso se tornou destrutivo ? – ela disse e Scorpius deu um longo suspiro.

– Você não me odeia...odeia ? – perguntou com medo da resposta.

– Não, nunca odiaria. Você foi o garoto do meu primeiro beijo, a primeira vez que eu fugi da escola você também estava lá, quando fiquei bêbada pela primeira vez, e enfim você foi o garoto da minha primeira vez e de todas as muitas outras – Scorpius sorriu bobo provavelmente se lembrando daquele dia, quando os dois estávam fazendo amor pela primeira vez – assim como eu fui a garota do seu primeiro beijo e da sua primeira vez...a primeira garota que você amou, assim como você foi o primeiro que eu amei...de alguma forma isso nos liga para sempre – ela disse e Scorpius sorriu radiante – Eu ainda te amo e vou continuar amando com todas as minhas forças, estou desmoronando por dentro e você não vê o quanto eu preciso de você agora... mas não dá para ficarmos juntos, eu tenho que superar o problema que eu acabei de iniciar envolvendo automutilação e preciso crescer para entender que não é assim que vou resolver os meus problemas.

– E eu preciso amadurecer e parar de agir como um garoto mimado que acha que está certo a respeito de tudo...eu preciso amadurecer muito para ser como você – disse pensativo – não estamos prontos...não é ?

– Não. Quando éramos mais novos, éramos maduros de mais, e na época em que tínhamos que amadurecer mais ainda para nos entendermos não o fizemos isso direito.

– Você sabe que pode amar quantos garotos ou homens quiser depois de mim, mas eu fui o seu primeiro amor e vou ser o seu ultimo – disse com convicção enquanto dava espaço para que ela descesse da bancada.

– O mesmo para você Malfoy, sempre acabamos voltando um para o outro de alguma maneira – e depois disso ele a pegou pela cintura trazendo para mais perto e iniciaram um beijo calmo e de necessidade – Eu amo você – Rose disse entre o beijo.

– Eu te amo – ele respondeu e voltaram a se beijar, um ultimo beijo antes do fim oficial daquele namoro. O ar faltou e eles se separaram relutantes um do outro.

Rose se afastou devagar indo para a outra saída da cozinha quando ouviu a voz do Malfoy mais uma vez.

– Um dia Weasley, você vai ser inteiramente minha, e depois deste dia eu nunca mais vou deixar você escapar – falou com absoluta certeza.

– Espero que não deixe – disse enfim saindo da cozinha.

– E então o seu sobrenome passará a ser Malfoy – sussurrou para si mesmo.

Todos os adultos que estavam escondidos estavam surpresos com a conversa que tiveram, com os problemas que os dois estavam passando, as declarações dos dois principalmente da parte de Scorpius que era um garoto fechado. E em como foram maduros decidindo que era melhor que se afastassem por algum tempo. Se eram maduros o suficiente para se separar agora, todos tinham certeza que não demorariam muito para estarem juntos de novo. Parece que aquelas duas crianças de doze anos que se provocavam somente para ficarem perto um do outro cresceram afinal.

Depois de mais um semestre o sétimo ano começou e Rose iniciou um namoro com Adam, ele era compreensivo e gostava verdadeiramente dela, talvez ela pudesse ama-lo. Scorpius ficava com algumas garotas e namorou por três meses, nada muito especial. O loiro e a ruiva mantinham uma amizade e conversavam de vez em quando, não se afastaram pelo menos. Ao fim do sétimo ano Rose ainda namorava, ela começou a estudar para ser uma medibruxa e Scorpius começou a treinar para ser auror.

A família toda aguardava a volta do casal mas ao fim de mais um ano estavam perdendo as esperanças, o namoro da ruiva continuava e o loiro namorava por poucos meses mas mesmo assim parecia estar se dando bem na vida amorosa.

Porém Adam começava a falar do futuro e Rose não gostava disso, ela amava o garoto mas não do jeito que ainda amava Scorpius, foi por isso que terminou o namoro com Adam e uma semana depois mandava um simples bilhete a Scorpius.

Eu ainda amo você. A pergunta é se você ainda me ama. Se sim venha a Hogsmeade hoje atarde

– Rose

Scorpius não hesitou antes de se levantar e ir a Hogsmeade aquele dia, quando chegou ela estava lá, os cabelos vermelhos brilhando como fogo. Não pensou duas vezes antes de beija-lá.

Agora estavam os dois deitados na cama abraçados um ao outro enquanto eram embalados pelo silencio, ambos faziam caricias e as vezes trocavam alguns beijos.

– Eu ainda amo você – Scorpius quebrou o silencio – e nunca vou deixar de amar.

– Eu te amo, e nunca nada vai mudar isso.

Eram assim que as coisas deveriam ser. Juntos, um nos braços do outro se amando. Eles pertenciam um ao outro, simples assim.