Ao chegar em casa, um apartamento duplex, com um quarto, dois banheiros, piscina, sala de leitura, escritório, cozinha, sala de TV, sala de jantar, sala de estar, lavanderia, Kurt vai para a cozinha e lá deixa o cupcake em cima da bancada e vai para o quarto.

[...]

No quarto, ele pega o seu laptop e abre o navegador. Ele tira o guardanapo do bolso e digita o endereço do site na caixa de texto.

Ele entra no site do serviço e abre a parte do cadastro no site.

 Kurt olha para todos os dados que ia ter que preencher e fica a ponderar se ele preenchia como ele. Ele leva a mão direita até o queixo e fica batendo o dedo indicador.

"Será que eu preencho ou não esse cadastro?"—Ele pensou.

Ele ficou pensando naquilo, olhou para o relógio na tela do computador que marcava 19:30 e se lembrou do cupcake.  Ele abaixou a tela do laptop e o colocou sobre a cama.

[...]

Na cozinha, Kurt abriu a caixa do cupcake, retirou-o de dentro e deu a primeira mordida.

O gosto era um pouco amanteigado mas não muito, doce, mas nem tanto.

Ele começou a mastigar e esboçou uma expressão de adoração. Parecia que ele estava no céu.

Ele continuou a comer o cupcake até se encher. A princípio Kurt não notou nada de especial nele, mas então, a barriga dele começou a roncar e não era de fome.

Ele começou a sentir dores e seu corpo começou a tremer.

Ele desmaiou.

[...]

Alguns minutos depois, uma garota estava desmaiada no chão. Ela tinha cabelos loiros, vestia um vestido preto, sapatos de salto pretos, e usava uma sombra vermelha no rosto, batom vermelho, e suas unhas eram pintadas de preto.

Ela se levantou e começou a se apalpar. Ela estava se sentindo estranha. Ela beliscou o braço para ver se não estava sonhando, então ouviu uma voz feminina e bastante sensual se manifestar.

—Olá, Kyndel. Minha Cinderela.

Ela olhou a sua volta para ver de onde vinha aquela voz.

—Eu estou aqui.

—Onde? Onde você está? —Ela começou a gritar — Apareça.

—Eu estou bem aqui, perto de você.

A garota olhou para o lado e viu a imagem de uma mulher mais velha perto dela. Ela levou um baita susto e começou a recuar achando que ela iria fazer alguma coisa.

A mulher era alta e vestia uma toga branca com uma coroa de flores na cabeça e usava pulseiras douradas. 

—Quem é você? — Kyndel indagou confusa — O que está acontecendo?

—Não tenha medo. Eu sou sua madrinha, meu nome é Afrodite — A mulher atestou — Mas, nesse mundo eu sou conhecida como Danielle Peters. Nós, os deuses do Olimpo viemos para esse mundo para vigiar Cronos.

—Afrodite? Espera! Do que você está falando? E que nome era aquele que você disse antes? — Kyndel ficou confusa mais ainda.

—Kyndel, é o seu nome, minha cinderela — Afrodite esclareceu —

—Meu nome? — Kyndel exclamou — Como assim?

—Como sua madrinha, e mãe, eu escolho os nomes, assim como fiz com o meu filho Eros. Você o conheceu quando...não era você.

— Cronos veio para esse mundo para exterminar os humanos, e nós, os deuses do Olimpo decidimos vir para cá para observá-lo — Afrodite revelou.

Kyndel colocou as mãos ao lado da cabeça e tentou processar aquilo tudo.

—Deus! O que está acontecendo? Eu não entendo.

—Sua verdadeira identidade era um garoto chamado Kurt Blake. Mas, isso só é válido para mim — Afrodite retrucou.

— Então...eu era um garoto?

—Sim. E você tinha me pedido para transformá-lo em uma garota. E agora você está pronta para o encontro, bom, mais ou menos...

—Encontro? Que encontro?

—O Encontro rápido, querida. Você se esqueceu? Você preencheu o cadastro no site, não?

—Isso...Droga! Não! Eu não consegui preencher o cadastro. Eu não sabia como preencher... — Kyndel se desesperou.

—Não se preocupe. Eu faço isso por você. Onde é o seu quarto? — Afrodite disse solícita.

—Nos fundos, eu te mostro.

[...]

Kyndel levou Afrodite até o quarto dela. Afrodite entrou no quarto de Kyndel e olhou ao redor.

—O meu laptop está em cima da cama.

Afrodite levantou a tela do computador e apontando o seu dedo indicador para a tela um raio espiralado dourado envolveu o computador e fez o cadastro ser preenchido na tela. Ela então fechou o laptop.

—Está feito. Vamos? Eu vou te levar para o encontro.

—Não, eu não estou pronta — Kyndel contestou.

Então Afrodite se lembro que havia esquecido algo importante.

—Eu acabo de me lembrar de algo importante. E você está pronta, mas não totalmente.

—O que é?

—Esse seu visual está muito feio. Você parece uma garota de programa nessas roupas. Um pouco de luz não vai fazer mau à você.

—COMO É? —vociferou ela.

Afrodite estendeu uma das mãos e um par de sapatos de cristal surgiu nas mãos dela.

—Isso! Prove esses sapatos, querida.

—Está bem.

Kyndel pegou o sapatos de cristais da mão de Afrodite, colocou no chão, tirou os sapatos que estava usando e os calçou. O vestido de preto se transformou em um vestido rosa de seda cintilante e os sapatos se tornaram magicamente rosa como o vestido. A maquiagem no rosto de Kyndel havia mudado, a sombra se tornara rosa.

—Você está maravilhosa, querida — Afrodite elogiou.

—Eu tenho uma pergunta. Como isso é possível?

—O que você quer dizer?

—As roupas...

—É o poder da magia, queria. Agora, vamos?

—Ok.

—Segure a minha mão.

Kyndel seguro a mão de Afrodite e um turbilhão de rosas vermelhas as envolveu e as teletransportou para a rua do apartamento de Kyndel.

[...]

Afrodite assoviou e um Mustang Shelby GT500 rosa com listras brancas surgiu na rua e parou.

—O que é isso? — Kyndel quis saber.

—Nossa carruagem — Afrodite replicou.

—Espera um pouco.

—O que foi?

—As suas roupas...

—Verdade.