Na floresta de Sherwood, lar de um famoso fora da lei, Robin Hood, havia um enorme castelo. Nele, havia uma mulher, seu nome era Honoria.  Muito solitária, ela desejava um marido encontrar.

Em seu quarto havia um espelho mágico, capaz de ver tudo e todos.

Honoria observava atentamente cada canto da floresta através do espelho.

Em um certo momento, ela vê um casal de amantes. Eles andavam pela floresta de mãos dadas.

O jovem rapaz vestia uma camisa branca de linho, uma calça de couro marrom, e botas do mesmo material e cor.

A bela jovem de cabelos loiros presos em uma trança longa ao redor do pescoço, vestia um vestido branco e andava descalça pelo local.

Atenta a todos os detalhes, a feiticeira ouve a conversa do casal.

"Eu te amo muito, Gretchen"  o jovem rapaz, Hayden dizia a sua amada.

"Eu te amo também, Hayden" replicara a jovem donzela, Gretchen, por quem o jovem Hayden tinha grande afeto.

Eles param um momento para se abraçarem e trocarem olhares apaixonados entre eles.

Ambos transpiravam amor e sentiam que o que um sentia pelo outro era mutúo.

Aquela cena deixava Honoria desgostosa.

"Patético! Eu sinto vontade de vomitar..." ―Balbuciou ela em um tom de desprezo.

"Eu acho que se eles continuarem com isso, eu vou ter que tomar umas providências.." a mesma continuou.

Na floresta, Hayden começou a exitar. O medo tomou conta do coração dele.

"Eu...eu te amo Gretchen, mas...nossos pais nunca vão nos deixar ficar juntos."

Hayden estremecera. Mas Gretchen o confortou.

"Hayden...nós podemos fugir juntos para algum lugar que eles não nos encontrem"

"Para onde, Gretchen?" Hayden inquiriu.

"Eu não sei...para bem longe daqui! A floresta é muito vasta" Gretchen devolveu.

"E como nós sobreviveremos, Gretchen? Nós não temos dinheiro, nem comida.."

Hayden parecia estar cheio de dúvidas quanto ao que o destino poderia reservar para eles.

No castelo, Honoria começou a refletir sobre a situação do casal.

"Sem dinheiro, sem comida...pobrezinhos! O que vocês vão fazer?" Honoria debochou.

Algo passou pela cabeça de Honoria

"Talvez eu possa ajudá-los com meus conhecimentos"

Mas ela logo se viu em um dilema:

"Será que eu devo ou não ajudá-los?"

Ver a infelicidade daquele jovem casal seria o seu maior deleite.

Ela voltou a refletir sobre seu dilema, mas depois percebeu que talvez não fosse uma má ideia ajudar o casal, já que ela poderia se aproveitar do problema deles para resolver o dela, achar um marido para si.

Enquanto isso, a noite chegara na floresta. Hayden e Gretchen continuavam a andar sozinhos, até que eles ouviram o que parecia ser um sussurro.

Hayden e Gretchen tentaram localizar a voz.

"De onde está vindo esse som?" Gretchen inquiriu.

"Que som?" Hayden rebateu.

"Não sei, parecia um sussurro"

"Deve ser só o vento"

Gretchen ignorou o comentário de Hayden.

Logo, o sussurro continuou.

Hayden se apavorou e então disse a Gretchen que eles deveriam voltar para casa.

"É melhor voltarmos para nossas casas.  Está escuro e eu não quero ficar para descobrir de onde vem esse som..."

"Mas está uma noite tão linda, eu queria ficar com você mais um pouco..." Gretchen fez biquinho.

"Eu sei, Gretchen. Mas, nosso pai deve estar preocupado. Quem sabe o que pode nos acontecer se ficarmos aqui?"

"Eu sei o que pode acontecer se vocês ficarem aqui. Eu sei de tudo, eu vejo tudo" uma voz misteriosa se pronunciou.

"Quem está ai? Apareça!" Hayden exclamou.

O casal olhou ao redor e não havia ninguém.

"Eu estou aqui" atestou a voz.

"Onde?"

A dona da voz se manifestou.  Ela usava uma túnica roxa com um capuz cobrindo parte de seu rosto.

"Olá, jovens!" a misteriosa mulher os abordou.

Hayden e Gretchen voltaram sua atenção para aquela figura misteriosa que surgira na frente deles.

"Quem é você?" ambos inquiriram.

"Vocês podem me chamar de Helena Bowen" ela se apresentou ao casal.

"É um prazer conhecê-la, Helena. Meu nome é Hayden e essa daqui..." Hayden interrompeu.

"Eu sei quem vocês são. Digamos que eu seja uma vidente. Então, eu vejo tudo. Cada canto dessa floresta e além"

  "E eu sei que vocês estão apaixonados um pelo outro"

"Isso é verdade. Nós nos amamos muito e queremos ficar juntos, porém...nossos pais não aprovariam a nossa relação"

"E por que não?"

"Nós não temos dinheiro, nem nada..."

"Entendo..."

Helena ficou a pensar em uma solução.

"Então, você pode nos ajudar, Helena? Por favor!" Hayden suplicou.

Os olhos de Helena brilharam e a mesma abriu um curto sorriso.

Helena voltou sua atenção para o jovem casal desesperado que começara a suplicar por ajuda.

"Por favor! Nos ajude!"

"Sim, talvez eu possa ajudá-los..."

Hayden e Gretchen ao ouvir a resposta de Helena ficaram muito contentes e sorriram.

"Me digam, onde vocês vivem?"

"Bem, nós moramos em um vilarejo na floresta..."

"Interessante. Eu acho que eu posso levá-los para suas casas..."

"É mesmo? Mas, acho que não precisa. Nós não queremos causar nenhum incômodo para você" Gretchen balbuciou.

"De forma alguma. Eu estou aqui para ajudá-los, meus queridos" Helena devolveu.

"Bem, então nós agradecemos.." Hayden reportou.

"Não é nada. Mas primeiro, eu acho que eu tenho um presentinho para vocês..."

"É mesmo? E onde está?" Hayden ficou curioso.

Helena estendeu uma das mãos e magicamente uma pequena nuvem roxa pairou sobre a palma da mão dela e então começou a se condensar até se transformar num piscar de olhos, em dois pequenos tubos de vidro cilíndrico, com um líquido rosa em seu interior e duas rolhas tampando os tubos.

Ela então deu os tubos para o casal e eles os pegaram.

"O que é isso?" Gretchen ficou curiosa.

"Isso meus queridos, é um elixir muito poderoso. Bebam, e no raiar do dia, quando vocês acordarem, vocês estarão juntos."

"No raiar do dia? Mas, o que acontece se nós bebermos isso durante a noite?"

"Acho que vocês devem descobrir isso vocês mesmos" Helena insinuou.

"Nós veremos isso depois" Hayden concluiu.

Hayden e Gretchen guardam os seus frascos. Gretchen no decote e Hayden dentro da calça.

[...]

Helena então assoviou e do nada sons de cascos de cavalo batendo no chão ecoaram pela floresta.

"O que está acontecendo?"

Depois de algum tempo, uma carruagem preta com lanternas movida a óleo acesas surgiu diante deles.  Helena foi até a porta de trás do veículo e a abriu para o casal entrar.

"Por favor, entrem. Eu os levarei em minha carruagem. Não é seguro andar sozinho à noite."

Guiando os cavalos estava um misteriosos cocheiro vestindo roupas pretas com um pano cobrindo a boca.

O casal agradeceu Helena e então eles entraram na carruagem e se acomodaram dentro dela.

Helena foi até o cocheiro e falou com ele.

"Quero que você faça as vontades desse casal. Leve-os direto para a casa deles. Se fizermos outro caminho eles vão suspeitar, e nós não queremos isso, não é mesmo?" Helena levantou uma sobrancelha.

O cocheiro apenas assentiu com a cabeça.

"Ótimo!"

Helena então foi se juntar ao casal na carruagem e assim que entrou, fechou a porta atrás de si.

Ela então se sentou junto com o casal e estalou os dedos sinalizando para o cocheiro partir e a carruagem começou a se mexer.

"Uma pergunta, Helena. Você sabe para onde nos levar? Nós não falamos onde fica o vilarejo..." Hayden chamou a atenção.

"Meu cocheiro é experiente. Ele assim como eu, conhece essa floresta com a palma da mão." Helena comentou.

"Está bem..."

Hayden parecia preocupado.

"Não se preocupe, nós acharemos o vilarejo de vocês e os devolveremos aos seus lares." Helena garantiu.

"Está bem."

"Eu só quero saber uma coisa de vocês, vocês tem pais, algum parente próximo?"

"Bem, meu pai nunca se casou com nenhuma mulher depois que minha mãe morreu..." Hayden comentou.

"Entendo..." Helena ficou a analisar aquele fato.

"Por que a pergunta?" Hayden ficou curioso.

"Bem, eu sou uma mulher muito solitária. Eu nunca casei antes, nem tão pouco conheci o homem da minha vida, então...eu estou procurando um pretendente para ser meu marido..."

Helena explanou.

"Entendi..."

"Jovens, façamos um trato. Eu ajudo vocês e vocês me ajudam. Todos saem ganhando" Helena sugeriu.

"Eu aceito"

"Eu também"

"Ótimo!"

Hayden e Gretchen pareciam não saber do grande perigo que estava por vir. Helena parecia disfarçar muito bem suas verdadeiras intenções com o casal.

[...]

Azarius, Sylvia e Izaak

Mundo real

Apartamento de Sylvia

Depois de Izaak conhecer seu novo interesse amoroso, Azarius Zephram, no café de Danielle Peters, esse havia sido convidado pelo próprio Azarius para ir visitar o loft de Sylvia na cidade.

Azarius e Izaak vestiam as mesmas roupas que vestiam quando se encontraram no café. Azarius  tira do bolso de sua calça a chave do apartamento e abre a porta.  Depois de abri-la, ele a afasta dando um pequeno empurrão.

"Por favor, entre." Azarius diz sendo solícito.

"Obrigado"  Izaak agradece.

Os dois homens entram na sala, e Azarius tranca a porta.

Izaak olha ao redor e fica maravilhado com o apartamento.  Era bastante espaçoso, organizado e muito aconchegante.  Havia uma mesa de jantar perto da sala de estar onde ficava a TV, atrás dela ficava a cozinha com um balcão com algumas cadeiras, um fogão, pia com triturador de alimentos, e um american bar.  Todos os cômodos e eletrodomésticos vieram instalados, então não havia necessidade de comprá-los.

Na cozinha,  a bela Sylvia, uma mulher loira de encantadores olhos verdes, vestindo um vestido longo vermelho com sapatos de salto da mesma cor, preparava o almoço.  Ela estava assando um delicioso frango, e cozinhava o arroz numa panela, e na outra alguns legumes e verduras no vapor.

O cheiro da comida atiça Izaak.

"Minha nossa! O que você está cozinhando?" Izaak inquiriu.

"Hmm...deve ser minha noiva preparando o almoço..." Azarius presumiu.

"Me dê só um minuto enquanto eu vou verificar. Se quiser assistir um pouco de TV enquanto espera o almoço..."

"Obrigado, querido. É muita gentileza sua, mas eu estou curioso para saber o que temos para o almoço, então eu vou me juntar a você..."

Izaak definitivamente não se contentava em ficar esperando o almoço. Então ele se juntou a Azarius.

Os dois homens entraram na cozinha e surpreenderam Sylvia. Azarius foi cumprimentar a noiva.

"Sylvia?  O que você está cozinhando?"

Sylvia vira-se para o noivo.

"Ei, Azarius! Onde você estava?" Sylvia inquiri e o recebe com um sorriso carismático.

"Bem, eu fui até esse café cujo endereço eu vi no Facebook, eu pesquisei e um dos donos era uma mulher chamada Danielle Peters, e eu resolvi investigar. Eu peço desculpas por ter saído sem avisar você..." Azarius explanou.

"Está tudo bem, querido..." Sylvia devolveu.

"Você sabe que eu não gosto muito que você me chame de "querido", por causa da história toda dos meus pais me obrigando a casar com você porque eu sou..." Azarius a lembrou.

"Gay, porque você é gay.  Eu sei, Azarius. E eu não ligo para isso, você sabe disso. Digo, você é engenheiro civil, e aparentemente é ótimo nisso, então...quem liga para a sua sexualidade?" Sylvia comentou.

Azarius ficou em choque ao ouvir o comentário de Sylvia.

"Bem, obrigado, Sylvia." ele a agradeceu.

"Não, não precisa me agradecer. Desde o momento que nós nos conhecemos eu soube que você era gay, e como eu disse, eu não ligo para isso. Eu gosto da sua personalidade."

"Só me prometa uma coisa, nunca, jamais, minta para mim, ok?"

"Está bem. Eu juro pelos deuses do Olimpo, e eu sou um deles, que eu não vou mentir para você." Azarius jurou.

"Caso contrário eu vou ter que abdicar o meu trono no panteão dos deuses...então essa é uma promessa legítima."

"Tudo bem."

Sylvia então viu aquele homem, Izaak que observava a conversa deles e resolveu interrogar Azarius sobre ele.

"Quem é esse homem que aparentemente você trouxe para casa?"

Azarius então apresentou Izaak para Sylvia.

"Sylvia, esse é Izaak.  Já que eu jurei para você nunca mentir, então eu vou falar a verdade, eu e ele nos apaixonamos, então...nós resolvemos começara um namoro..." Azarius confessou.

"Então vocês dois estão namorando?"

"Sim, querida.  E eu não vou negar, mas o Azarius é mesmo muito bonito..." Izaak comentou.

"Sim, ele é."

"Então Sylvia, nós, eu e Izaak decidimos não brigar, então...nós queremos compartilhar uma relação a três com você. Mas isso, se você aceitar"

"Eu no meio de dois homens gays? Hmm...eu adorei!"

"Você gostou? Sério?" Izaak ficou maravilhado com a reação de Sylvia.

"Sim, é como coração de mãe, sempre tem espaço para mais."

"Obrigado, Sylvia.  Sabe, eu estou começando a me apaixonar por você também."

"Eu tenho um palpite sobre isso. Meus pais não vão gostar nada se souberem dessa nossa relação..."

"Ok, eu posso ser um primo distante seu..." Izaak sugeriu.

"Não, Izaak. Olha, eu na verdade não quero saber, mesmo que eles não aprovem essa relação, nós três faremos ela acontecer. Nós casaremos em uma festa privada sem eles saberem."

Sylvia parecia realmente decidida a levar aquela relação adiante.

"Hmm...talvez Danielle Peters possa nos ajudar..."

"Quem é mesmo essa Danielle Peters?" Sylvia ficou curiosa.

"Ela é essa senhora que eu encontrei no café...e eu descobri que ela é a minha mãe biológica. Aparentemente ela me deu para adoção e eu ainda descobri que eu tenho irmãos, uma irmã chamada Galeana,  e um irmãosinho chamado Eros..." Azarius comentou.

"É verdade, exceto a parte dessa irmã do Azarius que eu particularmente desconheço, mas o resto é verdade.  E Danielle é uma fofa, ela me apresentou o Azarius no café. Eu estava acompanhando minha amiga e parceira, Helena Troy que resolveu fazer uma visita a filha dela. Então Helena se descontrolou, e...graças a esse Sushiman que eu esqueci o nome, e o Azarius...tudo acabou bem."

"O nome dele é Hachiman.  Ele é...de alguma forma o "Deus da guerra" Azarius corrigiu.

"Você disse "Deus da guerra"? Esse título não pertence a Ares, mais conhecido como Bryce Holt? Então...ele está vivo?"

Sylvia ficou intrigada com aquilo.

"Foi o que eu pensei, mas aparentemente os asiáticos tem a sua versão do "Deus da Guerra""

"Interessante...e ele é um Sushiman?"

"Ele é um andarilho que vaga por ai na missão de ajudar os desamparados. Ele disse que está em uma missão para derrotar um grande mau."

"Ele é um samurai. Literalmente falando."

"Um Samurai? Nos tempos modernos? Isso é incrível!" Sylvia exclamou.

"Hades andou ressuscitando os mortos ou o quê?"