POV’S Âmber

Eu estava brincando com Ballon Boy em minha sala.

O pequeno garoto simplesmente adorou o labirinto e brincava por lá o tempo inteiro; Ballon sempre me chamava para ir junto, e eu não tinha coragem de recusar de modo algum.

Depois de um tempo, Ballon Boy se cansou do labirinto, então, se sentou em um carpete colorido e cruzou as pernas, olhando para mim como se pedisse algo.

–O que foi, Ballon Boy?-perguntei.

–Nada-respondeu ele- eu só estou descansando um pouco...

Sorri para ele.

–Mas já se cansou?

Ballon Boy sorriu.

–Sim, eu cansei-admitiu ele- mas é que eu não estou acostumado a brincar tanto assim...

Franzi a testa.

–Ninguém brinca com você?-questionei.

Ele deu um sorriso amarelo.

–Veja bem, Marionete era meu único amigo até você chegar-começou ele- ele costumava brincar comigo, mas não podíamos ficar juntos o tempo todo, então, costumávamos brincar muito pouco...

Meu coração se espatifou em um milhão de pedaços. Como assim ninguém brincava com o pequeno Ballon Boy? Ele é só uma criança, precisa de um pouco de atenção!

Forcei um sorriso para Ballon Boy e o abracei. Ele pareceu bastante surpreso com o gesto, mas logo me abraçou de volta.

Nesse momento, Marionete entrou na sala. Ele sorriu para nós dois. Ballon Boy me soltou e foi saltitante dar um abraço no amigo.

–Marionete!-cumprimentou o pequeno garoto dos balões.

–Olá, Ballon Boy, Âmber-cumprimentou Marionete.

–Oi, Marionete-falei.

–Você veio brincar com a gente?-perguntou Ballon, esperançoso.

Marionete coçou a cabeça, sem-graça.

–Hã, não, Ballon, infelizmente, eu não vim brincar...-respondeu Marionete.

Ballon Boy bufou, chateado. Eu ri.

–Então, o que você veio fazer aqui, Marionete?-perguntou o menino dos balões.

–Vim chama-los para ver os novos animatronics que chegaram-avisou Marionete- vocês querem ir vê-los?

Assenti.

–Claro-respondi. Olhei para Ballon Boy- você quer ir?

O menino dos balões sorriu.

–Quero-respondeu ele, pegando minha mão e a de Marionete e nos arrastando até a porta- vamos logo, não quero me atrasar!

No meio do caminho, num corredor, Marionete se virou para mim e sorriu. Franzi a testa, sem entender.

–O que foi, Marionete?-perguntei.

–Eu quero te agradecer-falou ele.

–Pelo quê?- questionei.

–Por andar com o Ballon Boy-respondeu ele- você está fazendo muito bem pra ele; ninguém fica muito com o Ballon, sabe? Às vezes, não posso cuidar dele e o coitado acaba sozinho. Mas, agora que você chegou, ele tem companhia...

Sorri.

–Não precisa agradecer-falei- eu adoro o Ballon Boy...

–Eu insisto em te recompensar!-falou Marionete, com um sorrisinho travesso no rosto.

–Que tipo de recompensa?-perguntei, desconfiada.

Marionete não respondeu; se inclinou para frente e me beijou. Meu rosto entrou em combustão instantânea. Olhei para Ballon Boy; ele observava a cena com uma cara estranha.

Marionete se afastou, com um sorriso maroto estampado em seu rosto.

–Marionete!-reprendi o garoto- Ballon Boy estava vendo tudo!

Marionete olhou para Ballon Boy e sorriu.

–Desculpe, pequeno, era agora ou nunca!-desculpou-se Marionete.

Ballon Boy suspirou, aliviado, algo que, definitivamente, eu não esperava.

–Já estava mais que na hora de vocês ficarem juntos!-reclamou Ballon Boy- eu estava ficando impaciente com tanta demora!

Marionete riu. Eu fiquei com cara de idiota, confusa. Marionete pegou minha mão e piscou.

–Vamos, ainda temos que ver os novos animatronics!-disse Marionete.

Então, continuamos seguindo o nosso rumo.

POV’S Ana

Como eu havia previsto, Mike ficou irritadíssimo por eu ter chamado Charlotte para ir junto com a gente. Ele passou uma hora inteira me reprendendo, dizendo que eu fui imatura e que Charlotte poderia se machucar ou ficar em perigo durante o horário de trabalho, pois, segundo eles, animatronics são imprevisíveis.

Depois, ele se acalmou, como num passe de mágica. Bufava e resmungava baixinho enquanto colocava café em sua caneca.

Eu fiquei esperando Charlotte ansiosamente. Meia hora antes do horário do trabalho, alguém bate na porta do nosso apartamento.

Fui pulando até a porta.

–Quem é?-perguntei.

–Charlotte-ouvi uma voz conhecida responder.

–Que Charlotte?-provoquei.

–A Charlotte que vai arrombar a porta se você não abri-la!-respondeu a voz.

Eu ri e abri a porta, dando de cara com Charlotte e... Jéssica?

–Jéssie?-perguntei, confusa.

Jéssie acenou, sorrindo.

–Charlie me convidou-explicou Jéssica.

Assenti.

–Entrem!-falei.

Minhas amigas entraram. Charlotte e Jéssica estavam vestidas como sempre.

Charlotte, irmã gêmea de Jeremy Fitzgerald, era loira, de pele clara e lindos olhos azuis, como brilhantes diamantes. Vestia uma blusa branca sem mangas, estilo tomara que caia, saia rosa xadrez e um lacinho na cintura, sapatilhas cor-de-rosa, um colar dourado, brincos de pérolas rosadas e pulseira cheia de contas e berloques, em padrões de rosa e branco. Seu óculos de sol rosa estava na cabeça. Você deve estar achando que Charlie é uma verdadeira patricinha mimada, não é? Pois bem, está enganado; Charlie é fofa e romântica, não uma fresca.

Jéssica, irmã gêmea de um cara estranho, o Scott, que era apelidado de “Phone Guy” por não largar o celular por nem um segundo. Jéssica era como o irmão; não vivia sem seu celular. Ela tem pele clara, cabelos pretos, lisos e longos e lindos olhos cor de mel, dourados como ouro quatorze quilates. Ela usa óculos de armação de um tom de verde escuro. Estava trajando um vestido preto sem mangas, que é uma réplica dos circuitos do jogo “Pac-Man” e sapatilhas pretas. Segurava, obviamente, seu celular.

Nós nos sentamos no sofá e ficamos conversando. Mike cumprimentou as meninas e avisou que logo, logo, seria hora de trabalhar.

Depois de horas de conversa, deu a hora de ir para a pizzaria. Entreguei uniformes as meninas, vesti o meu, esperamos Mike se trocar e então, finalmente fomos trabalhar.

POV’S Ghost

Então, Dra. del Fire e Golden Freddy? Apaixonados? Ah, isso é demais!

Estou começando a perceber que todo mundo está arranjando alguém: Ana e Blake, Lively e Tiger, Hunter e Chica, Marionete e Âmber, Mangle e Foxy...e agora a Dra. del Fire e Golden.

O que aconteceu, lançaram uma bomba do amor na pizzaria?

Enfim, deixa pra lá. Eu estava voltando para a minha sala, quando, de repente, a porta da pizzaria é aberta e não é nenhum vigia noturno; era o doutor Frederick, Charlie Fazzbear, os brutamontes Antony e Carl e mais um cara; ele tinha cabelos castanhos rebeldes, olhos escuros e um cigarro na mão; trajava uma roupa de vigia noturno, mas ela não era comum; era inteiramente roxa.

Franzi a testa; o que eles faziam aqui?

Foi então que Carl e Antony saíram e voltaram com várias caixas. Tinham seis caixas novas, enormes. Vi Charlie Fazzbear franzir o cenho.

–Aqui tem seis-ele disse- lá, só tinham cinco...

–A sexta é nova, inclui na coleção antes de vir pra cá-explicava Frederick pacientemente.

–Antes de tudo, Frederick, quero que conheça Víncent-falou Fazzbear, apontando para o cara de roxo- é um...sócio meu...

Víncent? Era esse o nome do cara de roxo? Interessante...

Víncent e Frederick apertaram as mãos.

–É um prazer, Víncent-falou Frederick cordialmente.

–O prazer é meu, Sr. Frederick-respondeu Víncent.

Eles continuaram a conversar, enquanto eu observava tudo. Em um momento, Víncent olhou em minha direção. Me escondi, em pânico; ele havia me visto?

Arrisquei dar mais uma olhada; Víncent ainda conversava com os outros, porém, continuava olhando de soslaio em minha direção.

Depois que eles foram embora, eu saí de meu esconderijo e me aproximei das caixas. Estendi a mão para a tampa da primeira, então, empurrei.