Simples Desejo escrita por Nah


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Volteii!!! Desculpem o sumiço galera, as coisas tão bemm apertadas pra mim. Vou tentar voltar a escrever, juro!!
Espero que gostem♥



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— Você cheira bem. – sussurro contra o pescoço de Alexandre. Ainda estamos em seu escritório e estou em seu colo, meu corpo contra seu peito. Seus braços mantêm-me presa a si, e sinto-me relaxada e protegida. Meus pensamentos são arremetidos para Hugo e em como fui tola ao sentir idênticos sentimentos ao estar com ele, mas os dispenso imediatamente.

Alexandre transfere um beijo em meu cabelo, quando meus olhos pousam sobre os papeis em sua mesa. Alcanço um, mas ele rapidamente toma-o de minha mão. A expressão em seu rosto deixa bem claro sobre o que se trata.

— Vou ter que pedir mais uma vez? – digo, minha expressão agora nada feliz. Ele suspira e contorna-me o lábio com seu polegar, e sei que está tentando distrair-me.

— Não. Até porque, de nada adiantaria.

Suspiro irritada. Por que os homens têm de ser tão teimosos? Faço menção a levantar-me do seu colo, porém Alexandre aferra suas mãos a minha cintura, impedindo-me.

— Eu sei que isso te chateia, mas preciso que confie em mim. Só preciso de mais tempo. Não posso ficar parado apenas esperando que as coisas se acertem. Quero acabar de uma vez com tudo isso, e logo. Mas diferente de você, não quero acabar para te manter longe de mim. Muito pelo contrário. Quero você, sem preocupações ou dores de cabeça.

Sinto um aperto no peito. Eu realmente o chateara? Declino meu olhar para o nó dos meus dedos.

— Eu não te quero longe de mim.

Volto a olha-lo, e sua expressão denuncia sua descrença em minhas palavras. Continuo.

— Estou falando a serio. Fiquei com raiva apenas por que... Bem... – porque estou apaixonada por você, seu grande idiota! – Não sinto que sou suficiente para você, em qualquer sentido que seja. E fere-me, principalmente, saber quais são as tais circunstancias infelizes que me colocaram no seu caminho. Sinto que você poderia estar vivendo sua vida, mas está preso a mim.

E não é por amor.

Reviro os olhos no inconsciente, ignorando minha mente maledicente.

— Você é tudo que eu preciso agora, Rosie.

Encaro seus orbes azuis, um sorriso se desenrolando lentamente em meus lábios, segundos antes de lançar-me a boca contra a sua, outra vez.

*

Durante o almoço, Alexandre informa-me que a noite haverá um baile na mansão Marshall. Margaret a todo o momento sorri para nós, como se ao notar a diferença que ambos fazemos a paz de espirito um do outro.

No mais tardar, decido arrumar-me em meus antigos aposentos, dando a Alexandre a privacidade de seu quarto para aprontar-se. Estou apenas em corselete e calças, em frente à penteadeira, tenta dar um jeito em meu cabelo. Quando a porta se abre, revelando um Alexandre devidamente arrumado e maravilhosamente lindo. Seu cheiro preenche todo o quarto em segundos, enquanto o observo encostar-se ao batente da porta, sorrindo abobalhadamente para mim. Meu sorriso se espelha ao seu quando volto minha atenção para o espelho.

Alexandre aproxima-se lentamente por detrás.

— Estou sopesando arduamente a ideia de tranca-la aqui e assim fazermos nossa própria festa. – seus lábios alcançam-me o pescoço, onde deixa lascivos beijos que me arrepiam em todos os lugares.

Estou mordendo o lábio, abafando um sorriso. Solto a escova em minha mão quando seus dedos encontram os cordões de meu corselete. Estou pronta para virar-me e lançar-me contra ele, quando há uma batida na porta. Alexandre respira irritado, provocando-me outro sorriso.

— Se-senhor. Eu não sabia que estava aqui, eu... – é Margaret, e ela está em total desembaraço, possivelmente acreditando que interrompeu algo. E bem, dessa vez ela está certa.

— Tudo bem, Margaret. – Alexandre apanha o meu vestido que está nas mãos de Marggie. Antes de sair, ela lança-me um olhar rápido, sorrindo.

Caminho até Alexandre, tomando-lhe o vestido das mãos, fico na ponta dos pés para deixar-lhe um casto beijo nos lábios.

— Infelizmente, senhor Herman, precisamos ir, não? Sua mãe estará lá, e você precisa ficar de olho nela.

Ele suspira desanimadamente, concordando. Enquanto me visto, estou dividida na indecisão de contar-lhe ou não o que vi no centro. Talvez eu deva falar com Victoria antes. Mas por que raios ela se abriria comigo?

*

O salão está cheio. Muita gente dançando, musica e um alto burburinho de pessoas falando ao mesmo tempo. Estou na companhia de Clarice, enquanto ela conta-me sobre algo que lhe passou, mas estou entretida na verdade em observar o modo impassível que Lydia observa Alexandre a mim. ela se manteve distante desde que chegamos, e desejo então saber o que Alexandre falou, para mudar sua postura tão radicalmente.

Desperto do meu torpor no momento em que Victoria Herman se junta a nós. Meu coração dispara ao vê-la, relembrando o que presenciei no centro. Não consigo deixar de notar o modo com ela me olha estranho, cauteloso. Amaldiçoo-me mentalmente. Ela realmente me viu.

— Então, como vão vocês? – ela finalmente se pronuncia, fazendo menção a Alexandre, que mantem uma conversa com outros homens a alguns espaços de nós.

— Vamos bem. E como vai você? – tento não manter qualquer outra intenção em meu tom de voz, mas falho. Ela nota, endireitando-se desconfortavelmente.

— Bem.

Tenho vontade de dizer-lhe que aparenta totalmente ao contrario e questionar-lhe sobre o que vi, mas mordo o lábio.  Volto minha atenção para Clarice, que agora mantem-se dispersa, os olhos presos à mãe. Ah, Victoria Herman, o que você está tramando?

Voltamos para casa mais cedo, uma dor de cabeça atingira Alexandre. ainda no andar de baixo, peço que suba enquanto vou atrás de algo para amenizar sua dor. Antes mesmo que eu consiga chegar ao mesmo destino, sou parada por Clement, que tem flores em suas mãos. Que não seja o que estou pensando.

— Chegou isso para a senhora. – solto a respiração, aliviada por não ser alguma loucura de Clement, que poria fim em nossa noite.

Tomo as flores em meus braços. São rosas vermelhas e cheiram divinamente bem. Mas quem teria mandado-me isso? Pesco um pequeno bilhete entre as flores e caminho um pouco para longe de Clement enquanto o leio.

Meu coração falha uma batida.

“Não se afaste de seu foco e concentre seu olhar naquilo que realmente lhe diz respeito”.

Estou tão nervosa de repente, que acredito que se ouçam as batidas frenéticas do meu coração. É, claramente, uma ameaça. Será Hugo? Por Deus, que não seja. Mas quem?

Amaço o bilhete em minha mão, empurrando as flores de volta para Clement.

— Jogue-as fora. – ordeno, antes de subir as pressas para o quarto.

Alexandre está jogado na cama, ressonando baixinho. O olho por alguns instantes, pressionando o papel contra o peito. Decido então não atormenta-lo com isso. Por agora, e por nunca, talvez. O quero longe do Hugo. Escondo, por enquanto, o papel entre minhas roupas, e troco-me para dormir.

Antes que eu alcance a cama, uma enorme barulhada se dá no andar de baixo. Porta batendo, alguém gritando. Alexandre desperta no mesmo instante, saltando da cama, trocamos olhares assustados. Ele corre para baixo, e colocando um robe, o sigo em igual velocidade, meu coração acelerado outra vez.

Encontramos uma Lydia completamente alterada, proferindo insultos e ameaças. Clement e outros homens a seguram e eu assisto a cena na escada, agarrado ao corrimão, sem entender nada.

— O que está acontecendo aqui? – o rosto de Lydia se contorce em mais raiva, se possível, ao notar Alexandre.

— Desgraçado! Você e sua família são uns miseráveis.

— Do que você está falando, Lydia?

— Sua mãe está tentando destruir a minha família, como mundana que ela é. – Lydia continua aos gritos, e percebo horrorizada então que seu rosto está manchado em choro.

— Minha mãe? – Alexandre está impassível, como se falasse com uma criança, e isso deixa-me cada vez mais nervosa.

Então Lydia fala desta vez, numa voz mortalmente sussurrada.

— Sua belíssima mãe está tendo um caso com o meu pai.


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