Etihw

...

Ufa... Finalmente Wodahs...

Até que enfim trouxe informações precisas...

Ah... Me estico preguiçosamente na grande poltrona cinza claro.

Está perto da porta.

Rapidamente volto a minha posição de soberania.

Chegou.

Bate cordialmente a grande porta. Duas vezes.

Wodahs.

— Entre.— digo com a voz mais densa. Viro o rosto de lado e fecho os olhos.

— Minha deusa, desculpe enterrompe-la, terminei os relatórios de hoje. - dizia se curvando diante de mim. Sua voz parecia meio triste.

Abri os olhos por um segundo e o analisei, tinha olheiras e estava um pouco cambaleante.

— Claro, pode deixar aqui na minha mesa.— acho que fui rigorosa demais.

Senti seus passos perto de mim até a mesa, mas logo se distanciaram. Antes de ir, provavelmente iria dizer algo.

— Mais algum desejo, minha senhora? - sua voz continuava péssima, estava começando a me preocupar.

— Nada, somente isso.— por fim respondi... Ele estava se retirando... Mas eu... - Espere!!!

Ele se assustou com meu pedido repentino.

— Sim, milady.

— Vá descansar por hoje, você já fez o bastante.

— Senhorita? Eu estou bem, não quero que se preocupe com...

— Apenas faça o que lhe mandei, não quero meu único comandante esteja indisposto no campo de batalha.

— Como desejar, minha deusa. - disse fazendo uma última reverência.

Quando ele saiu da minha sala principal, suspirei aliviada. Não era normal eu demonstrar minhas preocupações para os meus anjos mais próximos. Mas até que Wodahs, não parecia muito surpreso.

Ufa, que bom.

Sinto passos novamente.

Uma mulher suponho, pela leveza nos passos.

Sherbet também é muito calmo na parte de caminhar.

Talvez seja ele.

Droga, eu deveria saber... Afinal sou um deus.

Três batidas rápidas na porta.

Alela Grora.

— Entre querida...— digo num tom mais solene. Afinal ela, mesmo sendo a mais nova de todos, é a melhor estrategista.

— Olá Etihw, como vai a sua cabeça? - que tipo de pergunta...

— Bem... Por quê?

— É que o cabeça de anjo, anda meio preocupado com o seu bem estar.

— Quem é cabeça de anjo?

— Wodahs.

— Ah, então é isso... Ele se preocupa demais...

— Etihw? Está falando sozinha de novo?

— Ah, sim querida, o que ouve?

— Nada não.

— Não foi isso que eu quis dizer... O que a trouxe aqui?

— Ah, sim... Aqui. - puxou um pequeno pergaminho da mochila nas costas e colocou em minha mesa. - está aí, o mapa de seu Reino.

— Até a parte de Kcalb?

— Não... Esse lugar ainda não mapeei, mas consegui pouca coisa. - ela parecia muito inquieta.

— Alela? Algo está lhe impedindo de sair?— minha pergunta a assustou também.

— Wodahs. Ele não quer que eu morra. - curta e simples.

— Entendo...

— Senhorita, eu queria pedir sua permissão para pegar armas para poder me proteger, caso alguma coisa aconteça.

— Claro... Não me diga que esse tempo todo, você mapeou, sem nenhuma arma?

— Desculpe senhorita. Eu não...

— Puff... tudo bem. Tem meu consentimento para pegar a arma que quiser. Vou até escrever nesse papel aqui.

Eu sabia que se ela fosse no galpão das armas a pedido meu, não iriam acreditar nela. Então para evitar transtornos, resolvi escrever. Coloquei o papel em uma das minhas pedras flutuantes e dei a ela.

— Tome, aqui está. Agora vá Grora e tome cuidado.

— Sim. Senhora. - Ela ao se retirar deixou cair uma pedra, mas não percebeu.

A pedra flutuava como a minha, mas era toda negra.

Talvez uma pedra de Kcalb.

Me levantei e a carreguei em minhas mãos.

Como Alela conseguiu isso?

Estranho.

Talvez alguém tenha colocado isso nela para obter informações.

No caso deve funcionar como as minhas pedras. ... Kcalb pode aciona-la a qualquer momento.

Vou deixar comigo, talvez pense que a pedra passou para mim sem querer.

Deixei a pedra agarrada a outra no círculo de pedras a minha volta.

Pronto.

Agora, deixar como se fosse uma pequena câmera. ...

Duas batidas rápidas na porta.

Wodahs.

— Sim, entre.

— Senhora, queria lhe falar sobre a Alela.

— O que ouve?

— Ela saiu do castelo, com seu arco e flecha. Disse que iria mapear a área de Kcalb...

— Humm... era só isso? Você está preocupado?

Ele se assustou com a pergunta, ficou um pouco envergonhado, mas respondeu rapidamente.

— Sim... Milady.

— Arrff... Vocês realmente deveriam se casar.

— S...S..Senhora??

— Esqueça. Se realmente está preocupado com ela, não deveria. Ela é muito forte, você sabe disso.

— Sim, minha deusa mas...

— Eu dei uma missão para ela. Espero que compreenda.

— Sim, senhora, mas queria avisa-la que apesar de Alela ser forte, ela ainda continua sendo a mais nova de todos aqui.

— Eu sei disso. Mas, mesmo ela sendo nova, queria que ela visse com os próprios olhos o que é a guerra, ao invés de apenas vê-lo em papéis.

— Entendo. - Ele ficou cabisbaixo.

— Wodahs, se você quiser acompanha-la, tem meu consentimento para isso.— Eu me levantei e fui em sua direção.

Eu vi seus olhos expressarem um forte brilho de esperança.

Aquilo me deixou um pouco constrangida... Wodahs sempre foi calado debaixo daquele sobretudo branco.

Nunca expressava o que realmente queria.

— S..Sim senhorita, eu irei.

— É melhor ir logo, ela já deve estar longe...

— Sim, com sua licença... - saiu, fechou a porta e foi-se.

... Ah...

Que tédio.

Esses pombinhos me dão um trabalho...

Vou dormir aqui mesmo.

Nem se passaram dez min e eu já estava dormindo.

... A câmera...

Errrr...

A pedra negra de Kcalb, acionou meia hora depois. Eu já estava realmente dormindo na minha poltrona.

Tomei um susto, mas me acalmei...

Será que eu deveria ir dormir?

Que se dane.

Vou mostrar para ele o que essa deusa pode fazer.

Saí para o meu quarto e fui colocar minhas roupas mais bonitas para caminhar no castelo.

Vou mostrar a ele o lugar lindo que eu criei.

Enquanto eu pensava, eu colocava minhas roupas.

Percebo que a câmera tinha desligado algumas vezes.

Talvez seja porque eu esteja me trocando.

Que fofo, ele respeita meus pudores.

Que fofo uma ova!! Kcalb deveria morrer.

Além do mais ele é meu pior inimigo.

Não deixa de ser um simples demônio que só destrói.

Já vesti meu vestido branco predileto.

Me olho no espelho, escovo meus cabelos bem rapidinho e uso algumas pedras como enfeites extras.

Olhando para o espelho, levo um susto com o que vejo no reflexo... Um enorme morcego pendurado no teto do meu quarto...

— AAhhhh !!!! Tem um morcego no meu quarto!!!— gritei como uma criança e taquei uma das minhas pedras nele.

Por fim ele se assustou e foi embora.

— Arf... Arf... Ele foi embora...

— Senhora? Senhora? O que ouve? - Ciel entrou correndo em meus aposentos. - A senhora foi atacada?

— Não, Não... Está tudo bem... Só foi um bicho que me assustou.

— ... Que bom... Pensei que a senhora tinha levado um ataque direto de Kcalb.

— Você escutou eu gritar?

— Um pouco... Eu estava passando pela frente de sua sala e ouvi um gritinho e um baque de pedra.

Que vergonha, que eu fiquei...

— Ah, me desculpe, senhora tudo bem.. Ninguém ouviu. - disse ela tentando me assegurar de que estava tudo realmente bem.

— Tá... Tá... Eu.. Vou sair um pouco, você quer vir junto?

Decidi mudar logo de assunto.

— Ah, claro senhorita. - Ciel sorrindo, me faz tão bem.

Caminhamos pelos longos corredores do castelo.

Eu percebia a pedra emitindo um energia, obviamente estava ligada como uma câmera para Kcalb.

Passamos pelos jardins cheio de flores e anjos ocupados para todos os lados.

Cada um que passava, eu renovava suas energias e curava qualquer ferida.

Alguns mais novos, com minha presença, se cortam e ficam admirando suas peles se curarem. Eu me sentia tão mal por ser "muito" adorada.

Era um pouco constrangedor....

— Eu sou deus, sabe? Mas não sou o único. Apenas o deus desse mundo infeliz, em guerra.– sem perceber eu estava sussurrando...

— Senhora? - Ciel estava olhando para mim com uma expressão de triste.

— Está tudo bem Ciel...— continuei andando.

— Senhora... - Ciel havia parado.

— Sim?— olhei para trás.

— A senhora é tão bonita, quanto esse jardim. É tão justa quanto uma balança. É tão boa quanto o ar. E sua soberania é cheia de graça. Todos a veneram por sua compaixão sem fim. Não diga uma coisa dessas, minha senhora. Se a senhora escolher um caminho, todos nós a seguiremos. Todos nós a consideramos como nossa mãe, que nos deu amor, carinho, conforto, educação, planejou tudo. Eu sei disso, e eu nunca abandonaria minha mãe.

— Ciel... Minha querida, mesmo você achando isso, nenhum outro deus vê isso. É impossível que essa guerra pare... A não ser que...— fiquei quieta por um tempo.

— Senhora?... A não ser que?

— Esqueça... Como disse é impossível.

— O que a senhora quis dizer com isso? - Ela estava com o rosto corado.

— Ciel, não me diga que leu meus pensamentos?

— Desculpe-me senhora... Mas não deixa de ser uma saída...

— Cieeel!!!— eu estava terrivelmente envergonhada.

— Qual o problema senhora? Revelar seus sentimentos a...

— Cale a boca Ciel !!!— corri e tampei a boca dela. - Nunca mais fale sobre esse assunto, ouviu?

Ela concordou com a cabeça. Soltei minhas mãos devagar de sua boca.

O vento começou a soprar forte, fazendo com que as pétalas das flores saltarem delas e fizessem redemoinhos coloridos pelo jardim.

Não aguentei por muito tempo. Havia muita coisa na minha cabeça, eu queria muito ir embora... Muito... Eu não podia mais ficar ali... Tudo era tão bonito... Mas aquilo era só uma beleza superficial.

Andei rápido para o minha sala principal, sem olhar para Ciel que ficou para trás me chamando.

Fechei a porta da sala e me tranquei no meu quarto.

Senti muita vontade de chorar.

Eu nunca quis uma guerra.

Nunca.

Quando olho para o grande espelho de corpo inteiro, eu vejo uma mulher chorando.

Chorando aos prantos.

— Porque tem que ser assim Kcalb?...

A mulher que antes estava colocando sua roupa favorita, agora chora como uma criança mimada.

...

Kcalb

..

Droga...

Será que Ater conseguiu colocar uma das pedras em um anjo?

Como demora.

...

Vou ver o que está acontecendo com a pedra.

...

Ater.

Está em forma de gato.

Usou minha pedra como coleira.

— Gatinho!!! Que fofinho, é todo branco!!! Que olhos lindos você tem... - dizia uma pequena garota de branco e cinza.

Provavelmente trabalha no castelo.

Vai Ater, está aí a sua chance.

Ater murmurou para a garota e foi muito rápida ao subir sobre ela e colocar a pedra nela.

Colocou na ponta de sua bolsa, onde carregava nas suas costas.

Não tinha um lugar pior para colocar a pedra?

Puff...

Tudo bem, melhor que nada...

Agora é só observar.

...

...

Acabei dormindo.

E acabei me desconcentrando da pedra.

Onde...

...

Achei.

Tem alguém com cabelos negros no meu campo de visão, diferentes dos da garota que Ater conseguiu colocar a pedra.

Olho mais ao redor, eu definitivamente estou no castelo de Etihw...

Mas não imaginava que seria tão detalhista nas formas de losangos nas paredes.

Tudo branco e cinza, havia uma grande mesa a sua frente, olhando mais ao redor, no caso, atrás dessa pessoa, haviam grandes janelas que demonstravam um grande céu nublado beirando a tarde.

Havia um banco acolchoado por toda a extensão dessas janelas.

Olhei um pouco mais para a esquerda e vi bem no canto uma porta de madeira, pintada de branco.

Não pude ver os detalhes...

Tinha uma cabeleira na minha frente.

Provavelmente quem estava dormindo era uma mulher.

...

Ela se levantou da cadeira onde estava dormindo.

Se dirigiu à porta do canto da sala.

Abriu a porta.

Lá dentro havia um grande espelho...

Quando se aproximou, eu quase tive um infarto.

Etihw.

Milagrosamente, a minha pedra se prendeu à ela.

Ela parecia não perceber a pedra quase se escondendo atrás de seus longos cabelos.

Olhou para o espelho, endireitou seus cabelos embolados foi ao armário e escolheu uma roupa branca com partes de tecido quase transparente.

Ela começou a se trocar no quarto...

Me desliguei da pedra.

Eu não poderia ver uma dama se trocando.

Mesmo sendo minha rival.

...

Será que já terminou?

...

Abro minha mente e me concentro na pedra.

Não!!!!

Não terminou!!!

...

Que vergonha...

Etihw, nunca passou pela minha cabeça dessa forma...

Droga.

Estou muito envergonhado para pensar em algo.

Não posso pedir ajuda a uma mulher.

Se não ela pensaria que eu fico perseguindo outras mulheres.

...

Já deixei muito tempo para uma pessoa se trocar.

Volto minha concentração à pedra.

Será que já terminou?

Ela só estava ajeitando suas longas mangas do fino tecido branco.

Suas mangas, sua calda e o longo vestido davam a intenção de que ela tinha um corpo bem desenhado.

O vestido caía muito bem em seu pequeno corpo... É uma pena que minha rival seja tão baixinha...

Ela penteou seus cabelos longos e negros.

Ao andar para perto da cabeceira, reparei que tudo que ela estava usando tinha uma leveza incrível.

Seu vestido era leve o suficiente para que ele voasse pelos ares o tempo todo, suas pedras formavam uma sincronia elegante sobre sua cabeça, dando a impressão de coroa.

Mas as pedras na sua cabeça, por algum motivo, ela não às tirava.

Quando voltou para se ver no grande espelho.

Levou um susto repentino.

Ela havia me descoberto.

Não acredito...

Fudeu... claro que estava óbvio.

— AAhhhh !!!! Tem um morcego no meu quarto!!!— Ela gritou apavorada.

Ela tacou algumas pedras para que ele fosse embora.

— Arf... Arf... Ele foi embora...

— Senhora? Senhora? O que ouve? - Uma mulher anjo entrou apressada no seu quarto - A senhora foi atacada?

— Não, não... Está tudo bem... Só foi um bicho que me assustou.

— ... Que bom... Pensei que a senhora tinha levado um ataque direto de Kcalb.

— Você escutou eu gritar?

— Um pouco... Eu estava passando pela frente de sua sala e ouvi um gritinho e um baque de pedra.

Kkkkkkkk.

— Ah, me desculpe, senhora tudo bem.. Ninguém ouviu. - disse ela tentando assegurar de que estava tudo realmente bem.

— Tá... Eu.. Vou sair um pouco, você quer vir junto?

Nossa, mudou de assunto bem rapido, Etihw.

— Ah, claro senhorita. - a anja Ciel sorri e as duas saem do gabinete de Etihw.

Ao saírem, eu tomei um susto.

Eu não sabia que seu castelo era tão iluminado.

Os corredores eram abertos de um lado, inteiramente ligado à um jardim enorme, com flores de várias cores diferentes, mas não havia nenhuma flor branca.

Estranho...

É a cor de Etihw.

Etihw e seu anjo passavam pelo jardim.

Em um certo momento, eu senti seu poder.

Tinha começado a ficar mais forte e fazendo minha pedra reluzir com essa energia.

Essa energia passou de minha pedra e eu senti...

Era calma e gentil.

Mas também poderosa o suficiente para matar.

Quem diria que o deus desse mundo seja tão quieto.

Ela parou derrepente e abaixou um pouco a cabeça.

— Eu sou deus, sabe? Mas não sou o único. Apenas o deus desse mundo infeliz, em guerra.— Ela estava sussurrando...

— Senhora? - Ciel estava olhando para ela com curiosidade.

— Está tudo bem Ciel...— ela começou a andar novamente.

— Senhora... - Ciel havia parado.

— Sim?– olhou para trás.

— A senhora é tão bonita, quanto esse jardim. É tão justa quanto uma balança. É tão boa quanto o ar. E sua soberania é cheia de graça. Todos a veneram por sua compaixão sem fim. Não diga uma coisa dessas, minha senhora. Se a senhora escolher um caminho, todos nós a seguiremos. Todos nós a consideramos como nossa mãe, que nos deu amor, carinho, conforto, educação, planejou tudo. Eu sei disso, e eu nunca abandonaria minha mãe. - seu rosto estava muito corado, parecia que iria chorar, mas mesmo assim manteve sua voz baixa para que não chama-se a atenção de ninguém.

— Ciel... Minha querida, mesmo você achando isso, nenhum outro deus vê isso. É impossível que essa guerra pare... A não ser que...— ao dizer isso ela ficou quieta por um tempo.

— Senhora?... A não ser que? - Ciel se aproximou.

— Esqueça... Como disse é impossível.

— O que a senhora quis dizer com isso? - Ciel estava completamente corada.

— Ciel, não me diga que leu meus pensamentos?

Quêêê??? Ela pode ler pensamentos?

Fiquei impressionado.

— Desculpe-me senhora... Mas não deixa de ser uma saída... - ela estava tentando se desculpar, mas Etihw continuava indo em sua direção.

— Cieeel!!!— Etihw parecia brava, mas sua orelha, no qual eu podia ver estava muito vermelha.

— Qual o problema senhora? Revelar seus sentimentos a...

— Cale a boca Ciel !!!— chegou até ela e tampou a boca dela com as duas mãos. - Nunca mais fale sobre esse assunto, ouviu?

Ela concordou com a cabeça.

Eu começei a entender do que elas estavam falando...

Ahm??? C..c...como assim?

Etihw tirou suas mãos da boca da menina devagar.

O vento começou a soprar forte, fazendo com que o cabelo de Etihw atrapalhasse minha visão, as pétalas das flores voaram para todos os cantos fazendo uma grande festa de cores.

Olhei para Etihw e vi que ela estava admirando as pétalas voando.

Ela parou um segundo, abaixou sua cabeça por dois segundos e a lavantou novamente no terceiro.

Ela andou rápido na direção de seu gabinete, deixando o anjo para trás.

Ela entrou rapidamente, evitando qualquer um que havia passado por ela.

Fechou a porta e dirigiu-se a seu quarto.

Eu vi quando segurou a maçaneta...

Suas mãos tremulas e pálidas.

Ao trancar a porta, ela se olha no espelho por um momento e começa a chorar.

Ela abraça seus próprios braços, procurando conforto à suas lágrimas.

Em vão.

Por estranho que fosse, em nenhuma hipótese, eu pensaria que ela iria dizer algo assim.

— Porque tem que ser assim Kcalb?... Porque?

...

Sua longa coroa de pedras brancas pontudas e o longo vestido branco, não combinavam com seu rosto coberto de marcas d'água.

...

Porque choraria por minha causa?

Não sou eu que sempre lhe trago desgraças?

Não fui eu que foi banido e jogado naquele buraco escuro, sem nenhuma luz?

Não foi você que deu a palavra final?

Não foi você, Etihw, que começou isso tudo?

Não foi sua arrogância de não querer reinar comigo ao seu lado?

Só porque eu era o rei dos demônios?

E Wodahs? Ele é o rei dos anjos!!!

Éramos irmãos e sempre estaríamos do seu lado Etihw.

Sua egoísta!!!

Porque você fez isso??

Porquê eu sou um demônio??

Isso é papo furado.

...

Eu fiz com que a pedra se quebrasse.

E não quis mais ouvir seu nome.

Que morra com essa sua arrogância.

Para sempre.

Sozinha.