O beijo da víbora escrita por Ophelia


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Quem ficou viciada em Sansa/Oberyn? Sim, fui eu '-' A culpa é da Argella Storm -q e minha também porque eu fico pegando imagens e fazendo montagens, mas.... OK! -q Espero que gostem :)

xoxo



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Não havia muito o que lhe interessava em Kings Landing além de sua vingança pessoal. Ouviu muitas vezes os conselhos de Tyrion Lannister sobre bons bordéis, mas tudo o que encontrara ali foram passatempos. Curvas macias, bocas nervosas e ansiosas para marcá-lo e serem beijadas assiduamente, em especial quando percebiam quem era. Um dornês.

Oberyn Martell suspirou pesadamente. Sentia-se cansado daquela atmosfera cheia de regras e moralidade, damas e cavaleiros em seus devidos lugares sem qualquer tipo de mudança em seus tabuleiros. Onde bastardos eram julgados como criminosos e mulheres da corte cochichavam entre si com malícia ao notarem diferenças entre si.

Não era a primeira vez que perambulava pelo castelo, e também que não via a jovem nortenha de cabelos ruivos voltar obedientemente à sua torre, sempre cabisbaixa e entristecida. Sabia que se chamava Sansa Stark, e que era a esposa de Tyrion Lannister, mas até aquele momento, não tinha realmente prestado atenção nela.

Ainda havia um quê de juvenil em sua postura, como uma criança que brinca de que faz parte da corte, embora um olhar mais minucioso de sua parte o fizesse notar que ela não era uma criança, mas sim uma jovem mulher prisioneira daquelas paredes e pompa. Atada a espartilhos e regras de conduta.

Por isso se aproximou. Por isso a cumprimentou com um beijo na mão e perguntou-lhe se gostaria de companhia.

— Meu senhor, eu... Eu estou bem. — Disse Sansa corada e um pouco engasgada, evitando os olhos dele.

— Não me parece bem. — Observou o Martell.

Sansa não disse mais nada e sua mudez tornou tudo claro a ele. Era realmente uma prisioneira. Abusada e humilhada por leões bastardos.

— Eu estou bem. — A garota Stark respirou fundo e dessa vez o encarou, para a surpresa de Oberyn. Viu seus olhos azuis determinados, embora uma centelha de medo brotasse nos mesmos.

E, pela primeira vez, Oberyn se interessou por nortenhas. Interessou-se por seus pudores, por espartilhos complicados e timidez costumeira de damas jovens. Por sua frigidez, mas delicadeza, como uma rosa do inverno.

Eram tão opostos que Oberyn podia sentir até mesmo a diferença de cores que os rodeavam. Com ele haviam tons de amarelo, vermelho, laranja, a intensidade e o calor dornês que parecia emanar dele como algumas prostitutas costumavam dizer após uma noite intensa de amor. Sansa era pálida, trajava rosa bordô e parecia cercada de inverno.

Por isso se aproximou. Encostou-a à parede mais próxima e encostou a boca nos lábios dela, onde esperou de maneira gentil por alguma recusa da parte dela, que ele sinceramente acreditou ser possível, pois conhecia leões bastardos o suficiente para saber do que eram capazes.

Mas ela não o recusou. Embora pudesse acreditar que aquilo fora algo ensinado, de que deveria se submeter ao homem que a beijasse na boca, mas conhecia mulheres o suficiente para saber quando era recusado. E naquele momento, a pequena nortenha não o fazia.

Sansa não soube aonde estava com a cabeça quando aceitou aquele beijo. Já havia visto Oberyn Martell rondando o castelo, conversando com Tyrion e alimentou uma espécie de paixonite pelo dornês por ele lhe parecer tão atraente e vibrante. Não era frio e distante, e havia algo em seus olhos que a deixava desnorteada.

Beijo forte. Beijo intenso e cheio de fogo.

Tudo envolvendo o dornês, pelo menos na concepção de Sansa, não deveria ser diferente disso. Intensidade, calor e paixão. Ela era beijada como se fossem velhos conhecidos, ou até mesmo amantes, devido a intensidade. Sentiu a mão dele em sua cintura, o corpo quente e másculo colado ao seu naquele pequeno e escuro corredor do castelo que era próximo de sua torre.

Sentia-se quente e desejosa como nunca, embora sua timidez costumeira não permitisse que ela o abraçasse com mais força. Era uma dama. Uma dama casada que estava aos beijos com a Víbora vermelha no corredor de sua torre.

Oberyn a queria. Queria despí-la daquele vestido rosa bordô, desarrumar suas tranças e tê-la completamente nua embaixo e por cima de si, gemendo em êxtase. Queria provar de seu ápice, vê-la trêmula e extasiada quando o prazer a atingisse, derramar sua semente dentro dela.... E mais do que isso, queria curá-la daquelas feridas feitas por leões bastardos. Roubar a tristeza de seus olhos azuis para que ela pudesse ser apenas uma jovem dama de olhos bondosos.

Era para isso que tinha sido criada. Dama de algum lugar. Não para ser prisioneira, solitária. Dama de um castelo, com uma filha pequena e ruiva em seus braços, aguardando ansiosa pela chegada do varão em seu ventre.

O Martell se afastou levemente, sem fôlego. Sansa estava corada e o encarava timidamente, piscando diversas vezes ainda encostada à parede.

Beijos não deveriam ser tão intensos. Não deveriam causar tantas sensações, mas aquele em particular fora como uma tempestade.

—... Eu preciso ir, meu senhor... — Sansa disse num murmúrio. —... Mas... Gostaria de companhia até meu quarto.

Oberyn sorriu de lado e Sansa também. O primeiro e mais lindo sorriso que ele já tinha visto.


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