Não Era Uma Simples Historia escrita por maritthaa, claudiasilva


Capítulo 3
Capítulo 3- Crepúsculo




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Crepúsculo Foi ele que parou o beijo porque por mim ficava horas e horas a beijá-lo. Seja ele quem for. Parece estranho estar a beijar alguém que eu não conheço, mas e assim nas histórias de encantar. Todas as pessoas já viram a Cinderela. O príncipe apesar de não a conhecer sabe que ela é a rapariga ideal para ele. Comigo era assim. Ele olhou para mim. E que olhos minha gente. -posso saber quem é a dona de lábios tão saborosos? – ele levantou as mãos para me tirar a mascara, mas eu as segurei. -primeiro o cavalheiro – sorri. Não fazia a mínima ideia de quem poderia ser. Ele ainda reflectiu, mas perante a minha decisão inalterável teve que ceder e retirou a mascara, que ara meu desespero não deveria ter sido mexida. Eu conhecia o rapaz em questão. Adelchi era o popular da minha escola. Todas as raparigas estavam atrás dele. Porque? Não sei. Ele era mais burro que uma porta e insensível até dizer chega. Definitivamente não podia ser o meu príncipe. Virei as costas a ele e desatei a correr mas desastrosa como sou, rapidamente tropecei em algo (para não admitir que foi no ar) e ele agarrou-me o braço. Puxou-me de volta para a varanda e encarou-me ainda me agarrando no braço. - hey, nem penses que te armas em cinderela e sais daqui sem eu saber quem tu és. Independentemente de quem sejas eu gostei da tua companhia esta noite – sim sim. Ele diz isto mas quando me vir até pede por socorro. Ele não iria gostar de mim, mas se realmente ele era o meu príncipe então eu tinha de dar a oportunidade. -ok, mas aviso já que não vais gostar de mim -mas já nos conhecemos? – eu abri a boca para responder mas ele adiantou-se – para fugires é porque sim. Mas eu não percebo! Eu fiz-te algum mal? Eu lembrava-me se já tivesse experimentado o doce sabor da tua boca – oh que querido. Ele realmente não sabia nada de mim, apesar de estarmos na mesma escola e de ter algumas aulas juntas, a verdade é que eu não gosto de chamar as atenções e passar de despercebida ao contrário dele, que as raparigas babavam para cima. Decidida tirei a mascara. A expressão dele foi de confusão. Imagino os pensamentos dele. -nós andamos na mesma escola. Eu sei o que vais dizer. És o mais popular e eu sou apenas uma rapariga – sorri-lhe e fui me embora a correr. No portão senti-me perseguida. Olhei para trás mas não vi nada. Quando cheguei a casa, deitei-me a chorar. Eu era uma sonhadora. Sei que venho de uma família pobre, mas eu queria que o meu príncipe chegasse logo. Até no orgulho e preconceito eles ficavam juntos… a imagem no rapaz da máscara vinha-me á ideia. O zorro. Ai ai Acordei com a minha mãe a abanar-me. -Tamara… Tamara… acorda. Tira essa roupa. Abri os olhos que estavam colados pelas remelas dos olhos. A cabeça doía-me, sem falar nos olhos. Olhei para o relógio, este apontava as 5 da manhã. -mãe, porque é que me estás a acordar a esta hora? -já viste como estás vestida? Vai vestir o pijama e tomar um banho. Amanhã, digo, hoje é sábado e podes dormir até quereres. Já ia a sair do quarto depois de me beijar a testa quanto disse: - e não te esqueças de devolver o vestido, espero que tenhas te divertido no baile. Olhou para mim, sorriu e saiu fechando a porta. A minha mãe é mesmo espectacular, sei que não passa mais tempo comigo por causa do trabalho dela. Sinto muito a falta dela. Amanhã terei de devolver o vestido, mas não me custa nada, porque os meus sábados são passados na biblioteca. Eu sei que podem achar estranho ou até terem pena de mim por passar lá a minha vida enfiada. Mas eu estou no centro de milhões de vida que posso cuscar, além de ter o sr. Sellani para me fazer companhia. Os meus sonhos foram divididos. Por um lado via sempre o meu mascarado, mas estranhamente eu corria atrás dele e ele rejeitava-me. Era tudo branco e ele de preto. Por outro lado tinha o oposto, Adelchi esperando-me no portão na escola com uma rosa, mas esta estava murcha. Sonhos esquecidos, vesti-me e arrumei o lindo vestido e depois comer dirigi-me para o melhor local do mundo. Local esse onde não existe descriminações, onde os sonhos viajam, o tempo para e gira ao mesmo tempo e onde conhecemos pessoas fantásticas, personagens que reflectem as nossas acções. A biblioteca estava fechada. Muito estranho. Eu costumava vir para aqui às oito da manhã, e eram duas da tarde, mas o Sr. Sellani raro fechava a biblioteca quanto mais para almoçar. Sentei-me na grade escadaria e esperei. Esperei… quando soaram as badaladas das três hora decidi arriscar. Enfrentei as grandes portas redondas e daquelas que devem ter um metro de espessura e bati. Chamei pelo Sr. Sellani mas nada. Ninguém respondeu. Não sei porque mas o meu corpo tremia, algo me dizia para sair dali. Algo não estava bem. Dei um passo para trás e assustei-me com a voz do Sr. Sellani vinda por detrás de mim. Virei-me. Ele estava com um ar assustador. O meu coração perdeu uma batida e agora batia tão forte que até doía. A sensação de sair dali não me tinha abandonado por encontrar o Sr. Sellani, muito pelo contrário. Tinha piorado. -Tamara o que fazes aqui? Pensei que hoje não te veria. Não devias estar a descansar da festa? A sua voz era fria. Parecia que não era o mesmo bibliotecário que eu conhecia que eu tinha agora à minha frente. Demorou um pouco tempo par ao meu cérebro raciocinar e reconhecer e processar o que me fora me dito. - eu… eu… eu vim devolver o vestido – consegui dizer meio perdida Ele já o tinha na mão pois eu deixara-o na escadaria. -então se só é isso… Ele passou por mim. Mas espera? É só isso? Como assim? - Não vai abrir a biblioteca? -hoje não – ele estagnou em frente da grande porta mas não se virou para me responder – e era bom que nestes dias não te aproximasses daqui. Eu estava parva com o que ele me estava a dizer. Uma lágrima escorreu pela minha face. Porque? Nem eu sei. Só porque o bibliotecário me dizia que era melhor eu não lá aparecer, isso não significa que tenha que me sentir tão abandonada como me estou a sentir. Existem mais bibliotecas. Sim, existem mais bibliotecas, mas era nesta que eu tinha crescido e passado grande para de minha vida. O Sr. Sellani era como um pai para mim. Não disse nada. Virei-me e andei devagar, como se apesar de ter a sensação e de querer ir para casa a correr o meu corpo não conseguisse. Depois de descer a grande escadaria olhei para a porta. Um gesto bem involuntário. O Sr. Sellani não se encontrava lá. Olhei para cima como puxada por uma força desconhecida. Viu-o. O rapaz mistério. Ele desapareceu. Desapareceu quando eu pestanejei. Eu estava a ficar maluca. Só podia. Agora sim eu corri para casa. Lancei-me para o sofá com o coração aos saltos da corrida. Lágrimas inexplicáveis corriam pelo meu rosto. Isso irritou-me. Decidi arrumar a casa. Coloquei a roupa a lavar, passei aferro lavei a loiça e aspirei. Liguei a rádio e deixei-me levar pela musica que dava, quer eu conhecesse ou não. A minha mãe chegou um pouco antes das oito, já eu tinha feito o jantar e posto a mesa. Como hoje era sábado o meu pai ficara a trabalhar. Aos fins de semana muitos casais queriam andar nas gôndolas para namorarem. Muito romântico. Talvez um dia um também ande com uma pessoa especial para mim, mas obviamente não é na gôndola do meu pai. Jantámos e acabámos a noite a ver uns filmes. Rimos e divertimo-nos muito. Nessa noite os meus sonhos voltaram a ser confusos. Acordei suada e com a sensação que alguém estivera no meu quarto, mas nada dali estava diferente. Domingo a minha mãe também trabalhava. Fiquei a estudar. A mão chegou ás sete, agradeceu-me pela ajuda na casa, pois ao domingo á noite é que ela fazia as limpezas. Eu sei que não se deve fazer á noite, mas vida de trabalhador é mesmo assim. Fui cedo para a cama. Não por estar cansada, mas a mãe fora para a cama cedo por estar muito cansada e eu… bem eu… não queria fazer barulho com a televisão. Acendi a luz do quarto e fiquei a olhar para ele. Ele estava arrumado, mas no chão perto da cama, quase em baixo dela, estava um livro que eu tinha trazido há pouco tempo da biblioteca. Crepúsculo. Era assim que ele se chamava. Abri e comecei a ler, parando apenas no fim, ou para fazer pausas em que fechava os olhos e aproveitava a sensação daquele amor impossível. No fim agarrei o livro e coloquei-o juntinho ao meu coração. Deva tudo para ter um amor assim. Bella e Edward tinham-me acabado de ensinar que tudo é possível e que vale o esforço de lutar pelos nossos sentimentos. A família Cullen era unida como a minha. Bella era insegura mas tinha o amor do rapaz mais bonito da escola. Sim, tudo é possível. Adormeci e sonhei com esta linda história. O rapaz mistério aparecia, mas mal sabia eu o que a minha vida iria mudar no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Co-autora : Cláudia (claudiasilva)

Bem gente é assim:
Eu estou com uma anemia, tensão baixa e a ter ataques constantes de ansiedade (falta de ar). Não postei porque não conseguia escrever e só para terem uma noção eu tinha 150 mail´s daqui para ler fic´s. o médico também pensa em depressão.

Eu tenho andado fudida (desculpem o termo) com a faculdade. Por isso deixem um comment e votem para deixarem uma co-autora feliz. Desculpem a demora mas não vou deixar de escrever esta fic. Nem esta nem as outras (convite para lerem as minhas outras fic´s)

Agradeço aqui a minha primeira recomendação em Pecado Proibido.

Beijinhos e mais uma vez, desculpem a demora. Estou a fazer os impossíveis para dar a volta por cima.



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