Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 3
Largo Grimmauld, 12


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou meio grande... Acho que me empolguei demais O.o
Espero que gostem, boa leitura!



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A campainha tocou. A mulher abriu a porta, abrindo um sorriso nervoso.

— Alvo! Seja bem vindo.

— Anna, como vai? Não nos vemos desde... Hogwarts. – disse Dumbledore calmamente, entrando na residência e sentando em uma das poltronas.

— Estou bem. Eu vou chamar os garotos. – ela fez menção de subir as escadas, todavia parou quando os ouviu descendo.

— Chegamos. – disse Pete, descendo as escadas.

Astrid desceu atrás dele calmamente. Não parecia tão animada quanto estivera antes da discussão, mantinha uma expressão dura e séria. Caminhou com seu irmão até a sala e ambos se sentaram no sofá em frente ao ancião.

— Bom dia, Peter. Astrid.

A menina conteve uma careta. Odiava ouvir o som da pronúncia de seu nome, achava um tanto ridículo e antiquado.

— Por que a expressão, minha doce jovem? – Dumbledore a analisou por cima dos óculos de meia-lua, parecendo ler seus pensamentos - É um belo nome, dado apenas a jovens Amazonas, segundo a cultura trouxa. Talvez sua tatatatataravó tenha sido uma grande guerreira e... Bom, isso é assunto para outro dia, não acha?

O sábio feiticeiro lançou um olhar mais do que significativo para a jovem, que franziu a testa sem entender.

— Aceita um chá, suco, água...? – Anna perguntou educadamente.

— Um chá está de excelente tamanho, Anna. Obrigado. – o velho sorriu, grato.

A mulher apenas assentiu e saiu da sala.

— Bom, acredito que estão ansiosos para saber o motivo desta visita. Como é de seu conhecimento, seu pai, Sirius Black, foi preso por crimes que não cometeu. Vou tentar explicar de maneira rápida e sem delongas. – disse Dumbledore, e com um suspiro desatou a falar – Bem, Sirius fugiu de Azkaban há algum tempo.

Peter levantou a mão como um aluno que quer tirar uma dúvida. Astrid revirou os olhos. Dumbledore sorriu e gesticulou com as mãos, permitindo que o rapaz falasse.

— Por que não o deixam em paz, se foi preso injustamente? – perguntou Pete.

— Não há provas concretas e as testemunhas que temos não nos servem. Por isso, o pai de vocês é conhecido como um dos poucos que fugiram de Azkaban e continua, até hoje, sendo um dos mais procurados no mundo mágico. – disse o diretor calmamente.

A mãe dos garotos atravessou a sala e serviu o chá para Dumbledore, colocando uma bandeja com biscoitos em cima da pequena mesa no centro da sala e se sentando ao lado dos filhos.

— Obrigado Anna. – bebeu um gole, soltando um suspiro – Ah, adoro camomila.

— E o senhor sabe onde ele está? – perguntou Trid, com um brilho esperançoso no olhar.

— Era neste ponto que eu queria chegar. O Sr. Black está no momento na casa de sua antiga família no lago Grimmauld, que também é atualmente a Sede da Ordem da Fênix.

Peter levantou a mão pela segunda vez, timidamente. Dumbledore assentiu.

— O que é a Ordem da...?

— Eu não arriscaria dizer nada sobre isso no momento, senhor Teles. Ou Black, como preferir. Podemos estar sendo vigiados e Merlin bem sabe que estou um tanto cansado de atrair problemas. Voltando ao assunto... Sirius deseja que vocês se mudem para lá para morarem com ele. – ele comentou e os jovens sorriram animados.

— Agora eu fiquei confusa. Que negócio é esse de se mudar?– perguntou Anna, frustrada – Nós estamos muito bem aqui! E a casa? E o meu trabalho? E...

— Se acalme, Anna. – falou Dumbledore, sorrindo ternamente – Dê uma chance a Sirius... E a si mesma. Passem pelo menos uma semana lá e deixe que as coisas se resolvam. Vai ser bom para as crianças.

Astrid e Peter voltaram sua atenção para a mãe. Fizeram a tão irresistível cara de cachorro que caiu da mudança, só faltava se agarrarem a Anna e implorarem aos berros. A mulher bufou, impaciente.

— OK. Mas só uma semana! Mais nada.

— E quanto a Hogwarts? – perguntou Pete.

— Ah sim. Já ia me esquecendo, que cabeça a minha. – comentou Dumbledore – Mesmo que não forem morar no Lago Grimmauld, o convite ainda está de pé. Hogwarts sempre recebe novos alunos de braços abertos. Bom, preciso ir, tenho assuntos a tratar no Ministério. Essas audiências...

Os três o acompanharam até a porta. Alguns segundos depois o diretor aparatou, sumindo de vista na rua deserta.

No outro dia, a casa dos Teles parecia ter sido atacada por um ciclone. Roupas jogadas pelo corredor, casacos embolorados da tia Kathryn (a irmã mais velha de Anna tricotava roupas horríveis para Astrid e Peter) dobrados em cima da cama – afinal, podia fazer frio – e pares de sapatos largados aqui e ali.

— Eu ainda acho isso uma loucura. Onde eu fui me meter... – murmurava Anna pela sexta vez, enquanto arrumava as malas.

Astrid já estava pronta: Usava um vestido amarelo de alcinhas, com um casaco branco e sapatilhas delicadas nos pés. Seus cabelos estavam soltos, a franja presa para trás com uma presilha.

Peter acabara de descer, também arrumado. Usava uma camisa azul e uma calça jeans escura, sapatos negros e bem polidos. Olhou seu reflexo em seu espelho de bolso (Astrid sempre debochava do irmão por conta do aparato que carregava) e sorriu, satisfeito. Colocou a mão no bolso do jeans e ficou aliviado ao sentir sua barra de chocolate crocante favorita – era a pessoa mais viciada em chocolate que Astrid já havia conhecido.

A garota tamborilava os finos dedos na mesa e apressava a mãe, o irmão mais velho trocava o peso do corpo de um pé para o outro. Nenhum deles conseguia calar a boca, como normalmente acontecia sempre que iam fazer uma viagem.

— Já vou, já vou! Mas que coisa! – disse Anna, descendo com suas malas – Pronto. Vocês querem ir mesmo? Ainda dá tempo de pensar melhor.

— MÃE! – repreenderam os dois jovens.

— Me desculpem. Era só para ter certeza. A rede de pó de Flu está sendo controlada pelo Ministério, por isso vamos aparatar. Segurem minha mão.

Os dois o fizeram, e assim sumiram com um estalo. A visão de Astrid se tornou turva e tudo começou a ficar torto. Formas estranhas se formavam e desintegravam-se com a mesma rapidez diante de seus olhos, fazendo-a ter vontade de botar todo o seu almoço para fora. Um zumbido irritante entrou em seus ouvidos e tomou conta de sua mente: Tudo isso em cerca de dois segundos. Quando voltou a si, estava caída sob a calçada, um pouco desnorteada.

— Então é assim que se aparata? – perguntou Trid, colocando as mãos no estômago – Que horror...

— Você se acostuma. – disse Anna, ajudando a filha a se levantar.

— É aqui mesmo? – perguntou Pete, olhando para a frente. Havia uma série de pequenas casas de aspecto rústico, lado a lado. Passou os olhos pelos números seis ao onze. Através da janela aberta do décimo primeiro, pôde ver um senhor de idade assistindo um programa de TV que parecia ser sobre brocas e parafusos - Largo Grimmauld, 12... Não tem número doze.

— Como assim? – Anna franziu a testa.

— Vocês devem ser os Black. – os três se assustaram ao ouvir uma voz feminina repentina – E aí, beleza? Sou Tonks.

Era uma mulher de aparência divertida, chamava atenção com seus cabelos curtos, desgrenhados e roxos. Trajava um sobretudo negro e coturnos da mesma cor. Tinha um sorriso simpático e uma expressão ansiosa.

—É um prazer conhecê-la. – disse Astrid, com sua boa educação.

— Vim para ajudá-los a entrar. - Tonks estalou os dedos, sorrindo animadamente.

— É, porque não tem nenhum número 12 aqui e...

Mas Anna não pôde terminar. Com um aceno de varinha de Tonks, as casas de número onze e treze se afastaram para o lado, fazendo surgir a número doze, como se sempre estivesse ali. Anna olhou para as janelas das casas do lado, as pessoas dentro delas não haviam percebido - nem minimamente - o movimento.

— Vamos entrar. – disse Tonks, abrindo a porta e os deixando passar.

Ela derrubou um vaso e um porta guarda-chuva no corredor (Trid não se conteve e riu alto, recebendo olhares de desaprovação da mãe). Tonks sorriu, envergonhada, abrindo a porta. Astrid tinha um sorriso de expectativa no rosto. Pete respirava fundo, torcendo as mãos suadas. Tonks pediu licença e se despediu deles, deixando o local.

A loira foi a primeira a entrar, observando todos os móveis da velha mansão. Peter andava ao lado da irmã, tão perto que quase se esbarravam. A jovem observou com atenção os quadros nas paredes, pinturas de pessoas que provavelmente já haviam batido as botas pelo aspecto antigo.

— Astrid. Peter. – os dois se viraram ao ouvir uma voz rouca – Sou eu.

— Pai? – Pete perguntou, arqueando as sobrancelhas. O homem fez um sinal afirmativo com a cabeça.

O indivíduo era alto, extremamente magro, de pele branca e cabelos negros e cacheados, na altura dos ombros. A garota olhou-o, hesitante, enquanto ele abria os braços lentamente.

Pete e Trid se olharam por um instante e depois analisaram o homem da cabeça aos pés, desconfiados. O mesmo já ia abaixando os braços, quando os dois jovens repentinamente correram até ele para um abraço esmagador.

— Ah, meus filhos. - disse Sirius, abrindo um sorriso e rindo roucamente - Que saudade!

— Pensei que nunca iríamos te ver. – murmurou Peter, com os olhos negros brilhando (ele sempre segurava as lágrimas, odiava chorar).

— Pete, como você cresceu! Ok, essa frase foi clichê. – comentou o homem, fazendo o garoto rir.

— E você, minha filha. Está tão linda! – Sirius falou, bagunçando os cabelos da garota que se desmanchava em lágrimas de alegria - Daqui em diante, farei o possível para não me separar de vocês.

— Sirius. – o maroto virou-se ao ouvir uma voz conhecida. Abriu um sorriso de orelha a orelha ao ver Anna escorada na porta.

— Anna. Como vai? – ele disse, tentando conter a chegada de um sorriso ainda maior, se é que era humanamente possível.

— Bem, muito bem. – respondeu, meio desconcertada com o olhar penetrante do homem.

O maroto caminhou até ela e a abraçou. Anna estremeceu com o toque, suspirando. Mesmo um simples gesto como aquele, trazia à tona as boas lembranças da época de escola.

— É muito bom te ver. – sussurrou ele.

A mulher mordeu o lábio, contendo um sorriso.

Ao perceberem que os filhos tentavam conter risinhos, os dois se separaram rapidamente, um tanto embaraçados.

— Ah... Pessoal! Desçam aqui, por favor! – berrou Sirius, mudando de assunto - Eu quero que conheçam algumas pessoas.

Ouviram-se sons de pés rápidos descendo as escadas. Uma porção de pessoas parou nos últimos degraus, se acotovelando para vê-los. Astrid também olhou-os curiosamente. Sirius sorriu com orgulho, abrindo os braços.

— Esses são meus filhos, Peter e Astrid. – depois o maroto olhou para a mulher, que parecia envergonhada - E esta é minha... É... Anna.

— Muito prazer, meus queridos. Finalmente pudemos conhecer os jovens de que Sirius falava tanto! – uma mulher baixa, gordinha, ruiva e de aparência amigável se aproximou, abraçando os dois jovens – Sou Molly Weasley.

— Sou Arthur Weasley, muito prazer. – um homem ruivo de nariz pontudo cumprimentou-os.

— Hermione Granger. – disse uma garota de cabelos castanhos levemente ondulados, sorrindo amigavelmente.

— Sou Fred. Muito prazer, bela dama. – um garoto alto e ruivo beijou a mão de Astrid, fazendo-a rir.

— Jorge. Devo dizer que seus olhos são encantadores. – disse um garoto idêntico a Fred, imitando o gesto do mesmo galanteadoramente.

Astrid agradeceu timidamente. Sra. Weasley bufou, revirando os olhos e resmungando “Ótima primeira impressão”. Os gêmeos cumprimentaram Pete com um aceno de cabeça.

— Rony... Rony Weasley. – disse outro garoto ruivo, com um sorriso envergonhado. Parecia estar em dúvida se esse era mesmo o seu nome.

— Gina Weasley. – disse uma garota de cabelos também vermelhos, acenando.

— É uma pena que Gui e Carlinhos não estejam aqui. Meus filhos mais velhos, sabe? – a Sra. Weasley comentou orgulhosamente. – Estão trabalhando.

Rony se manifestou.

— Já Percy não está aqui porque é um idiota puxa saco do ministro e...

— Já chega, Ronald. – Arthur preveniu.

Astrid não comentou para não ser indelicada, mas se perguntou se todas aquelas pessoas com cabelo de fogo eram filhas de Molly e Arthur. Nunca havia conhecido uma família tão grande. Pobre Molly, deve ter participado de tantos partos... Ai, que dor. Trid ponderava a intensidade da dor de um parto quando, sem querer, passou os olhos por um garoto de olhos verdes e óculos redondos, cabelos levemente bagunçados e a famosa (e tão comentada) cicatriz em forma de raio na testa. Conteve a surpresa quando o rapaz se manifestou.

— Sou Harry Potter. – ele sorriu timidamente.

— É um prazer conhecê-los. – disse Peter, olhando para Hermione e Gina, que sorriam envergonhadas.

— Muito obrigada por nos receberem. – Astrid completou. Os irmãos se entreolharam discretamente, como se perguntassem um para o outro se tinham que dizer mais alguma coisa. Anna sempre exigia deles a boa educação.

— Que é isso, a casa é de vocês! – exclamou Sirius, sorridente.

— O jantar estará pronto daqui a alguns minutos... Anna, querida, poderia me ajudar? – perguntou a Sra. Weasley docemente.

— Claro! – disse a mulher, seguindo-a em direção à cozinha.

— Garotos, podem mostrar os quartos do Pete e da Trid? – perguntou Sirius, dirigindo-se aos jovens nos degraus.

Eles assentiram e começaram a subir, conduzindo os mais novos inquilinos por entre os corredores e outras escadas.

O primeiro quarto à direita era o de Peter. Ao abrir a porta, o rapaz sorriu, surpreso. Era um cômodo azul marinho muito bonito. Havia uma estante branca cheia de livros e uma confortável poltrona ao lado. Uma cama branca e um enorme guarda roupa encostado na parede.

— Pronto Pete, já tem seu cantinho para ser nerd.

— Fica na sua, feiosa. – disse o irmão mais velho, fazendo Astrid revirar os olhos.

Eles andaram mais um pouco e, ao lado do quarto de Gina e Hermione, encontrava-se o quarto da caçula.

Ao entrar no cômodo, ficou maravilhada. O cômodo era marfim, com algumas flores delicadas desenhadas na parede. Havia um guarda roupa cinza, uma cama com lençóis brancos e encostada na parede uma penteadeira. No centro do quarto havia um lindo tapete branco.

— Uau. – disse a garota, sorrindo.

— Parece que já tinha sido feito para nós. Têm até nossos nomes na porta, olhe! – comentou Pete, apontando para a porta em que estava escrito ‘ Astrid Teles Black’.

Um barulho de arranhão vindo da cama de Astrid, fazendo-a abafar um grito. Começou a caminhar devagar enquanto seguia o som, cautelosa. Os outros atrás dela observavam com curiosidade.

A jovem contou até três e puxou o lençol. Uma bola de pelos laranja pulou da cama, assustada, e correu até os pés de Hermione.

— Bichento, aí está você! – disse Hermione, pegando-o no colo – Me desculpe por isso. Esse gato é meio folgado.

— Sem problemas. Eu adoro gatos. – disse Trid, se aproximando e passando a mão suavemente sob os pelos de Bichento, que ronronava.

— Ele gostou de você...

Ouviram um berro do andar de baixo que parecia ser da Sra. Weasley.

— Meninas, desculpem acabar com o momento ‘Gatos são tudo de bom e muito fofinhos’ mas está na hora de irmos jantar. – disse Jorge.

Todos desceram, entraram na cozinha rapidamente e se sentaram, famintos. Trid foi a última a chegar, andando distraidamente e observando novamente os quadros nas paredes com uma careta. Eles sempre puxavam a sua atenção. Principalmente um em especial, que ficava escondido entre uma pilastra e uma estante velha: O retrato de uma moça aparentemente jovem, de longos cachos negros e pele branca como a neve. Seus olhos acinzentados pareciam fitar Astrid com intensidade.

— Querida, tem um lugar ali, entre Harry e Jorge. – Sra. Weasley tirou Astrid de seus devaneios. A garota agradeceu e se sentou.

Os adultos começaram a conversar sobre a Ordem da Fênix e outros assuntos do ministério em tom baixo, deixando os jovens de fora.

— Então, de onde vocês vieram? – disse Hermione, se servindo.

— Paraná, Brasil. – disseram os irmãos em uníssono.

— Por isso estava notando que vocês tinham um sotaque diferente... – falou Gina.

— É, nós crescemos aprendendo tanto o inglês quanto o português, mas os sotaques nunca vão embora, principalmente porque não tivemos muitas oportunidades de praticar a língua inglesa. – disse Pete, colocando um pedaço de carne em seu prato.

— Não sabia que havia escolas de magia no Brasil... – comentou Harry.

— Só há uma no Paraná, a A.M.B. Há Castelobruxo também, mas optamos por um lugar mais perto. Pete vai para o sétimo ano, e eu para o quinto. – disse Trid, se servindo de suco.

— Vocês não vão para Hogwarts? – perguntou Rony, com a boca cheia.

— Nós queremos, mas temos que convencer nossa mãe.

— Ela quer ficar no Brasil e só tem a nós. Não gosta de ficar sozinha. – falou Pete, limpando uma mancha de molho na bochecha com um guardanapo.

— Mas porque ela não fica aqui com Sirius? – indagou Hermione.

— Porque não sabemos o que será deles, o que será da nossa família, sabe? – suspirou Trid, que recebeu um aceno de cabeça da garota – Eles ainda não se entenderam.

— Foi quase por um fio que fui expulso de lá. – disse Harry.

O garoto contou-lhes tudo o que se passara desde o começo de suas férias, do ataque dos Dementadores até a sua audiência, de onde saiu vitorioso.

— Bom, tomara que vocês possam estudar lá! – disse Gina. – Hogwarts é incrível!

— E tem uma biblioteca enorme. – falou Hermione, sorridente.

— Sério? – perguntou Pete, agora muito interessado.

— Desculpe, meu irmão é um problemático obcecado por livros. – desculpou-se Trid, fazendo todos rirem.

— Ei, não tem nenhum problema gostar de livros. – falou Hermione, ofendida.

— Gostar é diferente de ser obcecado a ponto de querer se casar com um. – disse a loira.

Fred e Jorge gargalharam e a expressão de Peter se tornou carrancuda.

— Eu preciso estar preparado! Adquirir conhecimento é muito bom, pois nunca se sabe o que irá cair em um exame ou do que vamos precisar. – disse ele, fuzilando a irmã com o olhar.

— Pronto, Hermione! Ganhou um novo amigo louco por estudos para você arrastar para a biblioteca. – disse Rony, recebendo um tapa na cabeça – Ai!

— Meus queridos, já está tarde. É melhor irem para a cama. E, além disso, temos uma reunião da Ordem. – disse a Sra. Weasley.

Todos bufaram, mas ao verem o olhar fuzilante de Molly Weasley decidiram subir bem rápido e sem reclamar.

— Boa noite, gente. Foi ótimo conhecer vocês. – disse Trid, dando calorosamente um beijo na bochecha de cada um. Ah, o jeitinho brasileiro de ser...

Fred e Jorge sorriram e retribuíram com um abraço, Harry deu um sorrisinho tímido. Rony ficou com as orelhas vermelhas.

— O mesmo. Boa noite. – disse Pete, com um aceno de cabeça para os garotos. Deu um beijo na bochecha de Gina e Hermione, que coraram.

Após se despedir, Astrid foi para seu quarto. Colocou as vestes de dormir e se jogou em cima da cama, pensativa. Aquele havia sido um dia inesquecível, nunca esteve tão feliz. Finalmente pôde abraçar o pai, fez novos amigos...

Um leve sorriso brotou em seus lábios. Ela viu como sua mãe e seu pai ficaram quando se viram... Ela sabia que ainda sentiam alguma coisa.

Cobriu-se com um edredom e adormeceu lentamente, agora feliz por ter sua família unida.


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Notas finais do capítulo

Pergunta da vez: Bolacha ou biscoito?



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