Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 29
A Profecia


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por comentar, Miss Riddle!
Boa leitura e não se esqueçam de ler as notas finais o/



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Sapphire esperava impacientemente do lado de fora da porta da sala de Umbridge com os braços cruzados e sua costumeira expressão emburrada. Estava prestes a bater na porta, quando a mesma se abriu, revelando uma Pansy Parkinson com sua habitual expressão facial de desdém. Ela aparentava estar feliz, e utilizava um tipo de medalha no lado direito do peito em que se liam os dizeres “Brigada Inquisitorial”.

Parkinson abriu um sorriso de escárnio e disse que Umbridge pedira a Sapphire para entrar. A garota apenas assentiu com a cabeça e adentrou o escritório da professora com passos firmes.

Ao observar o local, deu seu melhor para conter uma gargalhada: Todas as paredes estavam pintadas com um rosa bebê patético, e nelas estavam pendurados vários pratos com imagens de gatos fofos, que se moviam por ali assim como faziam as pinturas dos quadros de Hogwarts.

A professora estava sentada em uma cadeira atrás de sua escrivaninha e contemplava o rosto de Sapphire com um sorrisinho cínico.

— Senhorita Walsh, me perdoe por fazê-la esperar. Já conversei com a senhorita Parkinson, mas é justo que eu a ouça também. Sente-se, por favor. – Dolores apontou para a cadeira à frente da escrivaninha – Me diga... A senhorita tem tomado seus remédios?

Sapphire, ao se sentar, franziu o cenho com a pergunta da docente:

— Me desculpe, que tipo de pergunta é essa?

— Não seja ingênua. – a professora suspirou antes de dizer – Tudo bem. Senhorita Parkinson me explicou sobre os seus problemas de raiva e sobre seus surtos espontâneos, está mais do que esclarecido que ela não era nada mais do que uma vítima que passava pelo local quando você teve um de seus... Ataques hostis.

A jovem balançou a cabeça em sinal de negação com uma expressão incrédula:

— E a senhora simplesmente acredita em qualquer coisa que Parkinson diz?

— Dumbledore está ciente de que abriga em sua escola uma aluna que pode oferecer riscos a outros estudantes? – perguntou Umbridge. – Provavelmente não. Às vezes um diretor tão ocupado não tem tempo para o mais importante: Os alunos.

Sapphire respirou fundo e tentou manter a calma antes de dizer:

— Professora, eu não tenho problemas de raiva. Mas sabe com o que eu tenho problemas? Injustiça e desrespeito. A senhorita Parkinson não apenas insultou uma colega de outra casa, mas também fez insultos. Eu a alertei, ela continuou com as ofensas.

— Que tipo de insultos? – perguntou a professora, em tom levemente provocativo.

— Olhe para mim. – resmungou Sapphire – A senhora sabe quais... Por muitos anos eu tolerei que mexessem comigo, que debochassem da minha aparência. Mas eu já cansei disso. Agora tenho um outro jeito de resolver as coisas com pessoas que não sabem conversar educadamente.

— E é assim que se responde à ofensas? Com pancadaria? Rem rem... — debochou Umbridge. – Isso só confirma o que Parkinson disse.

Sapphire suspirou, tentando conter a ira que crescia rapidamente dentro dela, fazendo-a querer levantar e socar a docente até que sua cara de sapo ficasse roxa.

— Algumas palavras podem machucar muito mais do que um soco, professora. – disse a jovem.

— Eu sei o que vamos fazer com a senhorita. – disse Umbridge, abrindo uma das gavetas da escrivaninha e tirando dali um pedaço de pergaminho e uma pena um tanto peculiar – Eu vou te ajudar a fazer todos esses insultos pararem, pode confiar em mim. Sua detenção será essa: Escrever uma frase simples.

A garota franziu o cenho, pegando a pena com a mão canhota e perguntando:

— Cadê a tinta?

— Não vai precisar de tinta, doçura. – disse Dolores rapidamente. Levantou-se e caminhou com graciosidade até Sapphire, sussurrando algo em seu ouvido – Escreva isso.

Sapphire olhou para o pergaminho com um misto de incredulidade e mágoa nos olhos. Para conter uma briga desnecessária, engoliu em seco e perguntou:

— Quantas vezes eu escrevo?

A professora, soltando sua risadinha habitual, voltou a se sentar e disse:

— O bastante para que essa frase seja um lembrete diário para a senhorita.

~X~

Após contar tudo para Astrid, Jude sugeriu que fossem pedir para Dumbledore chamar Aurelia com urgência após a detenção.

— É uma boa ideia. – concordou Rachel.

— Ainda estou um pouco confuso... – resmungou Bruce – Por que a minha avó é importante?

— Acho que é algo que você precisa saber... – Astrid disse, trocando um gesto afirmativo de cabeça com Jude – Explicaremos logo depois da detenção, você vai nos acompanhar até a sala do diretor.

Bruce franziu o cenho, mas Jude deu-lhe um tapinha nas costas e disse:

— Confie.

Segundos depois, Maria Guadalupe e Isabelle correram até os outros jovens. Ambas pareciam meio desconcertadas, e Lupe tentava conter um sorriso. Belle foi a primeira a se manifestar:

— O que houve?

— Explicaremos tudo amanhã quando nos reunirmos. – disse Astrid – Mas parece que há alguém em perigo, e é ou já foi uma Potens Summi.

— Mais uma? – perguntou Lupe – Por Merlin... E quem é?

— A avó do Bruce. – confirmou Jude.

— Caramba, essa história toda está dando um nó na minha cabeça. – resmungou Belle.

Os adolescentes decidiram discutir sobre aquilo depois e terminar logo a limpeza antes que seu tempo acabasse. Passada cerca de meia hora, Filch entrou na sala para inspecioná-la. Desapontado por não encontrar motivos para brigar com os bruxos, devolveu-lhes as varinhas e mandou-os para o dormitório.

Astrid, Jude e Bruce foram até a Sala do Diretor e explicaram a situação para o mesmo. Dumbledore mandou chamar Aurelia que, em poucos minutos, levou os jovens para sua casa através de um de seus portais. As duas Potens Summi mais jovens, após contarem tudo o que acontecera para Ellaria e Aurelia com a ajuda de Bruce, sentiram que era necessário explicar tudo ao asiático, visto que Sun-Hee era sua avó. Oberlin pediu que contassem tudo a ele na cozinha. O rapaz parecia um pouco perturbado com tudo o que ouvia, então White preparou-lhe um chá.

Após a conversa, Ellaria não se demorou muito: despediu-se e foi até seus aposentos, alegando ter muito o que fazer.

— O que mais me preocupa é que cada vez que vocês vêm aqui, temos mais problemas e mais pessoas envolvidas. – resmungou Aurelia, enquanto fumava um cigarro - Já é tarde, avisei a Dumbledore que dormirão todos aqui. Há quartos para todos.

—  Esse lugar é enorme. – Bruce assobiou, tentando aparentar tranquilidade.

— Foi um presente da Potens Summi anterior. E futuramente, será da senhorita Black e da senhorita White.

Jude engasgou:

— Sério?

— Caramba! – disse Astrid.

— Mas é claro, suas idiotas. – disse Aurelia – Essa casa é o nosso legado, é o local onde estão seguras! Agora vão dormir de uma vez.

Os três jovens acompanharam Aurelia, que guiou cada um deles até um quarto branco e simples. Avisou-os que os acordaria a tempo de voltarem para Hogwarts e assistirem à primeira aula.

~x~

E mais uma vez, Astrid havia voltado para a Sala de Profecias. Não porque ela queria, mas porque algo a controlava. Alguém a fazia estar ali... E ela bem sabia quem era.

Tom a esperava à alguns passos dali, abrindo seu típico sorriso de escárnio. Trid não deu um único passo à frente. O rapaz, franzindo o cenho, caminhou até ela lentamente.

— Astrid Black.

A garota cruzou os braços contra o peito, contemplando o rosto de Tom com pouco interesse:

— Pois não, Tom?

— Ah, quanta frieza... – o rapaz sussurrou, erguendo a mão direita e deslizando a mão pelo rosto da moça – Pensou na minha proposta?

— Pensei. – ela disse prontamente – E educadamente vou recusar. Como disse, já tenho uma mentora.

Tom afastou-se, olhando para Astrid com incredulidade. Riu com sarcasmo antes de dizer:

— Aurelia Oberlin? Ah, doçura… Como eu disse, não vai querê-la te ensinando. Ela é controladora, não deixará que você expanda seus poderes ao máximo.

— E por que ela faria isso?

— Acorde, Black. – o rapaz disse, cerrando os dentes – Quanto mais seus poderes evoluem, mais os dela se enfraquecem. Se você tiver grandes evoluções, ela vai ficar mais doente e enrugada do que já é. Vai perder os poderes dela e se tornar uma bruxa comum.

— Ela está me treinando, seu imbecil. – disse Astrid com frieza.

— Ela está te ensinando a fazer as plantinhas se mexerem? Que meigo. Qualquer bruxo bom, com uma varinha, pode fazer isso. – debochou Tom.

Trid repentinamente franziu o cenho:

— Como sabe o que ela está fazendo?

Tom abriu um sorriso maldoso e sussurrou no ouvido da garota:

— Vê como eu não preciso ser Potens Summi para ser poderoso? Eu estou em todos os lugares. Estou em sua mente, Astrid Black. Eu acompanho cada um dos seus passos... Junte-se à mim, eu te ensinarei a usar suas habilidades melhor do que ninguém e ganharemos o mundo juntos.

A garota não podia mentir para si mesma: Sentiu-se tentada pelas palavras do jovem rapaz.

— Lhe darei tudo o que quiser. – ele riu – Posso curar a licantropia da sua pobre amiga.

A garota engoliu em seco antes de dizer:

— Eu preciso pensar. – E, sem saber o que fazer, desatou a correr em direção ao primeiro corredor.

Tom a seguiu, dizendo com voz cortante enquanto tentava alcança-la:

— Não terá oferta melhor que essa.

— Aurelia cuida bem de mim, ela se preocupa com o meu futuro. – ela disse enquanto corria.

— Mentiras! – Tom gritou de um corredor próximo.

— Eu irei morar com ela daqui a alguns anos. – disse Astrid.

— Faça isso! – ele disse sarcasticamente – Não dou dois dias para que aquela velha desgraçada lhe corte o pescoço enquanto dorme. Você não entende, Astrid Black? Ela não liga para você. Ela só está te preparando para o abate e você está caindo como uma pata.

— Ela não faria isso. – disse Astrid, tentando soar confiante.

— Eu me preocupo com você! – disse Tom – Junte-se a mim e nunca mais precisará se preocupar com o tal Colecionador.

Por um instante, Astrid cogitou a possibilidade. Se o Colecionador fosse morto, a avó de Bruce seria resgatada e as outras Potens poderiam viver em paz. Ela própria poderia viver em paz.

Repentinamente, Tom aparatou em frente a garota com ambos os braços abertos, mostrando receptividade.

— O que acha desse trato, Astrid? Eu te ajudo, você me ajuda.

— Se eu aceitasse... – disse Astrid – O que eu precisaria fazer?

— Tatue a Marca Negra e proclame-se como uma de minhas seguidoras. Depois me ajudará a pegar aquilo. – o rapaz apontou para uma esfera específica, uma profecia de brilho estranho – Será minha herdeira. Tudo que conquistarmos, futuramente será seu.

O corpo de Astrid praticamente congelou. Ela arregalou os olhos, encarando o jovem com incredulidade. Tom riu de sua expressão:

— Vamos, não pareça surpresa. Você sabia quem eu era desde o princípio... Só não queria aceitar.

E, dizendo isso, o galante Tom Riddle lentamente se transformava de volta para sua atual e verdadeira aparência. Em poucos segundos, ali estava Lord Voldemort: Pele pálida, vestes negras e uma expressão doentia em seu olhar.

— Cansei de brincar de adolescente. A minha paciência se esgota muito rápido. Essa é a sua última chance... Se juntará a mim?

Trid tentou não parecer trêmula. Sentindo os olhos marejados de lágrimas furiosas, deu um passo para se aproximar o bastante de Lord Voldermort. Com os punhos cerrados, disse baixinho:

— Chega de pesadelos. Tom, Você-Sabe-Quem, Lord Voldemort... Qual seja a droga o seu nome: Eu não dou a mínima para você. Se me julga tão importante, que venha pessoalmente até mim, lamba meus sapatos e implore para que eu tenha a Marca Negra tatuada. – abriu um sorrisinho sarcástico – Eu não vou facilitar nada para você.

O rosto de Voldemort tornou-se um misto de fúria e incredulidade:

— Certo, você fez sua escolha. Agora terá que arcar com as consequências. Antes de mais nada, quero que saiba que pessoas irão morrer por conta de suas decisões... Eu causarei muito sofrimento para você e sua família.

— Você é doente. – a garota disse.

— É bom medir suas palavras, criança. – Voldemort abriu um sorriso doentio.

— E você meça suas ameaças. – retrucou a garota – E se prepare. Porque eu vou melhorar. Eu vou desenvolver meus poderes. Contarei tudo o que aconteceu aqui para Harry, e juntos vamos leva-lo à ruína.

— Que bom que tocou no assunto Harry Potter... Pois foi ele que permitiu que eu invadisse a sua mente, que tudo isso acontecesse. – Riddle disse e, antes de aparatar, completou – Estarei mais preparado do que nunca.

Sozinha, a garota segurou as lágrimas que insistiam em querer escorrer pelo seu rosto. Ela não choraria, tampouco deixaria que as pessoas que amava morressem. Tom era apenas um homem doente e cheio de mentiras.

Repentinamente, uma das esferas de cristal começara a brilhar com intensidade. Aproximando-se para ver melhor, Astrid notou que era a mesma Profecia que lhe chamara a atenção da última vez que estivera ali. Pegou-a com as duas mãos e uma voz suave começou a sair da pequena esfera:

Terra.

Água.

Fogo.

Ar.

Quando os quatro elementos estiverem unidos, a guerra estará próxima de começar.

Das quatro grandes guerreiras, uma irá cair. Das outras quatro aliadas fieis, uma irá sucumbir às trevas. Das grandes amizades, algumas perdas.

O filho do Cruel terá uma escolha a fazer: Ajudará a lutar ou às trevas também irá ceder?

A figura paterna irá padecer e, no fim de tudo, apenas um lado poderá vencer.

 

— Levanta, garota. Vamos!

A voz áspera de Aurelia foi a primeira coisa que Astrid ouviu ao abrir os olhos. Sentou-se na cama sentindo a cabeça doer e deslizou a mão pelo rosto suado, colocando alguns fios de cabelo atrás da orelha. Ellaria, Jude e Bruce também estavam no quarto.

— Que horas são? – resmungou Trid.

— Quatro da manhã. Você começou a falar sozinha em um tom muito alto, acordou todo mundo. – disse Jude.

— Tom... A profecia... – Astrid passou a mão pelos cabelos, visivelmente aflita.

— Acalme-se, minha criança. – Ellaria sentou-se à seu lado com uma expressão preocupada – Conte-nos o que houve.

E ela relatou tudo o que se passara no sonho. Confessou também que não era a primeira vez que havia entrado em contato com Tom e, por último, recitou novamente o que havia escutado da esfera de cristal.

— Água, fogo, terra, ar... Somos nós quatro. – disse Jude.

— Obviamente, White. – disse Ellaria – Acredito que Black encontrou nossa profecia.

— Isso foi muito irresponsável de sua parte. – disse Aurelia em tom autoritário – Devia ter contado sobre esses sonhos antes.

— Eu sinto muito, não sabia o que fazer. – desculpou-se Trid. – De onde ele te conhecia, Aurelia?

— Estudamos juntos em Hogwarts. – disse Aurelia – Acredito que ninguém mais vai dormir por aqui... Jude, rapaz asiático, desçam para a Cozinha. Ellaria, pode preparar algo para comerem? – a negra assentiu afirmativamente – Preciso ter uma conversa com Astrid.

A mulher conduziu a jovem bruxa até seu escritório. De um dos armários, tirou um objeto que Trid reconheceu como a Penseira, artefato mágico de que Harry já havia lhe falado. Com a varinha, puxou um de seus fios de cabelo e jogou sobre a bacia, fazendo com que as duas mergulhassem em uma das lembranças de Aurelia.

Astrid sentiu seu corpo flutuar até pousar cuidadosamente em um corredor de Hogwarts. Instantaneamente, a loira identificou a jovem Aurelia, lá pelos seus quinze anos, caminhando até a sala de Slughorn. Ao encontrar a porta entreaberta, Oberlin aproximou-se para olhar pela fresta e identificou o jovem Tom Riddle conversando com o professor. Horácio parecia extremamente atordoado e desconfortável com as perguntas que o rapaz fazia sobre Horcruxes. Quando a conversa finalmente acabou e Tom se aproximava para abrir a porta, Aurelia desatou a correr. Quando pensou que estava livre do rapaz, a mão dele a puxou para os Jardins:

— Vamos ter uma conversinha, Oberlin.

Pararam perto de uma árvore mais afastada dos outros alunos que riam e aproveitavam o fim de semana. Tom disse ameaçadoramente:

— Eu não gosto de espiãs.

— Parece que temos muito em comum, Tom. – disse Aurelia inocentemente.

— Acha que estou brincando? – perguntou o rapaz.

— Não, jamais pensaria isso. – riu Aurelia. – O que vai fazer? O que ganha dividindo sua alma em pedaços?

— Isso não é da sua conta. – ele resmungou – E tome cuidado comigo, sou mais esperto do que acha... Pensa que não sei o que você é?

Aurelia sentiu as palavras sumirem de sua boca, engolindo em seco.

— Potens Summi. – ele abriu um sorriso de escárnio.

— Como sabe que...

— Eu sei muito bem o que é isso, e sei também que o Ministério adoraria prendê-la, fazer testes com você e, no fim exterminá-la como uma barata inconveniente.

— O que você quer, Riddle? – perguntou Aurelia, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.

— Vou pensar. Eu te aviso. – Tom deu uma risadinha e saiu com passos largos.

Depois disso, Astrid viu um pequeno flashback onde Riddle pedia que Aurelia conseguisse para ele alguns objetos que a garota não pôde ver, pois estavam ocultos em um saco. Durante os outros flashbacks, Astrid entendeu que os dois trabalhavam juntos porque Oberlin era constantemente chantageada.

Os rápidos flashbacks se foram com uma fumaça e Astrid encontrou-se em algum lugar na Floresta Proibida. Aurelia e Tom observavam, ao longe, o que a moça notou ser um belíssimo unicórnio. Riddle tirou do bolso um pequeno punhal e entregou para Oberlin.

— O que espera que eu faça com isso? – perguntou Aurelia.

Tom apontou para o unicórnio:

— Mate-o.

— Ficou maluco? – a moça franziu o cenho – Para que quer que eu mate um unicórnio?

— Porque eu quero. E além do mais, um dia vai precisar matar alguém, visto que você é o que é. É bom começar a praticar. – ele disse casualmente.

— Eu não vou fazer isso. – disse Aurelia firmemente.

— Não vai, é? – perguntou Tom – Esqueceu o que eu posso fazer?

— Não, parece que foi você quem esqueceu o que eu posso fazer. – e, com um movimento rápido, a jovem o apunhalou na barriga.

Riddle curvou-se e levou ambas as mãos ao punhal, contendo um grito ao sentir uma pontada de dor. Ao tirar o punhal da área atingida com esforço, derrubou-o com um susto ao notar que sua barriga aparentava normalidade: Sem um único arranhão ou sinal de violência.

— Parece que você se esqueceu o que eu posso fazer. – disse Oberlin com frieza – Esperava que você pelo menos aplaudisse... Foi um bom truque de ilusionismo. Enfim... Cansei de você, Riddle. Te obedeci por muito tempo e fui burra demais para me lembrar de quem eu sou. Eu sou uma Potens Summi. Eu tenho muito mais poder do que você. Não importa quantas Horcruxes você crie... Sempre será um miserável. – e completou antes de lhe dar as costas em direção ao castelo – E esse punhal estará fincado no seu pescoço caso tente me dedurar... Só que não vai ser de brincadeira dessa vez.

Novamente, tudo se tornou enevoado e Astrid sentiu que estava em queda, até pousar sobre uma cadeira de madeira. No assento ao lado, estava a Aurelia de dezesseis anos. Ao olhar ao redor, notou que estavam em um dos cômodos da própria casa da Potens Summi mais velha. Entre as duas moças, encontrava-se um serviçal. À frente delas, estava Barbara Scamander. Ao lado de Barb, se encontrava o jovem Tom Riddle.

Por um instante, quando a jovem Oberlin olhou para o lado, Trid pensou que esta a havia reconhecido. Segundos depois, Barbara tomou a palavra:

— Não quero mais ver os dois se ameaçando de morte, brigando ou qualquer coisa que for. – voltou o olhar para Riddle – Se manter o segredo de Aurelia, manteremos o seu. Esse é o trato.

— Por que não me matam de uma vez, se são tão poderosas? – debochou o rapaz.

— Eu sou contra a violência e Oberlin, apesar de impulsiva, é uma aprendiz sob meu comando. Ela obedece quando peço que não machuque ninguém por ora. Certo? – Aurelia assentiu com a cabeça, bufando.

— Temos um trato ou não? – a loira perguntou impacientemente.

— Sim, temos. – Tom estendeu a mão para a garota – Cada um cuidando de seu próprio negócio.

Hesitantemente, Aurelia Oberlin apertou a mão de Tom Riddle e os dois trocaram um olhar cúmplice.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Deixei a foto do Dream Cast no capítulo.
E aí, o que acharam?



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