POV Annabeth

Senti minhas bochechas corarem assim que Bianca disse aquilo sobre Percy e eu.

Respirei fundo.

– Do que você ta falando? – perguntei.

Ela sorriu.

– Só pela a sua cara já sei que é verdade – disse Bianca.

Gemi.

– Como você...

– O Percy me contou não se preocupe ninguém mais sabe – respondeu ela.

Encostei-me a pia da cozinha que estava logo atrás de mim.

– Nós tínhamos bebido muito aquilo não devia ter acontecido – expliquei – Além disso, ele está com a Rachel agora.

Ela revirou os olhos.

– Meu Deus vocês tem o que? Treze anos? Ele e a Rachel nem estão juntos e você e o Connor não vão muito longe.

Ai Deuses, eu havia esquecido totalmente do Connor.

– Não estão juntos ainda. Ele vai pedi-la em namoro quando voltarmos para o internato – falei.

Ela arregalou os olhos.

– O que? Ele não me contou nada disso.

Suspirei.

– E eu vou ajudar – sussurrei sem olha-la nos olhos.

Ela ficou em silêncio por um momento.

– Vocês precisam resolver isso de uma vez Annabeth eu sei muito bem que você não está nada feliz com isso – disse Bianca – E pelo que o Percy me disse ele também não está.

Ergui as sobrancelhas.

– Como assim não está? Ele conseguiu ficar com a Rachel e era o que ele queria – respondi – Pensei que você e a Rachel eram amigas.

Ela bufou.

– Rachel mudou muito, e depois daquilo que ela te disse ela passou a ser apenas minha colega de quarto – disse ela – E eu nem mesmo sabia que ela sentia alguma coisa pelo o Percy. Achei que ela o via apenas como um amigo.

E antes que eu pudesse responder alguma coisa alguém abre as portas da cozinha me dando um belo de um susto.

Era apenas o imbecil do Nico.

– Ai seu idiota – disse Bianca se recuperando do susto.

Nico ergueu os braços em redenção.

– Calma gente – disse ele – Só vim ver porque vocês estavam demorando tanto com a pipoca.

*******

Fiquei na casa dos Di Angelo bebendo e comendo besteiras o resto do tempo. Bianca, Thalia e eu estávamos dividindo uma garrafa de champanhe e sentadas no carpete da sala de jogos ouvindo Green Day enquanto ou garotos jogavam sinuca no canto.

Música: https://www.youtube.com/watch?v=Soa3gO7tL-c

Gente a Thalia que escolheu a música.

– E aí o que vocês estavam fofocando na cozinha? – perguntou Thalia.

Corei.

Bianca sorriu.

– O Percy e a Annabeth trocaram saliva ontem.

Thalia arregalou os olhos.

Ah Deuses.

– E quando é que você iria me contar isso? – Thalia perguntou.

– Achei que não era importante – falei, mas ela não pareceu nada convencida.

Expliquei a ela que nós estávamos muito bêbados e que ele iria pedir a Rachel em namoro na segunda.

– Vocês são complicados demais – disse Thalia – Ele disse que não queria esquecer o beijo e agora disse que quer a sua a ajuda pra pedir a Rachel em namoro? Mas que idiota.

Respirei fundo.

Aquilo já estava me dando nos nervos todos dizendo que nós tínhamos que ficar juntos e que aquele beijo significava alguma coisa.

Bufei.

– Já falei nós estávamos bêbados demais droga – explodi – Vocês ficam aí achando que eu não estou feliz, mas na verdade eu estou sim ele é meu amigo apenas.

Dei graças aos Deuses pelo o som estar alto o bastante para que os garotos não ouvissem.

Bianca cruzou os braços.

– Se você ta dizendo.

– Agora, por favor, vamos mudar de assunto – pedi – E você e o Luke?

Virei para Thalia.

– Estamos bem e o sexo com ele é ótimo – disse ela dando uma golada no champanhe.

Fiz uma careta.

– Eca poupe-me dos detalhes nojentos, por favor – pedi.

Bianca sorriu.

– Com o seu irmão também – disse ela.

Dei uma golada do champanhe.

Eu não bebi o bastante para escutar aquilo.

– Vocês transaram no primeiro encontro? Que romântico – disse Thalia entre risos.

Bianca deu de ombros.

– Não sabia que ia ficar a fim dele depois.

Ela me encarou.

– E você Annabeth? – perguntou ela.

Thalia soltou uma risada.

– Annabeth tem medo de sexo eu acho.

Corei furiosamente.

– Não é medo é só que quando chega à hora de tirar a roupa eu fico apavorada – expliquei.

Bianca e Thalia deram um sorriso malicioso.

– Então quer dizer que você tem vontade? – elas perguntaram juntas.

Estava mais vermelha que um tomate.

– Eu... Claro que não... Vou buscar uma cerveja – falei levantando-me antes que elas fizessem mais alguma pergunta daquelas.

Caminhei até a cozinha que não ficava longe da sala de jogos da casa, fui até a geladeira e peguei uma garrafa de cerveja e abri logo depois.

Dei uma golada no conteúdo, era de certa forma prazeroso sentir o álcool queimando a minha garganta.

Fiquei observando a rua pela a janela da cozinha enquanto bebia.

– Você bebe demais sabidinha – disse alguém atrás de mim.

Dei um pulo de susto que quase derramo a cerveja.

Percy estava logo atrás de mim com um sorriso no rosto e seus olhos estavam de um verde vivo.

– Me assustou Cabeça de Alga – consegui dizer.

– Me desculpe.

Ele sorriu e abriu a geladeira pegando uma cerveja e vindo para o meu lado.

Ficamos em um silêncio constrangedor até que eu resolvi falar alguma coisa.

– Já penso em como vai ser o pedido de namoro?

Ele deu uma golada na cerveja.

– Não estou pensando muito nisso – respondeu ele – Como eu disse eu não sinto a mesma coisa por ela.

Dei de ombros.

Por alguma razão eu fiquei um pouco feliz com aquele comentário.

– Você precisa se decidir não pode ficar com alguém que não gosta – murmurei.

Ele riu.

– Olha quem fala – disse Percy – Você está com o Connor e não gosta dele.

Sorri.

– Mas é diferente nós estamos apenas ficando não tem nada demais – eu disse.

Ele sorriu.

– Então aquele nossa beijo ontem não foi nada demais? – disse ele sorrindo.

Ok. Aquele comentário me pegou de surpresa.

– Acho que não, ainda somos amigos – falei.

Então ele se posicionou de frente pra mim e pós as mãos em minha cintura me trazendo mais perto.

– Percy não podemos fazer isso somos amigos – murmurei.

Ele encostou a testa na minha.

– Isso não nos impediu da última vez – disse ele.

Sorri.

Eu sabia muito bem que aquilo era errado e que eu me arrependeria pela manhã, mas por alguma razão eu queria fazer aquilo.

– Tem razão.

Até que finalmente ele me beijou e foi um beijo diferente do outro era um beijo doce e cheio de desejo.

Até que nós precisávamos de ar e tivemos que acabar com o beijo.

– Viu não mudou nada ainda somos amigos - sussurrou ele em meu ouvido.

Corei.

– Idiota.

Ele sorriu e me deu um selinho.

– Temos que ir se não os outros vão acabar pensando o que não deve – murmurei.

*********

Depois do beijo foi tudo muito estranho e apavorante Percy e eu ficávamos nos encarando de um jeito engraçado e as garotas ficavam perguntando o que havia de errado comigo porque eu ficava sorrindo o tempo todo. Fiz Percy prometer não comentar com ninguém sobre o ocorrido nem mesmo com Bianca.

Não demorou muito para eu voltar para casa. As luzes estavam apagadas e somente a TV estava ligada Malcom estava esparramado no sofá mexendo no celular.

– Oi grandão!

Ele resmungou alguma coisa.

– Já fez o que eu te pedi? – perguntei.

Ele fez uma careta.

– Não... Eu ainda estou pensando no assunto – disse ele.

Revirei os olhos.

– Você só tem até amanhã para pensar – murmurei – Bianca ainda não está tão brava com você.

Ele suspirou se levantou do sofá e pegou as chaves do carro.

Sorri.

– Anda logo! Ouvi dizer que o pai dela é uma fera – falei antes de subir as escadas.

Ele apressou o passo e se foi.

Sorri.

Subi as escadas e fui até meu quarto. Tomei um banho quente e longo.

Eu não parava de pensar naquele idiota (sim o Cabeça de alga), eu não tinha a menor ideia do que eu estava sentindo em relação a aquilo tudo.

Desliguei o chuveiro saí do banheiro e me vesti com um pijama simples com estampa de coruja. Antes que me deitasse na cama alguém bate na porta.

– Annabeth! – chamou minha mãe do outro lado da porta.

– Pode entrar – respondi.

Minha mãe estava vestida com um jens claro e uma blusa de mangas preta e seus cabelos loiros estavam soltos.

– Oi mãe.

Ela sorriu.

– Nem tivemos tempo para conversar – disse ela.

Assim que ela disse isso eu me senti culpada por ter passado mais tempo com os meus amigos do que com os meus pais.

– Ah mãe me desculpe por...

Ela me abraçou antes de eu ter terminar a frase e me deu tapinhas nas costas.

– Não tem que pedir desculpas – ela disse.

O tom de voz dela estava doce o que não era normal minha mãe costumava ser muito seria.

– Eu estava até pensando em te tirar daquele internato, mas agora eu vi que você está mais feliz do que nunca – continuou.

Sorri.

– Eu te amo mãe – falei quando me afastei dela.

Ela sorriu.

– Também te amo – disse ela – Onde o Malcom foi?

– Ah... Ele saiu... Como o Jack, devem ter ido jogar basquete – menti.

Eu não estava a fim de falar das histórias de amor do meu irmão para minha mãe. Ela não pareceu muito convencida, mas me deu um beijo na testa e saiu.

Joguei-me na cama demorei um tempo para adormecer até que consegui.

********

Acordei com a luz que vinha da janela batendo no meu rosto, olhei para o relógio e eram 11h da manhã. Fiquei uns vinte minutos deitada mexendo no celular e arrumando forças para levantar e comer alguma coisa.

Levantei-me da cama e fui até o banheiro escovar os dentes e em seguida desci as escadas para tomar café. Senti um cheiro maravilhoso de ovos com bacon o que me fez praticamente correr até cozinha.

Meus pais estavam conversando animadamente sentados na mesa tomando café da manhã.

– Bom dia! – disse eu.

– Bom dia.

Servi-me com os ovos e comecei atacar e quando eu estava prestes a dar a última garfada a campainha começa a tocar meu pai rapidamente se levantou para atender.

Ouvi alguns murmúrios até que meu pai me chama:

– Annabeth!

Levantei-me e fui até a porta esperando que fosse Jack, mas quando cheguei até lá tive uma grande surpresa. Parado do outro lado da porta estava Percy usando um jens e um moletom preto da GAP ele sorriu assim que me viu.

Sorri.

Meu pai olhou para Percy e depois pra mim como se estivesse tentando descobrir o que estava acontecendo.

Ele suspirou e deu meia volta de volta para a cozinha e disse:

– É melhor eu deixar vocês sozinhos – disse.

Esperei não estar tão vermelha quanto eu pensava.

Suspirei e voltei para Percy.

– Hãn... Você quer entrar? – perguntei.

Ele negou com a cabeça e pós as mãos no bolso do casaco.

– Só queria saber se você gostaria de dar uma volta comigo – disse ele.

– É claro – falei um pouco rápido demais – Como amigos?

Ele sorriu.

– É. Como amigos.

Respirei fundo.

– Vou me arrumar então é melhor você entrar – disse eu.

Depois disso deixei Percy ocupado comendo biscoitos enquanto minha mãe fazia um de seus típicos interrogatórios. Subi as escadas rapidamente e fui até meu quarto, tomei banho às pressas e em seguida botei o meu roupão e fiquei encarando minhas roupas no closet.

E como das outras vezes eu não sabia o que estava acontecendo comigo era estranho era como se meu estômago estivesse repleto de borboletas... Borboletas não acho que estou sendo modesta, pois era como se o zoológico inteiro estivesse dançando uma das músicas da Lady GaGa no meu estômago.

Sentei-me no piso do closet e suspirei. Até que ouso alguém abrindo a porta do meu quarto.

Que não seja ele – pensei.

Acho que meu desejo foi concedido, pois era o meu pai. Ele se sentou ao meu lado.

– Deduzi que estivesse aqui – murmurou – Você é igualzinha a sua mãe.

Franzi as sobrancelhas.

– Não sou não.

Ele sorriu.

– Aquele rapaz lá em baixo parece gostar de você – disse ele.

Corei.

– Pai ele é só um amigo – expliquei – Não tem nada rolando.

– Se você está dizendo... Vi o jeito que ele olhou pra você – disse ele – Só quero que você seja feliz Annabeth, você e Malcom.

O abracei.

– Ah pai eu estou feliz – murmurei.

Ele passou as mãos nos meus cabelos.

– Então isso basta pra mim – disse ele me dando um beijo na bochecha – Você parecia em pânico lá em baixo quando viu o garoto.

– Pai!

Ele sorriu e se levantou.

– É melhor você se apressar sua mãe ainda está fazendo o discurso – disse ele antes de sair.

Levantei-me rapidamente e escolhi a roupa.

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Desci as escadas e pude ver meu pai puxando a minha mãe para longe de Percy que estava sentando no sofá.

Ele se levantou assim que me viu.

– Desculpe a minha mãe...

Mas ele me interrompeu.

– Ela só queria saber com que tipo gente você ta andando – disse ele.

Sorri.

Percy estendeu a mão.

– Vamos?

Revirei os olhos e peguei sua mão.

Ele me conduziu até a porta e em seguida até o seu carro que estava parado em frente à minha casa.

E antes dele abrir a porta pra mim eu o encarei.

– Que foi? – perguntou.

– Você não disse aonde vamos – respondi.

Ele revirou os olhos e se aproximou de mim e antes que ele pudesse fazer alguma coisa alguém grita atrás de nós.

– Annabeth!

Virei e pude ver Malcom e Jack subindo a rua e vindo em nossa direção, menos de um segundo depois eles chegaram.

Eles estavam suados e com mochilas nas costas.

– Onde vocês estavam? – perguntei.

Jack e Percy se encaravam.

–Jogando basquete – respondeu Malcom – Eu cheguei ontem e vocês já estavam dormindo e o Jack me chamou pra jogar hoje de manhã.

Malcom acordou de manhã? É isso mesmo produção?

Antes que eu pudesse responder Jack pergunta:

– Aonde você vai com ele?

Aquilo me irritou profundamente. Por que Jack estava agindo daquela forma?

– Percy é meu amigo – respondi.

Olhei para Percy que parecia que iria mata-lo ali mesmo.

– Eu só não quebro a sua cara bem aqui em respeito à Annabeth – disse Percy.

Quando Jack avançou Malcom o segurou.

Bufei.

– Jack eu não tenho que dar satisfações a você sobre quem eu vou ou não sair – murmurei – A vida é minha faço o que eu quiser com ela.

Ele ficou ainda mais furioso.

– Anda cara vamos! Você ta de cabeça quente – disse Malcom puxando-o para dentro de nossa casa.

Cruzei os braços.

– Estragou o nosso dia? – perguntei a Percy.

Ele conseguiu sorrir pra mim.

– Claro que não.

Será um longo dia.