The Only Exception escrita por Vanessa


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Me desculpem a demoraaaaaa! Espero que gostem!



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POV Annabeth

Algumas semanas depois, eu estava ajudando Thalia e Luke a escolherem os pais do bebê – ou pudim como eles resolveram chamar - . Thalia estava grávida de oito semanas, mas como ela costumava usar roupas largas os alunos do internato não desconfiavam que ela estava grávida.

Eu estava sentada em uma das mesas de granito no gramado do internato, preenchendo as inscrições das faculdades. Na verdade, eu já havia decidido que queria ficar em Nova York, mas eu tinha que deixar as opções em aberto. Era um dia lindo de sábado e os alunos estavam brincando de guerra de neve, conversando ou jogando beisebol.

Eu estava feliz, recostada sobre o peito de Percy. Ele estava aflito com medo de não conseguir entrar na universidade de Nova York comigo. Ele preenchia os papéis das faculdades com tanta tristeza que até me deixou preocupada.

— Ei, Percy – murmurei – Vai dar tudo certo. Estou te ajudando a estudar, entrar na faculdade de Nova York não é tão difícil assim.

Ele me encarou com tristeza.

— Fui suspenso e tomei mais detenções do que eu posso contar – disse ele – Se eu não entrar os meus pais vão me matar...

O encarei com as sobrancelhas erguidas. Os pais dele eram as pessoas mais gentis que eu conhecia.

Percy suspirou.

— Tudo bem eles não vão me matar – murmurou – Mas eu não conseguiria olha-los nos olhos e dizer que não entrei em nenhuma faculdade... A minha mãe já passou por tanta coisa para bancar os meus estudos...

O abracei e dei-lhe um beijo na bochecha.

— Vai dar tudo certo – disse eu.

Percy e eu estávamos muito bem, nosso relacionamento era incrível. Eu estava perdidamente apaixonada por ele. Ok isso soou muito meloso, mas ei! É como eu me sinto!

Até que vejo Thalia e Luke caminhando em nossa direção de mãos dadas.

— Tenho uma ótima notícia – disse Thalia se sentado na mesa conosco.

Luke se sentou ao seu lado.

— Encontramos os pais do pudim – disse Luke.

Revirei os olhos.

Thalia havia dado esse apelido ao bebê, pois não gostava de pudim. E por ironia do destino haviam duas semanas que ela só queria comer pudim, era única coisa que não a fazia vomitar.

Percy sorriu.

— E quem são? – perguntou.

Thalia sorriu e nos mostrou o seu celular.

— Esses são o senhor e a senhora Williams – disse Luke.

No visor do celular havia a foto de um casal, a mulher possuía pele negra e lindos olhos castanhos, seus cabelos eram longos e encaracolados. O homem possuía a pele bronzeada e cabelos castanhos. Eles aparentavam ter entre trinta a trinta e cinco anos.

— De onde eles são? – perguntei.

— Nova York. Sabe, a agencia de adoção disse que seria melhor se encontrássemos um casal que morasse na mesma cidade que nós – explicou Thalia – Eles moram em Nova York, mas vão se mudar para a Flórida ano que vem.

— Ela não pode ter filhos? – perguntei.

Thalia negou com a cabeça.

— Não. Os dois são inférteis e eles estão na fila adoção a dois anos – explicou – É perfeito. Eles foram tão gentis na chamada de vídeo que fizemos mais cedo.

Sorri.

Thalia iria cursar a faculdade normalmente até não poder mais. Eu estava feliz por ela e Luke terem se entendido, mas se eles tomassem qualquer decisão eu a apoiaria.

Até que vejo Bianca, Nico e Rachel se aproximando de nós. Bianca estava triste esses últimos dias, Malcolm havia contado a ela sobre a garota com quem havia beijado. Então, eles resolveram dar um tempo.

Rachel, bom, eu não morria de amores por ela, mas a respeitava muito. Nós não discutíamos, mas também não nos tornamos melhores amigas, ela era tolerável. Ultimamente havíamos até trocado algumas palavras sobre faculdade, ela iria cursar artes.

— Vocês não vão acreditar no que aconteceu noite passada! –  disse Rachel para nós.

Bianca se sentou ao meu lado e colocou a cabeça sobre o meu ombro.

— O que aconteceu? -  perguntou Percy.

— Connor foi expulso do internato – disse Bianca.

Arregalei os olhos.

Eu odiava Connor com todas as minhas forças, ele havia dito coisas horríveis para mim.

— O que? – perguntei.

— Sabe a Laurie? A líder de torcida do segundo ano?– perguntou Rachel – Eles estavam ficando a alguns dias e a mãe dela veio visita-la ontem à tarde. Era o aniversário dela ou coisa parecida. De qualquer forma, a mãe dela percebeu algumas marcas no pescoço da Laurie.

Fiquei boquiaberta.

— Você quer dizer que o Connor fez isso? – perguntou Thalia tão chocada quanto eu.

Nico assentiu.

— Laurie confessou para mãe que o namorado era agressivo... A polícia está aqui – disse Nico.

Eu estava completamente chocada.

— Eu sempre soube que ele era estranho, mas... – disse Percy. Até mesmo ele não sabia o que dizer.

Todos nós ficamos calados por alguns segundos, até ouvirmos algumas pessoas gritando insultos ao longe. Viramos para ver o que era.

A alguns metros de distância onde ficavam os portões do internato, Connor estava sendo conduzido pela a polícia com as mãos algemadas. Vários alunos gritavam insultos para ele e tacavam bolas de neve.

Engoli em seco.

— Em pensar que eu quase namorei esse cara – consegui dizer – Espero que a Laurie fique bem com tudo isso.

Todos concordaram.

Percy me abraçou pela a cintura e me deu um beijo na bochecha.

****

Durante o resto do dia foi tudo muito estranho. A diretora Parks colou cartazes sobre violência contra as mulheres por toda a escola.

Bianca, Percy e eu estávamos saindo do refeitório após o almoço e eu não conseguia parar de pensar no lance do Connor.

Mordi o lábio.

— Eu estou apavorada – murmurei infeliz.

Percy e Bianca me encararam.

— Por que? – perguntaram em uníssono.

Respirei fundo.

— Sabe... Estou com medo das mensagens que venho recebendo – disse eu – E se for ele? Ou...

Percy me encarou preocupado.

— Ou?

— O Jack – respondi – Lembra da última vez que o vimos? Ele estava agressivo e estranho.

Bianca me olhou preocupada.

— Ainda recebe as mensagens?

Assenti.

— Eu não dei muita importância, mas agora estou apavorada – murmurei parando de andar.

Percy se posicionou na minha frente.

— Annabeth eu não vou deixar ninguém encostar em você – disse ele segurando a minha mão.

Bianca se remexeu desconfortável.

— Talvez você devesse ir à delegacia e tentar rastrear o número – disse ela.

Olhei par Percy.

Eu estava à beira das lágrimas de tanto medo e então ele me abraçou.

— Precisamos conversar com a diretora e ligar para os seus pais – disse ele.

****

Meus pais ficaram apavorados e até queriam que eu voltasse para casa, mas eu disse a eles que precisava fazer as provas finais.  Fomos para a delegacia mais próxima do internato com a diretora Parks que estava de cabelo em pé, estava muito preocupada com as alunas e disse que organizaria uma palestra sobre violência o mais rápido possível.

Na delegacia foi tudo muito estranho. Percy e Thalia me acompanharam como testemunhas do ocorrido com Jack, no shopping – quando ele agarrou o meu braço -.

Eu só queria que tudo aquilo acabasse. As suspeitas sobre quem estava enviando as mensagens indicavam que seria Connor, pois as mensagens pareciam ser de alguém que me via todos os dias.

Os policias até suspeitavam que Connor e Jack estavam juntos nessa. O que me deu arrepios, mas como? Até onde eu sabia eles nem mesmo se conheciam.

Chegamos ao internato tarde da noite e eu estava completamente cansada. Tudo que eu queria era dormir com Percy, mas a diretora fez questão de deixar Thalia e eu na porta do nosso dormitório e iria acompanhar Percy até o dele.

Deitei-me infeliz na cama. Eu não estava com forças nem para trocar de roupa.

Thalia foi até o banheiro se preparar para dormir e quando voltou me encontrou aos prantos em minha cama. Eu não podia evitar, estava apavorada.

Thalia se deitou ao meu lado e me abraçou com força.

— Annabeth tudo vai ficar bem – disse ela.

Funguei.

— Estou com tanto medo – disse eu.

— Lembra quando eu descobri a gravidez? Você estava lá comigo – murmurou ela – Se não fosse por você eu nem sei o que teria acontecido. Você é a minha melhor amiga e eu vou sempre estar ao seu lado.

A abracei mais forte.

— Dorme comigo hoje? – perguntei – Não vou conseguir dormir sozinha.

Ela assentiu.

Thalia e eu resolvemos assistir algo para nos distrair. E então, ficamos assistindo séries de comédia até adormecer.


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