Unidas pelo Sangue escrita por All StarCherry


Capítulo 13
A Filha de Hefesto Ganha Voz


Notas iniciais do capítulo

ô capitulo sofrido ein gente?
Bom,
eu avisei a algumas pessoas que ficaria um bom tempo sem postar por que eu não teria acesso a minha conta e tal

NÃO estou totalmente de volta

Meu estado de saúde se encontra frágil e fica realmente difícil postar do jeito que estou e não isto não é uma desculpa é a verdade

Bom eu quero uns 10 reviews ein?
agora vamos ao capitulo



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- V-você... – dizia Travor.

 

- É filha de Hefesto – eu murmurei baixo

 

- Hefesto. – repetiu ela e por um momento ela pareceu pensar, até que me olhou decidida. – Se eu não estou enganada isso parece importante – e apertou forte o medalhão em sua mão –, então – disse ela –, eu estou na missão?

 

- Não! – Gritei. Eu sabia que agora íamos precisar dela, mas eu não podia arriscar sua vida, não ela, não à vida dela. – De jeito nenhum, nem pensar! – Eu soltei.

 

 

- Aléxis... – dizia Thyler, mas nada o que me dissessem iria mudar minha opinião. Eu não podia levá-la, não ela...

 

- Não Thyler! – o cortei – Não posso... – e eu não sei se foi por medo ou apenas por pura reação que dei dois passos a trás. – Você não entende? – perguntei baixo.

 

- Devemos falar com Quiron. – interveio Travor. – Ele deve saber o que fazer...

 

- Não, não adianta, eu não vou levá-la, eu me recuso!

 

- Posso me defender sozinha! – disse ela.

 

Será que ela não entendia? Não posso fazer isso... Não consigo nem me virar com minha própria culpa por existir e levar 7 pessoas comigo para a morte, mas ela? Eu não posso... Eu não estou pronta pra isso...

 

- July... – e eu senti algo quente pegar minha mão.

 

- Vamos. – Disse Thyler.

 

Por um breve momento eu olhei em seus olhos e encontrei compaixão. Seus lindos orbes penetrantes não me fitavam com pena, mas sim com compaixão. Ele me entendia. Sempre me entendera.

 

Mas antes que eu percebesse o mundo ao meu redor, estávamos na casa grande com Quiron e o Senhor. D jogando o seu famoso jogo de pinochle.

 

- Quiron. – July o chamou e quando por fim ele se virou para ela pareceu não a reconhecer, mas sorriu gentil.

 

Foi quando seus olhos encontraram o medalhão que ela agora carrega no pescoço – como um colar.

 

E seu rosto se tornou sério.

 

- Hefesto. – disse ele.

 

- Sim. – Disse Travor. – Ele a escolheu. O medalhão a escolheu.

 

- Mas... – interveio July que agora fitava o objeto confusa. – Isto não é um medalhão. – continuava ela confusa.

 

- Então o que é? – perguntou Travor.

 

- É um... – e por um segundo seus olhos percorreram o objeto por completo assim como seus dedos que deslizavam por ele mais delicados do que nunca e foi quando nele se formou uma espécie de abertura que logo seus dedos curiosos o alcançaram e ágeis a abriram rápido. – É uma bússola.. – Mas ela ainda continuava confusa. – Uma bússola de poder, uma bússola de meios-sangues, ela... Ela os capta. – E logo o objeto brilhou novamente e agora em sua mão jazia uma bússola em ouro puro com detalhes os quais não consegui captar.

 

- É isso! – disse Percy, e só agora eu notava que metade do acampamento parecia estar à espera de respostas para o misterioso objeto que July carregava. – É pra isso que serve o medalhão!

 

- Isso já esta na cara cabeça de alga. – dizia Annabeth revirando os olhos enquanto Percy apenas bufou chateado.

 

- Bússola – corrigiu July –, Eu já disse, é uma bússola, não um medalhão.

 

- Certo, Certo... – dizia Percy com cansaço. – Da no mesmo. Então – e ele se virou para mim –, isso vai nos ajudar ou não?

 

- Não olhe pra mim. – Eu disse. – Não estou de acordo com isso, não é certo é... Inseguro, indeciso. Não é... Certo...

 

- A garota deve ir. – disse Quiron. – Ela deve guiar.

 

- Mas Quiron! Não está certo! Não é... Sensato...

 

- Sensato? – cortou-me July, sua voz continha sarcasmo e talvez até raiva, ela não gostava que as pessoas temessem por ela, talvez fosse por isso que ela era tão estressada com a Mary e... Ah a Mary.... Tomara que ela me perdoe... – Você nunca pensou pelo lado sensato e racional das coisas e agora quer dar uma de “racional”?

 

Suas palavras e sua voz afiada bateram em mim como milhares de socos em meu estomago, chegou a doer de verdade ouvir tudo aquilo sair dela, mas eu não podia me deixar cair por isso.

 

- Antes tarde do que nunca. – disse.

 

E foi quando ela deu um passo à frente. Ela poderia me socar, não faria diferença, não doeria mais do que suas palavras, mas então ela deu dois passos atrás como que por ventura voltasse-lhe a mente de que todos estavam aqui e que isso seria uma grande cena ou talvez ela apenas tivesse caído na real de que eu realmente não quero levá-la comigo por que eu simplesmente não posso... Eu não... Agüentaria...

 

July baixou seu olhar para o chão e por um breve segundo apertou mais a bússola em seu pescoço.

 

- Eu vou, eu aceito ir, não adianta o que você me disser Aléxis, eu vou e ponto final. – E eu pude sentir Quiron sorrir enquanto minha cabeça tentava achar argumentos que pudessem mudar sua decisão.

 

- Mas a profecia fala de 7 pessoas, assim seriam 8, não daria certo. – Disse e Quiron pareceu tenso quando Annabeth interveio antes que ele pudesse juntar respostas.

 

- Não exatamente. – disse ela. Porra Annabeth! Por que você tinha que meter essa sua cabeça sabe-tudo onde não é chamada? – A Profecia fala “sete deverão ir”, ou seja, sete em especial não deverão faltar, mas não exatamente sete deverão ser o grupo completo. Podem ser 7 pessoas de um grupo de 8. Nunca se sabe.

 

E eu pude ver July sorrir por poucos segundos e novamente seu rosto se tornar sério. Ninguém deveria sorrir por estar em uma missão, ainda mais uma missão como essa e ela sabia disso, mas talvez ter a esperança de que Mary também pudesse ser aceita – para que fossemos nós quatro, assim como antes, assim como sempre havia sido – fosse bom, talvez até encorajador.

 

- Está decido. Filha de Hefesto – ele a chamou – arrume suas coisas. Vocês partiram pela manhã. – e Quiron jogou a ultima carta de seu jogo de pinochle. – Cheque Mate. – ele sorriu.

 

- Raios! – disse o senhor. D. – Isto nem jogo de xadrez é!

 

E ele branquejou palavras em grego – as quais eu acho melhor nem pensar em traduzir – quando Quiron apenas sorriu sem graça e agora se dirigia a porta da casa grande, talvez para descansar, afinal é ele quem realmente cuida do acampamento e com a profecia... Bom, ele devia estar se esforçando para manter a calma e a esperança no acampamento.

 

- Espera! Quiron – chamou July e Quiron parou na soleira da porta um tanto cansado, mas como sempre com paciência até com campistas mais irritantes e/ou desesperados do acampamento, como sempre pronto a escutar –, é possível... É possível que Mary possa ir também? – E Quiron pareceu pensar.

 

- A garota de Afrodite? – e ela assentiu. Ele examinou seu rosto, ele parecia sentir sua necessidade de uma reposta e por incrível que pareça pensar no por que disso ele passou a examinar a mim enquanto eu apenas continuei firme foi quando ele suspirou pesadamente. – Ela foi recusada, eu sinto muito.

 

E sem ao menos esperar resposta qualquer – ou pergunta nunca se sabe – ele se foi. July continuou a encarar o espaço onde a pouco ele estava quando apenas serrou seu punho com força e seus olhos bateram em mim desafiadores, eu não me mexi, mantive mi forte.

 

Se ela queria brigar, tudo bem, eu merecia, eu sei que merecia e então ela suspirou e encarou o chão por poucos segundos e antes de me olhar forte.

 

- Eu não sou assim. – disse ela. – Você só pensa isso de mim? O que houve com a nossa família Aléxis?! – Sua voz era chorosa, mas eu não respondi, por segundos meus olhos vacilaram tristes, mas eu não podia demonstrar minha tristeza, tenho que carregar meu peso sozinha. Foi então que meus olhos voltaram para ela, frios e talvez até gelinhos, e sua expressão se tornou triste. – Não me olhe assim! – e em sua voz continha um pouco de raiva, mas aos seus olhos baterem nos meus novamente sua voz saiu fraca. – Sua máscara não vai durar pra sempre. – e por incrível que pareça sua voz se tornou doce. – E eu vou estar aqui quando ela cair ok? Vou estar aqui quando não puder mais suportar. Eu conheço você e... Aléxis – e ela sorriu. –, Não se feche tanto nesse seu casulo, vai ter uma hora que você não vai conseguir sair ou então vai simplesmente soltar tudo de uma vez e eu vou estar aqui quando isso acontecer, para te ajudar... Sempre.

 

E logo ela se foi, eu não sabia com que expressão meu rosto estava, mas por um momento eu consegui sorrir. “...eu vou estar aqui para te ajudar... Sempre”, há se ela soubesse... Ninguém pode me ajudar, vou carregar este fardo comigo para o tumulo e eu sei disso.

 

Senti um arrepio forte quando Thyler pegou minha mão e simplesmente sorriu triste eu queria poder retribuir, mas me limitei a desviar seus olhos dos meus.

 

- Meios-Sangues problemáticos... – murmurou o Senhor. D.

 

Foi quando eu me permiti notar todos ao meu redor.

 

Percy e Annabeth pareciam estar em uma quase discussão. Sim, uma QUASE discussão. Por que ele parecia estar ainda meio confuso enquanto Annabeth tentava lhe explicar, porém tudo que ele fez quando ela acabou de falar foi fazer sua típica cara de “Hãn?” e Annabeth se limitou a revirar os olhos e provavelmente dizer algo como “Esqueça cabeça de alga”.

 

Era quase irônico vê-lo sem entender nada, mas olhá-la apaixonado enquanto ela continuava seria tentando processar cada informação que pudesse juntar em sua cabeça, mas quando ele pegou sua mão ela pareceu esquecer e simplesmente sorriu.

 

Já Luna não parecia muito feliz. Os filhos de Apolo ao seu redor pareciam querer animá-la ou até convence-la de algo com sua alegria e charme. Pode ser estranho, mas eles pareciam felizes com o que acabara de acontecer. Eles a cercavam com seus elogios e propostas, porém Luna parecia não prestar atenção neles, ela parecia concentrada em outra coisa, em outro assunto, e talvez até estivesse magoada com o que quer que fosse.

 

Travor permanecia quieto um pouco mais afastado de seus irmãos.

 

Suspirei cansada. Pobre Travor, ele está encrencado e muito, Luna não é de perdoar rápido, posso dizer que tive sorte, mas não acho que ele terá, quem sabe, talvez um pouco...

 

Fitei o chão por pouco segundos pensando naquelas palavras “...eu vou estar aqui para te ajudar...”.

 

“Ninguém pode me ajudar” pensei “Ninguém pode me desviar do meu destino. A culpa será toda minha, eu os levarei para a morte”.

 

- Aléxis – Thyler me chamou –, tudo bem? – sua voz era doce enquanto ele buscava minha mão e só agora eu notava que a havia soltado.

 

Ele parecia preocupado e eu não tinha o direito de deixá-lo assim, eu não tenho o direito de deixar ninguém preocupado com um fardo que apenas eu devo carregar.

 

- Desculpe – eu disse –, Thyler eu... – e eu tentava juntar as palavras, foi quando eu soltei sua mão. – Eu preciso ficar sozinha.

 

E sem esperar qualquer resposta eu simplesmente me deixei levar por meus pés cansados e meu coração ferido.

 

 

É difícil prever quanto tempo eu caminhei pela floresta da casa grande e especialmente pelas colinas. Mary sempre dizia que eu acabava me perdendo por entre as colinas, mas isso não era verdade, se eu perdia algo entre as colinas era a minha noção de tempo.

 

Não há como explicar o que eu sinto. É como se o tempo se permitisse parar enquanto o ar maravilhoso das colinas vinha ao meu encontro, é totalmente novo e totalmente viciante esquecer o mundo ao meu redor, mesmo que apenas por alguns instantes eu posso esquecer meus problemas, meu destino e peso em minhas costas parece diminuir enquanto o buraco em meu coração chega quase a fechar.

 

Cerrei meus olhos em uma tentativa desesperada de afastar tais pensamentos quando eu inspirei fundo e logo o quadro negro com “pétalas” brancas que parecia em movimento se formou em minha mente.

 

Eu via um esquilo se movimento por entre as árvores pegar uma noz caída por entre suas raízes, eu podia sentir a respiração acelerada dos centauros que cavalgavam daqui a alguns quilômetros – perto ao mar – e pude sentir inclusive – por mais doido que possa parecer – a respiração calma das ninfas que repousavam em forma de árvore.

 

Podia sentir isso tudo, podia sentir o leve tocar de uma brisa quase gélida em seus rostos serenos e pude sentir a doce risada de meios-sangues na área de treinamento, era incrível e maravilhoso saber que ainda tínhamos esperança.

 

Percy tem razão.

 

Sempre a esperança.

 

Foi quando o sinal para o jantar tocou, ele era bastante audível pelas colinas, alias, qualquer coisa podia ser escutada pelas colinas, pelo menos comigo é assim. É como se o vento sussurrasse em meus ouvidos qualquer coisa em que eu me concentrasse ouvir.

 

Por mais um instante eu me permiti me perder pelo doce ar da colina, foi quando o trompete da concha soou novamente – dessa vez um tanto mais desesperada, se eu tivesse um dracma aqui comigo poderia apostar que os irmãos Stoll não estão muito felizes por ter que sobrar o trompete.

 

Como eu sei que foram eles?

 

Simples. Eles sempre se metem em confusões, coisas e tal aqui no acampamento, porém sempre que eram pegos eram obrigados a lavar os pratos, mas digamos que agora, além disso, eles têm que chamar aqueles para sujá-los.

 

Idéia de Dionísio claro. Quem teria uma mente malévola como essa a ponto de castigar alguém os fazendo chamar a TODOS do acampamento para sujarem tudo que puderem para logo o castigado limpar.

 

É humilhante, e não é toa que eles sopram assim, mas como um desesperado e até ameaçador: “Venham logo sujar essa droga que eu quero ir para o meu chalé raios!”.

 

Eu ri com esse pensamento.

 

Os Filhos de Hermes podem até não ser tão promissores quanto os de Atena, mas quando se trata de conhecer o terreno a qual eles querem “pegar coisas ‘emprestado’” eles são os melhores, acredite.

 

Travis e Connor podem ser dois grandes palhaços quando os põe em uma escala de maturidade, mas se você o considera assim o tempo todo é por que você nunca os viu liderar uma operação dessas a cozinha, e ainda por cima à noite onde as harpias de limpeza adorariam come-los.

 

Agora você se pergunta: E como você pode saber disso? Quer dizer que você já foi a uma missão dessas com eles! Que coisa feia Aléxis!

 

Tudo bem, eu admito que não seja um comportamento maduro, mas é por estas e outras aventuras que os considero os irmãos que nunca tive. Só de olhar nos olhos de Travis quando ele da às ordens eu posso ver isso, seus olhos chegam a brilhar e é uma das únicas vezes as quais Connor consegue sorrir o suficiente para mostrar sua covinha escondida ao canto das maças do rosto.

 

Pode ser até meio doido, mas apenas quem o viu em suas aventuras sabe que ele tem covinhas, e não são simples covinhas, são lindas e convidativas que mostram tal alegria que ele sente de um modo único.

 

Queria poder sentir essa alegria na primeira vez que fui com eles a um “assalto a geladeira”, mas tudo que pude sentir foi a alegria de vê-lo feliz. Por mais que eu não entenda e não consiga sentir essa alegria dele, vê-lo feliz, me faz feliz, é difícil explicar... É impossível explicar...

 

É impossível explicar tanta coisa desde que cheguei aqui...

 

...É impossível explicar como eu me sinto tão bem por apenas inspirar o ar da colina...

 

...É impossível explicar como a vida nesse acampamento é tão maravilhosa e cheia de mistérios...

 

...É impossível explicar como todos os amigos que conheci aqui têm um lugar especial em meu coração que talvez os de fora nunca tenham conseguido alcançar...

 

...E é quase impossível entender minha vida antes de eu chegar aqui...

 

Aqui é tão... Tão livre.. Tão seguro e convidativo... Aqui é o meu lar...

 

E mesmo que eu tenha demorado tudo isso para entender – para me entender – eu sei que nesse lugar eu sempre serei bem vinda, por que eu acho... Não, eu sei: Eu sei que a minha vida só começou de verdade quando eu cheguei aqui.

 

 Eu sei que a minha vida só começou quando eu conheci a todos eles... Por mais doido ou sem sentido que possa parecer, eu sei que sem eles eu nunca teria me descoberto totalmente.

 

Nunca teria descoberto como é amar e ser amada por pessoas tão maravilhosas quanto essas, mas... Quando eu penso que vou ser culpada por levá-las comigo. É como se meu coração parasse, como se o ar em meu pulmão nunca existisse.

 

Eu me sinto... Morta...

 

Mas eu não posso demonstrar isso. Eu... Não posso. Não é... Certo...

 

Não posso mostrar que sou fraca. Não posso mostrar que não sou capaz ou que não agüento, eu tenho que me manter de pé.

 

Tenho que me manter forte, não só por mim... Mas por todos eles. Tenho que mostra-los que sou capaz de seguir em frente. Tenho que manter a chama da fé em meu coração sempre acesa, por mais que isso possa doer ou por mais difícil que possa parecer. Eu tenho que me manter de pé, eu tenho...

 

- Amor – uma voz sussurrou ao meu ouvido –, que saudade.

 

Foi quando a raiva passou por meu corpo de um modo frenético.

 

- O que quer? – e eu tentei soar gélida enquanto acelerava meus passos.

 

Ao ouvir minha voz ele pareceu um tanto surpreso – como sempre fazia – e logo sorriu confiante. Eu não sei o que ele tem, mas ele encara esse meu nojo por ele como um desafio, seus lábios mostravam claramente isso.

 

- Que tal um beijo? – ele dizia confiante enquanto seu sorriso apenas aumentou quando as garotas ao seu redor me fitaram com raiva. – O que você acha? – e com essa eu tive que rir.

 

- Vai nessa... – rebati irônica.

 

- Ah Aléxis... Sempre tão impulsiva... – foi quando Hérick tocou meu rosto.

 

- Não me toque. – foi quando eu rapidamente rebati sua mão com força.

 

- Tem de parar de andar com aqueles filhos de Apolo – começava ele –, quando vai entender que você merece o melhor? E...

 

-  ...O melhor sou eu. – lhe cortei enquanto imitava sua ridícula desculpa. – Será que é só isso que você tem a me dizer cada vez que fala comigo? Quer saber? Eu não agüento mais você. É sempre “amor” ou “que saudade” ou então “pare de andar com os filhos de Apolo” e blábláblá. Será que da pra parar de se meter na minha vida? – eu soltei, mas quer saber? Eu já comecei melhor terminar. – Eu tenho nojo de você.

 

E ele me olhou confiante enquanto Joshuan ao seu lado parecia me comer com olhos. Ele não parecia apenas me comer com olhos, mas também me examinar como se quisesse guardar cada parte do meu corpo em sua memória.

 

Pensar nisso me deu nojo, um nojo insuportável. Eu já ia abrir minha boca pra falar umas poucas e boas para ele quando Joshuan pôs um dedo em meus lábios.

 

- “Até mais” – sussurrou enquanto ele e Hérick se dirigiam a mesa de Afrodite. Hérick o fitava com certa raiva enquanto este apenas sorria.

 

Por uns segundos minha mente congelou e foi quando a fixa realmente caiu: ELE PÔS O DEDO EM MEUS LÁBIOS!!!

QUE NOJO!!!!

 

E meu primeiro impulso foi passar as mãos freneticamente por meus lábios em uma tentativa um tanto desesperada de esquecer o que ele realmente havia feito.

 

- Eca! – eu soltei. – Eca! Eca! Eca!

 

- Hãn... Aléxis? – e foi quando eu me permiti prestar atenção. Wendy me encarava entre sem entender e sem graça e foi quando tudo em minha cabeça começou a girar.

 

- Hãn... – e eu tentava processar o que fazer. – Desculpe. – foi tudo que eu disse antes de liberar a entrada para o refeitório e ir em direção as prateleiras de comida.

 

Pude ouvi-la rir baixinho atrás de mim e tudo que me limitei a fazer foi concentrar-me nas comidas. No fim acabei não prestando muita atenção em cada coisa que peguei e ao chegar ao fogo onde eram feitas as oferendas tudo que murmurei foi um: “Afrodite, livre-me de seus filhos perturbados, por favor,”.

 

- “Até que ponto cheguei” – pensei. Pelos deuses! Por que para mim é tudo tão complicado?

 

Foi quando passei meus olhos pela mesa de Afrodite... e Mary não estava lá. Ela não estava aqui no almoço e agora nem no jantar. Ela não esta comendo...

 

Ah, Mary.... Por que você tem que ser tão dramática?

 

Por um momento meu coração bateu lento quando eu me voltei para a mesa de Hermes e logo em seguida para a de Hefesto... July também não estava lá...

 

Deve estar consolando a Mary... Por que tem que ser assim? É como se o que eu estou fazendo não fosse certo. Não é certo temer pela vida de seus amigos e a todo custo tentar protege-los?

 

Não é certo temer por eles?

 

 

E foi quando eu sentei a mesa de Zeus um tanto relutante. Meus pensamentos estavam longe, quer dizer, puxa! O que houve com esses garotos? Por que eles têm que pegar tanto no meu pé? O que eu fiz para merecer isso?

 

- Agora sim vamos ter aventuras de verdade!– Deuses Afrodite! Por que comigo? Por que comigo??– Não é Aléxis? – Esses garotos perturbados... Um dia eu ainda foi dar um belo de um chute em cada um deles. – Aléxis?! – Por que é tudo sempre comigo? Ah, mas eu juro que... – ALÉXIS! – e eu saltei para trás.

 

- Eu?

 

- Agora já ta virando mania você me ignorar por completo? – perguntou Luna quase um sussurro quando os olhares de todos se voltaram para a nossa mesa.

 

- Me desculpe. – pedi. – Eu não queria ignorar você é só... – e eu respirei fundo. – ...É só que tem muita coisa na minha cabeça. – disse.

 

- Tudo bem...

 

- Mas o que você queria mesmo...? – eu tentei me desculpar, mas ela me cortou.

 

- Esquece. – e logo se virou para sua comida.

 

Por uns segundos eu continuei a encara - lá, quer dizer, Ah, Cara! Por que eu sempre faço tudo errado? Que droga! Raios...

 

E logo eu voltei meu olhar para a comida em meu prato...

 

Por que para mim é tudo tão difícil?

 

Foi quando eu pude sentir o olhar de Thalia pesar atrás de mim e quer saber? Eu ignorei. Não estou com cabeça para pensar no por que dela ficar me encarando. Não agora... Pelo menos, não agora...

 

 

Em todo o jantar eu deixei meus pensamentos voarem longe... Foi quando eu simplesmente levantei ignorando a comida em meu prato e quaisquer ruídos que pudessem ser ouvido atrás de mim.

 

Minha mente e meu corpo ansiavam pelo ar da colina, minhas mãos chegavam a tremer e suar. Eu não ligava para quem quer pudesse me seguir tudo que eu queria era colina e antes mesmo que eu pudesse pensar em qualquer outra coisa já estava sentada encostada ao grande pinheiro.

 

Como era bom inspirar seu adocicado ar enquanto o sol se punha... É mágico e totalmente estimulante, posso sentir o sangue em minha veia correr lento enquanto o ar meu pulmão parece acalmar meu coração.

 

Mesmo que por poucos segundos eu posso sentir meu coração se esvaziar de tanta tristeza e encontrar aconchego neste lugar da colina.

 

Eu fechei meus olhos em uma tentativa de manter aquela sensação comigo para toda vida, era uma tentativa inútil eu sei, mas meu coração ansiava para que funcionasse. E eu queria acreditar.

 

- Aléxis. – A voz de Thalia saia pesada ao meu lado, mas não me permiti abrir os olhos, não ainda...

 

Por um breve momento eu inspirei fundo como que para manter a colina ainda como prioridade em minha mente, mas logo o sentimento de culpa invadiu-me antes mesmo de que eu pudesse pensar num modo de esquecer tais tristezas e logo abri meus olhos cansada.

 

- O que? – perguntei.

 

- Você não pode se culpar Aléxis. – e eu pude sentir seu olhar bater em mim com pena.

 

- Por que não? – soltei com certa raiva e ela suspirou fundo.

 

- Olhe, eu sei que não sou a melhor pessoa para te dar conselhos, mas...

 

- Conselhos? – eu a corte irônica. – Não preciso de conselhos. – e logo me pus a levantar.

 

Não quero ficar aqui para escutar conselhos. Eu não preciso de conselhos e não vou ficar aqui para isso! Não para isso... Mas ela segurou minha mão. Eu tentei me desvencilhar, mas ela a segurou forte como que por medo de eu me soltar.

 

Mesmo assim eu não a olhei, fitei o chão como que em uma espera silenciosa de que ela desistisse. Ela parecia esperar para que eu a olhasse – mas isto eu não iria fazer. E com este pensamente eu cerrei meus olhos com forte.

 

Recuso-me a olhar seus olhos ou escutar qualquer palavra que sair de sua boca eu...

 

- Eu fugi. – disse ela e foi quando eu abri meus olhos surpresa. – Eu recusei a profecia, eu fui fraca, EU desisti. Deixei tudo nas mãos de Percy por que EU tive medo. Então por que você também não pode ter?

 

E eu travei meu maxilar.

 

- Você teve escolha! – soltei. – Eu não tenho e nunca vou ter.

 

- Sempre a opções...

 

- COMO O QUE? – e eu me virei para ela. – Me juntar à caça? – e foi quando eu vi seu olhar vacilar. – Você estava aqui para isso é? É isso que você queria né?

 

- Eu... Eu nunca disse isso eu...

 

- Foi tudo uma mentira! E quer saber? Eu não quero mais te ouvir e... – foi quando eu puxei minha mão com força da sua. – Não quero mais que toque em mim entendeu? – Mas tudo que conseguir foi deixar meu pulso doendo e um gemido fraco saiu de meus lábios, foi quando eu os mordi com força.

 

- Não. – dizia ela. – Não foi uma mentira, nunca foi, e... Eu não sei o que Ártemis quer com vocês, mas... Eu não sei é raramente que a vejo interessada em um meio sangue e... Bom isso não importa-

 

- Importa sim. – eu a cortei. – É a minha vida. – disse.

 

- Por que você acha que estou aqui? – E com aquela pergunta o silêncio reinou por minutos incômodos. – Vamos. – disse ela. – Por que Aléxis? Por que você acha que estou aqui?

 

- Eu não sei.

 

- Então escute bem porque eu só vou dizer uma vez: Eu estou aqui para me redimir. Eu fugi e deixei o peso da profecia cair sobre os ombros de Percy, mas eu não vou mais fugir. – e ela me olhou séria. – Posso ter me tornado uma caçadora e lutado ao seu lado na grande guerra, mas isto não muda o fato de que eu fugi.

 

- Então você... – eu comecei, mas ela logo continuou:

 

- E eu estou aqui para lutar ao seu lado desde o inicio e não apenas na guerra que esta por vir, vou ajudar mesmo que seja pouco, mas eu vou, mesmo que custe a minha vida. – E com isto ela soltou minha mão.

 

Senti meu pulso formigar. Ele parecia torcido, foi quando eu passei minha mão por ele como que para tirar o formigamento, porém eu estava no automático e tudo que saiu de meus lábios foi:

 

- Por quê? – Mas, minha voz estava fraca tanto quanto distante.

 

- Por que você é minha irmã. – e ela sorriu. – Mesmo que de outra mãe. – Completou ela.

 

Por um tempo tudo que pude fazer foi ficar lá a olhando quando finalmente disse:

 

- Obrigada.

 

E foi quando eu simplesmente deixei meus passos me guiarem, ela não reclamou nem disse nada, mas eu pude sentir seu olhar sobre mim, foi quando eu tentei me lembrar o caminho até o lugar onde ela havia me mostrado Athalia.

 

Ah, Athalia... Tenho saudades dela, desde que ela anda saindo para voar por ai eu sinto sua falta, mas ela não está longe... Eu posso senti-la, eu posso...

 

“Aléxis.” A voz de Atha invadiu minha mente e eu imediatamente sorri. “Eu estou aqui” e ela riu “Posso te ver.” E com essa eu tive que rir.

 

- Eu sei. – soltei.

 

“Você está triste.” Disse ela. “Posso sentir sua tristeza.” E tudo que eu pude pensar foi algo inteligente como: Hãn?

 

“É grande.” Ela continuou. “A culpa não é sua, nunca foi, Thalia tem razão..”

 

Ta bom perai. Como ela pode saber disso?

 

“Estamos ligadas Aléxis, e não precisa se referir a mim como ‘ela’ eu escuto seus pensamentos, pense apenas ‘você’.”

 

- Não sei se vou me acostumar com isso... – murmurei.

 

“Vai se acostumar.” – dizia ela feliz. 

 

 - Vai me dizer agora que meus pensamentos agora não são apenas meus? – eu disse fitando os céus.

 

“Hmm... É. Acho que é isso ai.”

 

- Que ótimo – eu murmurei. –, quer dizer que agora meus pensamentos não pertencem apenas a mim, mas a um pintinho também...

 

“Hei!” e eu apenas sorri. “Eu não sou um ‘pintinho’!”

 

- Certo, Certo... Mas isso não muda o fato de que eu comparto meus pensamentos com você. – pensei.

 

“Sim, está certo, mas não apenas isso.”

 

Ta eu não to entendo mais nada. O que mais você faz minha ave multiuso?

 

“Eu compartilho seus sentimentos, posso senti-la agora... Está triste, muito triste, mas feliz por não estar sozinha... Ah, Aléxis... Você nunca esteve sozinha. Por que acha que Mary está triste? Ela esta ao seu lado você querendo não e você sabe disso.”

 

Foi quando por um momento incomodo pude sentir meu coração doer.

 

- Já cansei de todos me dizendo isso. – soltei, foi quando ela apenas disse:

 

“Eu sei.” – e foi quando a raiva me subiu a cabeça.

 

- Então por que continua dizendo? – as palavras saíram de meus lábios com certa raiva.

 

“Por que eu espero que você entenda.” E foi quando meu coração bateu lento. “Vai se desculpar com ela não é?”

 

- Sabe que vou... Mas... Não agora... – disse baixinho. –Tudo o que eu quero agora é esquecer isso tudo...

 

“Posso sentir... E Aléxis...” ela me chamou. “Você não é fraca. É a pessoa mais forte que já conheci.” E por pouco segundos eu sorri.

 

- Você não conhece muitas pessoas...

 

“Sim.... Mas conheço o suficiente para dizer isso.” E pude senti-la sorrir. “Olhe para os céus.” Disse ela.

 

- Hãn?

 

“Você quer esquecer o mundo não é? Então... vamos voar.” – E foi quando ela apareceu ao meu lado com a montaria que carregava com suas garras.

 

Eu achei impressionante como ela tinha conseguido carregar a montaria até aqui em tão pouco tempo, mas enfim, voar com a Atha foi à coisa mais relaxante e ao mesmo tempo emocionante que já fiz.  No inicio ela foi devagar e logo ganhou velocidade, ela contornou a grande colina e foi em direção ao grande oceano.

 

Não sei se eu gritei ou não.

 

Estava ocupada de mais observando tudo que não prestei atenção nisso. No fim acabamos por pousar nas rochas da praia para ter uma visão melhor do por do sol.

 

Era tão lindo... Apolo realmente está de parabéns. É maravilhosa a visão que tenho neste momento e o ar que chega a meus pulmões parece acalmá-los, é... Impressionante.

 

“É maravilhoso” – sua voz percorreu minha mente.

 

- Muito. – eu concordei. – Agora vamos – e eu baguncei um pouco suas penas –, estou cansada.

 

Primeiro ela suspirou admirada e um tanto cansada, foi quando tomou um impulso forte e logo percorremos o acampamento até pousar tranquilamente na área de treinamento.

 

Já estava anoitecendo portando não havia ninguém e quando eu desmontei de Atha foi quando o cansaço me atingiu e eu simplesmente cambaleei para trás, porém pisei forte como em uma tentativa de manter o equilíbrio.

 

Atha também pareceu abatida, mas não deixava de sorrir – se é que ela pode sorrir... Bem, eu não sei como eu sei disso, eu apenas sei.

 

Eu pude sorrir antes de tirar sua montaria e inspirar profundamente o ar em busca de recuperar minhas forças e ao fechar meus olhos aprisionar novamente a energia que teimava em circular fortemente por meu corpo.

 

Assim que os abri Atha se deixou cair de cara no chão, ela estava tão cansada que desmaiou ali mesmo e tudo que fiz foi trazê-la em meus braços ao chalé de Zeus.

 

A pus em um grande travesseiro com um lençol sobre seu corpo de ave que ficava próximo a minha cama. Ela estava cansada, mas além de tudo parecia feliz e isso me fez sorrir por poucos segundos e foi quando eu me permiti notar o chalé por inteiro.

 

Havia roupas espalhadas por todos os cantos, provavelmente Luna não sabia a qual pegar e acabou jogando metade de seu guarda roupa pelos ares. Também havia duas mochilas bastante cheias o que provavelmente pertenciam a Thalia e Luna.

 

Uma era totalmente preta com alguns detalhes em prateado, mas apenas alguns mínimos detalhes que mesmo assim a ressaltavam bastante, imaginei que esta pertencia a Thalia. A outra era variada entre violeta e rosa – meio que degrade –, esta pertencia a Luna. E a minha? Bem, a minha está em cima da minha cama e ela varia entre violeta e branco, é meio esporte sim e não esta completamente cheia como a de Thalia e Luna.

 

Ai você se pergunta: Por que Aléxis? O que você pos nessa mochila?

 

É que eu acho que essa mochila não deve estar completamente cheia assim por que... Veja bem, é uma missão. Teremos de correr muito e teremos de ser rápidos se não queremos ser mortos não é? É por isso que não enchi a minha mochila apenas de roupas e roupas.

 

Como vou poder correr com algo tão pesado em minhas costas?

 

Eu devo ter posto umas cinco mudas, ambrósia, néctar e entre outras coisas e quer saber? Se eu precisar de algo mais eu me viro. Sempre me virei, e também tem o dinheiro da minha mãe e... A minha mãe...

 

Foi com este pensamento que eu pus minha mochila ao lado de meu beliche e por poucos momentos eu senti a ferida em meu coração se estender... Se eu pudesse saber mais sobre ela... Mas agora tudo o que sei é que Roger era apenas um sátiro qualquer e não muito conhecido que foi a uma missão qualquer e nunca mais voltou.

 

E quanto a ele ser rico? Ele nunca foi. Todo o dinheiro que recebemos vem da herança de mamãe e eu nem sei o nome dela! Quiron disse que quando chegar o dia eu vou saber, mas... Eu não quero esperar, eu... Eu tenho o direito de saber!

 

...E Luna?

 

Não contei a ela. Quiron me fez prometer que guardaria isto comigo o tempo máximo que meu coração pudesse suportar.

 

Queria poder esquecer aquele terrível dia. Queria poder ter uma segunda chance de apagar minha vida até o dia que cheguei neste acampamento.

 

Mas eu não posso e nem poderia.

 

Não consigo imaginar minha vida fora deste acampamento. Não mais. É simplesmente impossível.

 

Passei meu olhar por Thalia que agora jazia dormindo em sua cama. Seu rosto demonstrava preocupação, ela não estava segura, não... Ela está segura, mas talvez tenha medo, medo por nós, medo por todos nós.

 

Thalia é realmente incrível, mesmo que eu ainda me sinta meio estranha em relação a ela e tudo o mais, é incrível como suas palavras bateram em meu coração... “Eu fugi” – disse ela, e eu que sempre achei que ela fosse à tão falada corajosa e cheia de atitude filha de Zeus. A tão favorita filha do próprio me disse hoje: “Eu fui fraca”, “Eu tive medo”, nunca pensei nela assim...

 

Mesmo com toda essa atitude dela, essa maquiagem pesada e suas roupas de Halloween que chegam a dar medo a qualquer um que se aproxime, ela é frágil. Bem, não frágil, mas também não é de ferro. Ela se esconde por trás de todo esse preto dela.

 

Analisei mais uma vez seu rosto – que agora demonstrou cansaço – e foi quando ela se virou para o outro lado nervosa e resmungou alguma coisa em grego que não entendi muito bem – algo como “faça alguma coisa”, ou algo assim – e foi quando o cobertor caiu para um lado revelando seu pijama negro e ela gemeu de frio.

 

Realmente estava uma noite fria.

 

Tão rápido quanto pensei nisso eu já estava ao seu lado cobrindo-a novamente e ela sorriu, não sabia se ela estava acordada ou não, mas ela sorriu.

 

- Boa Noite. – foi tudo que murmurei antes de me voltar para Luna que dormia um tanto atordoa em sua cama.

 

Eu passei gentilmente a mão por seu rosto e foi quando ela bufou irritada. Franzi o cenho estranhando um pouco, mas ela parecia estar dormindo... Então tudo que fiz foi beijar-lhe na testa e desejar boa noite antes de deitar em minha cama.

 

Fiquei um bom tempo me revirando naquela cama...

 

Se eu ao menos soubesse o nome dela... Eu queria tanto poder saber seu nome... É pedir demais saber onde ela está enterrada? É pedir demais poder ao menos ter conversas sem sentido diante ao seu tumulo mesmo sabendo que ela provavelmente nem vai ouvir? É ...

 

“Aléxis...” – sua voz sonolenta cortou-me em minha mente – “Será que da pra pensar mais baixo?” – foi quando eu suspirei fundo – “Não fique triste...” – e eu pude ouvi-la bocejar. – “Apenas... Durma...” – foi quando sua voz se foi e pude senti-la novamente dormindo perto a minha cama.

 

 

- Boa noite Atha – E foi quando eu pude sorrir. –, Nos vemos amanhã.

 

E logo eu adormeci.

 


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo será a viagem =]
esse capitulo promete!

Agora os reviews
eu quero 10 ein? ò.ó



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