About you and me escrita por Bee


Capítulo 2
Capítulo 2 - YOUR FACE


Notas iniciais do capítulo

WOW, fiquei tão feliz com a quantidade de pessoas que comentaram. Achei que essa história teria só um leitor, eu mesma haha. Chega de bobagem, quero agradecer a todos, vocês são incríveis, to empolgada com o enredo dessa história. Terminei o capítulo 6 hoje, serão 12, então pensem, e ficou muito legal. Eu amei.

Mas então, esse capítulo é bem legal, tem... e... ah, e também... muahaha
Vamos ao capítulo então? Espero que gostem, como eu gosto dele.
Ah, a música, ainda é TayTay, então: http://letras.mus.br/taylor-swift/1292863/traducao.html have fun.

Bom, como sabem, faculdade (de letras uhul), estágio, tcc (Lolita ♥), trabalho (Inglês). Então se eu demorar um pouco não me culpem, culpem a doce vida que me faz malmente dormir. Porém, pretendo postar toda semana, por isso to postando hoje. Acho que chega de interrupções.

Leiam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/656929/chapter/2

Sam agradecia aos céus ser tão boa em se esquivar e em mentir. Desde que havia voltado para Seattle, e bom, tido aquele encontro desagradável, ela tentava de todo modo desaparecer da vista de todos. Até longe de sua irmã ela ficava. Disse que ia procurar um emprego, mas Sam era preguiçosa demais para isso. Ninguém sabe como foi difícil para ela ser babá com Cat, mas trabalhar de verdade, argh, era impossível.

Durante toda noite, após a longa fuga das pessoas com quem mais viveu em toda a vida, ela simplesmente se lembrava de tudo que acontecera antes de sua partida. Para afastar os pensamentos normalmente ligava o rádio, e conforme as músicas passavam a sua tragicomédia sumia de sua mente.

Mas aquela noite havia sido diferente. Ela ligou o rádio, sim, como sempre fizera, mas a música que tocava, surtiu efeito contrario, em vez de fazê-la esquecer, só avivou ainda mais a lembrança.

A música que tocava falava de uma garota que cantava para um garoto sobre como ela o via em todos os rostos, em todos os cantos que ela ia. E por incrível que pareça Sam compreendeu isso como ninguém. Por mais que tentasse, sempre havia alguém com aqueles olhos cor de almondegas, de uma olhada tão firme e intensa que a despia emocionalmente, ou aquele sorriso de lado, sorriso canalha, sorriso babaca, sorriso de quem sabe que tem a garota nas mãos.

Ou aquele cabelo incrivelmente nerd e sem graça cor de chocolate, ou a forma como ele havia crescido em anos, e se desenvolvido e perdido o ar de nerd que ela tanto adorava. Não se engane, ela adorava o estilo nerd de ser, mas aquele novo jeito “sou lindo e gostoso” fazia com que ela perdesse o fôlego. Samantha fechou seus olhos, e como que num passe de mágica, ela se viu, anos mais cedo, enquanto ela e Freddie, seu nerd adorável, ainda namoravam. Ele era tão lindo, e tão babaca, quem usa camisa listrada? Sam usava, Freddie usava, essa era a marca discreta deles.

A loira tinha de admitir que estava temendo abrir os olhos. Porque de um modo ou de outro, ela sabia que o nerd não estaria ali, nunca estava. E ela se sentiu idiota, por continuar apaixonada pelo namorado da ‘melhor amiga’.

– Sam, eu vou pedir pizza. – Mel entrou no quarto de forma totalmente invasiva – Vai querer escolher o sabor?

– Bacon e Calabresa. – Sam respondeu apenas, engolindo o nó da garganta e abrindo os olhos.

Desilusão. Ela devia parar de pensar que um dia ela abriria os olhos e ele estaria ali, sorrindo para ela, sendo aquele babaca que ela adorava ter como namorado. Esperou a irmã sair do quarto, e quando se sentiu segura, rastejou a mão até a parte inferior do criado mudo cor de tabaco do seu quarto, desgrudando a foto amassada e antiga.

Encarou a foto por um longo tempo. Encarou o garoto principalmente. O sorriso, os olhos, o cabelo, o formato do rosto, a barba que ela adorava, mas que ele nunca deixava, a maneira como ela demonstrava seus sentimentos como nunca havia feito antes. Encarou a si mesma, mesmo que agora desconhecesse quem era a garota que segurava a foto. Esta era a estranha, a verdadeira Sam Puckett, aquela que poucos conheciam, era a Sam daquela foto. Ela sorria, e a sua versão atual duvidava que aquele sorriso espontâneo surgiria outra vez, seus olhos azuis brilhavam, de uma maneira que só ocorria quando estava com ele, seu rosto estava tão diferente do atual, estava radiante, feliz.

– Quem é você? – Samantha perguntou para si mesma.

Ela era apenas um resto daquilo que havia sido anos atrás. Um reflexo. Uma sombra do que era quando estava com ele.

– Sam, venha comer. – a loira ouviu a voz de Melanie aos gritos, e então desceu.

Sua surpresa não foi outra, a não ser encontrar sua paixão (nada) esquecida, e sua (eterna) melhor amiga, conversando com a gêmea perversa. Sam olhou para fora do elevador surpresa. – Apartamento errado?

– Espero que não se importe, eu convidei-os, para comer. – Mel sorria, e aquele sorriso para Sam era como um: “Quero te matar aos poucos, amor de irmão sabe?”

– Nem um pouco. – Claro que me importo, e você sabe. Sua vontade foi gritar, mas não o faria – Cat ligou hoje?

– Ligou. Até esqueci de avisar. – Mel disse sorrindo – Mas só darei o recado após comer e confraternizar conosco.

– Certo. – Sam sorriu e morreu por dentro.

Carly tentou a todo custo conversar com Sam, puxava assunto, mas a loira estava distante. Mais pelo motivo de estar incrivelmente magoada com a morena que por estar desatenta.

– Então, Sam, por que não conta da sua estadia em LA? – Carly pediu.

– Foi divertido. – ela sorriu – Conheci muita gente legal e talentosa quando não estava cuidando de crianças para me sustentar e indo ao asilo ver a “nana”. E como foi por ai?

– Como sabe só voltei ano passado, mas talvez Freddie possa te contar. – Carly sorriu docemente.

– Foi legal. – ele disse sem emoção – Eu tive que conviver com Gibby, e ele comigo, apenas isso.

– Divertido. – Sam sorriu.

Ao ouvir o som da voz dele, ela sentiu seu corpo estremecer por dentro, era como ser atravessada por um sopro frio num dia quente. Sam sentiu falta daquele tom rouco de falar, e da forma como ele falava corretamente, e da forma como a boca dele se abria.

A garota só esperava que aquela sensação não acabasse nunca, aquela sensação que sentia quando o via, e quando o ouvia. Era uma sensação única, e tão forte quanto o sentimento que sentia por ele.

Ela o encarou por um tempo, tempo demais na dimensão real, mas pouco tempo para ela. Sam sorria, e tinha certeza de que parecia idiota. Mas nem ligou. Até o ouvir o som da voz dele novamente, a chamando, a tirando do mundo das ilusões.

– Dá pra me passar o recado da Cat logo? – Sam implorou para a irmã.

– Claro, ela disse que ia sair com o tal do Rob hoje, e bom, pediu pra você esperar a ligação dela, que ela queria contar tudo. – Melanie disse de forma casual, e o telefone tocou – Deve ser ela. Incrivelmente é a única que liga nesse apartamento.

Sam atendeu. – Cat? – ela sorriu ao ouvir a voz reconfortante e calma da amiga. – Com licença - pediu aos seus (para sempre) amigos, saindo do local pelo elevador.

Cat contou sobre seu encontro com Robbie, e como estava cada vez mais apaixonada pelo garoto. Coisa que Sam nunca entenderia, o moreno lhe dava medo, mas Cat gostava do diferente.

Sam contou pra ruiva sobre a sua fuga, e sobre como ela pareceu idiota momentos atrás. E Cat riu dela, não de forma que irritou a loira, da forma que Cat fazia adoravelmente.

– Você tem que parar de se esconder. – Cat disse simplesmente e não é que a maluquinha estava certa, Sam era Sam Puckett indiferente do tempo que passou longe, e um Puckett nunca se escondia.

Sam desceu novamente de elevador. – Ah, me sinto tão mais leve em conversar com a baixinha, ela estava tão nervosa com o encontro, o que é estranho afinal eles estudaram juntos. Parece até que ele nem levou o boneco para o encontro, o que é raro. – Sam disse deixando os outros três boquiabertos pela mudança repentina – Então, Carly, me conte, como foi sua viagem?

– Não tão boa quanto gostaria. – ela admitiu – Papai não tinha tanto tempo para mim, e não havia muitos gatinhos como a propaganda vende.

– Ai voltou e pegou o Freddie? – Sam parecia animada ao descobrir isso, mesmo que não quisesse descobrir sobre.

– Basicamente. – Carly sorriu – E por incrível que pareça eu fui atrás dele.

– Interessante. – Sam sorriu falsamente – Nana chamaria isso de fogo no rabo.

– Samantha isso foi extremamente grosso. – Mel comentou.

– Comer a minha pizza também, e quem se importa? – ela gargalhou – Spencer está em casa?

– Claro, por quê? – Carly estava estranhando a forma como a garota havia voltado depois do telefonema.

– Estou com saudade do meu irmão mais velho. – a loira disse apenas – Ele é o único irmão que já tive. Pena eu ter sido filha única!

– Samantha, eu estou aqui. – Melanie disse de forma a Sam mudar o que disse.

– Eu sei, Mel, eu sei. Mas isso não muda o fato. – Sam riu indo em direção ao elevador – Mamãe voltou meus filhos, agora aguentem.

Na verdade, Sam ficou pouco tempo com Spencer, ela adorava mesmo a amizade do garoto, ele era mais velho, e a entendia, apesar de ser um cabeça de vento. Mas mesmo que tenha ficado pouco tempo com ele, Sam não voltou diretamente para seu apartamento. Resolveu simplesmente pensar, em um lugar calmo, e solitário. Então seguiu em direção ao seu lugar preferido, de Seattle, pois seu lugar preferido mesmo, era o seu flat com Cat, seguiu até as escadas de emergência.

O vento cortante e gélido fazia com que Sam fechasse os olhos. Ela estava sentada nas escadas, encostada contra a parede fria, toda aquela grande cidade, com seus grandes prédios e sua grande população, e ela se perguntava se havia alguém que naquele momento se sentia como ela, sozinha.

É claro, Sam não era a primeira a se sentir assim, e não seria a última. E isso não era surpresa para ninguém, assim como ninguém morre simplesmente de amor. Mas isso não minimizava nem um terço da dor que ela sentia. Freddie foi o único que ela amou, ela o odiou, mas ela o amou. Ela sentia vontade de soca-lo a cada palavra que ele dizia, mas também desejava beija-lo ao mesmo tempo.

A loira invejava como algumas pessoas alegavam ver o rosto amado em tudo, nas ondas do mar, nas nuvens no céu, nas outras pessoas, e ela invejava aqueles que tinham a pessoa amada consigo. Pois isso, ela não tem, ou teria.

Samantha não queria fechar os olhos mais. Não queria fazê-lo por ter medo de perder o rosto que tanto amou, e socou. Não queria fazê-lo e perder o que restou daquele amor, das lembranças, como o sorriso dele após um beijo, a risada melodiosa que ele soltava quando ela fazia uma piada, as ondas elétricas que perpassavam o corpo dela toda vez que eles se tocavam.

Ela tinha medo, pois foi num piscar de olhos que a vida lhe deu um amor, assim como foi num piscar de olhos que ela o tirou de forma seca e amarga. Sam secou as lágrimas dos olhos, estar de volta naquela cidade não lhe fazia bem, ser uma intrusa no relacionamento Creddie não lhe fazia bem. Ela saiu daquelas escadas, pois elas possuíam grande parte das memórias, e seguiu para as escadas para subir até seu andar.

Ouviu vozes exaltadas. E podia jurar que as conhecia. Parou para ouvir. E então as notou. Eram Freddie e Carly. Ela nunca iria confundir aquelas vozes, afinal eram sua melhor amiga que beija o cara que você gosta, e o cara que você gosta. Sam então ponderou, ou ouvia sua curiosidade, e ouvia tudo que eles diziam, ou ouviria sua ética, e seguia a diante.

Curiosidade. Ética. Curiosidade. Ética. São tão opostos de uma linha sem paralelas. É necessário entender, ou você tem a ética, de não ficar com aquele que sua melhor amiga sempre amou, ética de cumprir uma promessa, ou tem a curiosidade de experimentar uma nova viagem, a curiosidade de experimentar uma volta sem remorsos. Entenda, porém também, que ninguém é completamente ético, ou curioso.

Bom, mas como devem saber, Sam nunca foi a pessoa mais politicamente correta que existe em Seattle, ou Los Angeles. Então ela se sentou nas escadas, e ouviu a conversa.

Freddie parecia distante, mas mesmo assim irritado. Carly estava de uma forma que Sam, sendo sua melhor amiga, nunca havia visto, o rosto repleto de raiva. Eles estavam a uma distância considerável. Longe da porta de ambos os apartamentos. E tentavam a todo modo gritar sussurrando.

– Você me enganou! – Freddie sussurrou seu grito de indignação – Carly, você sabe que me enganou.

– Entenda, Fredward, eu me senti estranha após aquele beijo. Eu sei que você gostava dela...

– E sabia que ela gostava de mim, pois admitiu isso lá em cima.

– É, mas é passado, eu era apenas uma garota idiota, e que se apaixonou pelo melhor amigo que era apaixonado por ela.

Sam não esperou para ouvir mais. E de curiosidade seu coração partiu mais uma vez.

I hope I never lose that feelin I used to get when you called and then I wonder to myself

“Who are you? where are you? Where you ever here at all?”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Digam a verdade. Eu pensei tanto nesse encontro mesmo, face a face deles, que acho que faio, mas espero que tenham gostado. Cat vai ter um papel importante na história. O que acharam da Carly agindo dessa forma? Quero comentários. Querem Seddie?