Tão Perto. Tão Distante. escrita por Mia Golden


Capítulo 3
Billy




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Na manhã de segunda, meus padrinhos me levaram ao aeroporto. Os meninos também acompanharam. Trocamos abraços antes de eu embarcar, minha madrinha é claro era só lagrimas. Ela não queria que eu voltasse ainda, mas meu padrinho a acalmou e prometeu que eles me visitariam nas férias dos meninos. Assim ela concordou. Quando o auto falante anunciou meu voo, me despedi de todos e parti.

Foram mais de doze horas de voo. Cheguei a dormir algumas vezes, mas estava ansioso em voltar pra casa. Acordei-me com o piloto anunciando a chegada. Espreguicei-me e olhei pela janela. Estava chegando à Nova Iorque. Era de madrugada, mas as luzes da cidade estavam a todo o vapor. Minha mãe disse que estaria por lá me esperando e que ficaríamos algumas horas na casa da tia Kate para dormir um pouco antes de viajar de carro até a nossa cidade.

Assim que desci no avião, esperei minhas malas. Assim que as peguei fui em direção a saída. Quando estava saindo pelo portão avistei minha mãe, Jenny e a tia Kate. Minha mãe é claro chorou ao me ver. Rapidamente fui em direção a elas e abracei primeiramente minha mãe.

– Meu filho! – disse ela abraçada a mim chorando. Vi que Jenny também estava emocionada. Tia Kate também.

Assim que soltei minha mãe, abracei Jenny que incrivelmente estava mais alta e estava linda.

– Como você esta grande...E bonita! – disse a minha irmã.

– Obrigada pelo elogio! Você também esta um gato!

Sorri e a abracei mais. Logo fui até a tia Kate que me abraçou forte.

– Menino! O ar de Londres fez bem a você! Parece um modelo! – disse ela me olhando de cima a baixo.

Ri com o comentário.

– Valeu tia! Mas eu acho que isso não combina muito comigo!

Ela sorriu e me abraçou mais. Saímos do aeroporto direto para o apartamento da tia Kate. Quando chegamos, fomos dormir algumas horas pra ficarmos descansados pra mais quase três horas de viagem.

Quando me acordei, olhei meu celular e vi que eram dez horas da manhã. Me levantei e fui tomar um banho pra me livrar da preguiça. Assim que eu me lavei, mudei de roupa e estava mais disposto, sai do quarto em direção a sala. Chegando lá, minha mãe era a única na sala. Pelo jeito Jenny e nem a tia Kate haviam levantado.

– Bom dia! – disse a minha mãe que estava sentada no sofá tomando um café e olhando TV.

– Bom dia meu filho! Dormiu bem?

– Sim, muito bem! – disse me sentando ao seu lado e a abraçando. – E agora, feliz em eu estar aqui?

Ela sorriu e colocou a xícara em cima da mesinha de centro.

– Muito feliz! – disse ela me dando um beijo no rosto.

– Não foi uma decisão difícil. Eu já pensava em voltar antes do previsto.

– É sério?

– Sim! Era só ter um motivo.

– E qual era?

– Você! Jenny... A família no geral, meus amigos...

– Alguém especial! – ela completou por mim me fazendo sorrir.

– Você me conhece bem! Tenho até medo! – disse ironicamente.

– Mas é claro que eu conheço! Você é meu filho, meu sangue!

– Te amo mãe! Senti saudades!

– Eu também!

Ela encostou a cabeça no meu ombro e eu a abracei forte. Ela era a grande mulher da minha vida.

– E ele? Você soube? – perguntei. Senti minha mãe ficar tensa.

Ela suspirou e sentou mais reta no sofá.

– Esta na mesma! Mesma frieza, mesmo jeito! Parece que a prisão não o esta mudando. – disse minha mãe tristemente.

– Você não deve mais nada a ele mãe! Não se sinta com pena dele!

– Mas você e Jenny são filhos dele! – disse minha mão mais triste ainda.

– Somos, mas não somos como ele e temos todo o direito de não querer vê-lo.

Minha mãe pensou um pouco.

– Mesmo assim filho! Ele é o seu pai e você nunca foi vê-lo!

Suspirei e me levantei.

– Não estou preparado para vê-lo, só isso! Ele me da raiva! Tudo que ele fez pra gente...Pra mim!

Minha mãe se levantou e foi em minha direção.

– Esta bem querido! Não vamos pensar mais nisso. Pense que você agora tem que terminar o ensino médio, ano que vem tem a faculdade. Aproveite esse ano pra sair com seus amigos, aproveitar a família e...Quem sabe ter uma namorada...

Olhei pra minha mãe ri.

– Você é uma figura! – disse a ela a abraçando. Ela riu também.

– O que eu perdi? – disse a voz de Jenny entrando na sala com cara de sono.

– Perdeu o abraço coletivo. – disse.

Ela se aproximou e se juntou ao abraço. Agora sim eu sabia que tinha que estar com elas e as proteger.

Depois de nos despedirmos da tia Kate, pegamos a estrada rumo a nossa cidade. O clima no carro era descontraído. Minha mãe contou tudo sobre a sua vida com vice-prefeita. Ela adora o que fazia. Tio Alex esta sendo um ótimo prefeito. Não duvido disso. Jenny também falou dela e o que estava fazendo. Só estranhei em um momento em que minha mãe olhou estranhamente para Jenny a fazendo mudar de assunto.

Depois de um pouco mais de três horas de viagem. Enfim entramos em Mountain Village. A cidade parecia ter mudado, parecia maior e mais bonita desde a ultima vez que a vi. Era verão e então todos estavam nas ruas, nos parques fazendo piquenique em família. Isso mudaria na próxima semana por que as aulas iriam começar. Então eu tinha a semana inteira pra aproveitar. Depois de mais ou menos seis minutos, chegamos a nossa casa. Era a mesma casa. Conseguimos ficar com ela. Amava aquela casa.

Desci do carro e observai a mansão. Minha mãe mandou pintar a fachada. Ficou mais bonita. Eu acho que ela não queria a lembrança do meu pai ali. Soube que ela mudou muitas coisas por dentro também.

Assim que nos entramos em casa eu realmente gostei. Minha mãe reformou a casa toda mesmo. Ficou mais aconchegante e familiar. Mais feliz. Realmente meu pai sufocava até o ambiente da casa. Caminhei até a sala ainda com minha mochila nas costas e olhei para o sofá novo e limpo. Me sentei e olhei para frente. Havia um armário bonito com uma TV grande. Coisa que meu pai não gostava. Sorri. Olhei para o lado e vi a porta de vidro que ia em direção ao jardim dos fundos e a piscina. Tirei a mochila e deixei no sofá, fui até a porta de vidro, abri e sai. Fui caminhando até a beirada da piscina e suspirei. Me vieram algumas lembranças.

– Billy! – ouvi uma voz atrás de mim. Me virei e vi Eva me olhando da porta de vidro. Ela sorria. Feliz em vê-la fui a sua direção e a abracei. Eva era insubstituível. Minha mãe nunca a mandou embora e nunca mandaria. Ela era parte da família também.

– Que bom que voltou! – disse Eva se afastando e me olhando.

– É bom ver você também!

– Quando sua mãe me contou que voltaria eu fiquei muito feliz. Você fez muita falta!

Sorri.

– Eu também senti muita falta de vocês. Mas agora não vou mais a lugar nenhum.

– Isso é ótimo!

– E como você está? – perguntei.

– Estou muito bem!

Acreditei nela. Eva era uma mulher forte, assim com Tina foi.

– Fico feliz!

Abracei ela outra vez.

– Filho! – disse minha mãe aparecendo na sala – Quer ajuda com suas coisas em seu quarto?

– Não precisa mãe! Vou descansar mais um pouco, depois eu faço isso.

– Tudo bem então! – disse minha mãe sorrindo. Ela estava nas nuvens.

Me despedi de Eva e fui ao meu quarto. Quando entrei, vi que minha mãe mandou arrumar também. Me joguei na minha cama. Estava com saudades dela também. Meu quarto estava com minhas malas ainda fechadas. Suspirei aliviado. Enfim estava em casa. Minha casa.

Peguei o celular no meu bolso e procurei um nome. Apertei para fazer a chamada. Deu três toques e então foi atendida.

– E aí?

– E aí Davis! Já estou em casa!


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Notas finais do capítulo

Até a próxima semana!!



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