It Comes Back to You escrita por Swimmer, Izzy


Capítulo 7
Nothing and Bad Dreams




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Ashley

Okay, matar Ghouls é uma coisa que eu prefiro não repetir. Por que entrar num buraco com mais três pessoas não é pra mim.
Entrei no Mercury Monterey 68 e suspirei esperando Helena também entrar. Aquela garota tinha coisas pra me contar.
Ela bateu a porta e depois me olhou.
—Qual foi a sensação de matar alguns Ghouls?-perguntou sorrindo.
—Foi... Só foi. Por que melhor sensação foi poder sair daquele buraco-respondi e ela riu-Então, vamos pode começar a falar.
—Falar o que?
—Não se faça de desentendida Helena, você e o Winchester.
—Eu meio que beijei ele, mas foi por um bom motivo. Não me joguei pra cima dele nem nada.
Encarei ela com minha melhor expressão maliciosa.
—Nem vem com essa cara. Estávamos no sétimo andar procurando por alguma coisa que pudesse ajudar na história e ai o faxineiro chegou.
—E então você pensou: "Acho melhor eu aproveitar, tirar uma casquinha dele e depois dizer que foi pra enganar o faxineiro!"-falei rindo e ela me lançou um olhar feio-Que idéia ótima pra se pegar um cara.
—Ash, só não fala mais sobre isso. Ta bem?
Concordei com a cabeça dando partida no carro. Eu com certeza iria falar mais sobre isso.
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Chegamos á Monroe na Louisiana já era noite. Não tão noite assim, mas era noite. Resolvemos que dormir no carro não seria uma má ideia, porém de acordo com Sam e Dean havia um hotel perto dali, e não custava nada dirigir só mais alguns quilômetros pra dormir em uma cama.
Quando chegamos, joguei as chaves para Helena fechar o carro e fui até o porta-malas pegar as bolsas.
—Lugarzinho simpático. Aparentemente sem nada de estranho. Que tal os números agora?-Dean disse aparecendo do nada e se encostando no carro, enquanto Sam vinha logo atrás dele balançando a cabeça negativamente.
—Primeiro: não encosta no carro-falei com meu melhor sorriso psicopata-Segundo: chegamos aqui não faz nem 5 minutos. Terceiro: não é assim que se consegue o número de celular de alguém.
Fechei o porta-malas e andei até Helena. Consegui escutar as risadas de Sam e Dean dizendo alguma coisa sobre garotas estranhas.
—Então, vamos fazer uma conta no nome de quem hoje?-perguntei e ela sorriu acenando com um cartão na mão.
–Elizabeth Parks!
Rimos indo até a recepção do hotel. Era um daqueles hotéis bem simples, mas que davam um ar de que você estava em casa. Já estive em lugares piores e esse sem dúvida era um dos melhores.
Helena abriu a porta do quarto em que iríamos ficar. Era bem normal, duas camas, um sofá, cômodas e banheiro. Logo, ela jogou a mochila em cima de uma das camas e correu pro banheiro para tomar banho.
Abri minha mochila e comecei a colocar uma arma em cada mesinha dali, só por precaução. Nunca se sabe.
No fundo da mochila, tinha um papel. Puxei de lá e me deparei com uma foto em que estávamos eu, Peter e os pais dele. Acho que era Natal... Ou sei lá, só percebi que eu era feliz. Não que agora eu não fosse, mesmo com todas as dificuldades e com essa vida, eu me sentia completamente feliz. Mas às vezes, penso em como seria se eu não tivesse ido atrás de Peter naquele dia e como tudo seria diferente, e normal se algumas coisas não tivessem acontecido. E por mais que meus pais fossem o que fossem, eu sentia falta deles.
Ouvi a porta do banheiro sendo aberta e então joguei a foto de volta no fundo da mochila pegando uma roupa limpa. Helena se sentou na cama ao lado, e eu fui tomar um longo e gelado banho.
Sai do banheiro cantarolando uma música qualquer e me deparei com Helena sentada na beirada da cama com Dean ao seu lado vendo algo no notebook. Tentei disfarçar minha expressão maliciosa, quando os dois se viraram pra mim.
—Ash, nada até agora.
—Sério?-perguntei e ela assentiu com a cabeça-Esse lugar está me decepcionando...Há quanto tempo você está aqui?-perguntei arqueando uma sobrancelha para Dean.
—Faz uns 5 minutos-respondeu e concordei murmurando um "ah".
Minutos depois alguém bateu na porta, nenhum dos dois hesitou em se levantar e ir abrir, então peguei a arma em umas das mesinhas e andei até a porta.
—Folgados-falei e vi os dois revirarem os olhos.
—Huum... Oi. O Dean ta ai?-Sam perguntou direcionando o olhar pra dentro do quarto.
—Uhun... Pode entrar.
Dei espaço e ele passou por mim indo até Dean e Helena.
Fui até a mochila e peguei alguns livros, coloquei sobre a mesa e me sentei em um das cadeiras começando a ler algo sobre rituais antigos. Sam se sentou do outro lado alguns minutos depois, puxando um dos livros pra si e começando a ler.
Depois que os irmãos foram embora, Helena me encarou com uma expressão de preocupação.
—Nada de anormal até agora?-perguntei fechando o livro e voltando meu olhar para ela.
—Não... Isso que fica na minha cabeça. Sempre tem algo de anormal, não importa aonde a gente esteja.
Suspirei e pensei um pouco. Precisávamos relaxar, então resolvemos ir até algum um bar próximo dali. Sem Winchesters.
–-----//--------//------//-----//--Estávamos na sala da casa de Peter, assistindo um dos milhares de filmes preferidos dele e tentando cumprir o trato de ser normal por uma noite.
Já se passava das 23:00 quando ele disse do nada que teria de subir no quarto, e que em 5 minutos voltava.
Bom, se passaram mais que 5 minutos e nenhum sinal dele. Então, resolvi ir até lá.
Comecei a subir a escada, mas parei faltando dois degraus quando ouvi o barulho de algo caindo vindo do quarto que ficava logo a frente.
—Eu não vou deixar você encostar nela, muito menos pra fazer isso!-ouvi Peter dizer, mas pra quem?
—Bom... Se você diz que não vai me deixar dar continuidade ao meu plano, vou ter que te tirar do caminho.
Tiro. Subi aqueles últimos degraus o mais rápido possível, mas parei bruscamente na porta do quarto. Olhei pela brecha e vi a arma no chão perto do pé da cama e Peter sendo segurado contra a parede pela garganta por alguma coisa que não dava pra distinguir. Forcei a vista para tentar focar naquilo, mas nada adiantava. Continuava o mesmo borrão preto ali, segurando meu melhor amigo.
Respirei fundo mais uma vez, abri a porta e corri até o pé da cama pegando a arma. O borrão preto saiu dali em segundos, enquanto eu atirava pro nada.
Olhei pela janela e não tinha mais nada lá, me voltei para Peter e vi o mesmo caído no chão com o lado esquerdo do peito sangrando, uma faca estava caída ao lado. Minhas pernas falharam.


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