As irmãs Nightshade escrita por Safferena


Capítulo 3
Capítulo 3 - Eu também quero!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! >.



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Lilith Pov’s

Já faz duas horas que subi para o meu quarto e ouço barulhos vindo do primeiro andar. Eu achava que vampiros fossem silenciosos! Tento desligar minha mente dos sons ao meu redor, não pensando em nada. Quando estou quase dormindo ouço um grito, fazendo-me despertar. Me levanto com raiva, e me tele transporto para a sala com um feitiço nas pontas dos dedos pronto para lançar no infeliz que me acordou.

Quando chego na sala vejo a Nagini enrolada no corpo da Yui, que gritava desesperada, os outros não sabiam o que fazer, estavam chocados. Acho que eles não sabiam da Nagini. Maya chega na sala e começa a rir da situação, olho para ela e também começo a rir. A Nagini encontrou seu petisco.

– Vocês duas parem de rir e ajudem a Yui. – ordena Abby. – Lilith manda a Nagini soltar ela, a garota está ficando roxa!

– Nagini solte-a, agora. – ordeno e Nagini a solta, a contra gosto. – Boa garota. – falo com carinho.

– Essa cobra tem um apetite enorme! – exclama Lina – Os ratos que demos para ela não foram suficientes?!

– Ela precisa de animais mais grandes. – comento.

– Vocês são loucas!? – exclama Laito chocado. – Que tipo de pessoas tem uma cobra de 5 metros?

– Nagini é um animal de estimação como qualquer outro! – falo irritada.

Yui ainda esta no chão tremendo, seu corpo está com marcas onde a Nagini a sufocou. Por pouco Nagini não quebra seus ossos.

– Mande essa cobra ficar longe da Yui. – Ayato fala irritado. – Ela é minha presa.

– E essa cobra não pode ficar nessa casa. – se pronuncia Reiji, que esteve quieto o tempo todo.

– Eu não vou me desfazer da Nagini. – falo em um tom ameaçador. Reiji se mantem firme, mas vejo um medo aparecer em seus olhos.

– Não irei permitir uma cobra aqui. Você irá se livrar dela. – ordena. Ele está querendo mandar em mim? Vou mostrar a ele que não recebo ordens de ninguém.

Caminho lentamente até ele, e vejo uma preocupação surgir em seu semblante, que some logo em seguida. Ele se mantém no mesmo lugar. Paro em sua frente, ele é mais alto do que eu imaginava, quase não chego na altura do seu queixo.

– Ela vai ficar. – falo em um sussurro ameaçador. Dando uma segunda chance á ele.

– Eu já disse que ela não vai ficar. – insiste. Tenho que admitir que ele tem coragem ou é muito idiota.

Rápida como uma cobra agarro seu pescoço com a mão direita, o enforcando. Ele é pego pela surpresa e tenta se soltar, mas eu o aperto com mais força, afundando minhas unhas em seu pescoço e sinto algo escorrer pelos meus dedos. Sangue. Nagini lendo minha mente se enrosca em seu peito, trancando seus braços. Faço ele ficar de joelhos.

– Ela vai ficar. Entendido? – falo e ele sacode a cabeça em concordância. – ótimo.

O solto e Nagini vem até eu e se enrola nos meus braços. Reiji passa a mão pelo pescoço, limpando o sangue. Ele me olha com raiva, dou um sorriso doce para ele.

– Você é mais forte do que parece. – comenta Kanato.

– Muitos comentem o erro de subestimar minha força.

– Poxa Lilith, você só faz coisas divertidas quando eu não estou por perto. – lamenta Ashley chegando na sala. Dou de ombros e volto para o meu quarto.

Deito na cama e suspiro cansada ao me lembrar que tenho que arrumar minhas roupas no guarda roupa.

– Preciso de um escravo urgentemente. – falo para Nagini, que sibila. – Vou arranjar um amanhã.

Abby Pov's

Abro a janela do quarto e me sento na poltrona ao lado, aproveitando a brisa noturna que entra pela janela. Fecho meus olhos e respiro fundo. Não é uma tarefa fácil tomar conta das minhas irmãs. Elas podem destruir uma casa em poucos minutos se eu não estiver por perto. Por eu ser a mais velha é minha responsabilidade prestar atenção ao que fazem. Sempre foi assim desde que éramos pequenas, eu e Lina sempre cuidávamos das mais novas, e não podíamos deixa-las sozinhas, eram umas pestes desde pequenas. Lembro de uma vez em que deixei a Ashley sozinha por alguns minutos na cafeteria enquanto eu ia até o caixa pagar a conta. Quando retornei à mesa ela tinha desaparecido, entrei em desespero achando que ela tinha sido sequestrada, ela chamava a atenção desde pequena com seus cabelos vermelhos encaracolados e seus olhos verdes, sai correndo da cafeteria e parei na frente de uma loja de brinquedos do outro lado da rua, tinha vislumbrado seus cabelos pela vitrine. Fico chocada ao ver a cena que se passava a minha frente. Ashely tinha feito todos que estavam na loja desmaiarem e enfeitiçado os brinquedos, que corriam, voavam ou eram arremessados nas paredes. Ela estava no meio da loja rindo enquanto quebrava ou explodia alguma coisa. Ela só tinha sete anos e já sabia lançar feitiços. Depois daquele dia não deixei mais elas sozinhas, principalmente a Ashley. É cansativo ter que estar sempre atenta ao que fazem, mas eu gosto de passar meu tempo com elas. Uma batida na porta me desperta dos meus devaneios.

– Pode entrar. – falo.

– Posso dormir com você? – pergunta Valarie assim que entra no quarto. Ela é a mais nova e tem a aparecia angelical, com seus longos cabelos castanhos e olhos violetas - é a que mais vive destruindo as coisas. Ela pode ser muito fofa quando quer, mas é uma psicopata de carteirinha.

– Claro – ela se deita na minha cama. – Você não acha que esta grande demais para dormir comigo? – provoco.

– Engraçadinha. Eu destruí meu quarto, não tenho onde dormir.

– Eles não perceberam que um dos quartos foram completamente destruídos?

– Ainda não. Eles ainda estão se recuperando dos acontecimentos de hoje.

– Dá até vontade de sentir pena deles.

– Você viu a expressão do Reiji quando a Lilith tirou suas garras dele? Achei que ele fosse matar ela com o olhar.

– Ele vai precisar mais do que um olhar assassino para mata-la. – comento.

– A Maya está empolgada pelo fato deles serem vampiros. Ela disse que vai poder fazer umas experiências com eles, já que são mais resistentes do que humanos.

– Eu gostaria de saber onde papai e mamãe estavam com a cabeça quando acharam que era um boa ideia a gente morar com vampiros.

– Eu também gostaria de saber. – disse Valarie e ficamos em silêncio, tentando imaginar quais são os verdadeiros planos dos nossos pais.

Ashley Pov's

Acordo com o sol batendo em meu rosto, levanto minha mão e faço a cortina se fechar. Depois de alguns minutos me virando na cama me levanto, desistindo de voltar a dormir. Tomo banho e troco de roupa e desço para a cozinha a procura de comida. A casa está silenciosa, devem estar todos dormindo. Passo pela sala e vejo a Lilith deitada no sofá, vou até ela e toco seu braço.

– Está dormindo? – pergunto e balanço seu braço.

– Não, não. Só estou observando minhas pálpebras pelo lado de dentro. – ironiza ainda com olhos fechados. Devido os olhos.

– Tem alguma coisa comestível nessa casa?

– Não. Eu já procurei e só encontrei mato. – ela faz uma careta.

– Verduras você quer dizer.

– Para mim é mato. Eles não tem nada de bom para comer.

– Vamos ter que fazer compras então, não irei sobreviver só de comida saudável. Vamos ao mercado.

– Eu não quero sair. – Lilith fala se virando no sofá. – Pede para a Lina ir com você.

– Elas estão dormindo, você sabe como ficam mal-humoradas quando acordam elas.

– Tá bom, mas só vou porque tenho que encontrar uma coisa. – ela se levanta.

– Que coisa? – pergunto curiosa.

– Você vai saber quando eu encontrar. Dou de ombros, sabendo que ela não iria falar.

Estávamos no caixa passando as compras quando Lilith sai de repente do mercado.

– Mas que lisa! Ela saiu para não me ajudar a carregar as compras. – murmuro irritada – Mas ela vai ver só se não me ajudar.

Quando termino de empacotar as compras Lilith chega com um rapaz ao seu lado. Ele é alto e forte, tem cabelos loiros e olhos azuis. É bonito.

– Quem é esse, Lilith? – pergunto confusa.

– Pode dar as compras para ele levar. – fala ignorando minha pergunta.

– Você fez de novo! – falo com um sorriso. Entrego as compras para ele.

– Eu estava precisando de um. – ela da de ombros. – Mason pega as compras e procure um táxis.

– Certo. – o tal de Mason sorri feito bobo para ela e sai com as compras.

– Onde você o encontrou? – pergunto andando ao seu lado.

– Eu sai do mercado para atender uma ligação da Abby e o vi sentado sozinho do outro lado da rua, achei ele bonito e decidir perguntar a ele se queria ser meu faz tudo. E ele aceitou.

– Ele simplesmente aceitou? Ou você lançou um feitiço nele?

– Eu não precisei lançar o feitiço. Ele aceitou porque quis.

Por sermos feiticeiras – metade humana, metade demônio – os humanos sempre sentiam-se atraídos por nós. Então não é estranho a reação do Mason.

– Você sabe que a Abby vai surtar, né? – falo com uma risada.

– Vou colocar meus fones de ouvido para não ouvir o discurso dela. – Lilith coloca seus óculos escuros e Mason vem ao seu encontro.

– O táxis está esperando. – avisou.

– Bom garoto. – Lilith faz um carinho em sua cabeça e ele fica todo contente.

Quando chegamos estavam todos na sala nos esperando.

– Não fiquem ai parados, aplaudam. – falo quando entro na sala. Maya e Valarie aplaudem e dão assovios rindo.

– Eu achava que vocês dormiam durante o dia. – comento e vou até a janela e puxo as cortinas, iluminado a sala com a luz do sol. Eles pulam do sofá e tampão seus rostos e gritam mandando eu fechar a cortina. Valarie, Maya e Lilith estão rindo das reações deles.

Abby fecha as cortinas e me dá um tapa na cabeça.

– Por que fez isso? – pergunta.

– Eu queria ver se eles realmente se queimavam no sol. – falo enquanto massageio minha cabeça.

Eles estão deitados no chão com as mãos ainda em seus rostos.

– Como são patéticos. – fala Valarie. Lilith está olhando Shu de um jeito estranho.

– Quem é esse? – pergunta Lina, se referindo a Mason.

– Meu faz tudo. – explica Lilith, que passa um braço ao redor da cintura de Mason, fazendo o mesmo sorrir e a olhar fascinado.

– Eu não acredito que você fez isso de novo! – Abby a repreende.

– Por que só a Lilith pode ter um servo? – pergunta Maya desconformada.

– Ela vai tirar o feitiço que lançou nele e apagar sua memória. – manda Abby.

– Eu não lancei feitiço nenhum, ele faz o que mando porque quer. E eu não vou me livrar dele. – Lilith se deita no sofá e Mason fica ao seu lado, como se fosse seu cachorrinho.

– Vocês podem hipnotizar as pessoas? – pergunta Kanato curioso, já recuperado das queimaduras em seus braços, eles se curam rápido.

– Sim, mas a chata da Abby não deixa. – Maya fala fazendo careta par Abby, que revira os olhos.

– Quem destruiu o quarto? – pergunta Reiji, totalmente fora do assunto.

– Eu, mas foi um acidente. – fala Valarie – Eu acidentalmente deixei cair três garrafas de álcool sobre os móveis e o lancei o fogo sem querer. – ela sorri docemente, fazendo cara de inocente.

Estava muito convincente, se não fosse a desculpa sem noção.

– Eu posso arrumar o quarto. – Lina se manifesta.

– Ótimo. Deixe-o como estava. – fala Reiji.

– Cuidado como fala Reiji. – Lina ameaça - Não use esse tom mandão comigo, ou eu posso me rebelar e acidentalmente tocar fogo em seu quarto com você dentro.

Reiji se remexe desconfortável no sofá. Agora percebo que só está na sala eu, Abby, Lina e o Reiji. Como não os vi sair?

Saio da sala e vou para o jardim. Ao longe vejo um grupo de adolescentes passar na frente do portão.

– Já sei como vou acabar com o meu tédio. – sorriso e vou ao encontro deles.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E gente me digam suas opiniões, sério, comentários dão uma incentivada. E vocês podem sugerir coisas nos comentários. E não esqueçam de favoritar e mostrar para os amigos, colegas, cachorros, gatos ou tartarugas. Beijo seus lindos.