You escrita por PepitaPocket


Capítulo 17
O Aniversário de Rangiku




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Desde que Ichigo havia mandando mensagem, dizendo que dentro de poucos minutos iria busca-la, Orihime não conseguia parar de checar o próprio visual no espelho, em busca de alguma imperfeição que pudesse fazer com que Ichigo se desinteresse por ela, por acha-la muito feia, ou não adequada de alguma maneira.

Poderia parecer bobo, mas esse era um pensamento que ela não conseguia evitar, afinal era seu primeiro relacionamento, e ela não sabia como se portar, com o garoto que amava.

Felizmente a campainha tocou, e para seu alívio era Tatsuki que estava ao seu modo deslumbrante, na verdade Orihime parecia incrível também, e as duas amigas ficaram se encarando com um olhar cumplice, embora suas respirações estivessem pesadas, e elas se sentissem um pouco tensas, sem saber o que esperar com relação a festa.

Não demorou muito para que Ichigo, desse um toque para o celular de Orihime, enquanto ele comia mais uma goma de mascar e checava o próprio cabelo no espelho retrovisor do carro. Afinal, Orihime era uma mulher linda, e ele queria muito impressioná-la com o pouco que tinha a sua disposição.

Não demorou muito para que sua musa aparecesse por ali, com Tatsuki com quem vinha conversando aleatoriedades apenas para distrair a mente, ansiosa e cheia de expectativa.

Ichigo que havia descido do carro para recepciona-la, ficou simplesmente boquiaberto, diante de Orihime.

Que estava usando um vestido frente única de gola alta que se ajustava com perfeição as curvas do corpo, da jovem mulher que tinha suas costas desnudas, sorriu com certa timidez para o Kurosaki que ficou algum tempo a olhando embasbacado com sua beleza.

— Você está incrível, meu amor.  — Ichigo dissera dando um sorriso um tanto idiota, enquanto se aproximava desajeitado de Orihime, sem saber direito onde beijá-la.

Decidiu-se pela bochecha, não queria bancar o abusado, ainda mais com a Tatsuki ali do lado, fazendo uma carranca, esquisita. Isso porque a Arisawa já sabia onde aquilo iria dar... Certamente, ela encerraria a noite segurando vela, literalmente.

O que ela não sabia é que não poderia estar mais enganada.

...

O edifício de Matsumoto ficava em um prédio próximo ao centro. A frente do mesmo estava cheia de carros, afinal a jornalista tinha muitos contatos, e gostava sempre de casa cheia, quando fazia uma festa, ainda mais quando era seu aniversário.

Para evitar problemas com os vizinhos, ela sempre os chamava para a festa, e quando algum não ia e ainda reclamava com o sindico, ela alegava que era recalque porque não foi convidado para a festa, mesmo que tivesse sido feito.

De qualquer forma, a mulher estava com um tomara que caia rosa pink, cheio de babados, que ficava ainda mais escandaloso em seu corpo cheio de curvas. Mesmo assim, Urahara não conseguia fazer outra coisa, a não ser olhar para o corpo lindo de sua namorada, já sonhando para quando eles ficassem a sós no quarto.

Se bem que Rangiku andava o castigando, na intimidade, e ele não entendia muito o que ele estava fazendo de errado, para merecer aquele tratamento.

Hisagi fora o primeiro a chegar, afinal ele e sua banda, eram responsáveis pela música.

Nanao o acompanhara, visivelmente emburrada. Porque não gostava de Matsumoto, por ciúme. Já que Hisagi era ex-namorado de Matsumoto.

O que era bobo da parte de Nanao, na opinião de Urahara, já que exceto quando as pessoas são adolescentes, normalmente elas tem um passado que envolve quase sempre uma outra pessoa.

Ele mesmo havia sido casado duas vezes, e tinha uma filha que ele não via a seis anos, desde que se separou de Yoruichi. Sua segunda esposa, não lhe deu filhos, mas certamente sobre como deixa-lo monetariamente quebrado.

De qualquer forma, ele tinha seu passado e Rangiku tinha o seu também e estava tudo certo.

Rukia aparecera a seguir por ali... Sempre muito dedicada aos estudos, ela sempre desconversava, dizendo que não sobrava muito tempo para o namoro.

Mas, a verdade é que ela nunca superou o término com Renji que chegara acompanhando de uma garota mais baixa, de rosto angelical e cabelos compridos e lisos.

Hinamori abraçou Matsumoto com um sorriso genuíno, e acenou para Urahara que não conseguiu deixar de dar uma conferida nas pernas da mulher, e seu ato não passou despercebido por Matsumoto que lhe dera um sorriso cínico e provocante.

Eles, nunca brigavam por causa de ciúme, ao menos não verbalmente. E, essa era uma das coisas que ele gostava na sua namorada.

— E, então aquela é sua conquista da vez? – Urahara perguntou sem cerimônia assim que Renji que usava uma calça jeans apertada e um suéter de malha, antes de responder com ironia.

— Ela até é uma gracinha, mas não faz meu tipo. Muito certinha. E a mãe dela é uma louca, encrenqueira. Ou seja, não faz meu tipo.

— Cara, você tem que parar de pensar só em sexo, e achar uma mulher para casar, ter uma vida, sabe? – Urahara, falou fazendo uma pose de conselheiro que não convenceu Renji.

— Gosto de mulheres independentes, sabe? Ficar de boa com elas, sem vigilância da família nem nada. Já basta o que eu vivi com a Rukia. – Renji falou com uma naturalidade espantosa, enquanto olhava de soslaio para sua ex-namorada, que conversava com Hinamori.

Ela pressentiu o olhar de seu ex, mas esperou ele distrair-se com Hisagi que foi cumprimentá-lo, com um bater de mãos, e um leve soquinho na mão, para olhá-lo de volta.

— Você ainda gosta dele? – Hinamori comentou com suavidade.

— Gosto nada, ele é um idiota. – Rukia disse emburrada.

— Melhor para mim. – Hinamori disse dando um olhar desejoso para Renji, sem importar-se com a carranca que Rukia fez para ela.

Em um passado próximo elas foram amigas, mas agora se tratavam como conhecidas. E, parte disso, não tinha a ver com Renji e sim por um desacerto em um trabalho da faculdade.

Ambas, cursavam administração de empresas e se desacertaram durante a apresentação de um trabalho. Depois daquilo a amizade, das duas já não foi a mesma, e o crescente interesse de Hinamori em Renji que era seu vinho e ex-namorado de Rukia, fulminou tudo.

Mas, no meio da bagunça que estava se tornando a casa de Matsumoto, a medida que mais gente chegava, a companhia uma da outra, era a melhor opção.

Já que a aniversariante circulava de um lado a outro, mas como boa anfitriã, não ficava mais do que dois cinco minutos em cada roda.

...

Não muito longe dali, já saindo do elevador, Ichigo estranhava os passos erráticos que Orihime estava dando, parecendo estar com medo de chegar no apartamento de Rangiku.

— Relaxa, Hime. É só um grupo de loucos. – Ichigo tentou fazer piada, mas aquilo não aliviou muito as coisas, pelo contrário, deixou a ruiva ainda mais apreensiva.

Já que ela imaginou um monte de gente na camisa de força, se babando e fazendo outras coisas estranhas.

Tatsuki apenas rolou os olhos achando que Ichigo estava desaprovado, quando o assunto era acalmar Orihime.  

— Olha só quem apareceu! – Mas, então por acaso Rangiku havia chegado na porta, para recepcionar alguns amigos que haviam chegado quase junto com Ichigo, Orihime e Tatsuki.

Orihime reconheceu de imediato Matsumoto com quem esbarrou no dia que ela havia chegado em Karakura.

Aquelas lembranças encheram Orihime de vergonha, tanto que ela acabou se desequilibrando na hora de ir cumprimentar Rangiku que se viu segurando Orihime praticamente no colo, de um jeito um tanto inesperado.

— Oh, muito bom de conhecer, queridinha. – Rangiku deu um sorriso simpático, para a sua mais nova amiga e a enlaçou em um abraço de urso, evitando assim que ela desse de cara no chão.

A cena deixou Tatsuki com uma enorme gota na cabeça, porque para ela aquilo foi um choque de peitos, que deixaram a plateia masculina do local, deslumbradas com o espetáculo.

Já Ichigo ficara carrancudo, quando percebera os olhares voltados para “a sua garota”.

Por isso, fizera questão de puxá-la para mais perto, e mostrar para todos os assanhadinhos de plantão que ela estava muito bem acompanhada.

— Muito prazer em conhece-la querida. – Tatsuki só percebeu que Matsumoto falava com ela, quando essa a capturou em um abraço de urso, também.

— Prazer. – Tatsuki disse sucinta sem saber como ir além.

Felizmente, ou infelizmente Rangiku logo avistou outro grupo de pessoas, e apenas com um sorridente “aproveitem a festa”, se afastou para falar com outras pessoas.

— O que eu faço agora, Kurosaki-kun? – Orihime se aproximou do rapaz, e perguntou de um jeito tão fofo, que ele teve vontade de rir, não por achar engraçado, no sentido da zombaria, mas por ela ser tão única e graciosa.

— Como disse, Rangiku... – Ele sussurrara aproximando seu rosto do Orihime. – Vamos aproveitar a festa.

Ichigo falara conduzindo Orihime para o interior do apartamento, que era amplo e espaçoso, com uma grande sala, e uma porta envidraçada que dava acesso a uma sala de jantar, mas como essa estava entreaberta, tornava-se um ambiente só.

Na mesa havia vários comes e bebes, mas o que chamou atenção da Orihime, foram os beijinhos graúdos. Ela chegou a levar a mão, para pegar um da bandeja, mas hesitou, porque ficou na duvida se era adequado ou não, percebendo a vontade de sua musa, Ichigo não pensou duas vezes, em pegar o doce.

E, conduzi-lo até a boca da jovem que corou com o gesto, mas não resistiu a dar uma mordida no doce, enquanto fitava Ichigo direto nos olhos e aquilo pareceu tão sexy e angelical ao mesmo tempo, que o Kurosaki se viu arrebatado pela sensação de se achar o mais sortudo dos homens.

Já Orihime, ficara toda derretida pelo gesto, e ainda brindara Ichigo com um bonito sorriso, a interação do casal, logo chamou atenção de Rukia.

— Alguém achou uma dona para a chave de seu coração. – A mulher de baixa estatura, sorrira até com os olhos ao ver seu amigo, enfim sair do buraco que Senna o deixou.

Orihime ficara vermelha, sentindo-se emocionada com a ideia de ser merecedora ao menos um tantinho do carinho de Ichigo, e seu coração quase saiu pela boca, quando ele a trouxe para mais perto e com um sorriso discreto, porém genuíno, dissera o que ela queria ouvir.

— Não poderia achar dona melhor. – Ele disse com sinceridade, e a ruivinha teve de se controlar para não se debulhar em lágrimas ali na frente de todos.

— Então como se conheceram? – Quem se manifestou foi Hinamori que recebeu um olhar do novo casal e vendo que Orihime a encarou com curiosidade tratou de se apresentar. – Sou Momo Hinamori.

Ela disse fazendo uma reverencia breve, sendo seguida por Orihime.

— Ah, essa é uma história engraçada... E, eu estava lá. – Quem se manifestou foi Rangiku que chamara atenção de todos com sua risada espalhafatosa.

Ichigo fechou a carranca, prevendo que aquela besta fera iria contar aquilo do modo mais vexatório possível, para ele, é claro.

— Acho que ele ficou tão admirado com essa belezinha aqui, que se desviou do caminho que estava e foi parar na lixeira com moto e tudo. – Rangiku dissera fingindo conter o riso, mas quando alguns ouvintes começaram a rir também, ela caiu na risada, vendo como Ichigo ficara bem vermelho.

— Hm. Mas, a culpa foi minha. – Orihime tentara defender Ichigo com seu constrangimento, porque de repente a roda que começou apenas com Rukia e Hinamori, aumentou e metade dos membros da confraternização, estavam ali.

Rindo as custas de Ichigo, e achando-a muito fofa.

Tatsuki que observava tudo mais afastada, com uma lata de energético na mão, pensava se deveria ou não intervir, mas ela não era melhor em socializações do que a própria Orihime, então decidiu ficar por ali, fazendo o que ela sabia que iria fazer desde o começo: segurar vela.

— Você não é muito sociável não é? – Mas, então um cheiro de menta encheu suas narinas, ao mesmo tempo que um hálito quente bateu em sua nuca, e ela nem precisou olhar para trás para saber quem era.

— Vai ficar com sua namoradinha. – Tatsuki disse engolindo em seco, sem deixar de lado a magoa que não deveria sentir.

Aquele sentimento não era contra ele e sim consigo. Pois, ela não se perdoava por estar caindo de amores por um cara comprometido.

— Não tenho mais namorada. – Ele disse com simplicidade, assustando a garota que deixou cair a lata de sua mãe e aquilo só não foi ao chão porque os reflexos de Uryuu o seguraram a tempo.

— Não brinca. – Ela disse no automático, e ele acabou achando a expressão dela linda.

Ele sabia que era canalhice sua... Pois, sua relação com Karin, mal havia terminado e ele já estava ali cortejando Tatsuki, mas ele queria deixar bem claro sua posição, pois mesmo sendo um homem absolutamente racional, ele sabia que nas coisas do coração não se manda.

— Então, podemos conversar? – Ele pediu levando a mão nos bolsos, louco de vontade que ela dissesse sim, mas aquilo já não dependia dele, como tantas outras.

...

Naquele momento, um táxis encostava em frente ao prédio, e Karin a contragosto descia do veículo, sabendo que não estava no melhor dos humores para ir a festa, mas também não estava disposta em ficar em casa chorando por causa de um idiota.

Uryuu certamente estava em casa, afundado de trabalho que era a única coisa que ele presava, então teoricamente não tinha nenhum risco encontra-lo, mas nem sempre a prática cumpre o que estabelece a teoria, e a prova é que uma das primeiras pessoas que Karin viu naquela sala, foi justamente Uryuu, e na companhia dela.

— Cretino. – Ela dissera entredentes, caminhando na direção de Uryuu, com a fúria inumana de um terremoto.  


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