Morando Com Um Desconhecido escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

heeeeeeeeellow hellow! como vocês estão? Estou ótiiiiiiiiiiima, ainda mais depois desses comentários ♥
favoritem a história se estiverem gostando, e achar que merece hahah

Bom, ai vai mais um capítulo.

GALERA VOU COLOCAR O NOME DA MÚSICA, POIS O LINK AS VEZES NÃO DA CERTO! SE QUISEREM COLOCAR JUNTO A LEITURA, NA HORA QUE EU PEDIR...



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Abri os olhos, com a sensação de que tinha sido atropelada por um ônibus. Minha cabeça, fazia uma pressão extremamente chata, impedindo que meus olhos fossem abertos, senti minha garganta arranhar assim que engoli a saliva e a sede a fez implorar por água.

Não queria levantar, não queria mover um músculo do meu corpo, tudo o que eu queria era continuar dormindo durante os próximos mil anos. Abri os olhos com dificuldade, e a claridade parecia que queimaria as minhas retinas, mais uma pontada de dor na cabeça fez com que eu fechasse os olhos novamente.

– Estou agindo feito uma adolescente. - Reclamei e abri os olhos.

No criado mudo ao lado, vejo um copo d'água e um pedaço de papel. Curiosa, apoiei meus cotovelos na cama, e mirei os olhos naquele papel. Acima, um comprimido.

Engoli o comprido, e tomei a água em três goles longos.

Será que foi ele que o deixou aqui? Teria entrado em meu quarto, enquanto eu dormia? O que é mais curioso, é que ele tinha se preocupado, e vergonhoso ele ter notado que estava bêbada o suficiente, para precisar de remédios para dor de cabeça hoje. De qualquer forma, agradeci por esse comprimido.

{...}

Estava entediada, então resolvi ir dar uma volta pela mansão. Imaginei que ele não estivesse - ele nunca está. Era grande, e os móveis pareciam estar ali a tempo demais. Entrei em uma biblioteca, e vi os diversos livros que estavam ali, organizados em uma prateleira que precisaria de uma pequena escada, para alcançar os mais altos. Passei o dedo entre eles, vendo os autores, alguns eu nunca tinha ouvido falar, outros sabia que eram antigos. Nenhum ali despertou interesse.

Sentei em uma cadeira giratória, próxima a uma janela fechada pelas cortinas que pesavam até o chão. Acima da mesa, vi alguns papeis.

– Não deveria xeretar. - Ouço sua voz grossa, e levanto rapidamente da cadeira.

– Eu, não...- Balbuciei algumas palavras.

Ele estava no batente da porta, como se estivesse ali há algum tempo. Braços cruzados, vestindo uma camisa social branca, e suas calça preta social. Não havia nenhum tipo de expressão em seu rosto - como sempre. Apenas as sobrancelhas arqueadas, e os olhos azuis intensos.

Damon levantou apenas um lado da sua boca. Parecia estar zombando de mim, internamente.

– Espero que esteja melhor. - Descruzou os braços, andando até a mesa que eu estava próxima.

– Sim. - Respirei fundo, recompondo meu ar. - A propósito, obrigada pelo remédio.

– Já tive a sua idade. - Parou do outro lado da mesa, e eu já podia sentir a fragrância, insuportavelmente boa vindo do seu corpo.

Encarou meus olhos mais de perto, e eu segurei o ar. Ele transfere o olhar para os meus lábios, e diz:

– Algum problema? - Espreme os olhos, voltando a encarar os meus.

– Não. - Respondi rápido, soltando o ar. - E, quantos anos tem agora? - Mudei o foco, tentando ficar relaxada.

– Depende do humor que acordo.

Ergueu a sua mão, e a levou até a mesa próxima da minha. Senti ele toca-la, suas mãos eram quentes e macias, e fez meu corpo inteiro entrar em erupção. Ele a afastou delicadamente, e pegou um papel abaixo. Engoli em seco, sentindo meu coração bater forte contra o peito.

Segurou em suas mãos um envelope da cor gelo, e o guardou no bolso da sua calça, voltando a encarar meus olhos que provavelmente entregavam minha atenção nele. Meu coração parecia estar testando, o quão rápido ele poderia bater, e a velocidade que conseguiria bombear o sangue em minhas minhas veias.

Seus olhos tem uma extraordinária cor azul, e encaram como se pudessem ver o fundo da sua alma, ou ler seus pensamentos. Eu senti um frio correr pela minha espinha, só em imaginar que talvez pelos meus olhos, ele consiga enxergar o que se passava em minha cabeça.

– Está noite iremos a um jantar. - Começou, fazendo novamente meus olhos encontrarem seus lábios. - Terá alguns amigos do seu pai lá, e irá distrai-la um pouco.

– Não sei se tenho roupas, adequadas para um jantar como esses. - Assumi, em voz baixa.

– Eu cuido disso. Daqui duas horas nós vamos.

Não esperou por uma resposta, e saiu da biblioteca. Pude recuperar meu fôlego.

{...}

Observava meu reflexo no espelho, e não me lembrava de estar tão bonita como hoje. Não estava sendo convencida, muito pelo contrário, nunca fui o tipo de pessoa que se gaba da própria beleza. Esse vestido preto, esbanjava luxúria. Escuto duas batidas na porta, e por ela cruza Jenna com um sorriso maternal.

– Como está linda, senhorita. - Elogiou, aproximando-se. Parando atrás de mim.

– Você tem bom gosto, Jenna. - Sorri, a olhando pelo reflexo do espelho.

– Damon o escolheu, eu apenas o trouxe.

Franzi o cenho. Damon havia escolhido o meu vestido?

Desde quando um homem como ele, fosse tão requintado em questão de roupas para mulheres. Suspirei confusa, imaginando que talvez ele fosse gay. Ou, já tivesse tido inúmeras mulheres.

– Jenna, posso lhe fazer uma pergunta indiscreta? - Virei meu corpo pra ela, que encarou meus olhos com os verdes arregalados, como sempre.

– Claro. - Sorriu amigável.

– Damon não fala muito, é sempre assim? Temo que eu seja um problema aqui, uma pedra no sapato.

Ela deu uma risadinha brincalhona, como se eu tivesse dito algo engraçado. Mas não era pra ser engraçado, eu realmente estava incomodada com a forma que ele agia perto de mim.

Jenna maneou a cabeça em sinal negativo, e segurou a minha mão com ternura.

– Querida, ele o recebeu de bom grado na mansão. O problema, é que ele realmente é fechado, e o que da a entender é que quer distância de qualquer pessoa, que esteja invadindo sua zona de conforto. Mas é um cavaleiro, e um ótimo homem.

– Depois do comprido, e desse vestido não tenho o que não concordar sobre as qualidades. Mas a forma que ele me olha e como sempre parece apressado para sair do meu lado.

– É só o Damon, sendo o Damon. Agora vamos, ele está esperando e se tem uma coisa que os Salvatore odeiam, é esperar.

Os? – Perguntei, não escondendo a minha curiosidade.

Saímos do quarto, e caminhávamos pelo corredor.

– Sim. - Respondeu, prosseguindo. - Stefan é o irmão mais novo. Vive viajando com a melhor amiga, ou namorada, eu nunca sei o que eles realmente são. Tem a sua idade, e é o um garoto iluminado. Você adoraria conhece-lo. Pelo que eu sei, ele chegará nos próximos quatro dias, talvez tenha a oportunidade de vê-lo.

– Ah, não. - Lamentei. - Meu pai já vai ter chego.

Ela apenas espremeu os lábios, também lamentando.

Descemos as escadas, e ele já aguardava próximo a mesa de bebidas, tomando sua dose de uísque.

Vestia um smoking, e eu me perguntei se teria alguma roupa que não ficaria perfeitamente bem nele. Parecia aqueles modelos, das fotos em que as lojas divulgam suas peças.

Seus olhos me mediram dos pés a cabeça, dando-me um nervosismo a ponto de sentir meu estômago embrulhar. Ele ergue uma sobrancelha para mim, e eu dou um meio sorriso, assim que termino de descer as escadas.

Sem saber porque, sabia que estava corando vendo-o me observar.

– Podemos ir? - Sua voz sai rouca, e ao mesmo tempo sedutora.

– Sim, claro. - Respondo apressada.

Ele sustenta meu olhar por mais alguns segundos, e vamos em direção a porta.

{...}

No caminho, estávamos sentados no banco da limousine um ao lado do outro. Uma das suas mãos, estava relaxada no colo e a outra segurava um copo. Ele mexia o copo, fazendo movimentos circulares, deixando o líquido passar por toda extremidade do copo, dando a sensação que o líquido voaria por todo o lado.

Ergueu o copo, levando a borda até os lábios e engoliu todo o líquido de uma vez. Senti o carro parar, e olhei para a janela, vendo a mansão Lockwood. Sabia quem eles eram, o prefeito da cidade, a mulher dele e o filho rebelde que vivia se metendo em confusão. Já foi um dos namorados e um dos trágicos fins de relacionamento da Caroline.

{...}

Eu e Damon, parecia ser os mais novos daquela mansão. Todos pareciam estar entretidos em suas conversas, inclusive Damon, conversando com Richard. Eu passava os olhos por toda parte, procurando algum rosto com menos de quarenta anos e conhecido.

Senti minhas costas ser tocada por mãos grandes e dedos cumpridos. Virei para o lado, vendo Damon tão próximos que poderíamos nos beijar, levei um pequeno susto, afastando-me ligeiramente do seu rosto - arrependi ter feito isso. Sua mão cobria grande parte da minhas costas, e pude sentir seu polegar acariciar levemente o meio dela, causando-me arrepios.

– Pode ir dar uma volta. Nos encontramos no carro daqui alguns minutos. - Sussurrou próximo ao meu ouvido.

Seu hálito quente, bateu na minha bochecha e eu senti o cheiro de uísque. Engulo seco, sentindo a temperatura do ambiente subir, ou seria apenas meu corpo entrando em descontrole - fora de hora. Custo um pouco, para responde-lo.

– Tudo bem. - Gaguejei e senti suas mãos saírem da minhas costas.

Não queria que elas saíssem, queria que permanecessem ali.

Fiz o que ele falou e fui dar uma volta. Sai pra fora da casa, e estava parada nas escadas da entrada vendo o denso quintal da mansão Lockwood.

Ali fora estava silencioso, e sem vestígios de outra pessoa. Ouvia o barulho dos poucos carros passando do outro lado do enorme muro, e a música soar baixa vindo lá de dentro.

– Se não é a Gilbert. - Escutei a voz conhecida, e virei para o lado, vendo Tyler vir com uma garrafa de vinho em uma das suas mãos.

– Tyler. - Falei desanimada, vendo que ele já estava embriagado.

Tyler era o típico homem-galinha. Quanto mais garotas caíam na sua cama, mas ele se glorificava. O que eu não entendia, é como elas tinham coragem de se deitar com um garoto como ele - sem ofensas a Caroline, mas. Era rude, de uma forma infantil e imaturo, gostava de ser o melhor, e talvez fosse por isso que todos achavam ele o melhor.

Seus cabelos eram pretos e bem cortados, como o de um soldado. Os ombros eram largos, e os braços musculosos, dava pra ver que ele não malhava, era apenas a estrutura do seu corpo que o ajudava. Era bonito, e bem atraente, porém era só abrir a boca que se tornava um idiota.

– Quer conhecer meu quarto? Caroline gostava dele. - Convidou-me, apoiando-se no corrimão da escada, com um sorriso malicioso.

– Dispenso. - Sorri sem mostrar os dentes, da forma mais cínica que conseguia.

– Qual é Gilbert, não seja má. - Aproximou, e eu senti o cheiro forte de álcool vindo dele. Segurou meu pulso, com uma certa força. - Vamos lá, vai ser divertido.

– Já disse não, Tyler. - Tentei puxar meu braço de volta, mas ele impediu, usando minha força a seu favor, e puxando-me pra ele.

Nossos corpos se chocaram, e o cheiro do álcool ficou mais forte e embrulhou o meu estômago.

– Me solta, idiota! - Com a mão livre, empurrei seu tórax e ele riu.

Segurou firme no meu vestido, e poderia jurar que ele rasgaria ali mesmo. Puxou meu braço pra perto, e tentou levantar meu vestido. Senti meu peito saltar, só em imaginar o que ele poderia fazer. Antes que eu pudesse gritar, ouvi uma voz irritada.

– Ela mandou solta-la. - Escutei a voz fria e grossa do Damon, que parecia mais um trovão.

Não pude deixar de sentir-me aliviada por vê-lo ali, parado no degrau de cima autoritário. Seu corpo estava ereto, e os olhos extremamente ameaçadores fixados no Tyler.

– Não se intromete, idiota. - Cuspiu as palavras.

Damon desceu os degraus que nos separavam sem pressa, e segurou o colarinho do Tyler com as duas mãos, e uma tempestade em seus olhos. Tyler me soltou no mesmo instante, e eu me afastei dos dois.

– Damon. - O repreendi preocupada.

– Vai fazer o que? Me bater na porta da minha casa? - Riu debochado.

– Que sorte a sua. - Falou sombrio.

Sem esforço, e como se Tyler fosse leve, Damon o jogou para o lado fazendo com que ele tropeçasse nos próprios pés e fosse de encontro ao chão.

– Vem! - Apoiou o braço no meu ombro, e me puxou com ele.

Tentava acompanhar seus passos largos e apressados. Ele me segurava de uma forma, que meu rosto ficasse encostado em seu paletó, forçando-me a sentir a fragrância deliciosa vindo do seu tórax.

música: Never Think- Robert Pattinson

– Está tudo bem? - Paramos os passos, assim que estávamos ao lado da limousine.

Parou a minha frente, passou a mão em uma mecha do meu cabelo, e parou no meu rosto, analisando cada centímetro com atenção. Arqueou as sobrancelhas preocupado, esperando por uma resposta.

– Estou bem! - O assegurei, colocando a minha mão por cima da sua.

Por um momento, eu pensei que nós fossemos nos beijar. Estávamos perto o bastante pra isso. Mas ele estava tão preocupado, de uma forma tão protetora, que não parecia estar pensando em nada- além do Tyler quase me me despir a força.

Sua respiração pareceu ter voltado ao normal, porém nossos corpos ainda estavam bem próximos, e nossas mãos permaneciam juntas.

Eu o queria tanto, o desejava tanto e essa proximidade não estava cooperando. Ele passos a língua entre os lábios, o deixando úmidos e encarou meus olhos mais uma vez, preocupado.

Antes que eu pudesse me segurar, o abracei, envolvendo meu braço em seu pescoço, sentindo sua pele contra a minha, e seu peito subir e descer conforme ele respirava.

De imediato, ele permaneceu parado, sem mover um músculo. Depois de alguns segundos ali, sentindo o seu cheiro que tanto vivia em meus pensamentos, sentindo meu queixo apoiado no seu pescoço, e segurando a enorme tentação de beija-lo, senti seus braços envolverem a minha cintura com uma certa segurança. Ele me embrulha em seus braços, e nós nos abraçamos, prensando nossos corpos um contra um outro. Dava a sensação, de que nós dois nos segurávamos para não ir além.

– Obrigada. - Agradeci em voz baixa.

– Jurei ao seu pai, que cuidaria de você. Vou cumprir minha palavra, eu prometo. Nada de ruim irá acontecer, enquanto eu estiver por perto, Elena.

Eu poderia viver em seus braços, sentindo seu cheiro doce e o calor do seu corpo incendiar o meu. Poderia ficar aqui por décadas, só para ouvi-lo dizer essas palavras novamente. Só para ter seus lábios tão próximos ao meu ouvido, permitindo sentir sua respiração descompassada, e naquele instante ter a leve impressão, de que não era a única transbordada de desejos oprimidos.


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Notas finais do capítulo

DEMOREI UM POUQUINHO HOJE, DESCULPEEEEEM...
COMENTEMMMMMMMMMMM O QUE ACHARAM ? *-*