Um anjo caiu do céu escrita por sweetdreams


Capítulo 1
Prólogo




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O DIA
Seattle, 00h p.m, 17/02

—Filho, venha aqui. —chamou minha mãe, deitada na maca do hospital, enquanto sangrava.

—Pode dizer, mãe. Eu estou ouvindo... —falei.

—Tyler, tenha fé, querido. Tudo vai melhorar. Tudo vai ficar bem. —ela se esforçava para continuar, mas perdia muito sangue, os médicos me pediram para eu me afastar, e eu o fiz, chorando.

—Filho! —ela gritava —deixem-me ver meu filho! É tudo o que eu peço, por favor.

Nesse momento, sem muito o que fazer, novamente os médicos chamaram a mim e a meu pai, e nos deixaram a sós com ela.

—Anna, não devia está fazendo isso, você tem que viver —implorava, meu pai, chorando.

—Está tudo bem, já vivi o suficiente... Só peço que tenham fé, acreditem nisso! —falava ela, seus olhos lacrimejavam, e sua barriga sangrava muito.

Acontece que minha mãe tem hemorragia, todas as vezes que entra em seu período menstrual, desde o dia do meu nascimento. Ela nunca se queixou disso, exceto uma vez, quando ela entrou em casa, com dor; eu estava no meu quarto, e ouvia suas murmurações, ela gritava:

—Por que, Deus? Sou tua serva, zelo minha família, e crio meu filho em teus caminhos, pai! Por que, Deus?!

E logo depois, ela se acalmava, e começava a dançar pela sala, como se nada estivesse acontecendo.

Na sala do hospital, ela continuava com o mesmo olhar esperançoso, e credor, beijando meu pai, e apertando forte minhas mãos.

—Eu amo vocês, muito! E quero que saibam eu estou indo embora agora, mas quero que sejam felizes. —falou —Tyler, filho... Seja feliz, e viva seus 13 anos, como ninguém! E... John, siga em frente, você é o melhor marido que alguém poderia ter, há mais flores no jardim do que imagina!

—Não quero seguir em frente. Quero você, sempre quererei!


—Não diga isso, querido... —ela já estava perdendo o fôlego.

—Está sentindo muita dor? —resolvi perguntar.


Uma lágrima caiu do seu rosto, enquanto o meu já estava coberto por elas.

—Deus sabe o que faz. Lembrem-se disso. —falou, e se foi.


Depois disso, os médicos tiveram que me arrastar para fora do quarto de hospital, odeio eles por aceitarem fazer a vontade da minha mãe, eles deveriam simplesmente não dá ouvidos, e salvar a vida dela.

—Pai, eu..., eu não consigo continuar, não posso.


Ele tomou minha cabeça, e a aconchegou ao seu lado, dizendo algumas palavras de conforto, enquanto tudo o que eu queria era minha mãe ao meu lado, de novo.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem! Não esqueçam de comentar! Me deixaria muuuito feliz, beijks, Mandy!