Relentless escrita por moon


Capítulo 1
Capítulo 1 — One girl made of darkness


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira fanfic no site e não sei bem o que esperar. Tomara que vocês gostem. Eu pesquisei sobre o assunto tratado mas não achei nada muito explicado não na internet. Decidi fazer essa fanfic, por que, uma das minhas futuras profissões (que eu penso em seguir), é psicologia e essa fanfic trata bastante disso. Então se algo estiver errado (tanto ortografia como do tema tratado.), por favor me avisem nos comentários ou por qualquer outro meio.
Bem é só isso. Beijos! e Obrigada!



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“Os seres humanos me assombram.”

— A menina que roubava livros

Não quero ninguém se culpando, pessoas chorando, eu sofri, eu mereci. Não vocês. As dores no meu peito, presos em forma de um sorriso que eu mantinha no rosto. Por favor, me desculpem se os magoei, não foi minha real intenção, magoa-los novamente. Eu talvez o encontre lá em cima, se eu for pra lá, lhe pedirei desculpas. Perdoe-me vovô, eu não queria que aquilo acontecesse eu sofri tanto quanto você, a culpa foi minha. Sei que não mereço o seu perdão, mas, minha dor será reduzida, pelo menos um pouco.

25 de dezembro de 2007 —

— Mamãe, por que o vovô está demorando? — A garotinha perguntou, sua voz inocente soou como uma prece. Eu gostaria de avisa-la do que viria a seguir, toda a dor que ela sentiria, e toda culpa.

— Eu não sei Liz. — A voz da mãe soou como um reconforto para toda aquela tensão presente naquele ambiente. O telefone tocou alguns segundos após o término da frase. A mais velha moveu o braço em direção ao objeto o levando em seguida até sua orelha.

5 segundos, esse foi exatamente o tempo que a enfermeira do outro lado da linha levou para proferir tais palavras: “O senhor Thompson está morto.”, a chamada foi encerrada logo depois. Nada de gritos ou lágrimas apenas desespero. Uma prece dentro da cabeça de Elizabeth se repetia repentinamente “Por favor, Deus faça com que isso seja apenas um trote”.

Para a tristeza de todos, não era apenas um trote, logo depois veio os gritos e as lágrimas, tudo que faltava para lamentar a dor da perda de uma pessoa tão amada. Mas aquela dor não era nada comparada a que viria a seguir.

— É tudo culpa sua! — A voz misturada com as lágrimas se manifestou no ambiente. Puro caos. A garota observou sua vó, o ódio presente em seus olhos lhe dava medo. — Ele morreu por sua culpa! — Sua voz falhou, coberta agora de dor, a dor da morte. A garota não falou nenhuma palavra, concordou mentalmente, mas nada de sons.

Realmente, concordo com minhas próprias palavras, a dor da culpa era bem mais dolorosa e duradoura que a dor da morte. Imagine as duas juntas então? Na mente de uma criança, que mais me lembrava da mente de um bebê.

— Não é culpa dela, Anne. — A mãe da garota tentou acalma-la. — Ela só queria uma boneca de presente de natal, quem imaginaria que isso iria acontecer? — Não funcionou.

— Claro que é culpa dela! Não tente defendê-la! Meu marido está morto por culpa dessa... Dessa... Dessa... — Suspirou, as palavras lhe faltaram. Deixou-se desabar sobre o sofá, cabeça abaixada, lágrimas saindo de seus olhos e caindo sobre o carpete. A dor emanava em seu peito, o coração parecia bater mais devagar. E até o ar se fazia mais rarefeito, as consequências de uma morte.

A senhora levantou-se do sofá. A dor e a raiva misturada em seu corpo, seu cérebro parecia não funcionar direito. E o “filtro” entre o que pensar e o que falar parecia ter sido rompido. As palavras saíram da sua boca como tiros, acertando em cheio a garota. Com a intenção de mata-la.

— Espero que você morra de culpa pelo seu avô. É tudo culpa sua.

Nunca se deveria falar algo assim para uma criança. Principalmente uma criança com boa memória, e péssimas lembranças.

27 de dezembro de 2007 —

A garota observou o rosto de seu avô. As lágrimas lhe enchendo os olhos, e saindo dos mesmos em seguida seguindo todo o contorno do seu rosto. Ela nunca viu a morte frente a frente, mas reconheceu-a. O pastor falava, mas, ela não estava prestando atenção. O caixão de madeira envernizada estava disposto sobre o altar de forma horizontal, permitindo-a ver o rosto do homem morto, permitindo-a sentir toda a dor da culpa e a dor da morte.

Pessoas falaram sobre a perda de alguém tão querido e bondoso. E de como isso afetava a todos. Poucos o conheciam realmente, poucos sabiam que o Sr. Thompson era bem mais que bondoso. Sair cinco e meia da manhã para ir buscar uma boneca de presente para sua neta, isso era muita bondade! Infelizmente, ele não voltou. Não a tempo de ver todas as condenações feitas a Liz, como se ela tivesse montado um plano diabólico para matar seu próprio avô. Não a tempo de ver Liz se degradar por dentro, apodrecer como uma fruta que fica muito tempo dentro da geladeira sem ser escolhida por ninguém. Ninguém a escolheu realmente, ninguém a escolheu para dar um pouco de amor. Tentar amenizar sua aflição. Anos e mais anos de ódio guardados no peito. Resultado? Uma menina feita de trevas.


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Notas finais do capítulo

Bem gente esse foi o capítulo. Me desculpem, se vocês acharam ele um pouco curto! É apenas um pequeno resumo da história. Prometo capítulos maiores daqui em diante. Me desculpem por algum erro ortográfico ou algo assim. Um beijo a todos, e até o próximo capítulo!



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