Noite da pizza escrita por Pufosas


Capítulo 2
Capítulo 2




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De volta ao apartamento, a preocupação já estava presente, e o ambiente com um clima tenso. Havia quatro pessoas ali, que mais tarde descobri os nomes: Sophie, a mais velha aparentemente e a mais independente. Pelo seu olhar de preocupação maior que dos outros, percebi que aquele garoto morto deveria ser seu namorado. Cristal, que parecia a mais amedrontada com a situação, devia ter uns 14 ou 15 anos e tinha uma expressão assustada. Lily parecia ser muito amiga de Cristal, pois segurava sua mão e dizia a ela para manter a calma, e havia ainda um último garoto, Alex, que estava jogado em um sofá com uma expressão entediada, devia ter uns 12 anos e, a julgar por suas feições, também devia ser irmão dela. Após alguns minutos, todos, exceto Cristal, tinham votado a favor de descerem ver o que estava acontecendo, e assim o fizeram.

Posso com certeza afirmar que Cristal teve a decisão que salvaria todos, mesmo não tendo consciência disso. Foram em silêncio até o elevador e desceram ao chegar ao andar de baixo. Primeiro foram em direção ao portão, mas somete ao chegarem lá perceberam a falta de Alex. O garoto sumira, e o pânico já era evidente no rosto de Cristal. Elas iam voltando pelo corredor e não o encontraram. Prestado mais atenção, perceberam que a porta do apartamento 101 estava entreaberta, como se houvesse sido fechada às pressas. Em silêncio, sem a necessidade de um debate para que alguma decisão fosse tomada, todas as três meninas que restavam entraram, uma a uma, no apartamento.

Encontravam-se inicialmente em um hall de entrada e tentaram acender uma luz. Sua tentativa foi frustrada pela ausência de lâmpadas. Lily tomou a iniciativa de pegar seu celular e ligar a lanterna, sendo copiada por Sophie. Cristal aparentemente não tinha levado o celular, então elas combinaram de se separar: Cristal e Lily iriam vasculhar a sala enquanto Sophie, a cozinha. Eu, obviamente, acompanhei Sophie.

Foi muita coragem da parte dela, porém uma escolha insensata. Afinal, é muito mais fácil matar uma pessoa de cada vez quando estão sozinhas. Sophie seguia pela cozinha razoavelmente grande, rumo à área de serviço. Ao entrar lá, inicialmente não reparou em nada de extraordinário, mas não tardou a perceber, mesmo sendo tarde demais.

Depois de ter tido que fechar os olhos rapidamente ao ver a faca sendo brandida, retornei tranquilamente à sala de estar. As duas amigas pareciam ter encontrado algo interessante; ao me aproximar notei que eram corpos - provavelmente os de hoje mesmo – e um deles se mexia: o menorzinho de todos tinha uma ferida de faca que se estendia por toda a extensão das costas. Agora eu vi o porquê da empolgação de Lily (afinal, seu irmão estava vivo). Eu já sabia disso, mas quase me emocionei ao ver os irmãos chorando e se abraçando – quase.


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Notas finais do capítulo

Esse parou por aqui porque achei que era um bom momento para acabar ele, mas amanhã mesmo sai o próximo.



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