O Retorno dos Antigos escrita por João Victor Costa


Capítulo 11
Mundo de Perseguições


Notas iniciais do capítulo

Nossa, esse capítulo foi bem tenso de escrever. Espero que gostem!



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Minerva sonhou com uma garota que fora criada por uma árvore cuja as raízes que penetravam na terra e se espalhavam por todos os continentes eram tão antigas como a própria existência da vida.

Por algum motivo, aquela era sua história favorita de Teceu.

O sonho mudou e ela se viu em um quarto antigo, em uma cidade consideravelmente pequena em relação aos maiores centros urbanos. Então, Minerva se deu conta de que tudo estava diferente, de que havia alguma coisa errada, quando procurava por alguém que pudesse estar morando ali, mas, os anos de poeira acumulados já confirmaam suas suspeitas. A cena mudou novamente e Minerva se viu caminhando e depois correndo pela cidade. Não havia nenhuma pessoa à vista. Nenhum sinal de nada vivo por ali.

Todos haviam desaparecido a muito tempo e ela não estava lá para testemunhar exatamente tal acontecimento. Se bem que certamente também teria sido executada.

Henry havia recebido uma notificação dentre tantas outras, estudando brevemente a situação antes de repassá-la para seu chefe. A princípio, ficou surpreso e com receio, ao saber o local da cidade - a cidade onde sua família morava, afinal, ele não sabia quem era os “terroristas” capturados. Não havia algo relevante em que se preocupar.

Mas isso era bastante improvável.

— Nós capturamos três pessoas na cidade de Gali. - Estas últimas palavras lhe passaram uma sensação de familiaridade - São suspeitos de ajudar uma hospedeira com poderes desconhecidos, de acordo com nossa central de inteligência que está trabalhando no local.

Sig estava de pé, em frente a uma das amplas janelas que seguia do chão até o teto, observando as luzes da cidade e dos automóveis lá em baixo.

— Eles acreditam que a hospedeira seja apenas uma criança e que tentará fazer alguma coisa para salvar os amigos durante a exterrorição, para então capturá-la. Estão solicitando para que seu líder vá pessoalmente fazer um discurso e ajudar nessa questão. Foi constatado também o desaparecimento de centenas de contas e perfis dos servidores de internet. O pessoal que está tentando resolver esses problemas afirma que tem alguma coisa a ver com o recente ataque à uma das nossas centrais por parte da hospedeira da Serpente e o hospedeiro da Mente, além de alguma relação direta com uma outra informação que foi notificada por parte da Secretaria de Comunicação.

— Que tipo de informação? - perguntou Sig. Até então Henry imaginava que seu chefe não estivesse realmente prestando atenção no que dizia.

— Um pouco antes dos perfis simplesmente desaparecerem, foi detectada uma ligação classificada como nível cinco entre Huffleford e Gali. No primeiro local, nossos homens encontraram o apartamento do suspeito como se tudo estivesse sido abandonado há milhares de anos. Estava tudo em um nível completamente de decomposição. Os peritos constataram através do método de datação radioativa que a idade dos objetos lá encontrados poderiam estar lá por mais de 60 mil anos de idade. Talvez até bilhões de anos.

Sig nada disse, apenas assentiu com a cabeça, com os olhos fixos no seu próprio reflexo quase sem cor no vidro que o separava da noite do lado de fora.

— No segundo local encontramos apenas um apartamento comum, mas conseguiram identificar a pessoa que lá morava. - continuou Henry. - Eles entraram em perseguição com ela, que tentava fugir por uma rodovia que levava para fora da cidade. A rodovia agora está fechada, com sinais extremos de destruição, como se estivessem estados em uma guerra. Há buracos enormes no chão por toda a parte. Carros destruídos. Policiais destroçados. Até mesmo o helicóptero fora abatido. Testemunhas falaram sobre uma árvore gigante que cresceu, atacou tudo, e depois desapareceu.

Henry esperou por intermináveis segundos para que acontecesse alguma coisa. Estava impaciente em ter que trocar de peso entre os pés ou olhar aleatoriamente pelo cômodo mais algumas vezes.

— Interessante. - disse Sig, se virando e olhando diretamente para Henry - Tem bastante coisa curiosa acontecendo em Gali. Coisas importantes. Tudo indica que alguma coisa grande está para acontecer e a única dica que temos é que será nessa cidade… Avise a todos que vamos para lá. Monte esquemas de segurança ao redor do local da exterrorição e nos limites da cidade. Feche as rodovias e as entradas. Ninguém mais entra ou sai de lá;

Henry respirou profundamente enquanto se encontrou sozinho em seu quarto, enquanto alguns homens estavam plantados no corredor do lado de fora, certificando-se da segurança de Sig.

Ele não sabia se seria capaz de voltar a sua cidade natal. Quer dizer, ele sabia que o faria, mas não conseguia prever o que iria acontecer quando visse seus parentes cara a cara (sabia que eles pudessem ter o visto pela televisão algumas vezes). Pensou quando estivesse ao lado do caçador de olhos, nos fundos de cima de um palco enorme, com um pequeno grupo de pessoas acorrentadas que eram vaiadas pelo público. O chefe fazendo um discurso planejado insinuando que a hospedeira se entregasse para o bem daqueles que a apoiaram… Imaginou quais sentimentos o olhar de sua família, observando tudo aquilo em meio a multidão de pessoas, poderia lhe transmitir. Qual seria a reação de sua família quando vissem o filho e irmão ingrato, cúmplice dos atos contra aquelas pessoas que acreditavam nos mitos antigos, assim como eles?

Ou pior, qual seria a reação de Henry?

Minerva se sentia como se estivesse estado a meio caminho da prisão do espírito do fogo, onde as almas fracas costumavam ser comidas pelos filhos da morte, para depois simplesmente acordar e descobrir que ainda estava viva.

Seu corpo estava sujo de terra e folhas e galhos de arbustos. Ela pôs a mão na barriga e sentiu uma dor que a fez se contrair. Sua língua parecia estar seca e áspera. Minerva percebeu algo arder logo acima de sua orelha e, quando pôs a mão no local, sentindo algo líquido e pegajoso e a exibiu para seus olhos desfocados, percebendo que era uma mistura de sangue e sujeira.

Ao redor, tudo que ela via era mato em meio a escuridão iluminado pela luz das estrelas e da Lua cheia, que irrompiam levemente através das copas das árvores o suficiente para guiá-la.

Minerva pôs a mão na cabeça e cambaleou se apoiando em um carvalho fino. Olhou para o pulso e reparou que não tinha um relógio. Deveria tê-lo tirado quando fora tomar banho.

Então, tudo pareceu estar se ajeitando gradativamente. Ela tentando restaurar suas memórias. Era como se forçar a lembrar de um sonho há muito tempo sonhado.

Katy… Ah, droga. Eu estava sendo perseguida.

Minerva pisara fundo no acelerador com o carro da cavalaria em conjunto com as sirenes vermelhas que rompiam o silêncio da madrugada, visíveis através do retrovisor do carro.

Se alguém estivesse olhando para ela naquele momento, desconsiderando a Cavalaria que a perseguia, talvez fosse imaginar que Minerva fosse uma drogada que certamente apareceria em alguma manchete por ter morrido em um acidente de carro que ela mesma causara. Se qualquer pessoa que a conhecia a visse naquele estado, ela facilmente seria considerada irreconhecível. Sua expressão serena fora substituída pela loucura. Seus olhos estavam arregalados e as pupilas, dilatadas. Ela conseguia focar em múltiplas coisas ao mesmo tempo: O retrovisor; o som da gasolina sendo consumida dentro do motor; as pessoas que dirigiam seus carros no mesmo sentido, na qual ela ultrapassava violentamente cortanto pela direita e pela esquerda. Até mesmo o som das hélices de um helicóptero que aparentava se aproximar. O som aumentando gradativamente.

Ela se viu então seguida pela luz de um holofote. Pode imaginar se vendo do alto, como se o carro onde estava ganhasse destaque entre os outros, o que não era lá algo muito difícil, levando em consideração tudo que estava acontecendo.

— PARE O CARRO! - ela ouviu uma voz gritando do alto, acompanhada de um chiado típico de megafones. - PARE O CARRO OU SEREMOS OBRIGADOS A ATIRAR!

Certamente eles não teriam problema de fazer o que dizia.

Minerva não obedeceu e estremeceu quando ouviu uma sintonia mortal de tiros sendo disparados no mesmo momento em que o teto da parte direita do carro se abriu em dezenas de furos com uma mistura de um som forte metálico se misturando ao baque das balas ao perfurarem os bancos, lançando esponjas amarelas para cima.

Ela imediatamente girou o volante para a esquerda e depois para a direita, a fim de desviar da linha de tiros que agora estava adiantada à sua frente, explodindo em faíscas o concreto da estrada.

Ela perdeu brevemente o controle e foi obrigada a girar com o veículo em um ângulo de aproximadamente 180 graus parando perto do típico cercado de ferro que delimitava a estrada, separando-a da encosta que se seguia abaixo., de modo a ficar na contra mão, de frente para as sirenes vermelhas e os faróis brancos que se aproximavam

— Mãos para cima e saia do veículo. - disse o cara do megafone. Os policiais saíram de seus carros e se posicionaram usando a porta dos mesmos como proteção enquanto apontavam suas armas.

Minerva achava que talvez realmente estivesse sem saída, mas demorou exatamente doze segundos para tudo começar a mudar.

1… 2…

Não estava mais se sentindo confiante. A situação não lhe aparentava mostrar nenhum brecha ou saída

3… 4…

Pensou nas possibilidades. Não havia como escapar dando socos e chutes em todo mundo. Poderia tentar fugir de alguma forma, mas se saísse do carro em disparada , duvidara muito que eles não fossem errar todos os tiros no alvo em movimento.

Ela teria que recorrer a outros meios. Meios além do mundo material. Mas o que exatamente?

5… 6…

Pensou no que poderia lhe ajudar Talvez um hospedeiro poderia surgir pela encosta e arrasar com todo mundo. Talvez alguma coisa brilhante caísse do céu e causasse uma confusão alheia. Talvez ela simplesmente desaparecesse ou descobrisse que aquilo não se passava de um sonho.

7… 8… 9…

Nossa, como havia esquecido desse detalhe?

Ficou atônita até passar a mão por debaixo do assento e sentir aliviada com o toque do pequeno pacote grudado por meio de uma leve fita adesiva. O pacote… Claro.

Pegou ele, tomando cuidado para que as pessoas do lado de fora não percebessem alguma coisa, mantendo o corpo ereto e imóvel. Era um pacotinho como aqueles de pozinho de suco, mas havia algo completamente diferente dentro dele. Ela se lembrou de quando fizera um ritual para invocar o vigésimo segundo espírito primordial, o espírito da natureza, com o pedido para que Prak Rití enfeitiçasse uma semente de caju. Ela não tinha lá o objetivo de plantar aquilo no meio da cidade e observar o caos enquanto o caule da árvore enfeitiçada crescia em segundos. Aquilo era apenas uma precaução para uma situação de perigo como aquela. Algo que poderia ajudar para fugir

E, bom, ela estava fugindo, não é?

Ela abriu a porta do carro com receio de levar um tiro. Poderia estar tudo acabado antes mesmo de que ela pudesse fazer alguma coisa…

10… 11…

Abriu pacote e tirou a única semente, sentindo poder emanando dela, enquanto pôs as pernas para fora do carro, com as mãos levantadas. Tudo o que podia ver era as luzes vermelhas e o brancas e as sombras das silhuetas de carro e pessoas.

12…

Ela sentiu um estalo. Sentiu que algo estava vindo em sua direção. Se não fosse pelos seus reflexos, ela nunca teria conseguido desviar daquele tiro. Ela se inclinou levemente para o lado quando algo passou raspando e ardendo logo acima de sua orelha e cambaleou, caindo no chão quente com os braços estendidos. No impacto, impulsionou a semente e se limitou a não observá-la rolar uns incríveis quinze metros até parar embaixo de um dos policias. Aparentemente, eles deveriam achar que o tiro fora certeiro e que Minerva nunca mais veria a luz do dia. Ela então prendeu a respiração. Estava contando que eles achassem que ela estava morta, para que tudo desse certo. Felizmente, ninguém percebeu a semente que foi jogada de sua mão.

Só precisava de mais alguns segundos.

A semente eclodiu silenciosamente em raízes que perfuraram o chão como se fosse barro. Todos continuavam prestando atenção na mulher caída, alguns aproximando com cuidado, esperando que acontecesse alguma coisa. Os cabelos encaracolados de Minerva balançavam com o vento das hélices do helicóptero que sobrevoava logo acima dela.

O chão começou a tremer. Minerva permaneceu onde estava, fingindo de morta, sentindo o ferimento acima da orelha arder e transmitir gradativamente uma calmaria para o corpo. Aos poucos, suas pálpebras começaram a pesar. Droga, aquilo era um tiro sedativo?

Algumas das pessoas olharam para os lados, cientes de que havia alguma coisa errada. Os policiais da Cavalaria espiavam o chão, olhando de um lado para o outro, tentando se equilibrar.

O cajueiro mágico cresceu em segundos e era muito maior que Minerva imaginava em sua cabeça.

Seus galhos brotaram do chão de forma retorcida para todos os ângulos. O homem que estava ao pé da semente não teve tempo de reagir quando um dos primeiros galhos perfurou seu peito e continuou a crescer desenfreadamente com ele preso nele. Um grito agudo preso na garganta.

Troncos grossos se espalharam como uma infestação de cobras loucas por todo o lugar. Dezenas deles perfuraram os carros, entrando pelos vidros e fazendo buracos ao teto, para depois os amassar e erguê-los ao ar como uma árvore enfeitada ou jogar novamente ou se contorcer ao redor dele, espremendo todo o metal e a lataria. Os galhos continuaram a crescer e se contorcer, atravessando tudo pelo caminho como se fossem rastros de um golfinho entrando e saindo da água. Folhas gigantes começaram a brotar e, com elas, frutos cinco vezes maiores cresceram e começaram a despencar, esmagando homens e carros abaixo. Muitos começaram a atirar na madeira, inutilmente.

No som estrondoso da batalha que se seguia, Minerva se levantou e correu quando os galhos se espalharam rapidamente em sua direção. Em meio ao som da árvore crescendo descontrolavelmente, quase se esquecera do helicóptero, que agora começara a atirar enlouquecidamente em tudo lá embaixo.

Ela correu e não havia outro lugar para escapar. Escapar tanto dos tiros quanto do Cajueiro assassino que invocara. Ela pulou a mureta de metal e tudo o que conseguiu ver antes de deslizar pela escuridão, com o efeito do sedativo agindo, que entrara em sua corrente sanguínea através do tiro de raspão, foi galhos. Galhos tão altos se chocaram contra o helicóptero e se enroscaram nele, arrastando-o para baixo como se fosse um chicote. Minerva ouviu uma série de explosões enormes enquanto rolava ladeira abaixo, plantas e terra ralando seus braços…

Até que desmaiou.

...

Chris nunca havia se sentido tão humilhado e com tanto ódio durante toda a sua vida, mas não havia nada o que fazer enquanto estava amarrado a algemas presas em estacas de madeira em um palco montado na praça principal da cidade, com milhares de pessoas a observá-lo.

Se sentia extremamente vulnerável e impotente como o centro das atenções de todos aqueles olhares, junto com seu irmão e sua mãe em péssimo estado, também amarrados, em um intervalo de três metros de distância. A praça estava completamente lotada, cheia ao ponto de não conseguir ver nenhuma parte do chão. Pelas janelas, pessoas se amontavam nos ângulos privilegiados, curiosas para saber o que iria acontecer. Muitas outras pegavam suas câmeras para tirarem fotos e registrarem o momento.

Não era todo dia que ocorria uma exterrorição daquelas, onde os cúmplices do terrorismo seriam colocados para a exibição do público antes da divulgação de sua sentença final. Não era todo dia que Sig, o caçador de olhos e líder da cavalaria, vinha lhes fazer uma visita.

Annie acompanhou pela televisão tudo o que estivera acontecendo nos últimos dois dias que se passaram. Sim, havia se passado dois longos dias que Minerva estivera desmaiada entre a terra e o mato de uma ribanceira nos limites de Gali, embora que Annie não soubesse exatamente o que acontecera com ela, rezando para que tudo desse certo.

Ela e seu irmão Kurt saíram de carro para a estrada e assim evitaram que fossem pegos pela Cavalaria. Annie tentava usar a magia do futuro de possibilidades, criando múltiplos futuros na qual ela abria diversas e diversas portas, esperando que uma delas não fosse uma simples porta, mais sim um portal de Dáo Shigar. Porém, a dor de cabeça ficava mais e mais forte e ela nunca conseguia achar uma saída. Seu poder era complicado e ela não conseguira rastrear absolutamente nada. Talvez também não existisse nenhuma.

Eles descansaram bastante em uma parada na estrada, onde Annie acompanhou tudo pela televisão, que basicamente estava uma loucura, depois do misterioso desaparecimento de diversas contas da internet.

O mundo inteiro parecia estar focado em uma única cidade. Uma única cidade onde três cúmplices do terrorismo foram encontrados, acusados de conspirar contra a paz e contra todos. Uma cidade onde Sig, o líder da Cavalaria, iria pessoalmente para fazer parte da execução da sentença contra os conspiradores. Uma cidade onde um batalhão inteiro de carros e até mesmo um helicóptero foram destroçados por um cajueiro gigante, pelo que afirmara as testemunhas no local, onde só restava destroços e destruição, já que não havia nenhum sinal da árvore.

O mundo inteiro estava assistindo.

Katy acordou cedo naquela naquela manhã. O sol nem sequer havia nascido quando ela passeou pela cozinha e franziu a testa quando notou que estava vazia. Os pais ainda estavam dormindo no andar de cima, isso ela sabia. Parecia que fora a primeira vez que eles tiveram uma noite de sono consideravelmente boa, desde o dia em que fora revelado os segredos a respeito da filha adotiva. Bernard sempre acordava mais cedo que todos e preparava o café da manhã. Katy gostava de sentir o som e o cheiro dos ovos com bacon sendo fritos, mas não encontrou nada naquele dia.

Ela encontrara o mordomo no salão principal, com algo diferente no olhar.

— Que foi? - perguntou Katy, franzindo os olhos. Tantos anos que morava alí, sendo criada totalmente em casa, principalmente por Bernard. Ele nunca agira daquela forma. A quebra de uma rotina era o suficiente para Katy estranhar. - Não tivera um único dia que eu acordara nesse horário que você não estivesse fazendo um café da manhã.

— Sim. Você está certa. - disse Bernard, com sua expressão séria. - Eu preciso lhe mostrar uma coisa. - disse, seguindo para debaixo das escadas duplas.

Katy assentiu e o seguiu.

Bernard conduziu Katy até o seu quarto.. Era um cômodo pequeno se comparado ao quarto de Katy e ela já perguntara algumas vezes se Bernard não se incomodava com isso. Ele afirmava que não havia nenhum problema.

Bernard pegou um tablet que estava jogado em cima da cama, com uma longa antena de TV. Katy não fazia ideia de onde ele pudesse ter tirado aquele tipo de coisa, mas, mesmo assim, decidiu que o que ele deveria ter para lhe mostrar era algo mais importante que aquilo.

Bernard solicitou para que ela se sentasse e pagasse o objeto, para assistir tudo o que se passava na tela.

O coração de Katy pulou no peito quando viu rostos familiares em um palco, em meio a uma multidão, com uma legenda na parte superior onde estava escrito: “Sig estará presente em exterrorição em Gali.”

— Bernard. - disse ela, com os olhos arregalados. Aquilo não poderia ser real. - O que é isso? O que está acontecendo? Não me diga que…

O mordomo sentou ao seu lado e pôs o braço em volta do ombro da garota. Ela estranhou. Era uma atitude que não estava acostumada. Ele nunca a havia abraçado antes. Um turbilhão de sentimentos lhe envolveu. Aquelas pessoas… Chris…

— Você precisa salvá-los.


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Notas finais do capítulo

Ah! Obrigado por lerem! Estou muito atolado aqui em coisas para fazer. Os próximos capítulos serão decisivos dessa parte da história, então eu preciso planejar um pouco mais. Não vou ter tempo para postar semana que vem, então o próximo capítulo será apenas na outra semana :(

Gente, tem muitas revelações vindo aí.

O que Katy irá fazer para salvar os amigos?
Como Annie e Kurt chegarão à Náturi?
Andrea, Cade você, minha fia?
Qual será a reação de Henry ao rever a família?

Q QUE TA CONTESENO?

Deixo essas perguntas indagadoras com vocês :D



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