Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 47
Fé (Parte 1)




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Pov Alice Summer

—O que faremos Peter? Perguntei tentando não deixar o desespero tomar conta.

—Por enquanto teremos que confirmar pessoalmente se Helena...realmente morreu, depois contamos aos outros.

—E quanto a nossa pequena? Ela é uma garotinha esperta, vai perceber logo que algo não está certo.

—Infelizmente teremos que ir embora sem falar com ela. Podemos pedir a Natasha ou a Laura para que fiquem com Sarah até resolvermos isto, outra criança com ela pode ser de grande ajuda.

—Falarei com a Natasha então. Sarah vivi reclamando que gostaria de passar mais tempo com Alma. E enquanto eu faço isso, ligue para um táxi e também para...Steve. Não, ligue para o porteiro do prédio deles, é provável que Steve não atenda.

—Por que ele não atenderia?

—Não sei se...

—Alice? Peter me pressiona e eu respiro fundo antes de continuar.

—John roubou um beijo de Helena, Steve viu tudo e foi embora dizendo que iria sair da vida da nossa amiga.

—E Helena foi atrás dele... Peter termina a frase. –Meu bem, não vamos mais perder tempo. Fale logo com Natasha, enquanto faço minhas ligações.

Chamo Natasha e como uma pessoa perceptiva, entende que quero ter uma conversa particular.

—Não há nenhum vazamento no prédio, não é mesmo? Naty questiona.

—Não. Mas por hora, o melhor a fazer é manter a situação em segredo, eu e Peter teremos que tentar resolver essa... situação. Então, se não for algum problema... você e Bruce poderiam ficar com a Sarah?

—Sei que deve ser algo grave, mas se acham que o melhor é manter em segredo, eu compreendo e não insistirei. Quanto a Sarah, não se preocupe, cuidaremos bem dela.

—Obrigada. Dou um abraço involuntário nela e saiu discretamente da casa sem falar com mais ninguém. Encontro Peter no meio de uma discussão calorosa com John, os ânimos parecem estar bem exaltados.

—Mentira! Helena está bem. Não tem nem uma hora que eu estava com ela! John praticamente grita com Peter.

—Espero que por um milagre ela esteja realmente bem! Mas se por uma fatalidade o destino levou nossa amiga, farei de tudo para expressar seu último desejo deixado em testamento e serei o responsável pela Sarah junto com a minha noiva.

—Não pode fazer isso.

—Veremos. Vamos Alice o táxi já deve estar chegando.

—Para onde vocês irão?

—Para a puta que te pariu! Fique aqui ou vá embora, mas não ouse nos seguir. Não acha que já causou problemas de mais? Peter fala rudemente.

Pov Steve Rogers

Decido fazer uma mala só com algumas roupas, pegaria o resto das minhas coisas depois. Tento não desistir, mas quase volto atrás na minha decisão quando passo pela sala e paro por alguns segundos admirando nossas fotos, dos nossos preciosos momentos, como me machucava abandonar tudo aquilo, mas isso seria o melhor para todos, não havia mais espaço para mim, e John mais cedo ou mais tarde assumiria o posto de verdadeiro pai da Sarah. Movo-me e parto de uma vez por todas, sem olhar para trás. Chego rapidamente até o térreo e antes que eu deixe o prédio, o porteiro me chama desesperadamente.

—Senhor Rogers. Espero um segundo! Ela praticamente grita sem fôlego.

—Calma, respira um pouco.

—É a dona Helena. Ela sofreu um acidente. Aquele amigo dela... O Peter acabou de ligar avisando.

—Em qual hospital ela está? Desespero-me.

—Eu...eu não sei. Tudo o que me falaram foi “Helena sofreu um acidente, por favor, avise Steve Rogers”.

—Droga! Falo involuntariamente. Pode guardar essa mala aqui na portaria?

—Claro. É o mínimo que posso fazer.

—Obrigado.

Disparo porta a fora, enquanto tento ligar para Peter, corro até meu carro e giro a chave rapidamente. Ele atende no quarto toque.

—Onde ela está? Pergunto.

—Steve, tudo que posso te revelar por enquanto é que você deve vir até o departamento de polícia. Vamos te encontrar lá. Desligo e acelero o carro, sem me importar com as milhares de multas que receberia depois. Fico relembrando o quanto fui rude com Helena na última vez em que a vi e sem perceber, já estou na delegacia.

Para minha sorte, eu trabalhava ali nas minhas horas livre da Shield, e por causa disso eu pude ter acesso rápido ao local, afinal cada um tinha sua própria vaga no estacionamento, e entrar no prédio não seria nenhum problema. Assim que entrei, recebi vários olhares de pena dos meus colegas, ninguém falou comigo, mas eu percebi que havia algo errado.

—Steve! Louise me chamou. –Seus amigos estão na sala 78 te esperando.

—Obrigado. Não perdi mais um segundo e fui até esta sala.

Quando cheguei lá, encontro Alice chorando descontroladamente nos braços de Peter enquanto ele com o rosto já úmido tentava conforta-la.

—O que aconteceu? Pergunto desesperadamente e meu chefe naquele lugar se aproxima e coloca sua mão no meu ombro.

—Sinto muito, filho. Sua namorada está morta.

—Impossível! Grito e ele pega algo de uma caixa branca.

—Reconhece esses objetos? Ele me mostra um celular praticamente destruído e um anel.

—Esse parece o celular da Helena e isso aqui o anel que dei a ela.

—Foram tirados do carro da sua amiga. Praticamente só sobrou isso e a placa do automóvel. Ele faz uma pequena pausa. –Sobre o...corpo. Teremos sorte se conseguirmos achar algo que sirva para um exame identificação pelo DNA, mas acho improvável.

Extra capítulo

Abro meus olhos lentamente, pois estou em um local bastante iluminado. Tento erguer o meu corpo, mas parece que tem um animal grande deitado nele. Olho com mais atenção e percebo que estou em algum tipo de ambiente hospitalar. Estou em um quarto branco e pequeno, deitada em uma maca, com um aparelho mostrando meus batimentos cardíacos, mas com algemas em meus pulsos.

Escuto passos perto da porta e logo uma mulher entra. Ela tem altura mediana, é branca e tem cabelos negros, deve estar na faixa dos seus trinta anos. Parece estar explodindo de felicidade e quando me encara, abre um sorriso doce.

 

—Hora, hora se a bela adormecida não acordou. Como se sente?

—Eu...parece que tem umas cem toneladas encima do meu corpo. O que aconteceu? Eu sofri algum acidente? Falo com a voz um pouco arrastada.

—Ah, não se preocupe, isso deve ser efeito do sonífero. Fala calmamente. –E não, você não sofreu nenhum acidente, eu que te sequestrei na verdade.

—Isso é algum tipo de piada? Pegadinha? Onde estão as câmeras?

—Pobrezinha, ainda está desorientada. Deve estar completamente sem noção. Ela se aproxima e passa a mão pelo meu rosto. –Mas não se preocupe minha preciosa Helena, te explicarei tudo. Lembra de Aldrich Killian?

—Sim. Ele está...preso. Faço uma expressão de surpresa e ela sorri novamente.

—Pois então, foi porque eu armei para ele. Aquele babaca não queria que ninguém tocasse em um fio de cabelo seu e acabou não me autorizando em meu pequeno projeto pessoal.

—Ele nunca quis...

—Te machucar? Claro que não. Ele praticamente me ameaçou de morte quando falei que você seria minha cobaia perfeita.

—Mas haviam fotos e dados meus com ele, quando ele foi preso. Falo com terror na minha voz.

—É claro que tinha, como ele poderia ser incriminado sem tudo isso? Mas enfim, meu plano começou um pouco antes disso.

—O laboratório! Falo ao lembrar que foi isso que levou ao endereço onde estava Killian.

—Isso mesmo. Que garota esperta! Muito bem Helena. Sabe? Doeu ter destruído aquele laboratório, até que gostava daquele lugar, mas era necessário, se não fizesse isto, os vingadores nunca pensariam que tinham prendido o culpado, tudo teria que ser o mais real possível.

—Então, plantou substâncias raras, mas não impossíveis de serem rastreadas.

—Além das fotos suas e dados que um investigador particular me forneceu. Tirei Aldrich da jogada e me livrei da excessiva proteção que você tinha com uma tacada só, afinal por que manteriam meia dúzia de guarda costas se quem te ameaçava não poderia mais trazer perigo algum?

—Eu confio em Steve e ele me encontrará logo. Tento manter a calma.

—Nana nina não, querida. Não podem procurar por uma pessoa que está morta.

—O que?

—Todos acham que você deve ter morrido a essa altura. Sem os seguranças o tempo todo na sua sombra, só tive que esperar a primeira oportunidade na qual estivesse sozinha e voilà! Simular sua morte! Sabe? Meus garotos as vezes conseguem explodir as coisas e conseguir um caminhão tanque cheio de combustível e um corpo de indigente não é tão difícil assim.

—Filha da...Tento me soltar da maca.

—Ei, calma querida. Não vai querer fazer mal para seu bebê não é mesmo? Ela ri. –Isso se ele e você sobreviverem ao processo. Ela beija meu rosto e sai da sala.   


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Notas finais do capítulo

Então, tá um pouco complicado eu atualizar direto, mas vou tentar não demorar muito nas postagens.
Espero que tenham gostado.



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