Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 32
Queimem as bruxas! (Parte 3, final)


Notas iniciais do capítulo

Então... Como sempre um bom fim de semana e boa leitura para todos.
Quero avisar que este capítulo sairá um pouco da história em si, mas de certo modo ele é importante para a fic. Enfim, não quero me prolongar muito. Quem quiser ler o capítulo com um fundo sonoro, minha humilde sugestão.
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Descobri depois que o nome da tal desconhecida era Luna, ela era a filha mais velha de um casal que morrerá devido a um dos surtos de doenças naquela época, restando apenas a irmã como única família. Andamos até um local onde caia uma linda cachoeira, não havíamos trocado qualquer palavra durante o caminho e não sei porque mais eu sentia uma estranha sensação de que a conversa que teria a seguir, não seria nada agradável.

—Sente-se Helena... Luna disse docemente.  Fiz o que ela disse, procurei uma pedra que aparentava ser confortável o suficiente e me sentei. Era um ponto encantador, e eu tinha uma vista de certo modo privilegiada dali.

—Que lugar é este?

—Um dos locais onde o nosso Coven costumava se reunir.

—É lindo. Ele ainda existe nos dias atuais?

—Provavelmente não querida. E mesmo que exista, muitas alterações nos territórios ocorreram desde a minha época, os países... são como chamam hoje, não é? Confirmei mexendo a cabeça. –Tiveram muitos nomes, muitas terras tomadas ou incorporadas.

—É uma pena, mas vamos ao assunto que me trouxe aqui...

—Certo. É melhor começarmos logo. Luna fez um movimento suave com a mão e um pouco de água subiu, ficando depois suspenso no ar, espalhada como uma tela, na qual, logo uma imagem foi projetada. – Helena ao final disso, quando eu terminar de contar a nossa história... você terá uma decisão a tomar.

—Assenti com a cabeça e ela finalmente começou.

Vivíamos pacificamente no lugar em que morávamos. Era uma vida boa, apesar de ter apenas minha irmã, a mulher que estava na minha lembrança, Afrodite como única família, éramos felizes. Tínhamos uma pequena lojinha de algo que seria como o perfume na época, e ganhávamos o suficiente para uma vida confortável. Mesmo com toda a pobreza a nossa volta, sempre que podíamos, ajudávamos as pessoas da nossa comunidade, e foi assim que começamos o coven.

No início, era apenas um simples grupo de mulheres com diferentes conhecimentos, eu e a Afrodite sabíamos como tratar diversas enfermidades, uma outra família tinha habilidades com construções no geral, já outra contribuía com conhecimentos da mente, meditação, fortalecimento do espírito e essas coisas e por fim, um outro grupo produzia peças de ferro e ensinava artes da defesa. Logo o nosso pequeno grupo ganhou grandes proporções e tivemos que começar a fazer algumas divisões, existia o Coven como um todo e em um nível menor, os clãs onde cada mulher fundadora do Coven era um tipo de líder e eu além de ser a líder do meu clã, era a alta sacerdotisa de todos os grupos, que era um tipo de liderança também.  

Com o passar do tempo, nossos objetivos aumentaram, não queríamos apenas melhorar a vida das pessoas a nossa volta, mas também a de todo o mundo, humanos e toda a natureza, pois conseguimos compreender o quanto estávamos ligadas a ela, quando toda essa união de conhecimentos permitiu que ampliássemos nossa compreensão de... tudo, e foi deste modo que passamos a perceber que algumas de nós eram diferentes... inclusive eu.

Lembra que eu te falei que cada grupo tinha como líder mulheres que fundaram o Coven e que nós éramos responsáveis por diferentes conhecimentos? Pois então, essas divisões iam além disso, elas coincidentemente ou não também separavam mulheres que poderiam ter e despertar... poderes relacionados aos elementos básicos da natureza e ao conhecimento de cada clã.  A primeira foi a filha mais nova das construtoras, Terra, um cavalo havia se soltado e corria sem controle por nossa aldeia quando Tania que deveria se tornar uma vítima fatal o parou na hora, foi um ato involuntário na verdade. Depois disso, foi outra do clã Fogo que acidentalmente incendiou uma casa, mas que felizmente não morava ninguém. E quanto ao meu clã e o do Ar, por lógica achamos que poderíamos ter membros especiais também, e antes que novos acidentes acontecessem, testamos todos para que identificássemos portadoras do poder e com isso pudéssemos planejar estratégias para controle.

No clã Ar, as responsáveis por ajudar com a parte da mente, encontramos três. Elas podiam levitar objetos leves, e captar alguns pensamentos. Já quanto ao nosso clã Água, eu e Afrodite tínhamos algo especial também, nós conseguíamos manipular a água é claro, nos curar e ter pequenas imagens do futuro, como a que você viu quando Steve estava cantando para Sarah, mas tenha sempre em mente Helena, que o futuro não é certo, tudo o que vemos é como se estivéssemos espiando pelo buraco da fechadura, não temos uma imagem completa.

E com isso, vieram dois anos de total prosperidade, estudamos a fundo todos aqueles poderes, entendendo como eles funcionavam, e os usando para o benefício de todos, e com isso tínhamos ganhado certo espaço por meio de algumas das nossas irmãs que deixaram o Coven para fundar novos em outros lugares, mas infelizmente tudo o que é bom não dura para sempre. A tempo suficiente, Afrodite teve uma visão da Summis desiderantes affectibus, uma bula papal que reconhecia a existência de bruxas e autorizava a inquisição a nos caçar e com isso ela mudou seu nome para Amora, já que seu nome de nascença Afrodite, fazia referência a algo considerado impróprio pela igreja. Logo tivemos notícias de irmãs que haviam saído do Coven de que as coisas estavam realmente sérias e depois disso tivemos que nos mudar diversas vezes.

Nosso último local, o qual ficamos mais tempo, foi o daquela lembrança que você viu no sonho, eu não queria ir embora porque foi o lugar que quase poderíamos chamar de lar depois de todo o tempo que ficamos vagando, fugindo de uma aldeia para outra.     Eu e Afrodite/Amora tínhamos um pequeno estabelecimento para venda de pães e outras comidas, já que ficamos com receio que a nossa “perfumaria” poderia ser associada a bruxaria, e aquele novo comércio era ótimo porque muitas pessoas passavam por ali e sempre deixavam escapar uma ou outra fofoca sobre como estava a perseguição as bruxas, o que geralmente nos deixava tranquilas porque ninguém desconfiava da nossa existência ali, até que um dia um inquisidor apareceu com novidades.

Ele aparentava ter trinta anos, era magro e tinha certo porte musculoso, seus cabelos eram escuros e ondulados e seus olhos sombrios como a noite. Aquele dia tinha sido a décima vez, acho, que ele havia ido comer no nosso pequeno comércio, Amora sempre o atendia, mas parece que tinha chegado a minha vez, já que eu havia percebido que ele ficava o tempo todo me observando das outras vezes e com isso  havia conseguido dar um jeito de escapar.

—Eu estaria pecando se falasse para você que suas mãos são de fada, mas acho que vou fazer isso desta vez, porque esta refeição está maravilhosa.

—Não diga uma coisa dessas. Falei fingindo vergonha e ... medo.

—Não fique assim. Disse enquanto colocava uma mão em um lado do meu rosto. –Enquanto eu estiver aqui nada de mal irá acontecer neste lugar, inclusive com você. Sou Eric e qual seria o nome da bela dama?

Mas você é que está fazendo o mal. Pensei comigo mesma. – Isso alegra o meu coração, pode me chamar de Luna.

—Que bom, Luna. O que eu farei em breve te alegrará mais ainda.

—O que seria? Perguntei imaginando o pior.

—Acabarei com um grande Coven que está aqui! Disse como se fosse a coisa mais normal do mundo. Tentei disfarçar o meu desconforto ao ouvir aquilo e me fiz de idiota.

—Aqui? Mas é um lugar tão tranquilo, sem doenças, mortes de...

—Elas estão aqui! Disse em tom quase grosseiro, mudando para algo mais amável quando retornou a falar. –Ouça querida, esses seres malignos são espertos e aprenderam a se misturar entre a população, é claro que devem ter parado os seus atos diabólicos para não chamarem atenção, mas eles não podem comigo.

—Nossa, me sinto muito segura agora que vejo o quanto és uma pessoa prepara por... saber da existências desses... seres aqui, sem ao menos eles terem dado qualquer sinal de sua presença. Tentei inflar o seu ego para ver se ele soltava mais alguma informação.

Ele sorriu de canto e puxou a minha mão, segurando-a em seguida. –Outros antes de min não conseguiram arrancar nada daquela vadia, sabe? Mas quando entrei em ação ela logo me passou a informação que eu queria, foi até resistente por muito tempo, mas no fim acabou falando do grupo que está aqui. Não há mal que fique no meu caminho, querida, imagine no da mulher que... for a genitora dos meus filhos. Disse por fim tentando ser romântico e beijando a minha mão, olhando nos meus olhos em seguida e soltando um sorriso.

Fingi que estava envergonhada novamente e me fiz de desentendida sobre aquela indireta. –Ela será uma mulher de muita sorte. Dei um doce sorriso. – E espero que eu a minha irmã também sejamos...Vi o rosto dele se iluminar.- ...No convento. E sua expressão mudou na hora para raiva, que logo foi “controlada”, nossa como ele era dissimulado.

—Tem certeza que essa é uma boa opção querida?

—É a melhor opção que temos. É perfeito, como poderíamos estar mais protegidas o possível se não servindo a causa maior, ajudando a combater o mal, nem que seja com as nossas orações?

—Vocês poderiam se casar com os homens que estão diretamente lutando por isso... Falou sutilmente.

—Já passamos da idade...

—Discordo. Eu me casaria com você...

—Estou velha de mais para gerar filhos. Disparei, mas ele não se dava por vencido.

—Podemos tentar...

—Luna! Gritou minha irmã para a minha salvação. – A sopa não irá se preparar sozinha, porque você não vai até a cozinha e termina o serviço? Falou se aproximando. –Deixa que eu vejo se o cliente irá querer mais alguma coisa. Respirei aliviada, me despedi dele e sai dali.

Reunimos o Coven de madrugada, naquela mesma semana, nesta cachoeira e elaboramos o plano perfeito para fugir de vez de toda aquela loucura, só não contávamos que aquele inquisidor estivesse obcecado por min e que ele sempre estava vigiando os meus passos.

—Irmãs acho que agora estão conscientes da nossa verdadeira situação de risco, acho que a América é último lugar que podemos tentar viver com sucesso. Eles ainda não manifestaram um posicionamento claro sobre a caça às bruxas e lá pode ser a nossa chance de ouro.

—Concordo com a alta sacerdotisa e tenho alguma ideia já. Amora se manifestou. –O Clã Fogo poderia se disfarça de cavaleiros e ir na frente com o Clã Terra, como uma comitiva para transportar nobres. Quando chegarem na América, buscaram um local distante do porto e depois de quase dois meses, mandarão alguém para que guie o restante de nós até lá.

—E quanto as outras? Lílian, a líder do Clã Fogo perguntou.

—Iremos depois é claro. Eu, Amora e o Clã Ar vamos soltar boatos que estamos querendo nos tornar freiras e quando der um mês, que deve ser tempo suficiente para vocês chegarem na América, quando esta ideia de que iremos servir a igreja estiver “aceita”, partiremos.

—Mas temos um problema! Lílian falou antes que terminássemos a reunião.

—Qual? Perguntei já tendo uma ideia do que seria.

—Você, alta sacerdotisa. Já observei o jeito que aquele miserável te olha. Ele não irá descansar até que você seja dele.

—Então terei que continuar enrolando. Em último caso, se nada der certo... vocês vão e eu fico para distraí-lo, para quem conseguir escapar, nosso ponto de encontro será na América.  

...

—Não deu certo não foi? Helena me perguntou.

—Não... Respondi quase deixando minha voz morrer.

Quando eu e Amora voltamos para casa, aquele maldito estava dentro dela nos esperando.

—Veja quem acabou de chegar em casa.... Luna e Amora ou posso te chamar de Afrodite?

—Não faço ideia do que está falando. Amora tentou soar inocente.

—Não queridinhas, eu sei exatamente o que estou falando. –LEVEM-NA! Gritou e dois homens enormes entraram e pegaram Amora a tirando dali, tentei pular encima deles mas Eric me impediu. –Você fica!

—O que quer de nós? Perguntei ao me livrar dele.

—Garota esperta! Disse com um sorriso vitorioso. –Serei direto com você... Se casar comigo... posso permitir que sua irmã seja salva.

—Aceito. Falei sem pensar em nenhum momento, afinal era a vida da minha irmã.

—Ótimo... casaremos daqui a algumas horas e no final da cerimônia, sua irmã ficará livre. Ele andou até a porta e fez algum sinal para que alguém entrasse.

Duas mulheres segurando um vestido vermelho e um véu branco passaram pela porta...Ele havia pensando em tudo.

—Elas te ajudaram a se vestir e farão qualquer ajuste necessário também. Caminhou em minha direção e deu um beijo no topo da minha cabeça. –Até a cerimônia... querida.

Tentei me concentrar o máximo para que alguém do Clã Ar pudesse ouvir os meus pensamentos e com isso avisar as outras para irem embora dali. Entretanto, para minha surpresa no final da cerimônia do casamento, vi a maioria amarrada em tocos de madeira, inclusive a minha irmã, quando deixei a igreja e fui levada por Eric para a praça.

Ele me levou até um altar em que geralmente se pronunciava sobre as execuções.

—Você me prometeu que iria salvar a minha irmã. Sussurrei tentando me controlar.

—E irei...Deu um selinho nos meu lábios e se voltou para o público que já se formava. –Hoje é um dia de glória e imensa felicidade! Não só porque desposei a bela Luna, mas também porque irei livrar o mundo deste grande mal! E apontou para as minhas companheiras. Hoje será um dia que entrará para a história! A multidão começava a vibrar. –Acendam as fogueiras. QUEIMEM AS BRUXAS!

Tentei pensar em uma solução e rapidamente visualizei um local contendo água. Me virei em direção aos tocos e dei de cara com Lílian que balançava a cabeça em negação. –É claro sussurrei.

Logo eles acenderam as fogueiras, mas o fogo por mais que eles tentassem fazer com que aumentasse, não saia da base da fogueira. Tentei sair dali disfarçadamente, já que eu tinha entendido as intenções de Lílian, mas Eric percebeu e me segurou.

—O que está acontecendo aqui? Perguntou com um tom carregado de raiva no meu ouvido.

—Não faço a mínima ideia. E foi neste momento que o fogo o atingiu como uma onda e iniciou-se uma grande confusão.

Lílian parecia ter perdido o controle, pois para qualquer lugar que se olhasse, poderia ser visto focos de incêndios. Aproveitamos a histeria que se instalou no lugar e libertamos todas.

—Vocês sabem onde estão as outras?

—Elas conseguiram fugir a tempo, tentaram nos avisar, mas fomos capturadas antes de fugirmos. Alguém respondeu.

—Que bom, mas agora vamos ter que nos separar. Se ficarmos juntas agora chamaremos muita atenção. Falei assim que reunimos todas. - Nos vemos na América!

—Vem Amora. Peguei em sua mão e começamos a correr.

—Você tem que tirar esse vestido irmã! Ela disse me fazendo lembrar que eu ainda vestia aquilo.

—Tem razão. Entrei na primeira casa que eu vi e troquei de roupa.

Depois disso voltamas a correr sem parar até termos a certeza de que estávamos longe o suficiente, e depois de quase seis meses, conseguimos ir para a América, mas não encontramos nenhuma das nossas outras irmãs.

—Que triste, mas pelo menos vocês conseguiram viver em paz Luna?

—Não por muito tempo. Nós percebemos que aquela caçada tinha chegado até aquele lugar e um dia, alguém presenciou Amora colocando algumas ervas em um machucado de uma criança, e ela foi acusada de bruxaria. Eu não tive como impedir a sua morte, e amargurada fui embora e resolvi passar o resto dos meus dias em uma região inóspita, não tinha esperança de encontrar mais ninguém.

Usei os meus poderes e fiz com que o lugar se torna um local rodeado por diversas lagos, o que acabou dando o nome de Lágrimas da Sereia, pois as pessoas que conheciam aquela região sabiam que não havia nada disso antes e iniciaram a história de que uma Sereia chorou tanto que acabou enchendo aquele lugar de água.

—Então você é a fundadora da cidade?

—Sim e também a nossa linhagem. Lembra que eu ti disse que havíamos estudado a natureza, e os nossos poderes?

Helena assentiu com a cabeça e Luna continuou. –Eu enfeiticei a min mesma para que quando eu ou minhas descendentes engravidassem, pudessem apenas ter meninas, assim mesmo que o meu DNA fosse se perdendo com o tempo... a mitocôndria, que é uma organela com DNA próprio seria a mesma, já que ela é passada por meio da mãe.

—Acho que eu lembro disso de algumas aulas do ensino médio, mas se venho de uma linhagem como a sua, porque minha verdadeira mãe e a minha avó Lena ficaram doentes e morreram se vocês podem se curar?

—Porque nem sempre os genes que tem as “informações” responsáveis por nossos poderes estão ativos.

—Então quando eu peguei naquele livro....

—Se eu coloquei algo que pudesse te “ativar”? Sim. Mas não seus poderes, e sim a min. Você tem a minha mitocôndria Helena, com uma parte da minha informação genética intacta, é assim que estou falando com você, porque estou em você! O livro só foi uma abertura para isso, porque este é um momento oportuno e necessário.

—Oportuno e necessário para o que?

—Para que procure e ajude os decendentes das outras, você já deve ter percebido os inúmeros acidentes com mutantes que vem ocorrendo e deve ter uma noção que alguém logo poderá tomar medidas drásticas contra aqueles inocentes... Helena, eu não pude reunir o Coven novamente, mas agora isto está em suas mãos... esta é decisão que deverá ter.  


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Notas finais do capítulo

Então como sempre... vocês gostaram? Eu não tive como colocar tudo igualzinho como aconteceu na história, mas tentei dar uma adaptada para a fic.
Gostaram de Luna e Amora?
Qual deverá ser a decisão de Helena?
XD
Leitores fantasmas e leitores mortos vivos (como as vezes eu sou), fiquem a vontade para comentar... Bjs.