A Mansão da Diversão escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, aqui é o Matheus novamente com mais um capitulo fresquinho, boa leitura!



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Depois de terem "acertado as contas", os meninos voltaram a jogar bola. No meio da partida, Chaves e Adriano foram tentar dividir a bola, mas acabou que o loiro se exaltou demais e chutou a bola para o gol, acertando Quico, que era o goleiro. Quando levou a bolada, Quico caiu no chão.

–Adriano, seu atrapalhado!- gritou Chaves.

–Desculpa.- se defendeu Adriano.

–MAMÃAAEEE!!!- gritou Quico, como sempre.

Dona Florinda imediatamente correu até ele e se ajoelhou ao seu lado, preocupada.

–O que houve Tesouro?- perguntou ela.

–Me acertaram uma bola no estômago!

E logo Dona Florinda ficou com aquela cara de brava que sempre fazia quando mexiam com Quico, e como Seu Madruga estava passando por ali perto e logo, é claro, ela pensou que havia sido ele.

–Tinha que ser!- e logo ela tentou lhe dar um tapa no rosto, mas Seu Madruga percebeu a situação e se abaixou, depois saiu correndo enquanto Dona Florinda foi atrás. Depois que toda aquela confusão engraçada parou, os meninos decidiram dar uma pausa para descansar do jogo, mesmo que estivesse zero a zero.

Enquanto descansava, Mário dá uma olhada ao seu redor e vê como está sendo bom morar em um lugar onde todo mundo é unido, feliz e respeitoso uns com os outros. De repente, seu olhar vai parar em Marcelina, que está distraída ouvindo música em seu celular e por isso não percebe que está sendo observada. Depois de muito tempo olhando a menina, Chaveco passa por ele e percebe que Mário olha fixamente para a garota.

–O que foi garoto?- pergunta Chaveco.

–Nada não. É que eu estou olhando para aquela garota ali.- responde Mário.

–Você gosta dela?

–Eu amo ela.

–E por quê não diz pra ela?

–Porque não sei como começar.

–Você podia dar uma cantada nela.

–Que tipo de cantada?

–Uma cantada que a faça achar graça. Tipo assim, chega pra ela e diz: " você é tão gata, que quando passa na rua, aposto que os cachorros correm atrás de você." Ou então assim: "Me chama de Shrek e vem ser minha Fiona." Ou então, "Gata, ninguém te I love you como eu te I lovei."

Mário ficou pensativo, pelo que ele conhece de Marcelina, ela não ia gostar de receber esse tipo de cantada, mas ele também não queria recusar a dizer ao Chaveco que ele não faria essas cantadas pra que ele não se sentisse um péssimo conselheiro.

–Calma Chaveco. Vou pensar nisso tá?- ele disse, se levantando.

–Tudo bem.- respondeu Chaveco, também se levantando.

O que nenhum dos dois desconfia é que Lorenzo estava escondido entre os arbustos do jardim e escutou tudo. Assim que Mário e Chaveco ficaram longe, ele voou para a mesa onde estava Marcelina e ficou de pé na frente dela.

–Oi garota. Eu não gosto de fofoca e sei que você deve detestar gente assim, mas o Mário gosta de você. Acabei de ouvir o Chaveco lhe dando dicas de como conquistar você com cantadas.- disse o papagaio.

Marcelina ficou tão chocada com essa revelação que não conseguiu responder. Ela simplesmente ficou ali, parada, olhando para o nada, pensando naquilo que Lorenzo lhe disse. Apesar de gostar muito de aprontar, ele achou que precisava dar um "empurrãozinho" para ajudar Mário e Marcelina a se acertarem.

Passado mais um tempo, os meninos voltaram ao jogo, mas empataram em um a um. Pouco antes do almoço, na hora que o jogo acabou, seu Lúcio anuncia que o almoço está quase pronto e todos vão tomar um banho. Na hora que todos se sentaram na mesa para almoçar, Mário percebe que Marcelina está olhando disfarçadamente pra ele a cada cinco minutos e ele fica com medo de que ela tenha de alguma forma, descoberto que ele gosta dela.

–Se eu ficar afastado dela, não me aproximar tanto, talvez ela desista de tentar falar comigo. É isso. Basta ignorar.- pensou ele.

Mais tarde, quando o almoço já havia acabado, ele decide ir até a sala, assistir televisão. Ele conseguiu se distrair por alguns minutos até quando Marcelina vai até a sala para conversar com ele sobre o que ele sente por ela.

–Oi Mário.- ela diz.

–Oi Marcelina.- ele diz.

–Posso conversar com você?

–Dependendo do que for o assunto.

–Bom, é sobre nós dois.

–Olha Marcelina, eu adoraria conversar agora, mas eu combinei de jogar bolinha de gude com o Chaves, então pode ser depois?- ele tentou disfarçar.

–Como assim Mário? Eu não lembro de ter combinado jogo de bolinha nenhum.- disse Chaves, entrando na sala, deixando Mário desconcertado por ter sido pego na mentira e Marcelina triste porque Mário estava fazendo o possível para evitá-la.

–Se você não lembra, eu te convido agora. Você sabe jogar bolinha de gude?- perguntou Mário, controlando o nervosismo.

–Sei sim, aprendi com meus amigos da vila.- disse Chaves.

–Então vamos lá, aproveita e chama os meninos também.

–Isso isso isso.

E enquanto os dois saíam da sala, Marcelina ficou confusa e triste ao mesmo tempo. Confusa porque se Mário gostava mesmo dela como Lorenzo afirmou, porque ele rejeitou ela daquela forma? Mas ao mesmo tempo estava triste porque Mário mentiu pra ela, coisa que ela nunca esperou que ele fosse fazer.

–Deixa pra lá, talvez Mário não goste de mim, o Lorenzo se confundiu ou falou só de brincadeira comigo.- pensou ela, indo assistir televisão.

Enquanto isso, Dona Clotilde está deitada em uma cama na beira da piscina, tomando sol, sozinha enquanto via Glória conversando com Dona Florinda, já que ela tem uma certa rixa com Glória e preferiu ver as duas conversarem a sentar com ela. Mas Dona Florinda não gostou de ver Dona Clotilde ali, sozinha, sem ninguém e muito embora elas não fossem tão amigas e tivessem algumas discussões de vez em quando, ela decidiu aproveitar que Glória saiu da mesa para ir à piscina pra tentar conversar com ela:

–O que houve Dona Clotilde?- perguntou Dona Florinda.

–Nada não Dona Florinda, tá tudo bem.- respondeu Dona Clotilde.

–Não está bem nada. Eu conheço a senhora há muito tempo e sei quando não está nada bem. O que houve?

–Só estou aqui tentando lembrar quando serei como você, que tem o Professor Girafales, a Glória aparentemente tem muitos homens aos pés dela, mas não escolheu nenhum. E quando será a minha vez?

Enquanto conversavam, Dona Clotilde não percebeu que mais uma vez, Lorenzo estava próximo dela e ouviu o que ela disse. Lorenzo, que estava também tomando sol pendurado no topo do guarda-sol onde Dona Clotilde estava, ouviu tudo e logo adiante, viu Seu Madruga ajudando a colocar mais carvão na churrasqueira e logo percebeu que Seu Madruga era o par ideal pra ela. Quando ele voou até lá pra tentar fazer com Seu Madruga o mesmo que fez com Marcelina, ele acaba ouvindo a conversa entre ele e Jaiminho.

–Seu Madruga, o senhor é um ótimo churrasqueiro.- elogiou Jaiminho.

–Obrigado Jaiminho, mas te juro que não sabia disso.- respondeu ele, rindo.

–Se um dia o senhor arranjar uma mulher, com certeza vai formar um bom marido churrasqueiro.

–Ah, nem tanto.

–É verdade, vai dizer que você não gosta de ninguém daqui?

–Eu gosto da Glória. Acho ela a mulher mais bonita que já vi na vida, mas ela me vê com olhos diferentes.

–É porque ela tem olhos claros e o senhor tem olhos escuros.

–Não Jaiminho, estou dizendo que ela me vê como amigo apenas, ao contrário de mim.

Então, Lorenzo decidiu dar um "empurrãozinho" para os dois também, ele foi até o quarto que dividia com Professor Inventivo, pegou o telefone e o número do telefone de todos da mansão, que estavam anotados em uma agenda do seu dono. Logo, ele encontrou o número do celular de Seu Madruga e, imitando a voz de Glória, começou a falar:

–Alô?- disse Seu Madruga.

–Oi Madruguinha!- Lorenzo falou com a voz de Glória.

–Oi Dona Glória.

–Estou aqui no meu quarto, sozinha, pensando na vida. Mas o que o senhor acha de jantar comigo pra espantar o tédio?

–Claro, eu vou adorar.

–Então me encontre no restaurante novo da esquina daqui a algumas horas.

–Pode deixar.

–E não fale comigo até chegar lá. Eu tenho uma surpresa pra você.

–Tudo bem, pode deixar.

E Seu Madruga, acreditando que realmente sairia com Dona Glória, avisou Jaiminho e foi correndo para dentro da mansão se arrumar para o tal encontro, já Lorenzo quase caiu no chão de tanto rir. Mas ao ouvir o barulho da porta da frente da mansão, lembrou-se do seu plano e deu continuidade telefonando para Dona Clotilde.

–Alô, Dona Clotilde?- ele disse, imitando a voz de Seu Madruga.

–Oi Seu Madruga.- ela respondeu, contendo a euforia.

–É o seguinte, eu estava pensando se talvez você não queira jantar comigo no novo restaurante da esquina.

–Eu vou adorar Madruguinha.

–Então me encontre lá as 20 horas, pode ser?

–Claro que sim, eu já estou indo.

–Mas procure não falar comigo até chegar lá, tenho uma surpresa pra você tá?

–Tudo bem Madruguinha.

Então Dona Clotilde desligou o telefone e logo explicou à Dona Florinda o ocorrido e em seguida, correu para seu quarto se arrumar. Enquanto Lorenzo caía na gargalhada, Seu Madruga e Dona Clotilde se arrumavam para sair, sem desconfiar que tudo fora armação de um papagaio falante que adorava aprontar com todos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capitulo e até o próximo!



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