Etapas Da Vida escrita por Paçokinha


Capítulo 5
Etapa V – Jasmim Olive em Paris.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ☺



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/654481/chapter/5

Já tem quase um ano que estamos separados, não posso negar que sinto falta dele, mas seguimos caminhos diferentes. Eu estou arrumando as malas por ironia do destino, estou indo para Paris...
Abrir a janela e deixei o sol dominar o quarto que estava escuro, olhei para passagem em cima do criado-mudo e fechei os olhos, tentei imaginar que tudo poderia ter sido diferente, ouvi o celular tocar e voltei para realidade e atendi:

– Jasmim por favor não esqueça de trazer os quadros que faltam, o Sr. Carlos odeia imprevistos!


A voz tímida de Juliete me alertando que tinha algo mais importante no momento do que ficar lembrando de alguém que preferiu seu trabalho em vez de mim, ela parecia bem nervosa e isso me preocupava, pois o meu grande sonho estava para acontecer, graças ao meu ex-chefe que agora era o meu mentor, que trabalhei ao lado dele e sei como ele pode ser assustador, e como tive uma sorte dele gostar dos meus quadros e oferecer uma chance de expor a minha arte na sua famosa galeria, o que eu não esperava que era em Paris.
Confirmei tudo com ela e desliguei, terminei a mala e coloquei minha mochila nas costa e um sorriso, escutei o táxi buzinar, peguei a pequena mala e uns quadros que a tinta ainda estava fresca e levei ate o automóvel, coloquei um bilhete na caixa do correio para avisar que tinha ido viajar, poucas pessoas sabiam, nesse tempo não tive muito contato com a minha irmã, ela estava fora do país e nunca retornava minhas ligações.

– muito bem está na hora de ir!


Falei baixinho entrando no carro, até o aeroporto foi uma corrida rápida, quando cheguei Juliete estava me esperando e assim que me viu veio ao meu encontro e me ajudou com os quadros, ela parecia animada meio eufórica estava morrendo de medo de viajar de avião, para falar a verdade eu também fiquei, depois de quase duas horas esperando Carlos, ele chegou com aquela cara de bêbado e muito bravo, querendo um café forte para curar sua ressaca, típico dele, sempre gostou de sair e curtir a vida e depois descontar na sua secretaria com o seu mau humor. Ele era um homem ate que atraente, tinha pouco mais de trinta e dois anos, era famoso no ramo de artes, mas um idiota as vezes e só quem trabalhou com ele sabe.
Varias vezes já quis colocar chumbinho no seu café, ralei muito para ele reconhecer meu trabalho. Embarcamos, já estava anoitecendo, ela sentou ao lado de Carlos, pois era como o braço direito dele, e eles precisavam acertar os preparativos para a inauguração da galeria, fiquei três assentos a trás, me grudei no assento e respirei fundo pensando em coisas boas, queria não pensar naquele avião caindo ia ter um ataque de pelanca.


– Breno...


Sussurrava enquanto cochilava, tinha essa mania de chama-lo em meus sonhos, apesar de ter sofrido com o nosso termino eu tentei ser forte e não o procurei mais. acordei com uma pequena turbulência que fazia o avião estremecer e acabei perdendo o sono. abri um pouco a janelinha e vi o sol nascendo de um angulo que nunca mais ia esquecer, era tão perfeito, então o piloto informou que estávamos chegando, bom segurei firme na poltrona, mordi o lábio inferior e queria muito que isso fosse rápido.
Assim que o avião pousou fui uma das primeira a sair, sinceramente descer foi mais difícil que subir e não queria passar por isso...
Carlos estava a todo vapor, só sabia dar ordens e eu e a Juliente estávamos loucas para jogar ele na frente do primeiro carro que aparecesse, ela fez aquela cara de que estava ferrada, acabamos rindo ele logo chamou nossa atenção e voltou a falar e falar, depois de nos deixar no hotel seguiu para sua mansão, no quarto do hotel tomei um banho e me arrumei olhei no relógio e vi que estava cedo e que Paris me esperava para conhecer cada canto, assim que terminei de me arrumar, peguei meu celular e lembrei dele, não devia, mas era automático, peguei meu pequeno dicionário, nunca estudei ou fiz curso de francês então seria um desafio andar pela a cidade, caminhei ate a porta da frente do hotel e pensei em desistir e voltar para o quarto, e nesse conflito eu entrava e saia do hotel, acabei dando um tapa na minha testa e bufei, vi algumas pessoas olharem pra mim e fiquei pouco roxa de vergonha e segurei minha mochila e decidida sair do hotel e comecei a explorar.

– Go! Jasmim!
Gritei ao me ver andando sozinha pelas ruas de Paris, muito animada!
Vamos dizer que depois de duas quadras já tinha perdido toda a animação, bem entrei numa adega e lembrei que Breno amava vinho e uma vez me levou ate sua adega particular...

~X~
(Lembrança)

– Você não acredita como eu conseguir essa garrafa de vinho, eu acho que quando o meu pai descobrir vai colocar o FBI atrás de mim!

Breno ria e falava com petulância enquanto admirava a garrafa de vinho Domaine Leflaive, uma garrafa muito cara que tinha roubado do seu pai, ele percebeu que ela estava parada tentado entender o por que daquela simples garrafa de vinho era tão importante, ele amava aquele jeito inocente e diferente dela, sorriu e colocou a garrafa de volta na prateleira e se aproximou dela e segurou seu rosto com as duas mãos e a beijou com intensidade, fazendo seu corpo a prensar contra a parede, ela ficou surpresa e o abraçou, o deixando dominar, e naquela noite eles se amaram como nunca, e quando ela acordou estava deitada ao lado dele, olhou para ele e pensou o quanto era sortuda, que tinha realmente encontrado o seu príncipe, e jurou enquanto entrelaçava sua mão na dele:
– Eu vou te amar para todo o sempre...

~X~

(Atualmente)

Rindo olhava para todas aquelas garrafas de vinho querendo ainda entender o por que eram tão valiosas se todas eram vinho, e sem querer pensei alto demais, um moço alto de cabelos ate o ombro, castanho, deu um sorriso. Bem acho que ele me entendia ou me achou muito burra, ele tinha uma voz um pouco rouca e perguntou se eu era turista, cara estava muito estampado assim na minha cara, balancei a cabeça que sim, ele jogou a franja para trás e me explicou como era feito e por que alguns vinhos eram mais caro que outros. Ficamos horas dentro da adega, ele me levou para conhecer onde eram produzidos, só notei que estava tarde quando o dono chamou nossa atenção e pediu para a gente se retirar, fiquei um pouco constrangida, ele me acompanhou ate a saída e parou um taxi pra mim, perguntou em qual hotel estava e assim que respondi ele conversou com o taxista, o pagou e acenou pra mim, colocou as mãos dentro do bolso da calça e caminhou ate desaparecer, sorri e entrei no táxi, voltei para o hotel e ai lembrei que nem tinha perguntado seu nome.
Acordei com a Juju quase derrubando a porta, me levantei e abri ela estava branca e muito nervosa disse que precisava da minha ajuda, mandei ela sentar e me contar o porque, então ela me falou que tinha esquecido o tablet de Carlos, em algum lugar e como eu e ela sabíamos que aquele bendito era como a vida dele, tentei acalmar ela e prometi que ia ajudar e ia percorrer o caminho que ela fez para encontrar, assim que ela saiu troquei de roupa e fui em buscar do tablet perdido...
Perdi a manha toda procurando esse tablet, já estava cansada e entediada acabei entrando numa livraria que me encantou e comprando alguns livros, sai daquele lugar maravilhada com o preço, estava admirando um dos livros quando dei uma bela trombada em alguém, acabei deixando meus livros cair e resmunguei:

– Não olhar por onde anda! Idiota!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada Por ter chegado até aqui!
Deixe seu comentários



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Etapas Da Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.