O que o destino aprontou dessa vez? escrita por Aquariana
Notas iniciais do capítulo
Olá leitores! Como vão?
Chegamos ao capítulo 25! E sabem o que isso significa? Muitas coisas. Mas a que eu quero levar em conta é: 1/3 da fanfic já foi postada, e os calculistas de plantão entenderão o que eu quero dizer.
Mas enfim, aproveitem o capítulo e boa leitura!
Faziam 19 graus lá fora e haviam muitas nuvens no céu. Pouquíssimos raios solares alcançavam a cidade e provavelmente choveria mais tarde. O quarto estava escuro e as cochas da cama quentes. Dia de folga para Luana, que dormia tranquilamente antes das 8:00. Foi acordada pelo toque do celular. Com os olhos entreabertos, ela alcançou o aparelho do outro lado da cama.
Daniel Nascimento: Está dormindo?
Luana Bell: Não mais.
Daniel Nascimento: Desculpa por isso.
Luana Bell: Tudo bem. Já está na hora de eu acordar mesmo.
Daniel Nascimento: Você pode sair hoje?
Luana Bell: Sim, estou de folga o dia todo.
Daniel Nascimento: E quer ir no Museu de Arte?
Luana Bell: Adoraria.
Daniel Nascimento: Às 9:00
Luana Bell: Da manhã?
Daniel Nascimento: Sim. É quando vou estar disponível.
Luana Bell: Pois bem, Sr. Nascimento. Pode me buscar?
Daniel Nascimento: Com muito prazer, nobre donzela.
Luana Bell: Então até logo.
Ela olhou as horas, teria pouco menos que uma hora para se arrumar. Pulou da cama e foi direto para o banheiro. Minutos depois voltou para o quarto. Olhou para a cama bagunçada, e mesmo que suas mãos estivessem coçando para arruma-la, ela conteve-se, pois não teria tempo pra isso. Escolheu um vestido de alças, azul escuro e com pequenas flores cor de rosa. Prendeu o cabelo em um coque e foi para a cozinha.
Como as horas voam, já eram 8:52 e ela teria que comer as pressas. A primeira coisa que viu na geladeira foi leite. Pôs em uma tigela e misturou a cereais. Sentou-se na bancada e começou a comer. Ellen ainda estaria em sua cama dormindo. Como não queria atrapalhar seu sono, Luana escreveu um bilhete e colocou sobre o criado mudo pouco antes de sair.
Bom dia, bela adormecida. Fui ao Museu de Arte e não sei que horas volto. Como eu te amo, deixei minha louça na pia pra você lavar.
Beijo, Lua.
Após o aviso do porteiro, Luana conferiu rapidamente sua aparência, mexeu um pouco no cabelo e saiu.
Quando desceu, viu de longe o barbixa conversando algo com seu Gil. Não pôde ouvir bem do que se tratava, pois assim que a viram chegando, pararam de falar.
– Linda. – Disse Daniel ao tê-la em seus braços. Inesperadamente, ele beijou seus lábios com vontade, entretanto ser vulgaridade. Ela arrepiou-se, e um tanto avermelhada, sorriu.
– Podemos ir?
– Claro.
Quando chegaram ao museu, logo avistaram as grandes colunas vermelhas e os espelhos que cobriam quase todas as paredes externas da grande construção. Estacionaram o carro e entraram no lugar, que era bem amplo e espaçoso.
Se puseram a observar detalhadamente todas as obras, quadros, esculturas e peças arqueológicas. Para muitos o museu seria considerado um lugar chato e sem graça, mas para ambos era um lugar de plena calmaria, sossego e artes ilustres, além de um ótimo local para conversarem a vontade e curtirem um ao outro.
– Sabe uma coisa que me chamou atenção? – O moreno disse olhando para uma escultura alva e antiquada.
– O que? – Ela perguntou também apreciando a obra.
– É que você não costuma usar maquiagem. – Ela direcionou seu olhar a ele, que já a fitava com um sorriso. De repente, começaram a gargalhar no meio do museu. Talvez ela esperasse um comentário dirigido à escultura, e por isso os risos.
– É verdade. – Ela disse tentando conter-se.
– Eu gosto disso, da naturalidade.
– É bom saber disso. Nunca fui muito fã de produtos de beleza mesmo. – Eles continuaram andando pelo lugar. – Posso perguntar uma coisa?
– Sim. – Ele respondeu indiferentemente.
– Por que de manhã?
– O passeio?
– É.
– Já disse: por que hoje só estou disponível nesse horário. E além do mais, deu vontade.
– Deu vontade?
– Deu vontade. – Ele arqueou as sobrancelhas como costumava fazer. Luana estava tão distraída que sequer percebeu que estava de mãos dadas com ele. Quando notou, sentiu-se um pouco envergonhada, mas não tirou a mão. – Eu estava com saudade de você, sabe? – Ele disse olhando para o chão enquanto andavam lentamente.
– Eu também.
– Olha... me desculpa pela discussão, por ter ficado tanto tempo longe.
– Você já pediu desculpas umas cem vezes. – Ela disse acariciando sua barbicha, fazendo-o voltar a olhar em seus olhos. Ele sorriu. Era bom saber que ela compreendia.
– Sabe que... – Ele ia dizer algo, porém pode-se ouvir o toque de seu celular. Tirou-o do bolso e leu “Jeff”. – É... pode me dar licença?
– Claro.
– Só um minuto. – Ele distanciou-se dela e foi para um dos cantos da grande sala. – Oi, Jeff.
– Dani? Ei cara, onde você tá?
– No museu. O que era?
– Desculpa aí, Dani, mas você tem que estar no aeroporto daqui a uma hora.
– Como é que é? Mas o voo não era só às onze da noite?
– Sim mas eu me enganei. Não são onze da noite. É agora, onze da manhã.
– Caramba, Jeff! E como eu vou chegar aí a tempo? – Ele disse já preocupado. Olhou para Luana do outro lado e viu sua expressão confusa, afinal de uma hora para outra o barbixa começou a falar de forma exaltada enquanto falava ao celular.
– Não sei, mas vem rápido que é pra dar tempo.
– Jeff, isso é inaceitável. Não se pode confundir os horários dessa forma e ainda mais quando se trata de turnê.
– Desculpa, não vai acontecer de novo.
– Espero que não. Te vejo daqui a pouco.
Desligou o aparelho e voltou para onde Luana estava.
– Aconteceu alguma coisa?
– Aconteceu, mas temos que ir, te explico no caminho.
Somente ao dar partida no carro, Daniel começou a explicar.
– Desculpa por isso, mas é que o produtor confundiu os horários do voo da turnê e eu tenho que ir agora pro aeroporto.
– Tudo bem, eu entendo.
– Obrigado por ser tão compreensiva, isso ajuda bastante. – Ele sorriu enquanto mantinha o foco no trânsito.
– Quando podemos sair com mais calma?
– Bem... agora só vou estar livre na quarta. Provavelmente ainda vou estar bem cansado mas dá pra gente se ver.
– Tem certeza? Trabalhar tanto cansa muito. Podemos encontrar um dia em que você esteja mais disposto.
– Não dá. Tem que ser quarta, por que quinta já tem mais treino e mais Improvável, e outra sexta eu já viajo de novo e só volto segunda. Se não for quarta, ainda vai levar muitos dias pra nos vermos outra vez.
– Se você insiste, tudo bem. – Ele respirou fundo enquanto direcionava o volante para esquerda. – O que foi?
– É que... nossos horários não batem.
– Eu sei. Minha rotina já é corrida, imagine a sua.
– Esse é o preço da fama. – Ele disse sorridente e irônico. Sempre achava que a saída para as situações complicadas seria uma dose de humor, por mais que fosse a menos adéqua. Quando chegaram ao prédio, despediram-se ainda dentro do carro. – Não vou ter tempo para te deixar até a porta.
– Não tem problema. – Ela então tirou o cinto de segurança, podendo locomover-se com mais facilidade e inclinou-se até ele. Lhe deu um beijo no canto da boca enquanto o puxava pela gola da camisa. – Até quarta.
– Até quarta. – Respondeu com o mesmo gesto, indo embora logo em seguida. Se tivesse sorte, daria para passar em casa e ainda chegar ao aeroporto no horário certo.
A ruiva subiu os nove andares pelo elevador e não encontrou Ellen, que por certo estaria no trabalho. Sentou-se no sofá delicadamente e apoiou os cotovelos na coxa, entrelaçando as duas mãos voltadas para baixo. Começou a olhar para o chão de cerâmica branca e se pôs a pensar em Daniel.
A cada dia a rotina de trabalhos se tornava mais intensa e cansativa. Certas vezes, ele não tinha tempo sequer para sair. Ao menos fazia o que gostava, pois se não tivesse nenhum afeto pelo teatro, certamente a rotina seria ainda mais esgotante.
Ela lembrou do que ele disse: “Nossos horários não batem”. Afinal, como fazer para que eles tivessem mais tempo juntos? Era uma missão praticamente impossível. A prova disso é que passariam mais uma semana sem se ver. E quem sabe mais uma, outra, e mais outra, até que fosse o bastante para separarem-se de vez. “Não, não pensa nisso, Luana. São só cinco dias, só cinco” ela repetia mentalmente.
Levantou-se e pegou seu fone, conectou ao celular e pôs uma música qualquer. Foi para a varanda e viu o céu ainda nublado. Pôs as mãos sobre o parapeito que tinha altura um pouco acima de sua cintura e se apoiou ali. Ficou apreciando a vista da avenida dali de cima, até sentir a leve garoa que insistia em fazê-la entrar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu olho pra estes quadros brancos, onde há "Notas do capítulo" e "Notas finais do capítulo", e geralmente, não sei o que escrever.
Tudo bem, sei que é opcional, mas me sinto no dever de escrever aqui, pois considero uma forma a mais de me comunicar com vocês e acho isso ótimo! Não devemos desaproveitar as oportunidades que o site nos dá. (e isso vale pra vida também. Leve na poesia).
Muitíssimo obrigada por lerem e até a próxima!