O que o destino aprontou dessa vez? escrita por Aquariana


Capítulo 18
Capítulo 18 - Ligação privada


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, como vão?
Curtindo as férias? Eu sim. Há poucos dias fui ao cinema na estréia de "O bom dinossauro", que para a minha alegria e para a alegria da nação (tudo bem, acho que exagerei um pouco. Ou não), é dublado pelos queridos e talentosos Barbixas!
YEAH! Para quem ainda não sabe, eles dublaram um filme da Disney e Pixar, e eu, sinceramente, espero que esse trio que eu gosto tanto ainda tenha diversas oportunidades como essa!
Só de lembrar a mão chega a tremer (mas fod*-se a minha mão). Super recomendo, não só por ser dublado por eles, como também pela qualidade do filme, pela riqueza de detalhes e pela emocionante história que ele apresenta. Afinal, Disney é Disney e Pixar é Pixar, sem mais.
Fica aí a dica (me pagaram pouco. Não, brincadeira) e boa leitura!



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– Dan...

– Hm?

Era o final de um beijo. Um beijo relativamente intenso, capaz de mexer com as estruturas de qualquer um. Os dois respiravam com dificuldade, pois o momento acabara com todo o fôlego de ambos, e aparentemente, com as palavras também. O que dizer depois desse balanço de sentimentos e dessa dança de lábios que os tirou do chão?

– Dan. – Ela buscava palavras. Ele lhe correspondia com o olhar, a centímetros de distancia do seu. – Acho melhor irmos.

– Tem razão. – Separaram-se e andaram pela areia da praia. O sol já se pôs e apenas seus raios ainda iluminavam o lugar paradisíaco.

Luana não parecia ter a cabeça presa no próprio corpo. Ela flutuava em algum lugar do universo, e qualquer que fosse, com certeza ficava bem distante.

Quando chegaram em frente ao prédio, ambos permaneceram dentro do carro por algum tempo.

– Gostou do passeio? – Perguntou o barbixa com um sorriso estampado em seu rosto, como se tivesse ganho na loteria.

– De que parte do passeio? – Ela também sorria.

– De todo ele.

– Foi incrível. Eu adorei.

– O que você achou?

– Do passeio?

– Do beijo. – Ela não esperava essa pergunta. E no estilo Barbixas de ser, improvisou a primeira coisa que veio a cabeça.

– Até que você beija bem. – Ele sorriu. Embora aquilo fosse um elogio, ele sentiu-se constrangido, não sabia bem o por quê. – Agora eu tenho que ir. – Ela já abria a porta do carro para sair, quando foi surpreendida novamente.

– Espera!

– Hã?

– E... eu não ganho um beijo de despedida? – Sem esperar muito, Luana se aproximou dele e chegou bem perto de sua face. Ele, desejosamente, já fechara os olhos para tal ação, porém no último minuto ela desviou o rosto e aproximou a boca de seus ouvidos.

– Só se você me der um ingresso para o Improvável de amanhã. – Sussurrou. Dessa vez, foi ele o surpreendido. Meio envergonhado, ele respondeu no mesmo tom.

– Tudo bem. Eu deixo um ingresso pra você na bilheteria. – Ela não disse nada, apenas sorriu, e na segunda tentativa de sair do veículo, foi interrompida mais uma vez.

– Ei!

– O que?

– E o meu beijo?

– Amanhã.

– Mas eu já disse que dava o ingresso.

– Mas só faço quando tiver o ingresso em mãos.

– Rárá. – Ele riu irônico. – Como você é engraçada.

– Não sou eu a humorista.

– Te vejo quinta então? – Ele disse de dentro do carro enquanto ela entrava no prédio. Ao ouvir, Luana olhou para trás e sorriu como um “sim”.

Chegando no apartamento, encontrou Ellen no sofá, assistindo algum filme que suspeitava já ter visto antes.

– Lua, já chegou? Me conta como foi! Senta aqui. – Ellen a puxou de súbito e sequer deu chances da amiga se acomodar direito no sofá.

– Calma! Eu conto.

– Então anda logo, ué. – E ela explicou parte por parte, incluindo a melhor de todas, logicamente. – PARA TUDO! VOCÊS SE BEIJARAM?!

– Sim. – Luana disse alegremente ao lembrar da cena.

– AH MEU DEUS! LUANA! VOCÊ BEIJOU ELE!

– Por que você tá gritando?! Para com isso! Você vai me deixar surda! – Luana falou com uma certa arrogância. Mas quem a conhecia sabia bem que ela era assim: ora grosseira, ora delicada. Porém Ellen pouco se importava com isso.

– Mas e aí? Como é beijar ele?

– Ele beija como qualquer ser humano na terra.

– Mas vai dizer que não mexeu contigo?

– Tá... – Ela disse cabisbaixa. – ... foi o melhor beijo que eu já tive.

– Supera o seu primeiro beijo?

– Lógico. O meu primeiro beijo foi uma droga. – Ambas caíram na risada ao lembrar de muitos anos atrás, quando aconteceu uma das maiores catástrofes de sua vida amorosa.

– Caramba! Se eu não te conhecesse, juraria que tudo isso fosse mentira!

– Então ainda bem que você me conhece.

– Ah, Lua, o Lucas ligou.

– Quem ligou?!

– O Lucas.

– E eu toda contente aqui por que finalmente beijei o cara e você vem e me diz que o Lucas ligou?

– Desculpa, mas você tinha que saber, certo?

– O que ele disse?

– Que queria falar com você. Mas eu disse que você não estava em casa e que com certeza não queria falar com ele.

– E ele?

– Desligou na minha cara.

– Deixa. Nem quero mais pensar nisso.

– É bom mesmo.

– Agora vou tomar um banho pra tirar toda essa areia do corpo.

– Vai lá. Vou acabar de ver o filme.

No box, enquanto a água fria escorria por sua pele, ela se perguntava o que Lucas queria falar com ela. Vinham lembranças do beijo que ele havia roubado, da briga e dos bons momentos que já passaram juntos. Ao mesmo tempo, os pensamentos que envolviam Daniel também a invadiam. As memórias misturavam-se como açúcar em água.

Então ela saiu do banho e enxugou-se um pouco com a toalha, até notar que havia esquecido de pegar uma roupa para vestir. Enrolou a toalha no corpo e foi diretamente para o quarto. Abriu o guarda roupa e enfim achou uma peça que lhe caia bem. Foi quando ouviu seu celular tocar. Apressou-se na direção do criado mudo onde o aparelho estava, e procurou ver quem era, mas o número estava privado. Provavelmente, era apenas alguém que estava ligando por engano.

– Alô? – Ela não teve resposta. – Alô? – Mais uma vez, não foi correspondida. Então por um pressentimento que teve, seu coração disparou. – Eu sei que tem alguém aí. Estou ouvindo sua respiração. Não vai falar? – O pressentimento só aumentava e a certeza só vinha a cada segundo. – Lucas? – A pessoa desligou imediatamente.

Sim, não lhe restavam dúvidas que era Lucas. Apenas de toalha e com os cabelos ainda úmidos, Luana jogou-se de costas na cama. Maldito dia em que brigaram. Se aquilo tudo não houvesse acontecido, seria tão mais fácil.


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Notas finais do capítulo

Uepa! Terça tem mais!
Obrigada por lerem e até a próxima.



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