O que o destino aprontou dessa vez? escrita por Aquariana
Notas iniciais do capítulo
Olá leitores, como vão?
Curtindo as férias? Eu sim. Há poucos dias fui ao cinema na estréia de "O bom dinossauro", que para a minha alegria e para a alegria da nação (tudo bem, acho que exagerei um pouco. Ou não), é dublado pelos queridos e talentosos Barbixas!
YEAH! Para quem ainda não sabe, eles dublaram um filme da Disney e Pixar, e eu, sinceramente, espero que esse trio que eu gosto tanto ainda tenha diversas oportunidades como essa!
Só de lembrar a mão chega a tremer (mas fod*-se a minha mão). Super recomendo, não só por ser dublado por eles, como também pela qualidade do filme, pela riqueza de detalhes e pela emocionante história que ele apresenta. Afinal, Disney é Disney e Pixar é Pixar, sem mais.
Fica aí a dica (me pagaram pouco. Não, brincadeira) e boa leitura!
– Dan...
– Hm?
Era o final de um beijo. Um beijo relativamente intenso, capaz de mexer com as estruturas de qualquer um. Os dois respiravam com dificuldade, pois o momento acabara com todo o fôlego de ambos, e aparentemente, com as palavras também. O que dizer depois desse balanço de sentimentos e dessa dança de lábios que os tirou do chão?
– Dan. – Ela buscava palavras. Ele lhe correspondia com o olhar, a centímetros de distancia do seu. – Acho melhor irmos.
– Tem razão. – Separaram-se e andaram pela areia da praia. O sol já se pôs e apenas seus raios ainda iluminavam o lugar paradisíaco.
Luana não parecia ter a cabeça presa no próprio corpo. Ela flutuava em algum lugar do universo, e qualquer que fosse, com certeza ficava bem distante.
Quando chegaram em frente ao prédio, ambos permaneceram dentro do carro por algum tempo.
– Gostou do passeio? – Perguntou o barbixa com um sorriso estampado em seu rosto, como se tivesse ganho na loteria.
– De que parte do passeio? – Ela também sorria.
– De todo ele.
– Foi incrível. Eu adorei.
– O que você achou?
– Do passeio?
– Do beijo. – Ela não esperava essa pergunta. E no estilo Barbixas de ser, improvisou a primeira coisa que veio a cabeça.
– Até que você beija bem. – Ele sorriu. Embora aquilo fosse um elogio, ele sentiu-se constrangido, não sabia bem o por quê. – Agora eu tenho que ir. – Ela já abria a porta do carro para sair, quando foi surpreendida novamente.
– Espera!
– Hã?
– E... eu não ganho um beijo de despedida? – Sem esperar muito, Luana se aproximou dele e chegou bem perto de sua face. Ele, desejosamente, já fechara os olhos para tal ação, porém no último minuto ela desviou o rosto e aproximou a boca de seus ouvidos.
– Só se você me der um ingresso para o Improvável de amanhã. – Sussurrou. Dessa vez, foi ele o surpreendido. Meio envergonhado, ele respondeu no mesmo tom.
– Tudo bem. Eu deixo um ingresso pra você na bilheteria. – Ela não disse nada, apenas sorriu, e na segunda tentativa de sair do veículo, foi interrompida mais uma vez.
– Ei!
– O que?
– E o meu beijo?
– Amanhã.
– Mas eu já disse que dava o ingresso.
– Mas só faço quando tiver o ingresso em mãos.
– Rárá. – Ele riu irônico. – Como você é engraçada.
– Não sou eu a humorista.
– Te vejo quinta então? – Ele disse de dentro do carro enquanto ela entrava no prédio. Ao ouvir, Luana olhou para trás e sorriu como um “sim”.
Chegando no apartamento, encontrou Ellen no sofá, assistindo algum filme que suspeitava já ter visto antes.
– Lua, já chegou? Me conta como foi! Senta aqui. – Ellen a puxou de súbito e sequer deu chances da amiga se acomodar direito no sofá.
– Calma! Eu conto.
– Então anda logo, ué. – E ela explicou parte por parte, incluindo a melhor de todas, logicamente. – PARA TUDO! VOCÊS SE BEIJARAM?!
– Sim. – Luana disse alegremente ao lembrar da cena.
– AH MEU DEUS! LUANA! VOCÊ BEIJOU ELE!
– Por que você tá gritando?! Para com isso! Você vai me deixar surda! – Luana falou com uma certa arrogância. Mas quem a conhecia sabia bem que ela era assim: ora grosseira, ora delicada. Porém Ellen pouco se importava com isso.
– Mas e aí? Como é beijar ele?
– Ele beija como qualquer ser humano na terra.
– Mas vai dizer que não mexeu contigo?
– Tá... – Ela disse cabisbaixa. – ... foi o melhor beijo que eu já tive.
– Supera o seu primeiro beijo?
– Lógico. O meu primeiro beijo foi uma droga. – Ambas caíram na risada ao lembrar de muitos anos atrás, quando aconteceu uma das maiores catástrofes de sua vida amorosa.
– Caramba! Se eu não te conhecesse, juraria que tudo isso fosse mentira!
– Então ainda bem que você me conhece.
– Ah, Lua, o Lucas ligou.
– Quem ligou?!
– O Lucas.
– E eu toda contente aqui por que finalmente beijei o cara e você vem e me diz que o Lucas ligou?
– Desculpa, mas você tinha que saber, certo?
– O que ele disse?
– Que queria falar com você. Mas eu disse que você não estava em casa e que com certeza não queria falar com ele.
– E ele?
– Desligou na minha cara.
– Deixa. Nem quero mais pensar nisso.
– É bom mesmo.
– Agora vou tomar um banho pra tirar toda essa areia do corpo.
– Vai lá. Vou acabar de ver o filme.
No box, enquanto a água fria escorria por sua pele, ela se perguntava o que Lucas queria falar com ela. Vinham lembranças do beijo que ele havia roubado, da briga e dos bons momentos que já passaram juntos. Ao mesmo tempo, os pensamentos que envolviam Daniel também a invadiam. As memórias misturavam-se como açúcar em água.
Então ela saiu do banho e enxugou-se um pouco com a toalha, até notar que havia esquecido de pegar uma roupa para vestir. Enrolou a toalha no corpo e foi diretamente para o quarto. Abriu o guarda roupa e enfim achou uma peça que lhe caia bem. Foi quando ouviu seu celular tocar. Apressou-se na direção do criado mudo onde o aparelho estava, e procurou ver quem era, mas o número estava privado. Provavelmente, era apenas alguém que estava ligando por engano.
– Alô? – Ela não teve resposta. – Alô? – Mais uma vez, não foi correspondida. Então por um pressentimento que teve, seu coração disparou. – Eu sei que tem alguém aí. Estou ouvindo sua respiração. Não vai falar? – O pressentimento só aumentava e a certeza só vinha a cada segundo. – Lucas? – A pessoa desligou imediatamente.
Sim, não lhe restavam dúvidas que era Lucas. Apenas de toalha e com os cabelos ainda úmidos, Luana jogou-se de costas na cama. Maldito dia em que brigaram. Se aquilo tudo não houvesse acontecido, seria tão mais fácil.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Uepa! Terça tem mais!
Obrigada por lerem e até a próxima.