A hibrida acordou no terceiro andar da mansão com uma forte dor de cabeça, recorreu rapidamente a sua aspirina na gaveta do banheiro. Depois de pronta e com a dor sessando, Katherine desceu as escadas até o andar principal onde encontrou Alice sorrindo para a mesma na cozinha.

Aquilo estava estrando, Alice nunca cozinhava. Era a ultima responsável por essa tarefa na casa.

— Tudo bem? – Katherine perguntou, com a voz um pouco sonolenta, ainda.

— Claro. – a fada respondeu juntando suas mãos e respirando fundo.

— Alice, sabe que pode me falar o que quiser, não sabe?

— Sei, logico que sei. – ela rolou os olhos.

— Então diga. – a hibrida disse.

— Tome o seu café. – Alice cantarolou, e logo depois abriu um sorriso maior ainda.

— Você está estranha. – disse a garota sentando na mesa. Estava morrendo de fome.

— Sempre fui, você que só percebeu agora.

A vampira sentou-se a mesa de frente para a sobrinha, com os olhos presos nela em quanto tomava seu café da manhã. Na noite anterior todos estavam terrivelmente abalados e preocupados para tomarem alguma atitude, ou para falarem algo. Mas, durante a noite a preocupação de Alice dobrou, não só dela, mas de toda a família. Viram que o estado não era tão simples, ia muito além do que uma birra por não aceitar quem realmente era. Katherine tinha dois lados, e um deles foi embora, mas não sabiam até quando.

— Alice, está tentando ler a minha alma? – Katherine perguntou largando o copo de suco em cima da mesa, ao perceber que a vampira não parava de analisa-la.

— Estou preocupada – admitiu. – Todos estamos.

— Não precisam – suspirou. – Vou ficar bem.

— Sei que vai – ambas sorriram. – Jacob está lá fora, disse para que quando acordasse eu conversasse com você.

— Sobre? – a morena se interessou.

— Precisa aprender a se controlar, e a aceitar quem você é. Sam está lá fora para ajudar. Mas, não precisa fazer se não quiser.

— Eu preciso aprender a me controlar. – repetiu afirmando.

— E eu, preciso ir ao shopping – a fada disse levantando. – Tudo isso está me dando dor de cabeças. Eu amo você, tenho certeza de que vai se sair bem.

Katherine sorriu em resposta e terminou de tomar o seu café da manhã sozinha. Depois, seguiu para o jardim na parte de trás da mansão, encontrando seu pai, Jasper, Sam e Dean. Perguntou-se por alguns momentos onde estava a sua mãe, provavelmente dormindo, ela precisava mais do que a mesma.

— Está pronta pra isso? – Sam perguntou e a garota negou. – Podemos deixar para outra hora.

— Não – falou decidida. – Preciso tentar.

Os cinco passaram o dia inteiro treinando e aprimorando as habilidades da garota, mas faltava muito. As coisas não seriam fáceis e todos sabiam disso. De volta em meia Calisle e Esmee iam até a parte externa da casa, ou Bella e Edward. Renesmee assistiu a tudo da janela de seu quarto, torcendo para que a filha conseguisse cumprir suas metas.

Quando o sol se pôs, acharam que estava na hora de ir, por que em pouco tempo teriam a fogueira, e Katherine disse que queria ir.

Jacob olhou para a esposa que estava sentada na cama em silencio, não parecia triste ou abalada, estava feliz.

— Você não vem? – o alfa perguntou.

— Não – disse a ruiva. – Vocês precisam desse tempo sozinhos. Nós duas conversamos ontem a noite. Estou feliz de vê-la aceitar quem realmente é.

— Tem certeza? – ele perguntou, novamente. Queria que Renesmee estivesse ao seu lado essa noite, era importante para ele, pelo fato de não saber lidar com a filha depois do ocorrido.

— Tenho, Jake – ela depositou um selinho em seus lábios. – Você vai se sair bem, e não importa o que aconteça, não seja duro com ela, está passando por um momento difícil, sei que não vai agir errado com você.

Ele concordou e foi até o andar de baixo onde a garota já se encontrava.

— Vamos? – perguntou.

— Ela não vem? – Katherine também desejou que a mãe estivesse junto. Jacob apenas negou, não entrando no assunto e eles seguiram para a parte de fora da casa, mas ouviram Esmee sussurrando algo do tipo: você vai se sair bem, que sem duvidas era para a garota.

Durante o caminho nenhuma palavra foi trocada, ela mantinha os olhos na janela do carro em quando ele não tirava os seus da estrada. Era inegável que estavam desconfortáveis com a situação, e ao mesmo tempo preocupados um com o outro, eles se amavam acima de tudo, apesar de tudo.

O carro foi estacionado o mais próximo possível da fogueira, mas ainda assim eram incapazes de vê-la. Os pés de Katherine trancaram-se no chão naquele mesmo momento. Ela trincou os dentes e Jacob a olhou. Suas mãos se encontraram e logo em seguida seus olhares também. Palavras confortantes saíram da boca do alfa:

— Eu confio em você.