A Vingança escrita por mazu


Capítulo 14
Uma nova vida.


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, chegamos no nosso final (1).
Esse é o final oficial, ou seja, a história acaba assim. O outro é como se fosse um bônus.
Ia deixar os agradecimentos pro outro final mas como esse é o final relevante vamos lá.
Obrigada a Thais (marida linda ♥) pelo apoio enorme, i love you.
Obrigada a Rafael (Bambi ♥) por todo o apoio e a encheção de saco pra postar capítulo.
Obrigada a Jane por acompanhar com tanta empolgação a história.
Obrigada mãe... Sua linda ❤
Em fim, se eu esquecer alguém por favor me perdõe mas é que é muito povo pra pouca memoria.
Gostaria mesmo de agradecer todos vocês por cada comentário e cada frase de apoio. Todos vocês foram mega importantes para mim e para a história.
Muito obrigada ♥



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*5 anos depois*

–Pai! Papaiii... Acorda.
–Ahm?... Eu não tô dormindo, tô descansando os olhos. -Respondo ainda com os olhos fechados.
–Mentira, tava dormindo sim. Levaaaanta.
Abro os olhos e Ryo, meu filho, está deitado do meu lado.
–Porque você está tentando me acordar nesse desespero todo?
–Olha atrás de você.
Eu me viro e tomo um susto, Ren e Shinji também estavam deitados na cama, Ren estava dormindo mas Shinji estava me encarando e ele põe uma das pernas em cima de mim.
–Bom dia, Hiroshi... Você tem olhos lindos.
–AHHHHH ME SOLTA, SEU GAY. -Grito e começo a me balançar. Ren toma um susto por causa do meu grito e cai da cama, Ryo começa a rir.
–Os 3 patetas. -Ryo diz e Shinji sobe em cima de mim pra poder puxá-lo pro meio da cama.
–Quem é o pateta agora?
Shinji prende Ryo e começa a fazer cócegas nele.
–Er... Ninguém vai perguntar se eu tô bem? -Escuto Ren perguntar e fico de pé pra ajudá-lo a levantar do chão.
–Valeu, pelo menos alguém bom nesse lugar.
Ren diz depois que já está de pé.
–O que vocês estão fazendo aqui?
–O que? Você esqueceu!
–Esqueci o que?
–HOJE É DIA DE FINADOS, ANTA.
Shinji grita e volta a brincar com Ryo.
–Ah tá, vocês me esperam só pra eu colocar o terno e arrumar o Ryo?
–Claro, vamos pra sala. Vem logo Shinji e para de babar o garoto.
Ren ordena e Shinji levanta da cama levemente chateado.
Os dois saem do quarto, vão em direção a sala e eu ajudo o Ryo a levantar da cama.
–Aonde vamos papai?
–Vamos visitar a tia Miya hoje, lembra?
–Ah, eu lembro.
–Certo, eu vou pegar o seu terno. Espera aqui.
Saio do meu quarto e sigo na direção do quarto de Ryo. Depois que finalmente conseguimos sair daquela fazenda minha vida mudou por completo, eu percebi que tinha que dar um jeito nela. Comecei a terapia, o que me ajudou muito, finalmente comprei um carro, parei de fumar, só bebo de vez em quando, e o mais importante, pedi a Victoria em casamento. Nos casamos e um tempinho depois descobrimos que ela estava grávida então comprei uma casa maior pra gente. Ela me deixou escolher o nome, então coloquei Ryo.
Dessa vez não cortei contato com o pessoal, ainda falo com todos e Shinji e Ren vivem na minha casa, praticamente. Todo dia de finados nós vamos no cemitério colocar flores para a Miya e eu vou visitar Seiji na prisão. Ele meio que me ignora mas eu não posso largá-lo, a pesar de tudo ele ainda é meu irmão. Sempre fui sozinho mas dessa vez levarei Ryo, ele tem 4 anos e já pode entender que o tio está preso porque fez coisas erradas.
Entro no quarto, pego o terninho do Ryo, saio, volto pro meu quarto e ajudo ele a se vestir.
–Esqueci do sapato... Ah vai lá na sala e pede pro seus tios te ajudarem, ok?
–Tá.
Ele sai e eu visto meu terno. Ajeito o cabelo bem mais ou menos, calço o sapato e estou pronto. Saio do quarto e vou pro sala, Shinji estava jogando videogame com Ryo enquanto Ren estava comendo biscoitos e Victoria estava na cozinha.
–Vamos?
–Peraí que eu e Ryo estamos matando terroristas.
–Peraí o cacete, vocês tem todo tempo do mundo pra matar terroristas, agora vamos. -Ren diz com a boca cheia de biscoitos e eu começo a rir.
–Ok, me desculpa.
Shinji faz bico e os dois desligam o videogame.
–Amor, você vem? -Pergunto pra Victoria.
–Você sabe que não gosto de cemitérios, mas depois eu vou pro restaurante pra almoçar com vocês, certo?
–Certo, fica bem, tá?
Dou um beijo na bochecha dela, seguro a mão de Ryo e nós saímos de casa.
(...)
–Ryo, você quer colocar uma flor pra tia Miya? -Mina pergunta e ele balança a cabeça positivamente.
Ryo pega a florzinha que estava na mão de Mina e se aproxima da lápide.
Ele deixa a florzinha alí e vai pra perto da Erin que fica brincando com ele.
Coloco a flor que eu trouxe junto com as outras e estamos prontos pra ir embora. Nós nunca ficamos por muito tempo porque Elizabeth sempre começa a se sentir mal quando estamos aqui.
–Bom... Podemos ir? -Ren pergunta e nós concordamos.
Entrego as chaves do meu carro pro Shinji, eu não sei aonde fica o restaurante da avó dele então ele que vai nos levar.
–A Erin sabe aonde é? Ela que vai dirigir o carro das garotas...
–Sabe sim, eu sempre levo ela lá. Agora vamos.
–O que você quer dizer com "sempro levo ela lá" senhor Hasegawa? -Eu e Ren perguntamos com os olhos cerrados.
–Ah vocês entenderam...
Ele entra no carro e quando todos nós entramos até Ryo começa a encará-lo.
–Humm...
–TÁ EU CONFESSO! Eu tô amarradão nela. Podem me deixar em paz agora?
Eu e Ryo começamos a rir e Ren dá de ombros.
–Eu já sabia, só queria ouvir da sua boca.
–Ahhh cretino...
–Tá, deixa pra ficar bravo comigo depois e dirige logo.
Ren ordena e Shinji obedece. Eu mando uma mensagem pra Victoria dizendo que já estamos indo pro restaurante e ligo pro George pra saber se eu tenho algum compromisso mais tarde e se tiver, desmarcá-lo.
Ele diz que eu teria uma entrevista pra um jornal local mas peço pra ele desmarcar, eu tenho que visitar o Seiji.
Cerca de poucos minutos depois nós chegamos, o lugar parece uma casa mas Shinji jura que é um restaurante. Nós entramos e uma senhorinha muito simpática vem nos atender.
–VOVÓ. -Shinji dá um grito e abraça a senhora.
–Vovó do Shinji. -Eu, Ren e Ryo dizemos e corremos pra abraçá-la também, ela começa a rir e nós a soltamos.
–Vovó, esses são meus amigos. Lembra deles né?
–Lembro sim. Venham, fiz uma comida maravilhosa pra vocês.
Nós nos sentamos em uma mesinha, as meninas chegam e se juntam a nós. Shinji ajuda a avó a trazer as bandejas e nós começamos a almoçar.
–Espera, espera, espera. -Mina fica de pé e todos nós olhamos confusos pra ela.
–Eu e Ren queremos dizer uma coisa.
Ela diz, Ren se levanta também e fica ao lado dela.
–Então... Nós vamos nos casar.
–AHEEEEEEEO FESTA!! -Shinji grita.
–BOLO! -Ryo grita e nós caímos na risada.
–Parabéns gente. EU SOU PADRINHO. -Digo bem alto e o Ren só balança a cabeça positivamente.
Todos começam a parabenizar Ren e Mina e eu fico apenas os observando. Minha esposa, meu filho, as meninas e essas mulas que eu chamo de amigos... Eles são minha família, e eu não os trocaria por nada, nem ninguém.
(...)
–Papai, onde estamos?
–Filho, isso se chama presídio.
–E por que estamos aqui?
–Escuta...
Digo, paro o carro no estacionamento do presídio e me viro pro Ryo.
–Você tem um tio chamado Seiji, só que você não o conhece porque ele está preso aqui, mas lembre-se, ele está preso porque fez coisas ruins, mas mesmo assim é o seu tio. Ok?
–Ok, eu vou conhecer ele?
–Vai.
Eu saio de carro e abro a porta pra Ryo sair também. Nós dois passamos pelo portão e entramos na prisão, logo na entrada eu avisto o Paul, ele é um vovôzinho muito legal que trabalha na portaria.
–Olá Paul, tudo bem?
–Olá Hiroshi. Tudo bem e com você?
–Tudo... Ah esse é meu filho, Ryo.
–Oi menininho.
–Oi.
–Hey, Paul. Viemos pra visitar o Seiji.
–Tudo bem, vou pedir ao Dylan que leve vocês até a sala.
–Certo, obrigado.
Paul chama o Dylan e ele nos leva até uma das salas de visita. Entramos e nos sentamos nas cadeiras que haviam próximas a mesa.
Explico mais ou menos tudo o que aconteceu pro Ryo (claro que censurando muitas partes). Depois de alguns minutos a porta se abre e o Dylan entra trazendo o Seiji, que estava algemado.
Ele se senta na cadeira a minha frente e me encara.
–Oi, como você está? -Pergunto.
–Pareço bem?
–Melhor que antes pra falar a verdade.
–... O que você faz aqui?
–Eu vim te ver e claro, te apresentar a uma pessoa.
Seiji olha pro Ryo.
–Quem é o pequeno?
–Seiji... Esse é o meu filho.
Ele arregala os olhos.
–Seu... Filho?
–É. Dá oi pra ele, Ryo.
–Oi tio Seiji.
–Ryo. Sério, Hiroshi?
–Sério, ué.
Ele dá uma risada e encara Ryo.
–Oi sobrinho. Quantos anos você tem?
–4.
–Nossa, já é um rapaz... Parabéns Hiroshi, seu filho parece bastante com você.
–Obrigado.
–Eu só queria saber... Porque você continua vindo aqui? Você sabe que eu não ligo.
–Mas eu ligo, porque independente de tudo você é meu irmão, não importa quantas vezes você negue. Eu me importo com você.
–Se você quer se dar ao trabalho...
Solto um suspiro e me controlo pra não bater nele.
–Vamos Ryo, se despeça do seu tio. Precisamos ir.
–Tchau tio. -Ryo estende uma das mãos e os dois, muito desajeitadamente por causa das algemas de Seiji, trocam um aperto de mãos.
Nós dois nos levantamos e quando chego perto de Seiji eu coloco uma das mãos em seu ombro.
–Até a próxima, mano.
–Até. -Ele responde e eu e Ryo saímos da sala.
–Aonde vamos agora papai? -Ryo pergunta enquanto andamos pelo corredor.
–Nós? Nós vamos pra casa. Viver nossas vidas com muita calma, um passo por vez...
–Um dia após o outro, não é?
–Exatamente.
–Pai...
–O que?
–Eu te amo.
Eu olho pro Ryo e dou um sorriso.
–Eu também te amo, meu filho. Te amo muito.

Fim.

(1)


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