Crests of Waves escrita por Blair Herondale


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ainda não fiz o correção. Me desculpem.
Se o capítulo passado foi difícil de escrever devido ao Asher, esse foi mais ainda. Desde ontem eu comecei a escrever e apenas hoje estou terminando. Tive hiperatividade enquanto escrevia. Devo ter engordado 4 quilos de tanta porcaria que eu comi, porém devo ter perdido 2 de tanto que eu andei pela casa pensando na continuação, no melhor jeito de escrever as frases e o que acontecia depois. Como seria a reação de cada um e se sairia muito do personagem. Mas enfim, esta ai, mais curto que o normal, mas espero que gostem.



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Durante a semana seguinte, Catherine quase não viu mais Nathan. Ele estava fazendo todo o esforço possível e impossível para ficar longe das duas garotas, porém, principalmente dela.

Quando Cath e Nathan ficavam juntos em um mesmo cômodo, não tinha nenhum silêncio constrangedor, ou olhares tensos.

Não. Tudo era exatamente igual, como se o beijo nunca tivesse acontecido. Nathan ainda fazia suas brincadeiras e suas piadas, assim como ainda a ajudava quando precisava.

Entretanto, apesar de parecer a mesma coisa, não era.

Não era a mesma coisa porque Nathan quase não ficava em casa e, quando ficava, ia para seu quarto transar com qualquer garota que achara na festa do dia. Os momentos em que realmente permanecia com a irmã e Cath eram tão poucos que poderiam ser contados nos dedos.

A mudança de atitude de Nathan foi tão súbita e surpreendente que Catherine, quatro dias depois, perguntou para Anne o que ela achava daquilo.

"Cath, não se preocupa, Nathan sempre fica bem livre nos verões. Ele vai para as festas dele, dorme com as garotas dele. Mamãe e eu sempre deixamos ele livre. Daqui a pouco ele vai se cansar e dar um tempo disso. Não se preocupe.", dissera a Anne.

Não se preocupe.

Para ela era fácil falar. Não era por causa de Anne que Nathan havia começado a agir como se não tivesse casa. Não era Anne que toda manhã tinha que acordar e ver Nathan se agarrando com a ficante da noite na cozinha. Não era Anne que tinha que fazer café da manhã para os três apenas para ser a mesma Cath gentil e educada de sempre.

Anne não tinha que fingir interesse pelo que as garotas de Nathan falava às 8 horas da manhã, nem tinha que fingir que gostava da situação quando era exatamente o oposto. Cada dia que passava e Catherine se via de frente para uma garota mais perfeita que a outra, ela sentia mais e mais raiva. Ela sentia raiva por estar tendo que lidar com aquilo, sentia raiva por Nathan estar diferente com ela, por tê-la beijado e começado a agir de um jeito completamente indiferente, como se ela não sentisse falta dele durante o dia.

Porém, acima de tudo, sentia mais raiva de si mesma. Porque Cath tinha passado quase todos os segundos daquela semana pensando no maldito beijo de Nathan. Tinha repassado a cena milhares de vezes na cabeça ao ponto de sentir sua boca seca. Tinha gostado e...droga...ela queria mais. Essa era a mais pura verdade e o principal motivo de sua raiva.

Catherine Brooke queria mais.

E isso ficava mais claro a cada vez que via Nathan. A cada vez que ele prendia uma garota no balcão da cozinha e a beijava de maneira tão intensa, que fazia Catherine querer matar a garota. Ou trocar de lugar com ela.

Porém, ela não devia estar pensando nisso. Não devia querer trocar de lugar com uma ficante de Nathan, porque ela não podia. Ela não devia. Ele era o irmão de sua melhor amiga e praticamente um irmão para ela. Haviam crescido juntos e sabiam tudo sobre o outro. Apesar de não serem melhores amigos como Cath era com Anne, ainda assim eram amigos. Sempre tinham tido um ótimo relacionamento, ele sempre tinha sido gentil com ela.

Ela se lembrava da forma que ele era com ela desde que passou a praticamente morar na casa da família Tanner. Sempre simpático e protetor. Um bom exemplo daquilo tinha sido quando, com 13 anos, quebrara uma jarra de vidro na cozinha. Catherine se lembrava perfeitamente das sobrancelhas dele franzindo ao entrar na cozinha e ver pedaços de vidro por todo canto aos seus pés. Ela estava assustada, com ambas as mãos na boca e Nathan lhe lançou um sorriso cúmplice. Cath se lembrava de ver Nathan se aproximando, em camêra lenta, calmamente e colocando uma braço por cima de seu ombro, como se fosse abraçá-la. Ao invés disso, ele, em dois segundos, puxou um cupcake de cima do balcão e deu uma mordida, entregando a ela logo em seguida.

Ninguém precisa saber.–ele havia sussurado em seu ouvido, antes de colocar o cupcake em sua mão e empurrá-la para fora da cozinha. Um dia depois, Catherine, descobriu por Anne, que o Sr.Tanner colocara Nathan de castigo por quebrar a nova jarra que ele trouxera de Paris como um presente para a Sra.Tanner.

Nathan sempre a havia tratado como uma segunda irmã e por causa de um estúpido beijo, que por acaso ele se arrependia profundamente, Cath não conseguia parar de pensar em agarrá-lo.

Ela desejou, por alguns segundos, não ser amiga de Anne para poder ter uma chance com ele, para poder ter o prazer de ter Nathan Tanner em sua cama por uma noite. Claro que, em menos de um minuto, tratou de tirar aquele pensamento ridículo e estúpido da cabeça. Porque ela era a melhor amiga de Anne, era uma Tanner de espírito, quase uma segunda irmã para Nathan.

Porque ela não podia. Porque ela não devia.

Então, naquela manhã, ao se levantar com um humor não muito bom, tratou de repetir as frases para si mesma, como se, de alguma forma, ao fazer aquilo, sua sanidade e bom senso voltasse.

Anne, como sempre, ainda estava dormindo e Catherine pôde se ajeitar muito mais rápido do que o normal. Optando por tirar seu pijama e vestir uma roupa confortável, logo saiu do quarto com um short jeans curto e claro, e uma blusa tribal folgada.

Não precisou nem mesmo entrar na cozinha para escutar as risadas de Nathan e da garota, isso fez Cath respirar fundo a fim de se acalmar e entrar como se nada estivesse acontecendo.

–Bom dia. -disse ela, sem realmente olhar para eles, dirigindo-se para a geladeira.

–Bom dia. -Nathan falou, ainda com a voz rouca de sono, o que piorava tudo para Cath. Não bastava ter que vê-lo todo dia sem camisa, com a calça de moletom sempre na iminência de cair, ele ainda precisava ter a voz rouca? Aquilo não era justo.

–Nós já fizemos o café da manhã. -disse uma voz fina e surpreendentemente alegre. Catherine tirou o leite da geladeira e colocou em cima do balcão, ficando supresa ao ver que já tinha ovos, panquecas e sanduíches prontos, até mesmo um só com queijo, sem presunto- Eu resolvi fazer essa manhã como uma retribuição.

Cath encarou a menina a sua frente e pela primeira vez percebeu que era a mesma menina da noite passada. Franziu o cenho com aquilo. Era raro Nathan repetir as garotas. Emily, como era chamada, tinha olhos e cabelos castanhos, assim como quase todas as outras ficantes da semana de Nathan. Ele também havia dormido com uma ruiva, Charlotte.

O fato dele não ter escolhido nenhuma loira também chamou a atenção de Cath para uma coisa, ela não devia fazer o tipo dele.

De qualquer maneira, Catherine ainda encarava a menina a sua frente, que tinha um grande sorriso no rosto, sem qualquer reação. Não conseguia deixar de notar a forma que ela estava sentada no colo de Nathan, como ele passava as mãos pela cintura dela, como o queixo dele estava apoiado no ombro dela.

Nada disso importa Cath, algo falou dentro dela, fazendo-a balançar a cabeça.

Não importa.

Porque ela não podia. Porque ela não devia.

–Muito obrigada, Emily, né? -a garota assentiu com a cabeça.

–Sim. Você é a Catherine.

–Sim. -respondeu forçando um sorriso. Se fosse uma das ficantes enjoadas dos outros dias, Catherine nem teria se dado o trabalho, mas Emily era tão simpática e irradiava tanta felicidade, que Catherine não conseguia ser tão má facilmente.

–Pode chamá-la de Cath. -Nathan falou, dando um rápido beijo no pescoço de Emily, fazendo-a dar uma risadinha- Não precisa de tanta formalidade com ela.

–Cath…-a morena testou o nome e Cath precisou segurar o impulso de contradizer as palavras de Nathan. Não, Emily ainda não tinha permissão para chamá-la de Cath- Nathan me falou de você. A segunda irmã dele, estou ansiosa para conhecer Anne.

–Eu não sou irmã dele. -disse grossa, pegando o sanduíche sem presunto. Ao ver o olhar confuso da garota, e raivoso de Nathan, continuou de uma forma mais suave- Bem, tecnicamente não. Somos irmãos de espírito.

–Quase de criação, porque Cath vivia lá em casa. -disse Nathan sem nem ao menos levantar o olhar.

–Bem, deve ter sido divertido, né? Eu nunca tive uma amiga tão próxima ao ponto dela virar parte da família. -Cath ia responder algo como “isso é para poucos”, mas a menina continuou tagarelando- Sorte a de vocês. Nathan também disse que é a primeira vez que você vem com eles.

–Algo mais que ele tenha dito sobre mim? -perguntou dando outra mordida em seu sanduíche enquanto encarava os olhos âmbar de Nathan.

–Não. Ficamos mais preocupados fazendo outras coisas. -ele respondeu com um sorriso malicioso, aproveitando para dar outro selinho no pescoço da ficante. Cath precisou segurar o grunido. Era aquele tipo de coisa que estava irritando ela. Nathan era o mesmo brincalhão, com o mesmo sorriso malicioso de sempre, mas as frases que dizia e as coisas que ele fazia perto dela, eram totalmente desnecessárias.

–Percebe-se. -Cath respondeu com um sorriso no rosto- Vocês combinam. -mentiu, tanto porque não queria que Nathan soubesse que aquela cena a estava irritanto, tanto porque precisava continuar sendo a Cath simpática de sempre.

Porém, a sua última frase fez Emily sair do colo de Nathan em um pulo.

–O que foi? -Nathan perguntou confuso.

–Eu tenho que ir para casa! Já passou das oito horas! Meu pai vai ficar preocupado. -e ela realmente parecia sincera.

–Quer que eu te leve para casa? -perguntou, ao se levantar também- Eu só preciso colocar minha blusa.

–Não, Nate, não precisa! Eu vim de carro, se lembra?

–Ah sim, é mesmo.

–Eu sou esperta. -e então se inclinando para cima dele, Emily deu um selinho em boca- Muito obrigada pela noite e por ter ligado para nos encontrarmos uma segunda vez.

–De nada. -respondeu dando um sorriso malicioso e a puxando para um beijo novamente. Dessa vez, algo mais do que um selinho.

Catherine segurou o enjoo com aquela cena e se levantou, deixando tanto o prato, quanto o copo sujo de leite, na pia.

Quando já estava saindo da cozinha sem se despedir, recebeu um abraço de lado de Emily.

–Muito prazer em te conhecer, Cath. -Emily falou, depois completou em um tom de voz mais baixo- E sim, também acho que nós combinamos, mas silêncio, não podemos sair contando isso para o mundo que o gatinho ali pode se assustar.

Cath, dessa vez, não forçou nem um sorriso, muito menos uma risada, porém não foi preciso, uma vez que Emily correu para porta sem nem se dar o trabalho de olhar para trás.

Como Cath não queria encarar Nathan naquele momento e fingir que continuavam a ter a mesma amizade de sempre, ou forçá-lo a ir para o quarto para não precisar na companhia dela, acabou decidindo ir para a praia e deitar um pouco na areia.

Naquela manhã, o céu estava cheio de nuvens, o que dificultava um pouco a passagem dos raios de sol. Aquela era uma hora perfeita para um banho de sol para Cath, principalmente porque ela, por ser muito branca, não teria que enfrentar ficar como um camarão de tão vermelha.

Porém, antes mesmo de conseguir se sentar direito no chão, Nathan apareceu na porta da varanda dos fundos e perguntou ao encará-la:

–O que achou de Emily?

Catherine não pôde fazer nada além de se sentar no chão, tanto devido à surpresa de vê-lo ali quanto devido à sua pergunta.

O que ele queria saber com aquilo?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem. Quanto mais comentários, mais rápido eu posto.
Enquanto isso, vou ali reassistir Supernatural, porque sinto saudades do meu bebê Dean.
p.s: esse capítulo ficou uma bosta e estou frustrada. Juro que farei os outros melhores, só que...eu não gosto de demorar muito para postar um novo capítulo.
O próximo terá a conversa de Nathan com Cath e eu quis fazer separado, sabe? Tipo, focar só na conversa e tal.



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