New Secret Avengers escrita por Daredevilosa


Capítulo 56
Capítulo 56




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Leziel: Você não precisa fazer isso.

T: Preciso. Eu arruinei tudo pra vocês dois. Mas que droga, eu não consigo fazer nada direito.

Leziel: Torunn...

T: Não, tudo bem, eu não estou querendo bancar a vítima, eu só estou com muita raiva de mim mesma.

As duas ouviram batidas na porta. Hill abriu a porta e olhou para as duas.

H: Está tudo bem aqui?

Leziel e Torunn fizeram positivo com a cabeça.

H: Sam precisou sair para uma emergência e eu preciso tomar um banho. Sophia está dormindo lá na sala...

Lezi: Eu vou ficar com ela lá.

Leziel se levantou e olhou para Torunn.

Lezi: Você está bem?

Torunn concordou com a cabeça. Hill esperou Leziel sair, para entrar no quarto e conversar com Torunn.

Hill sentou na cama dela e Torunn desviou o olhar.

T: Eu sei o que vai dizer. Eu sei que foi errado, eu já me desculpei.

Mas Hill não disse nada, ela só ouviu Torunn, que depois ficou em silêncio. Hill acariciou as costas de Torunn.

H: Você não é uma má pessoa, Torunn. Você só está perdida. E eu até achei que depois desse período em Asgard que você ia se encontrar.

T: Eu também achei.

H: Eu acho que você devia dar um tempo pra si mesma. Esquece isso de namorado. Tente estudar mais. Gaste suas energias com o projeto dos Novos Vingadores, entra em algum curso. Mantenha-se ocupada.

Torunn olhou para Hill e suspirou.

T: É o que você faz quando está se sentindo mal?

H: Claro. Eu não tenho tempo para tristezas porque tenho muito o que fazer.

T: Eu tentarei.

Hill sorriu e beijou a testa de Torunn, antes de sair do quarto.

Torunn se deitou na cama e ficou refletindo sobre sua vida por horas. Leziel voltou ao quarto e se deitou para dormir, mas Torunn continuou acordada, ela só dormiria bem depois de reparar o mal que fez.

...

No domingo de manhã, na fazenda dos Barton, Clint, Laura e os filhos estavam no meio de um jogo que o próprio Clint inventou. Eles ouviram batidas na porta e Clint se levantou para atender.

C: Oi!! Oh, Francis, a sua namorada tá aqui!

Torunn: Não, eu não sou namorada dele, senhor Barton.

Torunn observou que Francis não fez nenhuma questão de se levantar, como ele costumava fazer ao ver ela. Torunn estava sem graça, mas entrou dentro da casa e caminhou até onde a família estava reunida.

Torunn deu um pequeno sorriso para Laura e para os irmãos de Francis e em seguida ela olhou para Francis.

T: Francis, podemos conversar?

Francis não respondeu, ficou mexendo nos dados do jogo.

Laura: Francis?

Francis se levantou e caminhou pra fora da casa. Torunn o seguiu.

T: Posso ver a Selvagem? Eu sinto falta dela.

F: Sim.

Francis caminhou até o estábulo com Torunn e abriu a porta. Torunn foi até a cabine da Selvagem e acariciou a cabeça dela. Torunn encostou o rosto no rosto da selvagem e sorriu.

Torunn olhou para Francis.

T: Se eu pudesse voltar no tempo... Eu voltaria e eu faria tudo diferente. Eu não quebraria o seu coração, nem do James ou da Lezi.

F: Você vê quantas pessoas você machucou...

T: Eu sei. Eu sinto muito, de verdade. Eu já chorei tudo o que podia, eu estou arrependida mas você também, você paquerava todo mundo, e...

F: Eu era solteiro e não tente virar o jogo contra mim agora. Eu tentei ficar com você, só com você.

T: Eu sei, me desculpe. Eu não quero falar de mim hoje. Eu quero falar da Lezi.

Francis franziu a testa.

F: Ela tem me evitado, você contou pra ela que gosto dela?

T: Sim, mas só ontem que contei porque eu descobri que ela gosta de você também.

Francis olhou para Torunn, perplexo.

F: Ela gosta?

T: Sim.

F: Você disse que ela gosta de meninas.

T: Eu achei que sim, mas eu sabia que ela sentia alguma coisa por você. No fundo eu sabia, mas não queria aceitar que perderia você.

F: Eu fiquei atrás de você por anos.

T: Você não precisa ficar jogando na minha cara, eu sei! Eu não estou aqui por mim, eu já disse. Só quero que a Leziel fique bem e ela precisa de você pra isso.

F: Eu não sei o que dizer pra ela.

T: A verdade... Você já sabe que ela gosta de você...

Torunn caminhou para fora do estábulo.

F: Torunn?

Torunn parou e se virou para olhar Francis.

F: Eu gosto quando você age assim, às vezes você não parece humana pelas coisas que faz e fala.

T: Eu sou Asgardiana.

F: Não, você é humana da Terra. Você cresceu aqui, conosco, você é uma de nós. Nada pode mudar isso. Às vezes eu queria que você fosse sempre assim, gentil, legal, amorosa.

T: Às vezes?

F: Sim, porque eu lembro que se você fosse somente como eu quero que você seja, você não seria mais você e aí você não teria nenhuma graça.

Torunn sorriu para Francis e logo em seguida seu celular tocou. Torunn atendeu a ligação e seu sorriso foi desmanchando para em seguida virar expressão de raiva.

T: Você fez o quê?????

Torunn caminhou pra fora do estábulo e Francis a seguiu.

T: Calma tua bunda, James. Não, não vou me acalmar. Vou me acalmar quando minha espada cortar sua cabeça fora! Como você pôde fazer isso?

F: O que aconteceu?

T: Vamos para a praça agora! Francis vai comigo!

F: Hã?

Torunn desligou o telefone e o arremessou longe de tanta raiva que estava sentindo.

F: O que houve?

T: James contou para os pais dele sobre nosso projeto N.V.S.

F: O que?

T: Precisamos ir.

Torunn segurou no pulso de Francis e decolou dali da fazenda até a praça da cidade com ele. Eles levaram vinte minutos até chegar na praça. Azari e Pym já estavam no local.

A: Olha a cara da Torunn, mano.

P: Eu disse que ela ia ficar louca e soltar as frangas.

A: Não queria estar na pele do James agora.

T: Cadê o James?

P: Não sabemos, ele ligou uma hora atrás pedindo pra gente se encontrar aqui.

A: E ele disse que os pais dele sabem sobre a gente.

T: Eu vou matar ele! Eu vou chamar minha espada.

F: Torunn, vai ver a mãe dele descobriu.

T: Ele disse que ele contou. Eu não sei o que fazer.

A: Por que é que você tem que fazer alguma coisa?

T: Por que.... Porque....  Urgh!

P: Lá vem o James e a namorada bruxinha.

Torunn se virou para fitar James e ela já colocou o dedo em riste.

T: Você tem algo a dizer antes de sua morte?

James abaixou o dedo de Torunn e estava surpreendentemente calmo.

T: Eu quero matar você.

J: Então me mate. Eu não vou mentir mais pros meus pais, eles não merecem isso.

T: Você disse que concordava em esconder.

J: Mudei de ideia.

L: Ele tem todo o direito de mudar de ideia.

T: Ninguém te perguntou nada, você foi a última a entrar, não tem direito a dar opinião.

L: Falou a que inventou tudo e foi embora pra Asgard e deixou todo o grupo na mão.

J: Fiquem quietas as duas! Eu contei ao meu pai porque eu confio nele, ele não vai dizer pra minha mãe, eu vou dizer.

T: Então ela não sabe?

J: Não, mas vai. Meu pai disse que ela já deve estar desconfiada de alguma coisa, mas não sabe exatamente o quê.

T: Ótimo, paramos aqui, ninguém mais conta para os pais.

A: Gente... Já que todos estão confessando, eu contei pro meu pai.

T: O que??

A: M-mas ele aprovou, ele disse que estava tudo bem pra ela, ele não vai contar a ninguém, eu juro.

P: Meu pai e minha mãe também sabem.

Torunn soltou um grito e colocou as mãos na cabeça.

P: Não fui eu que contei. Ele e minha mãe ajudaram a SHIELD a criar o meu uniforme que encolhe... A Maria quem foi falar com eles.

T: Ela não me contou sobre isso.

L: Minha mãe sabe porque ela leu a mente de James e já tem tempo... Se ela não disse nada até agora, não vai dizer nunca.

T: Eu me sinto tão traída!

Torunn sussurrou.

J: Torunn, eu sinto muito. Eu não podia esconder isso do meu pai, ele é meu melhor amigo, eu confio nele e eu quero que ele confie em mim.

T: Mas e a nossa amizade? Vocês não pensam nisso?

J: Nós pensamos sim. Nossa amizade não vai mudar por isso.

T: E se tudo acabar? Se os pais de vocês proibirem? O que acontece conosco?

J: Aí nós continuamos amigos.

Torunn suspirou se sentindo derrotada.

F: Vocês todos falando e falando, mas vocês não pensaram em mim e no que eu disse sobre o meu pai. Eu não posso desapontar ele de novo.

J: Nós fizemos coisas ruins ou boas durante esses anos?

F: Não sei se é o suficiente para ele não me matar.

L: Todos nós nos colocamos em risco cada vez que saímos para alguma missão.

T: Nós nem pegamos missões perigosas como os nossos pais.

L: Mas nossos pais nunca vão acreditar que não estamos em risco. Nós precisamos provar que somos responsáveis para o cargo que temos.

Eles pararam de conversar, quando ouviram uma buzina. Eles olharam para o carro parado na rua.

J: Mãe?

Natasha desceu do carro e caminhou até eles.

N: Francis, seu pai me ligou perguntando onde você estava. Aí eu liguei para o James umas cinquenta vezes para saber aonde ele estava e ele não me atendeu.

J: Você me ligou?

James pegou o celular no bolso.

J: Descarregou, mãe.

N: Por que você saiu da fazenda sem avisar seus pais? Ficou louco?

F: Natasha, é porque a Torunn me trouxe aqui porque tínhamos algo importante pra falar.

N: Tão importante que não deu tempo de avisar seu pai que ia vir aqui. O que é tão importante assim?

Francis não respondeu. Natasha olhou para James e depois para Torunn, os dois extremamente nervosos.

Natasha se aproximou de Pym.

N: Você... O que vocês estão fazendo aqui?

Pym apenas abaixou a cabeça, completamente intimidado.

A: Natasha, é que a gente está planejando em contar para os nossos pais sobre... Sobre...

L: Sobre uma surpresa.

N: Surpresa? Surpresa de quê?

T: Uma festa surpresa... Nós... Nós pensamos em fazer uma homenagem a vocês, pelo que vocês fizeram pelo mundo e por nós, nós queremos homenagear os antigos Vingadores...

Natasha franziu a testa.

T: Mas não era pra você saber.

N: Mas ainda não entendi a urgência de Francis fugir de casa.

T: É porque a homenagem é hoje e estávamos dependendo do Francis para fazer o evento lá na fazenda.

N: Hum...

J: Mãe, a verdade é que...

James olhou para Torunn e depois para Natasha.

J: Nós vamos cancelar o evento, porque os pais da Lina estão fora da cidade.

T: E o meu pai não poderá vir... Então...

N: Sei... Bom, Francis precisa voltar pra casa e falar com o pai dele.

F: Eu irei, me desculpe.

N: Não é pra mim que tem que se desculpar.

Natasha entrou de volta no carro e dirigiu para casa.

Os meninos ficaram aliviados de terem escapado das perguntas de Natasha, apesar de James saber que a mãe dele não acreditou em nada do que eles disseram, mas ela passou a semana toda sem demonstrar nenhuma reação.

Na sexta feira, Steve estava chegando em casa com Sara.

Sara: Mãe, quer dizer pro meu pai que posso voltar da escola sozinha?

N: Você não pode voltar da escola sozinha.

Sara: Não é justo, todo mundo vê ele vindo me buscar e ele bagunça meu cabelo como se eu tivesse cinco anos de idade ainda! Mãe...

Sara abraçou a cintura de Natasha.

Sara: Tem um menino, o nome dele é Johnny. Ele vai achar que sou criança se me ver com meu pai. Eu posso voltar junto com a Maggie e as nossas amigas.

S: Ué, que história é essa?

Sara: Mãe?

Natasha olhou para Sara e fez negativo.

N: Você ainda é criança, Sara, me desculpe.

Sara franziu a testa e se afastou de Natasha.

Sara: Ninguém me entende nessa casa! Eu odeio vocês.

Sara bufou e subiu as escadas. Steve fechou a porta e foi até Natasha, ele deu um selinho nela e depois reparou na roupa dela.

S: Você vai sair?

N: Sim, eu tenho umas coisas para resolver na rua.

Natasha olhou para a porta e depois para Steve.

N: Cadê a Mag?

S: Ah, ela saiu com a avó.

N: O que? Você deixou aquela mulher levar ela?

S: Ela apareceu na porta da escola e insistiu que queria fazer um passeio com Mag, mostrar os lugares que a mãe dela gostava de ir.

N: Steve!

S: Mag queria ir, ela me pediu, eu não podia negar.

N: Era só dizer “Não, sua avó é louca e vai te sequestrar”.

S: Ela não fará isso, já tem tempo que as duas tem se encontrado.

N: Sim, aqui dentro de casa, sob nossa supervisão.

S: Não se preocupe, a Mag tá com o celular, a avó me deu o endereço dela.

N: Olha, se a Mag não estiver de volta até às 19hs, você vai pra rua e só entra dentro dessa casa com ela. Eu preciso ir.

Natasha foi para a porta.

S: E os gêmeos?

N: No quarto, dormindo.

S: Eles só comem e dormem.

N: Graças a Deus.

Natasha saiu e entrou no carro.

...

Bobbi Morse: Okay, meninos. Escutem bem.

Hunter: Missão de hoje...

Pym: Assistir Galinha Pintadinha...

Pym sussurrou para Azari.

B: Henry, cinco voltas no tatame.

P: Quê? Droga!

Bobbi e Hunter começaram a explicar sobre a missão do dia, enquanto Pym corria em volta do tatame. Lina apoiou a mão no ombro de James e mexeu no sapato para endireitar.

J: Saiu?

L: É. Já coloquei.

B: Maximoff!

Lina olhou para Bobbi.

B: Algo que queria compartilhar com todos nós?

L: N-não. Eu só...

B: Então por que é que está falando junto comigo.

L: Eu não estava, eu só...

B: Então eu sou mentirosa?

L: O que??

B: Você estava falando ou não?

L: Sim, mas...

J: Ela só respon...

B: Eu não falei com você, Rogers. Você pode começar a correr, Maximoff.

L: Quantas voltas?

B: Quantas eu quiser, apenas comece a correr.

J: Não.

B: O que?

J: Ela não vai correr quantas vezes você quiser. Ela não fez nada demais, você que sempre implica com ela e eu não sei porquê.

B: Namoradinho valente você tem, Maximoff. Ele lutará no seu lugar também?

L: Se ele quiser...

Bobbi riu em tom de deboche.

L: Mas ele não precisa falar por mim. Eu não te respondo porque eu sei que você tem medo de mim e você me acha muito perigosa e mimada para estar aqui, você acha que não tenho nenhuma disciplina, mesmo eu tendo provado diversas vezes que tenho, até mais que os meninos, mas mesmo assim você quer me testar, todos os dias.

Lina sorriu.

L: Eu não me importo que pense isso de mim porque eu posso te provar o contrário várias vezes e no fundo você já sabe.

Um grande silêncio se seguiu dentro da sala de treinamento. Bobbi e Lina se entreolhavam, com olhares de desafio, enquanto os meninos agiam como se estivessem presenciando um amigo desafiar o pai e só estão esperando a coça que o amigo vai levar.

Hunter estava parado entre Lina e Bobbi e ficou olhando para o rosto de cada uma de cada vez, pensando no que fazer o dizer.

Bobbi sorriu.

B: Ok, Maximoff. Cinco voltas.

Lina fez positivo com a cabeça e começou a correr junto com Pym. Bobbi olhou para os outros meninos.

B: Vão para o galpão sete de decolagem.

Os meninos se retiraram e Hunter se aproximou de Bobbi.

Hunter: Parece que a bruxinha começou a colocar as asinhas de fora.

B: Eu sei. Eu estou orgulhosa dela.

Hunter: Mas ainda temos que pressionar ela um pouco mais. Por que é que pegamos essa tarefa suicida? Vai que sob pressão demais ela explode ou nos explode?

B: É... Eu amo meu trabalho, e você?

Hunter: Mais ou menos.

Bobbi e Hunter caminharam para a porta do centro de treinamento e avisaram para Lina e Pym os encontrarem no galpão sete.

Bobbi e Hunter chegaram no galpão sete e se juntaram aos meninos, eles todos caminharam para o jatinho da SHIELD e a porta do jato se abriu pra eles.

Hunter: Ué, tem gente lá dentro? Você não reservou esse jatinho pra gente?

B: Eu reservei, não era pra ter ninguém, deve ser só o técnico pra consertar alguma coisa.

T: Podemos entrar?

B: Sim.

Assim que os meninos se posicionaram perto da entrada do jato, eles todos paralisaram ao ver quem estava dentro do jato, esperando por eles.

B: Anda gente, entra.

Bobbi passou por eles e viu o motivo de estarem tão paralisados.

J: Mãe?


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