No carro, a caminho de casa, Steve explicou à Natasha que James não lembra do que aconteceu, e ela também achou melhor não contar a verdade pra ele. Mas tem um problema ainda, Sara lembra de tudo, Sara assistiu a tudo.

N: Como ela está?

S: Eu não sei. Ela parece bem. Ela perguntou por você e pelo Sam.

N: Oh Deus. Eu odeio Yelena por ter feito eles passarem por isso, odeio.

S: Calma, ela está morta. Nunca mais nos fará mal.

N: Queria ressuscitar ela para matar ela de novo e de novo. E ainda temos que explicar para Sara que Sam não vai voltar.

S: Bem, ele não está morto... Ele está internado. Não sei se vai voltar.

N: Você não? Ah, Steve. Ele deve ter sofrido muito.

S: Eu tentei, mas não consegui, pedi a Carol que viesse e o levasse para uma veterinária.

N: Eu não sei o que dizer pra Sara.

S: Eu estarei lá com você, iremos superar tudo isso juntos.

Natasha olhou para Steve e deu um pequeno sorriso, enquanto se preparava para descer do carro. Natasha estava usando um imobilizador na perna. Steve a ajudou a descer e entregou a muleta para ela andar, já que ela não deixaria ele carregar ela no colo até em casa.

Assim que entrou, Natasha olhou para James, Sara e Maggie na sala e se sentiu aliviada, todos pareciam os mesmos, mas Sara não correu para abraçar ela, depois de todo esse tempo no hospital. James se aproximou da mãe e a abraçou.

J: Você sempre pega no nosso pé sobre atravessar a rua sem olhar e foi atropelada?

Natasha e Steve se entreolharam.

N: É... Tomarei mais cuidado da próxima vez.

Natasha sorriu e em seguida olhou pra Sara.

N: Não vai falar com a mamãe?

Sara fez positivo com a cabeça e abraçou a cintura de Natasha.

N: Eu quero conversar com você.

Sara: Eu tô de castigo?

N: Não, não, claro que não. Eu só quero explicar algumas coisas pra você. Steve?

Steve a olhou.

N: Agora vou precisar de ajuda para subir.

S: Sério?

N: Anda...

Steve riu e a pegou no colo. Steve subiu as escadas e Sara subiu atrás deles. Steve as deixou sozinha no quarto e desceu para fazer companhia a James e Maggie.

Natasha levou Sara pro quarto dela, ela sentou na beira da cama e bateu do lado, indicando para Sara se sentar.

N: Como você está se sentindo?

Sara ergueu os ombros, indicando que não sabia.

N: Você está triste?

Sara: Esther não vai mais voltar?

N: Não, meu amor.

Sara: Mesmo?

N: Mesmo. Você gostava dela, né?

Sara: Só no começo, depois ela começou a me assustar. Ela não era legal com a Mag.

N: Ela não vai tratar mais a Mag mal, nem você e nem ninguém. Você está magoada com a mamãe?

Sara fez negativo com a cabeça.

N: Tem certeza?

Sara deu um pequeno sorriso e fez positivo com a cabeça.

N: Então, você fica com a mamãe pra sempre?

Sara: Sempre.

Natasha abraçou Sara que a abraçou de volta. Natasha beijou o topo da cabeça de Sara e sentiu o cheiro do cabelo dela, era a melhor sensação do mundo. Steve bateu na porta e olhou pras duas.

S: Vocês vão lanchar?

N: Não, vamos ficar aqui, juntinhas.

Natasha se deitou e puxou Sara para deitar do lado dela que ficou sorrindo. Steve olhou pra Sara.

S: Hey, mas esse aí é meu lugar.

Sara ergueu as mãos no ar.

Sara: Não é mais. É meu e da mamãe.

N: Nós vamos dormir aqui hoje e você dorme no sofá.

S: É assim, é?

Sara: É.

Disse Sara rindo, enquanto recebia milhares de beijos e cheiros da Natasha que a abraçava forte. Steve riu e fechou a porta do quarto, quando ele desceu, James estava com a mão na maçaneta da porta de casa, pronto para sair.

S: Onde pensa que vai?

J: Trabalhar, a mãe já tá bem e em casa...

S: James... Eu não acho que seja uma boa ideia você sair agora.

James se aproximou de Steve e estava um tanto corado.

J: Eu vou trabalhar na casa dos Maximoff.

Steve ergueu as sobrancelhas, sem entender.

J: Lina...

S: Ah... Sim.... Bem, eu não quero que volte tarde.

J: Pode deixar.

James saiu correndo porta a fora.

S: Acho que só iremos lanchar eu e você.

Steve sorriu para Maggie, que retribuiu o sorriso.

...

James tocou a campainha da casa de Lina, ela mesmo atendeu a porta. Lina sorriu ao ver James.

J: Oi.

L: Entra.

James entrou se sentindo um pouco deslocado. Ele reparou que a casa estava vazia.

J: Cadê seus pais?

L: Viajaram.

J: E a governanta?

L: Ah, dei folga pra ela e o para o Dig. Estamos só eu e você, com a casa toda para nós.

James arregalou os olhos e ficou extremamente nervoso, ficar sozinho com uma garota, uma garota que ele gosta ainda por cima...

J: Lina, eu...

L: Deixa de ser bobo, vem. Vamos pro meu quarto.

Lina puxou James pela mão e praticamente o jogou dentro do quarto.

L: Por que está nervoso?

J: Tenho medo dos seus pais chegarem ou da governanta contar.

L: Eles não vão. Não se preocupe. Vem.

Lina estendeu a mão para James, que segurou e a acompanhou até o tapete do quarto, Lina sentou no chão e James não sabia o que fazer.

L: Senta, tonto.

Lina riu do nervosismo de James. James se sentou e olhou o quarto dela. O quarto era tão grande que devia caber os três quartos da casa dele lá dentro. Quando James tornou a olhar Lina, reparou que ela estava parada observando ele com o olhar que a mãe dela sempre dá a ele.

J: O que?

Lina de repente ficou triste e preocupada, ela encostou o dedo na testa de James e fechou os olhos. James ficou olhando ela sem entender nada.

L: Eu sinto muito pelo que aconteceu.

J: O que?

L: Você e sua mãe, a Sara...

J: Hã? Minha mãe sim, mas eu não estava no acidente que ela sofreu e a Sara estava perto, mas não sofreu nenhum arranhão. Estamos bem.

Lina franziu a testa, confusa. Ela se concentrou um pouco mais e entendeu o que se passava na mente de James.

L: Você não se lembra... E eles não te contaram.

J: Não contaram o quê?

L: Nada.

Lina tentou sorrir para disfarçar.

L: Bem, você quer jogar videogame?

J: Pode ser.

Lina esticou o braço até a cômoda e pegou o controle da TV e do videogame, ela ligou os aparelhos e entregou um para James.

L: Eu vou ser o azul e você o rosa.

J: Eu não vou ser o rosa, você é menina, fica com o rosa.

L: E daí? Isso é sexismo, James, eu posso e vou ficar com o azul.

Lina olhou para James com a sobrancelha erguida e ela estava falando super sério, o jeito de Lina lembrava a James de alguém, mas ele não sabe quem exatamente. James queria estar com raiva agora por Lina discutir com ele, mas tem algo no jeito dela que o encanta demais e ele não consegue ficar irritado com ela.

J: Tá legal.

Lina relaxou a expressão do rosto e deu um pequeno sorriso, satisfeita com sua vitória, ela adorou o fato de James não tentar argumentar ou ficar brigado com ela. Ela decidiu que ele merecia uma recompensa.

Lina inclinou o corpo na direção de James, ela aproximou o rosto do dele e fechou os olhos. James ficou parado um tempo, olhando pra ela, depois é claro que ele aceitou o beijo, encostou os lábios nos dela e deu um longo selinho em Lina.

Quando desgrudaram os lábios, mantiveram os rostos muito aproximados um do outro, eles ficaram se olhando nos olhos de pertinho por minutos, até soltarem os controles e colarem os lábios novamente. Por instinto, Lina segurou o rosto de James com ambas as mãos, James inclinou a cabeça o suficiente para poder encaixar a boca na de Lina e poder introduzir a língua entre os lábios dela.

Nenhum dos dois sabiam direito o que estavam fazendo, mas esse beijo foi muito mais intenso do que os outros. James estava incerto de como devia movimentar a língua dentro da boca dela, mas Lina se ergueu um pouco e ficou de joelhos, se encarregando de comandar o ritmo do beijo.

James não sabe como a mão dele foi parar na cintura de Lina, não sabe menos ainda, como e quando ele começou a suspender um pouco da blusa dela. James acariciou a barriga de Lina e ambos estavam ofegantes, como Lina estava de joelhos e James apertou a cintura dela, ela perdeu o equilíbrio e caiu sobre James, o fazendo se deitar no chão. Nada disso fez as bocas dele se desgrudarem, pelo contrário, intensificou ainda mais a forma como Lina acariciava a língua de James, ela explorou cada cantinho da boca de James.

James continuou a suspender a blusa de Lina e quando ele se aproximou do sutiã dela, Lina pôs as mãos sobre as dele e fez ele descer as mãos de volta para a cintura dela.

James estava completamente vermelho e suado, para não mencionar o estado que ele estava por baixo das roupas íntimas.

– LINA!

Lina finalmente desgrudou os lábios da boca de James. Os dois se entreolharam assustados.

– Lina?

L: Droga!

J: Quem é?

L: Meu pai.

Visão entrou no quarto, atravessando a parede, deixando somente a cabeça e os ombros aparecerem.

V: Ah, aí está você. Oh, James? Olá, James.

L: Pai!

James se levantou as pressas e ficou de costas para Visão, tentando ajeitar a roupa e disfarçar o estado dele.

J: Oi, S-s-senhor Visão...

V: Eu não sabia que estava aqui.

L: Pai, você não pode entrar aqui assim. Eu já te avisei!

V: Me desculpe. Sua mãe pediu para passar aqui e checar como você está, ela vai ficar feliz em saber que trouxe um amiguinho pra brincar.

Visão é ingênuo e não desconfiou de nada, James e Lina se entreolharam. Lina estava muito nervosa.

L: Pai, por favor, não conte pra minha mãe sobre James.

V: Por que?

L: E-ela não gosta dele, você sabe... Não vai deixar a gente... brincar de novo e nem se ver...

V: Ah sim, bom... Eu preciso ir. Direi à sua mãe que você está bem.

Visão desapareceu novamente através da parede. James respirou aliviado. Lina olhou para James.

L: Desculpe...

J: Tudo bem... Eu... Eu preciso ir.

L: Você mal chegou.

J: Mas é melhor eu ir. A gente se vê depois.

L: Okay.

James saiu correndo e Lina se jogou na cama se sentindo frustrada. James chegou em casa e passou correndo por Steve e Natasha.

S: James?

James parou no meio da escada.

J: Oi?

S: Boa noite, né?

J: B-boa noite...

James voltou a subir correndo, entrou pro quarto e trancou a porta. Natasha olhou para Steve.

N: Oh Deus, eles estavam fazendo, Steve...

S: Claro que não, Natasha, ele foi lá pra trabalhar, e os pais de Lina devem estar lá e eles tem a governanta também. Eles são muito novos pra essas coisas.

Sara: Que coisas?

N: Nada, Sara. Vai brincar com a Maggie e o coelhinho dela.

Sara correu para o quintal para brincar com Mag. Natasha cruzou os braços e encarou Steve, como se o estivesse culpando.

N: Você tem que conversar com ele.

S: Sobre o quê?

N: Sobre sexo, Steve!

S: Eu não vou, ele é uma criança.

N: Ele é adolescente, Steve. E eu não confio naquela menina, ela é muito pra frente.

S: Natasha, você está exagerando.

N: Vai falar com o seu filho.

Natasha apontou para o topo da escada. Steve notou no olhar dela, que ele seria um homem morto se não conversasse com James. Quando Natasha está assim, o melhor que ele tem a fazer, é obedecer.