Um carro preto de luxo, parou em frente ao colégio St. Mary. Uma mulher de cabelos negros, usando óculos escuros, vestido todo preto, justo, na altura dos joelhos e salto agulha, desceu do carro, seguida por 2 agentes.

Os agentes abriram a porta do colégio para ela entrar, e como era hora do recreio, haviam vários alunos e todos pararam para observar a mulher toda imponente, entrando na escola. Alguns garotos assobiaram fiu-fiu, enquanto olhava o corpo bem definido da mulher.

Após subir as escadas do final do corredor, o agente abriu a porta da recepção da diretoria e a mulher entrou. Torunn estava sentada de braços cruzados e cabeça baixa, ela avistou a mulher, levantou e foi até ela.

T: Maria, é tudo culpa do Francis. Ele ficou me irritando na sala de aula, aí o professor ficou com raiva e nos expulsou.

Maria Hill abaixou os óculos de leve e fitou os olhos azuis de Torunn. Ela não falou nada, mas seu olhar indicava o quanto ela estava repreendendo Torunn.

– Srta. Hill, por favor, o diretor deseja falar com você. Pode entrar.

Hill entrou na sala da direção e sentou-se e ouviu o sermão sobre o comportamento de Francis, já que ela era amiga de Barton, ele aproveitou para reclamar já com Hill.

– Ele vive andando de skate e matando aula. E as meninas reclamam das paqueras dele.

H: Vou conversar com ele.

– É bom.

H: O que Torunn fez?

– Bom, ela estava de conversa na sala de aula, ela nunca nos deu trabalho. Mas notou como ela está diferente, pintou o cabelo de preto, só usa roupas escuras, essas correntes de rockeiro.

H: Sobre conversar em sala de aula, não acontecerá de novo. Vou garantir isso. Quanto ao estilo dela, não vejo nada demais, ela é adolescente e é normal querer mudar o visual. É só isso?

– S-sim.

H: Eles estão suspensos pelo resto do dia?

– Sim.

H: Desculpe os transtornos. Até mais.

Hill se levantou, apertou a mão do diretor e saiu da sala. Ela retirou os óculos e olhou para Francis e Torunn. Ela fez um gesto com a cabeça, indicando para eles a seguirem, e eles obedeceram.

Ao passar pelo corredor da escola novamente, um garoto se aproximou de Torunn.

– Essa é sua mãe?

T: Não te interessa.

– Sua mãe é muito gostosa. Você até que é bonita, só precisava se vestir como ela, seria tão gata quanto as meninas normais dessa escola.

Hill fingiu não ouvir o comentário.

T: Ainda bem que não me interessa ser normal. E eu já disse pra me deixar em paz.

Torunn, Hill e Francis estava, passando em frente à sala de James. James chegou na porta e os avistou e sabia que os 2 estavam encrencados.

J: Oi Maria!

H: Olá, James.

J: Eles foram suspensos?

H: Só por hoje.

T: Pra que você quer saber?

J: E-eu.

F: E-e-e-e-eu... Tá gaguejando, James? Torunn te deixa nervoso?

James estava vermelho e olhava com raiva para Francis.

H: Te vejo depois, James.

J: Tchau Maria. Tchau Torunn.

T: Tchau!

Maria deu carona para Francis até em casa e depois seguiu viagem com Torunn. Maria estava analisando alguns documentos da SHIELD e notou que Torunn estava a espiando.

H: O que foi?

T: Nada.

H: Mesmo?

T: Sim.

Torunn olhou para fora do carro.

H: Torunn?

Torunn olhou para Hill.

H: Por que pintou o cabelo de preto?

T: Não quero parecer com ele.

H: Ele? Thor?

Torunn concordou com a cabeça.

H: Você está parecida com a sua mãe com esse cabelo.

T: Eu saberia disso, se ela não tivesse me abandonado.

H: Mas você está linda, Torunn. Sempre foi.

Torunn deu um pequeno sorriso tímido e tornou a olhar a rua.

H: Já pensou aonde quer sua festa de aniversário, esse ano?

T: Não quero festa.

H: Ué, o que você quer?

T: Nada.

H: Olha eu não sei organizar festa surpresa, então se isso é um teste...

T: Eu não quero nada.

H: Não é todo dia que se faz 14 anos. Não quer fazer uma viagem?

T: No meio do período letivo?

H: Ué, falta umas aulinhas.

T: Não quero.

Hill a observou e suspirou. Todo ano é uma luta nos aniversários de Torunn, depois dos 7 anos, ela decidiu que não teria mais festas de aniversário, ela aceitava os presentes, mas se não recebesse, não reclamava.

...

– James!

J: Oi Alyssa.

– Eu tenho uma coisa importante para te falar.

J: O que é?

Perguntou James, enquanto botava seu lanche na bandeja.

A: Não quero falar aqui, você pode em encontrar daqui a 10 minutos atrás da biblioteca?

James estranhou, mas concordou com a cabeça. Alyssa saiu correndo e nem lanchou. James foi chamado para sentar na mesa dos atletas, ele era um ótimo corredor.

– Tá sabendo que vão te pedir em namoro?

J: Quê?

– É, a Alyssa é louca por você, e ela contou pra namorada do Johnny que ia e declarar pra você.

J: E vocês espalharam pra todo mundo?

– A gente não, mas a namorada do Johnny sim.

– Mas e aí? Vai aceitar?

J: Eu não sei, nunca pensei nela desse jeito.

– Ela é linda, James!

J: Eu sei. Bom tenho que ir.

– Vê se dá uns pegas pelo menos, não se prende a ninguém não, James.

James foi até a biblioteca, a contornou e lá estava Alyssa, sentada num banco de madeira embaixo da árvore. James se aproximou e sentou ao lado dela.

A: Você veio mesmo.

J: Claro, eu disse que vinha.

A: James...

Alyssa estava completamente vermelha.

A: Já tem um tempo que queria te dizer isso, desde que você entrou na sala de aula pela primeira vez, eu fiquei completamente apaixonada por você. Eu só tinha 8 anos, mas sempre gostei de você.

J: Alyssa...

Alyssa não deixou James responder, ela se inclinou para James e encostou os lábios nos dele. James ficou espantado e de olhos abertos. Alyssa descolou os lábios dele.

A: Você quer ser meu namorado?

J: Ham...

A: Olha não precisa me responder agora, tá? Pensa com carinho.

Alyssa deu outro selinho em James e saiu correndo.

James ficou ali um tempo, refletindo sobre Alyssa e o beijo e se deveria namorar ela. Ainda mais que ela acabou de tirar a virgindade dos lábios dele.