Viagem ao planeta Terra escrita por neko chan


Capítulo 56
Capítulo 56




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O demônio atacou me fazendo dar um grande salto para trás, minha respiração fica pesada, estava ficando bem mais difícil de respirar, porque minhas narinas estavam congelando. Ele volta a berrar fortemente direcionado a mim, quase não consegui me manter no lugar. Azimonte se levanta e se transforma num dragão e começa a voar por cima do demônio tentando tirar a atenção dele de mim, o que não deu muito certo, ele voltou a tentar me atacar dando um grande soco no chão perto de mim, perto demais, o chão começa a tremer e a borda onde eu me encontrava começa a cair.

Bato as costas no chão mais abaixo, cai quase 1 metro do lugar onde eu estava. Olhando para cima eu pude ver Azimonte sendo puxado pela cauda, tento me levantar para ajuda-lo mas meus músculos não me permitem levantar, a respiração ficava mais forte e eu sentia as lágrimas geladas fazendo uma linha nos meus olhos até meu cabelo, eu continuava olhando para cima sem poder ajudar meu amigo.

— Você tem que levantar. - diz uma voz perto do meu ouvido, me viro para o lado e Tanta estava me encarando deitado

— Tanta.......

— Chefe, você tem que levantar, agora!

— Você.... fala?

— Chefe, eu não vou continuar um filhote para sempre, vamos, tem que se levantar. - ele puxa minha manga para me forçar a levantar

— Eu não posso derrota-lo, eu sei que não...

— Isso não importa, eu sei que você consegue, agora levante!

— Pare com isso, Azimonte estava certo.... eu sou só uma humana

— Ele não está certo, não importa se você é uma humana, um esquilo, ou cão ou uma doninha, eu conheço sua força, Marry, eu passei maior parte da minha vida com você e eu com certeza vou te levar para Taminy, você vai se levantar e nós vamos chutar o traseiro daquela coisa. - eu o olho sorrindo e me levanto com um pouco de dor

— Você é o melhor, Tantalião

Subo nas costas dele e ele começa a subir rapidamente, o demônio estava dando uma grande sequência de golpes em Azimonte, até que o interrompi.

— Ei, carne podre, porque não vem se meter com alguém do seu tamanho? - eu digo sorrindo energeticamente e apontando para mim com o meu dedão

— Acha mesmo que pode me desafiar, humana? Você não passa de uma mosca para mim. - ele fala gritando e juntando suas mãos para bater no chão e fazer um terremoto, mas Tanta voa rapidamente e me leva para cima, eu pulo na parte de trás do pescoço do demônio, o cheiro podre dele ardia nas minhas narinas e olhos

Ele tenta freneticamente me tirar de lá batendo em seu próprio pescoço e se balançando, Tanta chega com minha espada e a joga para mim, eu apego e a cravo bem no pescoço dele, o fazendo parar. "Eu..... consegui?" me pergunto com o coração ainda acelerado pela adrenalina. O demônio faz um movimento rápido e sua cabeça vira para trás, o grande e bizarro rosto dele me encarava de perto e sorrindo, ele ruge me fazendo cair na neve fofa, tenta me pisar, mas eu conseguia rolar para o outro lado, me levanto e fico na frente dele com alguns passos de distância entre nós.

— Você acha mesmo que pode me derrotar? Eu sou o monstro que consegue matar dragões negros, um pequeno daqueles destruiu a cidade da garota que você ama, não foi? Patético, eu estava assistindo, aquela elfa e a vampira foram as que mais duraram, talvez tivessem sobrevivido se eu não estivesse tacando as bolas de fogo. - minha respiração quase para com o choque - Também tinha a garota dentro da casa, ela nem sabia o que estava acontecendo lá fora, tinha apenas 500 anos na época, para um elfo isso não passa de 5 anos, então pode parecer cruel eu ter tentado incendiar a casa, mas o tigre chegou primeiro e a levou. - ele suspira irritado - Talvez eu tente acabar meus assunto com ela quando eu arrancar sua cabeça e levar para ela. - começa a rir freneticamente

Eu o encaro friamente, sinto meu corpo fervilhar com o ódio, imagino varias formas diferente de mata-lo e arrancar seu coração, mas me mantive calma, minhas mãos estavam realmente quentes, olhei para elas e vi uma chama branca entre meus dedos, não me queimava, mas eu sentia o calor delas, o demônio parara de rir para olhar as chamas também, elas começam a se espalhar e agora não estavam apenas nas minhas mãos, mas recobriam meu corpo, até que se dissiparam, via que minhas roupas haviam mudado, agora eu usava um vestido verde que ia até os joelhos, uma armadura por cima dele e botas que longas que ficavam a poucos centímetros abaixo dos joelhos.

O demônio parecia irritado e começou a tentar me atacar, eu desviavam com mais velocidade agora, ele não conseguia me pegar, agora eu conseguia controlar as chamar brancas, comecei a taca-las nele, o que o fazia gritar e sua pele derretia, ele cai morto no chão, praticamente todo derretido. Corro até Azimonte, ele parecia ferido, mas nada tão serio, parecia mais cansado do que machucado.

— Marry.....

— Calma, vai ficar tudo bem

— Eu sei....

O corpo dele começa a brilhar, as partes negras de sua pele começavam  a se descascar e a pele dele agora parecia normal, seu terno, capa e chapéu foram substituídos pela mesma roupa que o demônio usava antes para se disfarçar, só que mais bonitas e brilhantes, varias bolas brilhantes começavam a sair de dentro da minha casa e o envolviam, todos os objetos que eu havia coletado naqueles meses, eles eram as memorias de Azimonte, o leviatã era seu animal de estimação, o lugar onde ele mora tinha varias macieiras de maçã dourada, as fênix que voam por cima do templo deve deixam varias penas.... Ele segue até o templo e começo a o seguir para me aquecer dentro da casa dele.

— Muito obrigado, por me ajudar e por me devolver minhas memorias, você sabe o que vem agora, qual o seu desejo, minha cara elfa?

— Elfa?

Ele pega um espelho encima de uma cômoda, agora o templo estava mobilhado, parecia realmente uma casa, olhei para o espelho, não apenas minhas roupas tinham mudado, minhas orelhas estavam pontudas, meu cabelo castanho estava mais claro e meus olhos estavam cor de jade.

— O que aconteceu?

— Você tem o coração de uma elfa, Marry, seu corpo apenas acompanhou, apesar de ter demorado um pouco. O que quer fazer agora?

— Eu quero ir para Taminy, com minha mãe, Tanta e com você

— Eu já moro em Taminy, mas vou ter que ficar no templo em tempo integral, mas me visite de vez em quando, ficarei feliz em ver minha mais querida amiga

Ele vira para o lado e abre um portal dourado no meio da sala, estala os dedos e escutamos alguém batendo na porta logo depois, caminho até ela para abri-la.

— Marry!

— Mãe....

— O que está acontecendo aqui? Como eu vim para aqui? Por que nossa casa está encima de uma montanha? O que é esse bicho? - ela aponta para Tanta

— Temos tanto para conversar.....

Sentamos no sofá, comecei a explicar para minha mãe tudo o que aconteceu, sobre Taminy, sobre Isabel e sobre tudo o que tive que passar para chegarmos aqui, ela pareceu um pouco em choque quando terminei de falar, mas isso me parecia normal, era muita informação para assimilar.

— Então..... você quer mudar de planeta por causa da sua namorada e quem que vivamos num mundo onde tem dragões voando pela rua e não pombos?

—....... Eu preciso disso, mãe

Ela suspira e joga a cabeça para trás por um tempo.

— Eu acho que uma mudancinha incrivelmente drástica não faz mal....

Eu pulei sobre ela a abraçando e beijando sua bochecha,

— Eu te amo, eu te amo, eu te amo, você é a melhor mãe do universo

— Eu sei, eu sou mãe solteira, tive que fazer o trabalho de dois e ainda assim consigo ser a melhor

Azimonte nos disse para nos apressarmos, atravessamos o portal junto com Tanta e a Azimonte se despedia do outro lado do portal. Saímos num campo, havia um templo de madeira a nossa frente, a porta de correr se abre e Ophis sai do templo, nos observa e vem até nós.

— Parece que você conseguiu, não imaginei que você iria realmente desistir de sua humanidade pela minha filha, mas você deu uma boa elfa. - ela para e encara minha mãe - Essa é?

— Minha mãe

— Tenho certeza que logo encontro um feitiço para torna-la uma elfa, mas acho que não será difícil com uma mulher tão bonita quanto ela. - minha mãe me encara e sussurra para mim

— A mãe da sua namorada está flertando comigo ou isso é normal por aqui?

— Na verdade eu não tenho certeza, parece bastante com o que a Isabel faz

— Bem, obrigada, mas eu gostaria de perguntar onde poderíamos ficar. - minha mãe pergunta para Ophis

— Ora, no meu templo, é claro, você pode morar comigo e sua filha pode ficar com a Isabel

— Não sei se gosto dessa ideia...

— Não se preocupe, eu gostaria na verdade de contrata-la como ajudante, eu sou meio estabanada quando faço feitiços e faço uma bagunça, demora muito para limpar tudo, assim você seria paga, teria uma casa para morar de graça e poderia me ajudar a resolver os problemas diplomáticos do meu reino

— Isso é um cargo de ajudante ou vice-presidente?

Ophis ri e da tapinhas nas costas da minha mãe.

— Eu gostei de você, vamos, entre, podemos passar um tempo conversando, eu sei como viagens por portais são cansativas. - ela fala guiando minha mãe para dentro e se vira para falar comigo - A Isabel está no quintal

As duas entram no templo e eu sigo para a parte de trás da casa, parecia um pequeno campo de treinamento, Isabel em sua forma élfica treinava, suas chamas douradas em suas mãos brilhavam como estrelas e ela desviava graciosamente das flechas atiradas por um tipo de maquina, ela parecia dançar por entre a chuva de flechas e saia sem um arranhão. Aquela garota que mudou minha vida, por quem me arrisquei diversas vezes e quase morri na maioria delas, aquela que me tirou dos meus dias monótonos e dormiu comigo em tantas noite agora estava ali a minha frente, não haviam mais desafios, não haviam mais missões e nem barreiras para me impedir de abraça-la e beija-la, dou um passo a frente e logo sinto meu coração acelerar.

— Isabel... - eu digo fracamente enquanto ela vira bruscamente para trás e me observa, as flechas da maquina acabam e ficamos no silêncio

— M-marry...... - seus olhos se enchem de lágrimas - Você ficou tão bonita. - ela ri

Eu corro para abraça-la e ela me aperta forte, sinto o cheiro doce dela, não quero deixar esse abraço nunca mais.

— Eu senti tanto a sua falta. - digo

— Você nem imagina o quanto eu me segurei para não abrir outro portal instável

— Nunca mais faça isso, você podia ter morrido, sua idiota

— Eu não preciso mais faze-los, eu tenho você aqui comigo

Ela se afasta um pouco e me observa com um sorriso.

— Vem, vou te apresentar sua nova casa. - ela começa a caminhar e eu a acompanho junto com Tanta

Tivemos que descer metade da montanha, mas ela parecia acostumada com isso, então sequer parecia cansada, destrancou a porta e me deixou entrar, Tanta logo fez amizade com Cheshire e o Barão Westich, que estavam deitados no sofá.

— Os quartos ficam por aqui. - ela diz abrindo a porta

Entrei no quarto, era bem grande e tinha uma cama de casa, mas do lado parecia haver outro quarto, o qual ela provavelmente não me deixaria usar, por querer dormir comigo. Ela me vira e me beija suavemente, o gosto dos lábios dela me envolviam, põe as mãos por dentro do meu vestido e esfrega minhas pernas, Isabel se senta na cama ainda me beijando e me faz ficar sentada em seu colo de frente para ela, começa a tirar minha armadura e me deixa apenas com o vestido e as roupas de baixo por um tempo, mas logo começa a desfazer as amarras da parte da frente e tirar meu sutiã deixando meu busto amostra.

— Eu acabei de chegar, não pode me dar um tempo antes de fazermos isso?

— Ficamos 2 semanas sem fazer isso

— Mas ainda tempos coisas a resolver, nem mesmo outras roupas eu tenho

— Me dá só 3 horinhas. - ela faz uma cara de tristeza forçada

— Você é o que? Um coelho?

— Eu posso ser sua coelhinha

— Só 10 minutos

— 2 horas

— 30 minutos

— 1 hora e meia

— Ok, ok, mas depois vamos resolver o problema das roupas

— Já que vamos comprar novas eu posso rasgar essa sua

— Não!

Ela ri e volta a me beijar, tira minhas roupas e as dela, sentia saudade dos toque dela, apesar dela gostar bastante de fazer isso ela tinha um toque delicado, não gostava de fazer as coisas rápido, era a melhor sensação do mundo e ela não precisava se segurar como nas outras vezes, estávamos sozinhas agora e a casa era afastada, ela estava usando essa oportunidade para fazer o barulho que quisesse fazer, e também ME fazer ser um pouco barulhenta. O tempo dela acabara e estávamos abraçadas na cama.

— Podemos ficar aqui um pouquinho mais? Prometo não fazer nada, só quero ficar aqui com você

— Tudo bem, mas não podemos demorar muito. - a abraço mais forte

— Eu te amo, Marry

Eu amava ouvir essas palavras dela, conseguia me lembrar da primeira vez que ela me disse isso, foi na casa de Morfus, quando eu soube do passado dela, de toda a dor que ela tinha passado, eu sentia dor no coração só de pensar no que essa maravilhosa garota que está a minha frente tinha passado, mas estava tudo bem agora, ela estava aqui comigo, eu não vou deixa-la sozinha e sei que ela fará o mesmo por mim.

— Eu também te amo, Isabel, ou Layla, como prefere?

— Você ama as duas, não importa como se chama, elas sabem como te deixar com tesão. - ela beija minha bochecha

— Elas sabem como fazer eu me sentir maravilhosa

— Você já é...

Eu me perguntava como seria daqui para frente, se teríamos que lutar contra monstros e passar por outras situações de risco, talvez a resposta seja sim, mas quem se importa? Eu posso dizer que será fantástico apenas por eu estar aqui.


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