In Case escrita por Lydia


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Tem alguém aqui? O/o
Perdoem minha demora e não desisatam de mim :)

Guys, tenho que confessar que tinha desistido da fanfic. Os comentários estão pouquíssimos e me desanimou. Maaaaaas parei e percebi que comecei essa história por um só motivo: minha paixão em escrever. E vai ser por ela - e pelas pessoas que acompanham - que continuarei.
Obrigada a quem comentou e favoritou. e meu MUITO OBRIGADA A Vittoria Brasil pela linda recomendação. Amei amor ♥ Dedico esse capítulo a você!
Enfim, boa leitura.



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In Case — Capítulo 21

Mais uma vez.

Ele gritou mais uma vez.

— Eu não vou dizer nada a Violetta — sua voz tinha ultrapassado alguns oitavos. — Nada. Entendeu?

— Mas cara, vo... — O dono das madeixas escuras foi interrompido.

— Chega Diego! Isso não esta em discussão aqui.

Percebendo a irritação do amigo, Diego apenas suspirou em derrota. Levantou do pequeno sofá de seu apartamento e foi até o balcão da cozinha, enchendo um copo com o caro uísque francês que ganhou de presente do seu pai.

— Não vou discutir. Sabe que é o certo. — Insistiu numa ultima tentativa.

— Talvez. — Deu de ombros. — Mas não posso arriscar tudo contando a minha namorada que vou encontrar a minha ex.

— Ela vai entender.

Léon riu.

— Não vai não. Ah, não vai mesmo. — Riu amargamente, jogando a cabeça para trás. — Violetta a odeia. Mesmo não a conhecendo ou sem saber de tudo o que aquela cobra fez, ela a odeia.

— Mais um motivo para não mentir. — Fez uma careta quando a bebida passou pela sua garganta.

Gritando abafadamente nas mãos, o moreno levantou-se num pulo. Pegou o copo da mão do amigo e engoliu tudo em segundos. Diego murmurou uma series de palavrões antes de pegar uma lata de cerveja na geladeira.

Não era um bom dia para uísques caros.

— Estou prestes a me casar com uma garota que eu gosto. Gosto muito de verdade. E de quebra irei conseguir o comando da empresa que disputei toda minha vida com o Isaac. — disse melancolicamente, enquanto tentava encaixar sua mente no lugar. — Finalmente eu sinto que posso ser feliz, depois de tanto tempo. — Olhou para o amigo que tinha suavizado o olhar severo. — E o mais importante é que a Violetta está feliz. E eu não posso estragar isso.

Concordando com a cabeça, Diego deu dois passos a frente analisando León.

— Realmente acha que vale a pena mentir para sua noiva pra resolver seus problemas sozinhos? — indagou seriamente.

Mordendo os lábios, Vargas passou a mão na cabeça, indeciso e confuso.

— Tem que valer.

OoooOoooO

14:53

Aqueles minutos pareciam uma eternidade. O que Léon mais queria era acabar logo com isso. Dizer a Lara para deixa-lo em paz, se precisar dar um bom dinheiro a ela – se isso significasse nunca mais procura-lo – e poder, finalmente, deixar essa história para traz e concentrar-se somente no que importa.

Violetta.

Era estranho que esse nome, e a pessoa que o carrega, fosse se tornar tão importante para ele.

Deveria ser apenas um contrato. Um casamento rápido e preciso. Ela saia com muita grana na mão e ele com isso e mais outras coisas. Porém, isso não parece ser mais o plano oficial.

Contudo, mesmo se apaixonando totalmente pela linda garota com nome de flor, ele sabia que não iria dar certo. Nunca dá, na verdade. O amor não é pra ele, e mesmo que tente se convencer do contrario ou que tenha acreditado nele por um tempo, agora veio a prova de que não é pra ser.

Lara Baroni é e sempre será o seu carma. Ela acabou com sua vida e com tudo de bom que tinha, e Vargas jurou a si mesmo que isso não aconteceria com sua Violetta.

O barulho da porta sendo destravada o fez acordar de seus pensamentos e olhar em direção ao barulho. Não se assustou pois sabia quem era.

— Olá garoto — com um sorriso genuíno ela o saudou.

— Olá garota — imitou seu gesto, beijando-a levemente quando a mesma se aproximou e abaixou a cabeça em sua direção. — Não sabia que viria — disse nervosamente, mas sem deixar transparecer.

Droga. Mil vezes droga. 

— É, bom, como você anda muito ocupado pra ir até mim ultimamente, decidir vim até você — disse dando-lhe uma piscadela.

León sorriu. Ela era perfeita e ele não queria deixa-la ir embora. Seu desejo era ficar trancado para sempre com ela em um quarto onde somente existia os dois e ninguém mais. Porém, era um desejo insano.

— Me desculpe por isso — pediu, enquanto passava a mão no rosto.

Sua namorada apenas se virou e acenou positivamente, como se não importasse. Como se estivesse tudo bem. Mas não estava.

— Eu estava pensando... — devagar Violetta sentou no colo do namorado, passando os braços envolta de seus ombros. — Por que não ficamos aqui essa noite? Tenho muita saudade para matar — Deu um sorriso travesso.

— Mesmo? — indagou, com o mesmo sorriso, enquanto beijava seus ombros descobertos.

— Mesmo — concordou.

Violetta procurou sua boca para um beijo ávido do qual ele nem se quer hesitou em corresponder. Passou seus braços grandes e musculosos em volta do pequeno corpo e a trouxe para mais perto, sentindo toda paixão dentro de si arder por ela.

Em horas assim era fácil de imaginar suas vidas daqui pra frente, sem complicações ou problemas. Contudo, ele sabia que não era simples assim. Ele tinha bagagem demais e não queria que ela suportasse isso também.

— Veja, eu preciso dar uma saída. — Sussurrou contra seus lábios. — Mas não demoro.

— Aonde vai? — Perguntou curiosa.

León apertou os olhos, sentindo o peso da mentira pesar mais.

Deus!

— Vou ajudar o Diego com a sua moto — disse rápido, torcendo para não ser pego.

— Oh sim, certo... Então vou cozinhar algo pra gente — selou seus lábios brevemente.

Ele apenas sorriu brevemente. Pegou suas chaves e saiu.

Quando sentiu o vento soprando seu rosto, soltou um suspiro de alivio e pesar. Era difícil de imaginar a ultima vez que se sentiu tão culpado por estar mentindo para uma garota. Já fez isso tantas vezes... Por que somente agora tinha que ser tão complicado?

Porque você se importa com ela — a vozinha irritante em sua mente o lembrou.

Toda essa complicação o fazia se lembrar de que esse deveria ser um relacionamento falso. Totalmente de interesses. Mas era impossível não se apegar a linda garota de olhos castanhos e alma delicada.

Violetta Castilho era notável.

E sua maior ruína foi quando seu coração a notou antes mesmo de seus olhos.

Quando chegou ao pequeno restaurante na beira da estrada, o moreno logo avistou a garota de cabelos longos e escuros sentada na mesa ao ar livre do ambiente. Conseguia ouvir seus xingamentos ao garçom a dez metros de distancia.

Sem dizer nada ele se sentou na mesa, pedindo desculpas com o olhar para o garçom, que se retirou envergonhado.

— Educação nunca foi forte. — Comentou ele.

— Porque tenho outros talentos — sorriu esnobe. — Como é bom ver você, León — sua voz ficou mais serena. Falsa, ele pensou.

— Uma pena não poder dizer o mesmo, Lara — sorriu com desdém. A moça desmanchou sua pose, surpresa com a hostilidade do rapaz.

— Caramba — murmurou. — O tempo não o fez mais gentil.

Suspirando pesadamente, ele passou as mãos no cabelo e a olhou diretamente nos olhos para não deixar duvida do seu descontentamento em estar ali. Com ela.

— Você está me atormentando durante dias e ainda quer que eu seja gentil? — indagou.

— Precisava ver você.

— Por que? — perguntou devagar.

Ela mordeu os lábios inferiores e desviou o olhar por um instante.

— Eu preciso de dinheiro — disse de uma só vez.

Arregalando os olhos em surpresa com a audácia dela, León riu alto, deixando-a irritada.

— Estou falando serio! A coisa ficou feia pra mim depois que nos separamos — continuou, ignorando seu riso irônico. — Tentei seguir em frente, mas não consegui. Minha mãe está...

— Doente, morrendo... É, eu sei. Ouvi essa mesma ladainha há alguns anos atrás, lembra? — Ergueu as sobrancelhas em sarcasmo.

Lara bufou irritadiça, bebendo um gole de água do copo e suas mãos e o encarado seriamente.

— É diferente agora — garantiu. — Fiquei mal quando nos separamos. Eu me entreguei a tudo quanto é coisa ruim e abandonei tudo...

Ele a interrompeu.

— Isso não é problema meu, Lara — respondeu-a firme. — Eu só quero... Não, não, eu imploro que você me deixe em paz — levou o rosto mais pra frente, sem desviar o olhar do seu. — Você desgraçou a minha vida no passado, deixou feridas em mim que não consigo nem descrever... E agora acha que é só voltar e pedir meu dinheiro que vou esquecer tudo? Está achando que eu sou idiota? — Subiu a voz entre dentes.

Sem deixar se afetar pelas palavras duras dele, Lara levou a mão até seu rosto e o acariciou com intimidade.

— Não imagina o quanto me arrependo de ter te deixado — murmurou com voz adocicada.

— Se toca, mulher! Eu deixei você. Tive que te pegar com outro na cama para ver a verdade sobre você que devia ter percebido muito tempo antes — sua voz elevou alguns oitavo, enquanto mantinha distancia da figura feminina a sua frente.

— Que verdade?

— Que você é uma vadia manipuladora. — Sua voz saiu com desprezo notável.

Com os olhos arregalados em descrença, Lara levantou-se num pulo, cheia de raiva.

— Quem você pensa que é pra me chamar de vadia? Filho da puta! — Sem se importar com os outros ao redor, ela gritou. — Se você me desse o que eu precisava nunca precisaria ter que procurar outro.

— Eu te dei tudo, Lara — ele também gritou a todo pulmão. — Eu era um cego apaixonado. Te dava o que quisesse, desde atenção até dinheiro. Sustentava toda a sua família e tudo o que você me deu em troca foi uma fama de corno.

— Eu... eu era só uma adolescente confusa e...

— Não me interessa mais — abaixou a voz, mas ainda havia raiva em seus olhos. — Eu superei você — afirmou.

— León... — chamou-o em suplica.

O moreno pegou seu capacete e saiu, parando ao seu lado e olhando-a com desprezo.

— Para de me ligar, de me mandar mensagens ou de aparecer nos lugares onde estou. Você já ferrou com a minha vida o suficiente, então me deixa seguir com o resto dela em paz — pediu.

Dentro de si, sua mente implorava para que ela apenas concordasse e ele pudesse ir em frente sem medo ou insegurança. Quem sabe até se entregar de cabeça no amor de novo.

Mas tudo o que Lara fez foi ficar as unhas no seu braço, olha-lo com raiva e sussurrar ameaçadoramente:

— Não pense que vai me humilhar assim e está tudo certo. Acha que ferrei com a sua vida antes? Então pense no que eu posso fazer agora se não me der o que eu quero.

— E o que você quer? — perguntou não acreditando naquelas palavras.

— Quero você — sorriu. — Quero ser sua esposa e ter a vida que me prometeu no passado.

Puxando o braço de seu toque, o rapaz fuzilou-a com o olhar.

— Vou te dizer uma coisa que eu aprendi há algum tempo e que você já deveria ter percebido — disse devagar, roubando a atenção dela para si. Levou o rosto para bem próximo do feminino e surrou perto do seu ouvido. — Todo mundo mente. E essa promessa que eu fiz pra você assim como as que você fez a mim não passa de uma mentira.

Saiu deixando uma víbora estática e raivosa para trás.

Ele sabia que tinha iniciado uma guerra contra ela. E, por hora, havia vencido a primeira batalha.


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Notas finais do capítulo

Vishhhh agora o trem vai pegar fogo.
Dia 05 tem mais um capítulo. Prometo não dar cano em vocês KKKKKK

Xoxo, Lydia ♥