As Três Flechas - Interativa escrita por eMeoonbird


Capítulo 6
Ato 6


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é meio rápidinho (afinal ele tem quase 2k de palavra, então curto não é), hehe, porque eu taquei um monte de informação que vocês, meus caros leitores esfomeados, estavam querendo.
Finalmente um capítulo em que o plot anda, né Mello?
Entonce gente, não prometo nada, mas é aquele lance - posso passar um tempão, vulgo meses, sem atualizar 3F e até me distanciar um pouco do processo da fic, mas ela é meu shodózinho e irei terminar ela nem que seja na base de ferrar com a fic inteira apenas pra clicar no concluído uwu... Bora torcer para eu não chegar nesse extremo.
Enfim, feliz ano novo, espero que gostem do capítulo "da virada", e vamos ver o que 2019 nos espera ♥



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— Já estava achando que ia ficar por lá mesmo — Dario resmungou, cortando o silêncio ansioso que havia-se instalado no cômodo desde que o empousa se sentou na cadeira, a impaciência lhe forçando a iniciar uma conversa.

No entanto, Drew ignorou o moreno ao analisar os dois campistas à sua frente. Louis havia tentado fingir que estava calmo e descontraído ao colocar os pés em cima da mesa, apesar do livro estar a pouco centímetros de suas botas, o olhar totalmente focado no diretor do acampamento desde que ele passara pela porta.

Já Mack exibia um sorriso nervoso no rosto, os olhos levemente desfocados, como se vários pensamentos estivessem cruzando sua mente naquele momento, um pior que o outro enquanto suas mãos estavam fechadas num punho firme na madeira.

— Crianças ansiosas… — murmurou o monstro quando desviou o olhar para o livro de capa dura que estava sob a mesa.

Dario franziu as sobrancelhas por não ter entendido muito bem o que havia sido dito pelo empousa, porém não teve tempo de pedir para o outro repetir.

— O encontro com os olimpianos foi bem… interessante, em minha opinião — o diretor comentou, olhando para o teto, a voz e o rosto mantendo-se impassível como sempre. Aquela frase tirou Mack do seu mundinho mental, o fazendo prestar atenção no que Drew falava. — Eles definitivamente não lembram de nós.

— Achei que você não gostava de constatar o óbvio — Louis disse com tédio que contradizia o foco que seu olhar mantinha no ser a sua frente.

O monstro olhou para o líder atual do acampamento com uma ponta de irritação.

— E eu achei que você me conhecesse — por mais que seu tom não soasse como um, o empousa retrucou. — A forma como eles não se recordam de nós é estranha pelo simples fato de que eles são Deuses.

— E Deuses não se esquecem — complementou Dario, como um aluno respondendo uma questão do professor. — Pelo menos não como os mortais.

— Está querendo dizer que a memória deles foi mexida? — Mack questionou enquanto mentalmente ele também se perguntava se aquilo era possível.

— Talvez.

Um sorrisinho nasceu em um dos cantos dos lábios de Louis e imediatamente Drew sabia que ele estava gostando do rumo em que a conversa andava. O líder atual era uma pessoa complicada de lidar, na visão do diretor, mas ao mesmo tempo era a mais parecida consigo mesmo do que qualquer uma de suas irmãs.

Dario assentiu, com certeza criando teorias e possibilidades em sua mente sobre a incerteza de Drew e, enquanto Mack mordia os lábios com um pouco de pressão, o filho de Atena perguntou:

— O que o fez pensar nisso?

— Um dos Deuses se lembrava de mim por causa de uma punição que fiz há um tempo atrás — o diretor comentou enquanto cruzava os dedos sobre a mesa onde seus braços estavam apoiados. — Foi bem antes do seu tempo, Mack.

O antigo líder pareceu se envergonhar por um momento do que seja lá que ele tivesse pensado ou fosse dizer e finalizou qualquer tipo de questionamento mental com um suspiro.

— O que mais dessa reuniãozinha com nossos parentes você nos trouxe de interessante? — Louis perguntou, os dedos batucando superficialmente na madeira, com um leve sinal de sarcasmo no jeito em que havia falado.

Drew hesitou, no entanto resolveu deixar a informação que guardava para finalizar a conversa.

— Os Deuses também parecem ter uma noção do que podem ser os objetos falados na profecia… — o empousa falou, com uma pontinha de preguiça que deu a impressão de que ele estava tentando lembrar-se daquilo. Sua mão foi até o livro, o tocando e puxando-o para mais perto de si enquanto o líder retirava os pés de cima da mesa.

Sob o olhar atento dos três semideuses a sua frente, o diretor do acampamento abriu o livro.

Como se uma aurai estivesse o folheando, as páginas se moveram até o meio. Uma fumaça esverdeada quase invisível ao olho nu surgiu no cômodo, rodeando os campistas e o monstro como uma cobra pega a presa, indo na direção do livro.

Assim que a névoa verde tocou a folha, uma tinta preta surgiu no papel amarelado, começando a formar imagens e traços de palavras em grego antigo.

A primeira imagem a ser completada foi a de uma mulher que usava uma túnica branca, que olhava com ressentimento para o que parecia um lago, seu pé esquerdo não estando na figura.

Logo após, mais ao centro, três flechas bem desenhas com um forte tom de preto estavam apresentadas. Elas passavam pela costura que existia no meio do livro e pareciam levemente distorcidas por causa disso, no entanto, esse fato não tirou a sensação de calafrios que a imagem deixou nos semideuses.

A última figura era a mais detalhada e ainda sim, difícil de entender. A única coisa que dava para se dizer dela, além do fato que ela ocupava quase a folha toda, era que a imagem mostrava um exército muito bem armado que usava uma armadura que além de proteger as possíveis pessoas que a usavam, também escondia suas identidades.

Em seguida, veio a voz. Uma calma, furtiva e linda voz, que num tom sem nenhum sentimentos, recitou:

A escuridão deve ser impedida antes que a cerimônia aconteça,
As três flechas retornarão ao caos se assim o arqueiro decidir,
A memória acorrentada ao ser libertada ajudará a ruína dos Olimpianos,
Os acampamentos não vão ter paz quando a guerra começar,
E juntos devem eles evitar o reinício do mundo.

 

 Cada palavra dita pela mágica e estranha voz ia sendo escrita no livro, por cima das imagens, de um jeito bizarro que dava para lê-las ali no papel.

Ainda com aquele sentimento sufocante no peito, a voz lhes deixou em silêncio da mesma forma que chegara, furtivamente e, sem os semideuses ou até mesmo o diretor perceberem, a fumaça esverdeada os deixou – quebrando a mágica do momento que existia há poucos segundos atrás.

O silêncio confuso instalado no local foi cortado com o baque que o livro fez ao ser fechado, fazendo os três mortais voltarem a realidade.

— Eles te contaram? — Dario foi o primeiro a falar, mesmo que ainda estivesse juntando as informações que tinha naquele pequeno quebra-cabeças que existia em sua mente.

— Não — Drew respondeu, se recostando na cadeira. Pelo leve brilho que seu olhar castanho estava emitindo, com certeza estava meio irritado com aquilo. — Eles só ficaram olhando pro nada e depois me perguntavam sobre outros detalhes da profecia.

Os semideuses assentiram e novamente o silêncio estava reinando no cômodo.

O empousa deixou eles pensarem um pouco, ou ao menos guardar as informações em seus cérebros confusos, enquanto tentava se manter concentrado no que estava fazendo.

O diretor do acampamento sentia-se esgotado, seus olhos pesavam por conta do cansaço e, por mais que não fosse muito chegado, ele sabia que teria de ir dormir.

Acampamentos? — a voz de Louis tinha um bom ênfase de sarcasmo ao falar apenas aquela palavra que havia lhe causado uma leve irritação. Sua sobrancelha arqueada deixava implícito a pergunta que não iria se dignar a fazer.

Tanto Mack quanto Dario se voltaram para Drew com confusão no olhar. Com um suspiro cansado, o monstro disse:

— Sim, acampamentos — Os três mortais não pareceram tão felizes assim a confirmação dele, apesar de dois semideuses também estarem meio curiosos sobre.

— Então tem mais um? — O líder atual comentou com um pouco de descaso, mais para confirmar do que por interesse.

— Na verdade são dois — Drew informou, dando de ombros. — Um romano e um grego.

Os campistas assentiram, e, aproveitando que este já era o tópico mesmo, o diretor soltou:

— E são deles que vem ajuda.

— Como? — Louis questionou, não confiando nem um pouco no que havia ouvido. Tanto Mack como Dario pareciam compartilhar da mesma incredulidade que ele.

— Os Deuses resolveram mandar ajuda, já que, segundo eles, nós não temos experiência o suficiente para lidar com o que quer que a profecia nos traga — O empousa retrucou, sentindo uma pontinha de raiva se instalar em si, o que fazia seus olhos emitir um brilho levemente peculiar.

— E você simplesmente aceitou? — o deboche do líder era visível assim como desagrado dele com a notícia.

— Óbvio que não — resmungou Drew, seu olhar levemente mortal direcionado ao outro loiro. — Falei que não era necessário, mas quem disse que eles me ouviram?

Louis suspirou, completamente irritado, os braços cruzados sob o peito. Com certeza preferia que os Deuses tivessem ignorado eles como sempre do que tivessem feito aquela audácia de enviar ajuda.

A reação dos outros dois também não foi tão animada – Dario estava limpando a lente dos óculos na blusa amassada que vestia, a força que usava para passar o tecido mostrava o quanto aquilo havia deixado ele nervoso.

Já Mack estava um pouco difícil de dizer, uma vez que estava com a testa sobre a mesa, os olhos fechados. Suas mãos seguravam o próprio cabelo castanho entre os dedos de uma forma que ficava complicado dizer se era uma massagem ou um puxão de raiva.

Drew estava já havia se levantado para ir para seu quarto quando, novamente, a voz de Louis quebrou o silêncio:

— Fodam-se eles — ele disse, com uma calma levemente preocupante. — Só faço as coisas de um jeito, e é do meu.

Drew sentiu uma mistura de orgulho com um pouco de receio se instalar dentro de si pelo que poderia acontecer a partir daquele ponto.

Ele sabia que Louis não iria aceitar aquilo facilmente, e também tinha plena noção que o acampamento inteiro iria seguir aquele semideus estranho.

De alguma forma, aquelas palavras ignorantes conseguiram recuperar o bom humor dos outros dois campistas que estavam no cômodo, de forma que eles começaram a discutir sobre o que deveriam fazer enquanto o empousa saía porta a fora.


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Notas finais do capítulo

As duas emoções de Andrew: tédio e raiva... E assim também segue o Louis, lol, com a diferença de que o líder é cheio de sarcasmo e ironiazinhas, e não aceita que os outros subestimem ele.
Eu amo meus filhos, hue.
Now, o de sempre: qualquer erro, me avisem que irei corrigir o mais rápido possível; qualquer crítica construtiva é aceita de bom grado.
Quero saber a opinião de vocês, e o que vocês acham que vai rolar, além de muita treta... e quem vocês acham que vão vir pro Acampamento Divino? Alguma suspeita?
Então obrigada a quem leu até aqui, bom 2019 pra vocês e pra mim, e vida que segue uwu



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