– Onde vamos dormir? – Christian perguntou, voltando-se a Catherine.

– Bem, tenho dois quartos vagos além do meu. Na sala, os sofás e poltronas viram camas de casal e solteiro. – Catherine olhou com um olhar malicioso para Warrick. – Eu e Warrick dormiremos no meu quarto. Acho que Gil, na atual situação também deveria dormir em um dos quartos, as camas são mais confortáveis que os sofás.

– Não é necessário. – Gil olhou para Catherine. – Posso dormir na sala sem problema algum.

– Não Gil! - Wendy disse com autoridade, intrometendo-se na conversa. – Você e Sar podem dormir no quarto. – Fitei Wendy incrédula do que ela havia dito, mal podia acreditar em tamanho desaforo.

– Que indireta foi essa?

– Não foi indireta Sar. – Morgan também intrometeu-se. – Foi bem direta. E falando nisso, acho que a Wendy podia ficar no outro quarto, trancada para não acordar bêbada amanhã.

– Eu? – Wendy falou ironicamente, como se ninguém soubesse que ela poderia acabar com o estoque de bebida em apenas poucas horas.

– Calma pessoal. – Catherine intrometeu-se. Apesar de ser a mais estabanada, sempre conseguia organizar o grupo da melhor forma. – Warrick e eu dormiremos no meu quarto, Gil e Sar e Morgan e Greg, também dormiram em quartos. Wendy dorme no sofá maior, Chris, no sofá menor, e Manuel em uma das poltronas. – Depois ela fitou Gil, Morgan, Greg e a mim. – E casaizinhos, lembre-se que esta é uma casa de respeito e não um motel. – Piscou.

Por fim, acabei dormindo mesmo no quarto com Gil. Sedemos o quarto com cama de casal para Morgan e Greg, e acabamos dividindo uma cama de solteiro. Minha esperança ainda era ser expulsa para sala e dormir em uma das poltronas que sobrava.

Grissom não tinha a mesma opinião, e preferiu minha companhia mesmo que machucado e em uma cama apertada. Era a primeira vez que passaríamos uma noite inteira juntos, dormimos abraçados. Sentia-me tão segura em seu abraço que por um momento pensei em quão tola fui de pensar em não dormir com ele.

Percebi aquela noite que nunca ficaria no controle da situação. Amar ele era o melhor sentimento que cabia em mim, e além de amar Gilbert Grissom, eu amava amá-lo.

Durante aquela noite não transamos, nem fizemos menção a isto. Nossos carinhos não passaram de beijos, toques, e algumas palavras trocadas. Acordei algumas vezes com ele fazendo carinho em minha cabeça, ele mal dormiu. Passou boa parte da noite acarinhando-me. Talvez não sentisse sono por conta do machucado, deveria estar doendo. Preferia pensar que ele o fazia por estar me amando. Não custava iludir-me um pouco.