Ele olhou-me como se pedisse, ou melhor, implorasse para que o fizesse logo. E com a mesma expressão de antes levei minha língua até sua virilha lambendo-a lentamente, seguida de uma leve mordida no mesmo local. Ele se mostrou ansioso, queria logo que o engolisse por inteiro. Eu estava paciente, pronta para enlouquecê-lo.

Fiz o mesmo movimento do outro lado, com a língua seguida da mordida. E quando ele levantou a cabeça tentando conter os gemidos baixos que soltava, lhe passei a língua na ponta de seu membro.

Gil estremeceu.

Não podia gemer. Queria gritar. Manteve-se calado, de punhos cerrados. Dei-lhe um beijo ali mesmo. E então olhei para cima.

– Está gostoso? – Tinha um tom sarcástico na minha voz, era uma pergunta retórica. Seu próprio corpo respondia-me. Porém continuei esperando uma resposta dele.

– Muito. – Ele disse em meio a um suspiro. Quase não entendi o que falava.

Foi então que finalmente lhe cumpri seu desejo. Abocanhei-o, deixei que minha língua o acaricia-se. Cada movimento que fazia com a boca o fazia mais rígido. Ele não conseguia mais aguentar.

– Deixe-me meter em você. – Aquelas palavras não pareciam ter vindo de Gil. Sempre tão gentil e medindo suas palavras, quase não falava de sexo. Foram rudes e cafajestes. De algum modo estranho, gostei.

– Não! – Disse soltando-o por alguns minutos. Voltei a chupá-lo com vontade.

Foi quando ouvimos barulhos vindo da sala.

– Onde estão Sar e Gil? – Era a voz de Wendy. Praticamente cuspi o membro de Gil. O que estava fazendo? Onde estava fazendo? Me senti como louca.

– Não sei. – Esta era a voz de Manuel.

No banheiro olhei para Gil. Ele também parecia estático.

– E agora? – Sussurrei para ele.

– Deixe nos procurarem. – Ele fitou-me maliciosamente.

Voltei a chupá-lo, com movimentos fortes, ele ainda estava rígido. Aquele momento tenso não deixou nenhum pouco menos excitado. E na verdade quando começaram a gritar por nós, e a nos procurar pela casa, aquilo nos soou tão divertido que parecíamos ainda mais excitados.

Quando Gil chegou ao ápice ainda estava dentro de minha boca. Senti seu gosto. Ele era delicioso. Grissom inteiro era delicioso.

Mal havíamos nos recompondo. Quando alguém gritou:

– Eles estão no banheiro!

Não reconheci a voz, estávamos tão preocupados naquele momento com o prazer que sentimos em compartilhar aquele momento, que não consegui nem discernir quem falava.

Logo todos estavam na porta do banheiro, batendo a porta, incomodando. Gil já estava aprendendo a vestir-se rapidamente.

– E agora? – Disse com um tom apavorado enquanto limpava meu rosto.

Gil estava pensativo, e fez uma cara de que havia alguma ideia.

– Tenho um plano!