E se eu ficar? escrita por Day Real


Capítulo 28
Nunca mais me deixe.


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, que bom estar de volta. Reviver, restaurar, reavivar... Enfim, uma nova vida!

A fic estava em hiatus. Vamos matar a saudade?

Tenha uma ótima leitura e espero que aproveite!



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O que dizer da saudade quando se aflora com ímpeto de fazer o nossos corações doerem, bombear mais sangue e explodirem em adrenalina, ao bater mais forte todas as vezes que lembramos de alguém muito especial em que sentimos falta. É verdade, sentir falta de alguém demostra que nos importamos com tamanha intensidade sobre um sentimento já enraizado em nossa alma e, que, a queremos o mais breve possível ao nosso lado.
Concordo que, para se gostar ou amar alguém, exige um grande cuidado ao que se deposita e dispõe ao coração. Deles sabemos que procede as saídas da vida, mas se ele é enganoso... Poderemos sempre contar com ele, parcialmente falando, em qualquer situação e em dar as "saídas"? Já de antemão, neste orgão tão precioso há uma via de mão dupla, se pensarmos assim. Obterá soluções ou confusões. O importante será viver! Você poderá escolher quem quer que entre ou saia dele. Autonomia terá eternamente sobre isso. O desapegar de certos sentimentos frustrados que é a experiência e exatidão que poucos conseguem durante toda a vida.

Por falar em saudades, Mike está radiante em felicidade por finalmente estar em NY. Novamente na cidade em que tanto adora, o ex-sargento poderá viver e estar com quem tanto ama. É bem verdade que ele não veio sozinho. Annelyn, sua adorável mãe, estava na maior metrópole do mundo junto de sua companhia e pretende fixar moradia ao tentar achar cuidados especiais de saúde, seguindo de um bom neurologista. O intuito é retardar o seu câncer para que viva por muito mais tempo de ver seus futuros netos. Mike quer mantê-la por perto e aproveitar a cada segundo. O tempo em que ficou separado dela ao tentar uma carreira na polícia, andando sempre na sombra de seu pai e em períodos de guerras servidas no Afeganistão, sugaram quase todos os seus momentos e oportunidades a ponto de quase não chegar a vê-la com vida.
Olivia não sabia o que a aguardava. A tenente estava em clima de tranquilidade, largos sorrisos e sentindo que algo bom aconteceria, em breve. Ela, por sua vez, está em seu quase terceiro mês de gravidez, sente o quão é valioso carregar seus gêmeos preciosos. Noah anda dando seus passos por todos os cômodos do imóvel. Agora, que aprendeu a andar e tenta expressar algumas palavrinhas, o pequeno não quer saber de outra coisa a não ser andar atrás de Olivia e acompanha-la aonde for agarrando-lhe pelas pernas e a chamando alegremente por "mamá". Além de esperto, ele é o verdadeiro protetor e segurança da mamãe enquanto Mike não poderia estar por perto.

Em Chicago, as investigações na casa de Ryan sobre um possível vestígio de algo em que incriminem Comandante Fischer e William Dodds, estavam a todo vapor. Erin e sua turma não paravam se quer um minuto junto da perícia pela busca implacável por algo valioso e que lhe ajudaria, na casa do falecido. Enquanto o incansável trabalho continuava, Voight estava arrumando sua mesa e guardando todos os seus pertences para o seu possível "adeus", na Unidade de Inteligência. Era comovente como vagarosamente juntava seus objetos ao lembrar de cada momento marcante em que passou no local. Sobre muito sentimentalismo e lágrimas explícitas, o sargento avistava o misterioso Comandante Fischer vindo em sua sala para o protocolo de despedidas. Voight não o olhava muito, procurava manter toda a sua atenção no que se encontrava fazendo.

— Bom dia, Voight. Vejo que esta bem decidido ao que escolheu para o resto da vida... - diz sem muito alarde. Pega uma cadeira avulsa que está em frente a mesa e que é destinada a "visitas" e mantém o semblante sério ao ver que Voight continua lhe ignorando, arrumando suas pertences. - Não precisa ser tão dramático, Voight. Você sairá com sua aposentadoria bem recheada... - o provoca, meio incomodado com o silêncio do sargento.

Voight parou por alguns segundos de fazer o que estava desenvolvendo. Continuou com a palma de suas mãos apoiadas aos beirais da caixa como se fosse locomove-la a algum lugar novo. Olhava fixamente ao que estava dentro dela, mas, em especial, para o pequeno bilhete embrulhado que Olivia haveria lhe enviado junto com a bebida.

— Acho que sei muito bem o que posso fazer depois de tudo isso. Eu fui muito sagaz em alavancar minha carreira policial aqui e não me arrependo de tantas vidas que pude salvar. - desfere um olhar bem intimidador para seu chefe e ressalta orgulhoso de si.

— Bem, disso você pode se orgulhar porque verdadeiramente fez um ótimo trabalho. Não gostava muito da ideia de tê-lo aqui no início, mas fui dando uma "colher de chá" para que me mostrasse seus serviços assim como seu pai mostrou aqui. - desdenha ao modo bem irônico. Vê Voight largar a caixa, leva seus braços cruzados ao peito e fecha seu semblante, não gostando muito da insinuação do chefe.

— Tá, já entendi o que você quer Comte. Fischer! Não funcionará você vir me provocar e, nem muito menos, bancar o amigo. Se quiser, já pode se retirar... - diz, num tom áspero.

— Hank, pensei que fôssemos amigos, oras. Não pode se dirigir assim ao seu chefe. Você ainda não se desvencilhou da Unidade, exijo total respeito! - se exalta, levanta-se da cadeira e desfere um tapa a mesa. Voight age naturalmente e torna a arrumar suas coisas, mostrando estar nenhum pouco se importando para o nervosismo e mal humor do chefe.

O Comandante ficou sentado e observando o quanto Voight estava diante de sua presença. O sargento rapidamente arrumou suas caixas, lacrou-as e foi fazendo viagens de ida e volta de sua sala até seu carro, agindo naturalmente, como se seu superior não estivesse lá. Realmente a presença dele era de tão irrelevante que no retorno à sua antiga sala - já que Erin a ocupará em breve - resolveu dar uma certa atenção a ele.

— Quer saber de uma coisa, Fischer? - o indaga sorrindo e à frente dele, sentado na quina da mesa.

— Hum, o quê? - diz bravo e o olha misteriosamente, temendo o que Voight estaria a dizer e ao se aproximar lentamente.

— Todo mundo sabe o que você fez com o Ryan à mando do William Dodds. A casa está caindo, Comandante. Se eu não achar a prova que ponha os dois atrás das grades, outros acharão! - ressalta sorrateiramente ao pé do ouvido do Comandante, desfere três leves tapas ao ombro dele, indicando para se precaver do que poderia vir a ameaçar sua "impecável reputação" como faz questão de espalhar por ai.

Voight sente que ele ficou abalado e estático na cadeira com o que notificou. Pega sua última caixa e vai em direção à saída. Quando, repentinamente, o Comandante de costas para ele resolve lhe dizer algo ao sentir que abriria a porta.

— Jamais conseguirão provar que fiz isso! - eleva o tom de voz, o desafiando.
O Sargento segue seu caminho, assobiando e com um semblante feliz de que não se sente nenhum pouco intimidado com tais ameaças.

Enquanto todo esse clima de trocas de farpas e diferenças foi estabelecida entre Comandante e comandado, o chefe Dodds não estava nada bem. Erin que, estava junto de Spivot, presenciou o outro momento de desespero - lembrando o susto que Annelyn havia lhe dado ao passar mal devido suas complicações de saúde, quando ia lhe fazendo uma breve visita. Médicos e enfermeiros se movimentavam rapidamente para socorrer ao pai de Mike que estava tendo crises convulsivas. O seu coração, também, não estava nada bem e seguia obtendo paradas cardíacas assustadoramente. A ressuscitação, tanto por meio de desfibrilador e manual, eram executadas constantemente para que ele voltasse à vida, mas os círculos pareciam estar se fechando! Os semblantes da doutora e da detetive indicavam pânico só de olharem pelo vidro, ao lado de fora da quarto. Erin sabia que se Dodds morresse ali, todo trabalho de investigações, falcatruas e prisão de seu comparsa iria por água a baixo. O clima estava um verdadeiro caos.

Voltando para a Big Apple...

Mike estava decidido a impressionar Olivia antes de reencontrá-la, novamente. Ele não mediu esforços para reaparecer bem bonito e bem cuidado na presença de sua amada. Foi à um dos melhores estúdios de beleza masculina de NY, deu uma recauchutagem em seu visual; cortou seu cabelo bem baixo nas laterais e, acima, nada muito escandaloso - era possível, apenas, passar seus dedos entre os fios e ajeitá-los perfeitamente. O modelo do seu cabelo continha definições dos melhores cortes atuais em tendência entre os galãs da tevê. Ele escolheu bem ao corte frisando orgulhosamente ao cabeleireiro, enquanto dava o toque final em seu cabelo, que, Olivia sempre foi uma mulher de classe e não gostaria que lhe visse com qualquer tipo de corte, já que ficaria maravilhada de andar de mãos dadas ao seu lado para que todos vissem a sorte em que o tem em sua companhia. É verdade, ele estava muito bonito do que já era de costume. As mulheres não tiravam os olhos dele enquanto passeava pelas calçadas da 5a Avenida indo até seu destino. Logo, passou em uma floricultura bem perto da casa de Olivia e comprou um lindo buquê de flores para lhe dar de presente.
Olivia estava entregues aos looks de mamãe e férias; um moletom azul marinho de quando ainda era da academia de polícia, com um enorme emblema do local ao centro do casado e um bem pequeno na calça, na direção de sua coxa esquerda - por estar com uma barriguinha de três meses mas avantajada que o normal porquê são de gêmeos, as peças ainda cabia perfeitamente em seu corpo por serem largos. Os cabelos, bem, ela os mantinha presos e tinha aparência de bem cuidados. Noah estava cercados de seus inseparáveis brinquedos no centro do chão da sala e olhando atentamente ao desenho que passava na televisão, bem comportado como sempre.
A campainha toca uma única vez. Olivia estranha por ser um pouco cedo para uma visita convencional. Continuava ao observar a porta de sua bancada da cozinha e decidia-se mentalmente se atenderia rapidamente ou esperaria mais um toque - enfim, tocou mais duas vezes. Ao avistar no olho mágico quem era sua visita, antes de abrir a porta, pôde ver que Mike estava segurando as lindas flores que comprou, uma caixa de chocolates, um urso de pelúcia para o Noah. Ela notou o semblante dele que demostrava muita ansiedade ao esperar. Olivia deixou o sorriso tomar conta de sua face e o manteve com fervor, quando, finalmente, vira a maçaneta e abre a porta vagarosamente...

— Mike! - diz animosamente e sorridente, oscilando sua atenção entre o rosto dele e os presentes que estavam em suas mãos.

Ela o vê muito feliz, estarrecido de emoção, comovido e completamente imóvel, deixando as lágrimas descerem até que tocassem seus labios junto do largo sorriso. Lá estava Mike, seu amado, à espera de um abraço caloroso e reconfortante. Não demorou muito para isso ocorrer. Olivia rapidamente foi de encontro à ele, lhe deu um belo abraço e um beijo caloroso e demorado não se importando com os presentes que ele carregava e, nem muito menos, com o gosto salgado das gotas de lágrimas que desciam continuamente do rosto do seu número dois e depositavam-se nos lábios de ambos enquanto se tocavam.

— Promete pra mim que nunca mais irá me deixar? - apela com sua voz amolecida e de olhos fechados, com sua testa encostada a dele, mantendo-o bem perto de seu corpo e envolvendo-o com seus braços ao pescoço dele.

— Eu prometo, meu amor. Só lhe deixarei se você me deixar, tirando isso, só na morte! Eu te amo muito, Olivia Benson. - a responde e logo a beija na testa.

— Então, até que a morte nos separe! - sorri e o beija com vontade.

Na porta do apartamento os beijos assíduos de muitas saudades rolaram. Noah vinha caminhando lentamente em direção aos dois com um belo sorriso ao rosto, ele deve ter entendido bem o quanto é importante presenciar duas pessoas que se amam bem abraçadas e radiando em felicidade. Mike, por uns segundos, deixou Olivia para pegar o pequenino em seu colo e lhe apresentar o lindo urso que o comprou para o dar de presente e nomeou de Elliot. Ele deve ter feito isso de propósito porquê sabia que o nome do antigo parceiro da Liv tinha esse lindo nome. Ah, vai… Ele ganhou mais uns pontinhos no coração dela por esse gesto carinhoso. Os dois foram se divertir com Noah no meio da sala, mas esqueceram de alguém. Annelyn vinha abrindo a porta e adentrando ao local vagarosamente, enchendo Olivia de felicidades pela grande surpresa. Mike quis surpreende-la e já estava tudo esquematizado com sua mãe. Podemos assim dizer que ali estavam em um belo momento em familia!

Já em casa, Voight recebe uma ligação bem inesperada. Um número desconhecido.

— Alô, Sargento Voight.

— Hank, sou eu.

— Não esperava por sua ligação. Qual o motivo de estar me ligando e a urgência em falar comigo?

— Me desculpa. Sei que esta bravo comigo há algum tempo. Será que poderíamos conversar pessoalmente para tratarmos de alguns assuntos passados?

— O que você quer? Há muito tempo já havíamos resolvido tudo. Você e eu não temos mais nada!

— Hank, por favor, sei que você está bravo comigo pelo o que aconteceu comigo e com o bebê.

— Meu filho se foi. Você era nova. Meu pai tinha acabo de falecer e tudo não passou de uma fase que já até esqueci...

— Hank, estou lhe procurando por quê quero uma chance para que você fique bem outra vez e saia dessa vida de amargura. Da última vez que nos encontramos não foi bom. E, você só viverá bem se me perdoar... Vamos conversar, por favor?

— Não! Quero que você suma e nunca mais me contacte!

— Hank, não faça isso! Por favor, eu imploro...

— Me deixe em paz! Tchau!

— Ligação finalizada -


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Notas finais do capítulo

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