Um Romance Digno De Um Livro escrita por HeyTheNerd


Capítulo 9
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora.
Estava sem internet.



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P.O.V Paulo
O maior sonho da minha vida foi realizado. Alícia aceitou namorar comigo. Eu poderia sair gritando por aí pra Deus e o mundo: “A Alícia me ama!”, que ela não se importaria, mas prefiro não fazer isso. Porque eu amo a Alícia, e a Alícia me ama, e só nós dois precisamos saber disso. Bem, só nós dois e as crianças.
– Viva! Tio Paulo e Tia Ali! – Disse Bellie. – Agora vão ser ele, ela, dois filhos e um cachorro!
Todos riram.
– Parabéns. – Disse Théo.
– Obrigado. – Eu e Alícia dissemos.
– Agora que vocês estão namorando, ainda vão ter tempo pra gente? – Perguntou Bellie, triste.
– Nós sempre vamos ter tempo pra vocês. – Alícia disse, sorrindo.
– Viva! – Eles disseram.
– Agora já é hora de vocês irem para o quarto. – Eu disse.
– Porquê? – Perguntou Gui, indignado.
– Porquê... Ahn...
– Porquê ele quer ficar sozinho com a Tia Ali! Será que vocês não entendem nada? Vamos! – Disse Bellie, autoritária.
Todos abaixaram a cabeça e saíram do quarto.
– Vocês me devem uma. – Bellie disse e piscou, fechando a porta.
Eu e Alícia nos olhamos e rimos.
– Essa Bellie mesmo. – Alícia disse.
– Verdade, mas agora...
– Só mais um.
Eu sorri e a beijei calmamente.
No Outro Dia
P.O.V Théo
Eu realmente não sei como vou contar isso pra Bellie. Ela já sofreu tanto, e eu não quero ver ela sofrendo mais. Quando fomos internados aqui, eu prometi a mim mesmo que a protegeria.
– Bellie. – Chamei.
– Oi, maninho. – Ela disse e veio até mim. – Porque essa cara triste?
– Preciso conversar com você.
– Você está me assustando, Théo.
– Olha, é melhor você sentar.
Ela se sentou na cama e eu me sentei ao seu lado.
– Hoje de manhã, a vovó veio aqui.
– A vovó veio aqui? Sério? – Ela disse, feliz.
– Sim. Ela me chamou pra conversar. E ela disse uma coisa muito triste.
– O que ela disse? – Ela queria chorar.
– Ela disse que nossos pais fugiram, porque não queriam mais cuidar da gente, porque não queriam filhos doentes. E a vovó não tem dinheiro pra continuar pagando nossos tratamentos, e ela disse que não vai fazer esforço pra isso, pois já está velha e vai morrer em breve. Nós vamos ser expulsos daqui, Bellie. Não temos pra onde ir.
E isso foi o bastante pra ela desandar. Ela começou a chorar forte, gritar. Colocou a cabeça no travesseiro e disse que queria ficar sozinha.
Respeitei sua decisão e a deixei sozinha, pedindo para que ninguém fosse até ela.
P.O.V Alícia
Eu e Paulo entramos no hospital de mãos dadas, e subimos as escadas. Ouvi Marceline dizer: “Eles crescem tão rápido”, e dei uma pequena risada. Quando chegamos a porta, ouvimos alguém chorando. E eu sabia perfeitamente quem era.
– Crianças. – Abri a porta. – Onde está Bellie?
– Ali no fundo. – Disse Théo. – Será que podiam me acompanhar, por favor?
Eu sempre soube que Théo era educado, mas ele parecia preocupado e nervoso, porque nunca falou uma frase tão incomum para uma criança de 11 anos.
Eu e Paulo seguimos Théo até Bellie.
Me sentei ao lado dela.
– Bellie. – Disse, acariciando seus cabelos.
Ela levantou a cabeça e olhou pra mim. Então, ela colocou a cabeça em meu colo e pediu que eu a fizesse dormir.
Então acariciei seus cabelos mais uma vez, e cantei uma pequena canção de ninar. Ela logo adormeceu.
– Théo. Me conte o que aconteceu. – Paulo pediu calmamente.
Théo começou a contar tudo. Eu e Paulo ouvimos atentamente cada palavra. Quando Théo terminou, Paulo apertava as mãos.
– Como alguém pode ser tão cruel?! – Ele gritou.
Pedi que fizesse silêncio.
– Desculpe. Mas e agora?
– Não sei. Acho que vamos ter que morar na rua. – Disse Théo.
– De jeito nenhum! – Agora, fui eu que me revoltei. – Nós vamos cuidar de vocês.
Paulo se assustou, Théo sorriu e Bellie acordou.
– Sério? – Bellie perguntou, com um sorriso fraco.
– Claro. – Paulo disse. – Eu já passei por isso, crianças. É horrível. Não quero isso. Iremos cuidar de vocês.
– Desculpe. Mas não queremos incomodar. – Théo disse.
– Não vão incomodar. Mas vocês sabem que vai demorar um tempo até acertarmos tudo, né? – Eu disse.
– Sim. – Bellie disse. – Mas já estou feliz, sabendo que vamos ter um pai e uma mãe.
Eu e Paulo ficamos vermelhos.
– Não se preocupem. Bellie quis dizer que está feliz por ter uma família. E eu também. Mas, cá entre nós... – Ele falou baixo. – Quando vai ser o casório?
Rimos, e eu abracei Bellie, Paulo abraçou Théo, e logo nós quatro nos abraçamos, como uma verdadeira família.


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