P.O.V Alícia

Finalmente sábado. A chuva tomava conta da cidade. Eu pensava em Paulo.

Onde será que ele mora?

– Ding Dong!

Deve ser ele.

Desci as escadas e abri a porta.

Lá estava ele.

– Oi. Vamos ver as crianças hoje? - Ele perguntou.

– Não, hoje não tem visita. Tava pensando em fazer alguma coisa.

– Eu queria ir dar uma volta. Quem sabe até rola um almoço. Topa?

– Claro. - Eu disse, sorrindo.

Fomos até o estacionamento do prédio, pra pegarmos o carro.

– Você pensa que vamos de carro? - Ele disse, rindo. - É hora de andar. A chuva já parou. Quem sabe até você emagrece um pouco.

– QUÊ?! - Eu disse. - Eu sou muito mais magra do que você.

– Tanto faz. Vamos logo.

O segui irritada.

Ele me levou até um parque próximo.

Logo avistei no pé de uma árvore, um cobertor e uma caixa de papelão.

– Ei, Paulo, olha isso. - Apontei pro pé da árvore.

Ele olhou e percebi que ficou meio envergonhado.

– Coitada da pessoa que mora ali. Mas vamos almoçar logo.

Estranhei, mas resolvi não falar nada.

P.O.V Paulo

Quase, cara. Quase.

Resolvi levar Alícia para uma lanchonete.

– Esse é o lugar do almoço?

– Mimada você, né?

Ela me mostrou a língua.

Entramos na lanchonete e pedimos um hambúrguer e uma coca para cada um.

Logo depois, entrou uma pessoa. Ela estava com um capuz, e percebi que ela vinha até mim e Alícia.

Logo me levantei, e senti Alícia se esconder atrás de mim.

Quando a pessoa ficou na minha frente, ela descobriu o capuz.

– Ei, cara, não te vi ontem lá... ALÍCIA?!

– ABELARDO?!