Anos passados, e a saudade continuava com o mesmo tamanho desde a noite seguinte após a morte dela, apenas havia aprendido a conviver com o contínuo vazio dentro de si, que apenas se provava ainda mais real em noites solitárias, como a que ele estava passando.

Havia vendido quase todos os seus bens, com exceção das armaduras, alguns carros e a casa de Malibu. Não se livraria daquela mansão tão fácil, ainda mais que haviam tantas memórias boas gravadas nas paredes dessa casa.

E enquanto tomava do seu melhor whisky importado, admirava as ondas do mar à noite e as estrelas acima lhe fazendo companhia, sentiu a brisa do mar fazer força e quase jogá-lo para trás, riu com o pensamento que teve.

Imaginou se não seria Pepper lhe mandando parar de beber, já que era o sétimo copo em uma hora, e estava agora quase totalmente bêbado, pela milésima vez no ano. Ele era cético, porém era divertido pensar se ela ainda estaria tomando conta dele.

E enquanto admirava as estrelas, pequenas luzes coloridas surgiram no céu, começaram pequenas e então se explodiram no céu num incrível show de fogos de artificio. Era oficial, era ano novo.

Infelizmente, a falta dela lhe fazia imaginar o que ela faria se estivesse com ele naquele momento. Dessa vez a imaginava lhe beijando como a tradição diz, também imaginava ela retirando o copo de sua mão e o levando para longe. A ideia lhe arrancou sorrisos.

Onde quer que ela estivesse, sabia, que mesmo que seus ideais dissessem o contrário, que ela estaria cuidado dele, aonde quer que ela estivesse, ela sempre seria a pessoa responsável por colocar o mínimo de decência e responsabilidade nele. Graças a ela, era tudo de bom que ele poderia ser. Graças a ela, era um novo homem.

Fim.