Hits and misses escrita por Just a Writer


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Capítulo novinho para vocês! Comentem e sugiram bastante! Leiam as notas finais, hoje elas estão muito importantes!



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Narrado por Kriss Ambers.

Já fazem quatro meses que eu me casei com Maxon. Nos primeiros dias, Maxon foi carinhoso comigo, o marido perfeito. Nossa primeira vez foi perfeita, mas conforme o tempo passou, ele ficou mais distante. Acordava bem cedo para suas reuniões e compromissos, e dormia tarde. Em muitas noites, eu não conseguia espera-lo, e dormia na minha suíte. Sozinha.
O palácio ficara muito vazio sem as selecionadas. Sentia falta de todas, até mesmo de America. E também sabia que Maxon sentia sua falta. Peguei ele mais de uma vez olhando para suas fotos no mural que ele tinha feito.
A rainha Amberly se tornou uma ótima companhia e tem sido bem amável comigo, mas ela era a única. Clarkson não me tratava mal, mas sempre era frio.
O palácio era entediante. Em casa, quando estava entediada, dava um jeito de fazer alguma coisa. Experimentar receitas na cozinha, arrumar meu quarto. Mas no palácio, todos faziam aquilo por mim.
E eu sabia da minha principal responsabilidade como rainha: “produzir” um herdeiro. Eu estava tentando, mas Maxon mal me tocava, como eu iria conseguir?


Narrado por America Singer.

O tempo foi passando e Ethan e eu estávamos cada vez mais apaixonados. Não podia ainda dizer que o amava, mas estava tentando. E também estava cada vez mais próxima de Owen. Para ser sincera, ele estava se tornando um filho pra mim. Eu ajudava Ethan a cuidar dele, levava ele para passear, brincava com ele.
De um dia para o outro, Ethan ficou estranho. O peguei pensativo e distraído várias vezes, olhando para o nada. Quando Owen estava na escolinha, ele me chamou em seu escritório para conversar. Preocupada, eu fui rapidamente.
Quando cheguei, ele estava bem pálido e assustado. Me fez entrar na sala rapidamente. Me sentei, e ele se sentou à minha frente.
– America – ele começou – Eu não tinha te contado ainda porque não tinha certeza. Ouça, preciso que fique calma ok? Por favor. – ele disse e eu assenti. – A dias eu sentia dores fortes pelo corpo todo. Então eu procurei um médico. Tive que fazer uma bateria de exames, e eles saíram hoje. – ele parou um pouco, depois continuou – America, eu estou com câncer de estômago. – ele viu que eu me assustei – Calma. Pelo que ele disse, posso morrer hoje, amanhã, qualquer dia. Não vai passar de dois meses.
– Não, isso ta errado! – eu disse, bem nervosa. – Médicos também se enganam! Vá a outros médicos, Ethan!
– America, esse é o meu diagnóstico. Eu vou morrer. – ele disse, amargurado – Não quero que você tenha que sofrer, então por favor, não vamos mais nos ver. – ele disse.
– Claro que não! – eu me irritei. – Ethan, eu vou ficar com você! Não há como não sofrer!
– America, você precisa ficar longe. Por favor, me entenda.
– Não, não vou entender. Não vou te largar quando precisa de mim, entendeu? Não vou!- Ethan bufou e se deu por vencido.
– Tá certo. – ele disse. – então vai pra casa, vou dar uma ajeitada aqui.
Não fui pra casa, fiquei o esperando de fora do escritório. Não entendia porque isso tinha que acontecer com uma pessoa tão boa como Ethan. Logo ele, que merecia tudo de melhor que havia na vida. Que merecia viver e viver muito. Que precisava cuidar de Owen. Owen... Ele, que já era órfão de mãe, agora seria de pai também. Acho que eu não suportaria receber uma sentença de morte como essa, sabendo que teria que deixar um filho.
Quando Ethan saiu do escritório e me viu, ficou um pouco irritado, disse que eu devia ter ido pra casa, mas eu já estava decidida: não ia deixá-lo.
Ele ia abandonar o trabalho, passou todos os casos para outro advogado amigo dele, que assegurou que iria cuidar de todos. Ethan não queria deixar nenhum dos seus agora ex-clientes na mão.
Esse era Ethan: preocupado com os outros, mesmo condenado à morte.
Com o fim do trabalho, procurei passar o máximo de tempo possível com Ethan. Ia para sua casa bem cedo e só saia a noite. Tinha medo que algo acontecesse e ele não pudesse fazer algo sozinho.
Em duas semanas, Ethan perdeu muitos cabelos, e os que restaram estavam finos e frágeis. Também estava fraco, quase não conseguia comer e, por isso, bem magro.
Em uma manhã, quando fui à sua casa, ele não atendeu. Chamei várias vezes, até Owen acordar. Ele chegou perto da porta e disse:
– Quem é? – com sua voz sonolenta.
– Sou eu, meu amor. Cadê o papai? – perguntei.
– Ele tá dormindo, eu já chamei mas ele não acordou. – ele disse e eu me desesperei. Peguei uma cópia da chave que eu tinha e entrei na casa. Owen me deu um abraço apertado, eu retribui, mas logo o desfiz e fui correndo ao quarto de Ethan. Fechei a porta, porque não queria que Owen visse nada. Me sentei ao lado de Ethan, olhei os pulsos e o coração. Ainda batia, mas muito devagar.
– Ethan, por favor, acorda. Por favor. – eu dei batidinhas em seu rosto, mas ele não reagia. Resolvi chamar a ambulância. Pedi que viessem bem rápido.
Coloquei Owen no banho, para que ele não estivesse quando os paramédicos colocassem Ethan na maca.
Fiquei na sala, com a porta aberta, esperando ansiosa. Após alguns minutos, que pareceram um século, eles chegaram. Mostrei pra ele onde era o quarto e corri até lá com eles.
– Ele tem câncer terminal. No estômago. – baseando nisso, eles o examinaram rapidamente e o levaram para o hospital. Eu disse que iria logo depois de deixar Owen na escola.
O ajudei a se arrumar, peguei suas coisas e o levei pra escola de carro. No caminho, ele perguntou:
– Onde tá o papai?
– Ele foi pro trabalho. Tava atrasado. Mas mais tarde você vê ele tá bom?
– Tá – ele se contentou com a resposta e continuei com o caminho. Assim que o deixei na escola, fui para o hospital para onde levaram Ethan. Fui direto para seu quarto, e ele ainda dormia. Me sentei na poltrona ao seu lado e fiquei pensativa. Ethan jamais veria Owen crescer e jamais conheceria seus netos. Quando o médico chegou, me explicou as condições de Ethan: o câncer o havia vencido: provavelmente não passaria daquela noite.
No horário de Owen sair da escola, pedi para May buscá-lo e levar para nossa casa. Eu não iria sair do lado de Ethan até o seu último minuto. Depois de algumas horas, Ethan acordou.
– America? – ele me olhou e eu fui até ele.
– Oi... – eu disse bem baixinho. – Como está se sentindo?
– Não muito bem.. O que houve? – ele perguntou, com a voz bem fraca.
– Você estava desmaiado, daí os médicos te trouxeram.
– E Owen?
– Lá em casa com May. – eu disse e ele se conformou com a resposta. Ficou um tempo em silêncio, depois tornou a falar.
– America, quero te pedir uma coisa. Por favor, me prometa que vai cuidar de Owen. Por favor, fique com ele, leva ele pra sua casa, pra ele crescer em um lar. Você é a única que eu confio pra isso. – ele disse com a voz fraca.
– É claro que sim, Ethan. Eu prometo.
– Obrigado por tudo America. Me perdoe por te fazer sofrer tanto. Não deixe Owen sofrer, por favor.
– Claro. Pode confiar.
A partir daí, ele não falou mais nada, só ficou segurando minha mão muito forte. Alguns minutos depois, o aparelho que media as batidas do coração parou de apitar. Sua mão soltou a minha e caiu sobre a cama. Seu coração havia parado de bater.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal... Primeiro, eu resolvi colocar um pedacinho da vida da Kriss e do Maxon, porque algumas de vocês falaram sobre eles nos comentários. Outra coisa: perdão por narrar os momentos de Ethan e America tão rapidamente, mas estou animada para os próximos capítulos, então é isso mesmo. Os próximos capítulos serão ótimos, vocês não perdem por esperar! Comentem bastante! Beijos!



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