Hits and misses escrita por Just a Writer


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi oi ooooooooooi! Desculpem por não postar ontem, mas eu estava trabalhando para fazer um bom capítulo pra vocês (e também estava tentando fazer um mais longo). Queria agradecer às meninas que comentaram, especialmente a "ShadowHunters", que foi a dona do primeiro comentário. Muito obrigada, e continuem comentando! Beijos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/652590/chapter/2

Durante o vôo, milhões de pensamentos invadiram minha cabeça. Como eu seria capaz de viver sem Maxon? De uma hora pra outra, ele se tornara tudo para mim. Como seria minha vida sem ele? Bom, eu sempre quisera ter filhos, mas com quem, senão Maxon? Lucy dissera que eu era nova, e que ainda ia ter muito tempo. Bem, “muito tempo” não era o suficiente pra aprender a viver sem ele.
Depois de algumas horas de vôo (que pareceram uma eternidade), pude ver Carolina surgindo da minha pequena janela, e suspirei. Não imaginava que fosse doer tanto. Nem com Aspen fora assim.
Depois de pousar (e de enfrentar uma pequena multidão de pessoas querendo me ver), finalmente entrei no carro que me levaria até minha antiga casa.
Como o esperado, havia mais gente na porta da minha casa. Fui escoltada –pela última vez- até a porta de casa. Após isso, os guardas se despediram e foram embora.
Entrei em casa bem receosa. May estava sentada no sofá lendo um livro, mas ao me ver veio correndo me abraçar.
– Ames! – ela gritou. – Que saudade... Eu sinto tanto... – ela disse, afagando meus cabelos.
– Eu também, May... – eu disse, sentindo uma lágrima brotar. – Mas não importa mais. Onde está a mamãe?
– Saiu com Gerad. Queriam fazer um jantar especial pra você.
– Ah... – murmurei. – Bem... Preciso desfazer as malas. Quer me ajudar? – perguntei, sabendo que isso animaria May.
– Claro! – ela disse com os olhos brilhando
Fomos ao meu quarto, e percebi que minha mãe tinha o preparado para a minha volta. A janela estava aberta, e não havia poeira, como se eu jamais tivesse deixado Carolina.
May já estava mexendo nas malas, e ficava deslumbrada com cada vestido que via.
Bom, por mim ela poderia pegar todos para ela. Não queria nada que me lembrasse Maxon.
Logo minha mãe chegou com Gerad. Nos abraçamos calorosamente, e ela parecia entender perfeitamente bem a dor que eu sentia. Eu a ajudei a preparar o jantar, enquanto May brincava com Gerad.
Era inevitável: eu sentia falta do palácio. Sentia falta ao me sentar à mesa para jantar, em cima de uma cadeira com um dos pés quebrados. Sentia falta ao fazer a refeição, não tão escassa quanto antes da Seleção, mais ainda assim, escassa e “a conta” para nós quatro. E, ao dormir, sentia falta da preocupação de Anne, Lucy e Mary, e da cama e lençóis macios do palácio.
E assim a semana passou. Compramos uma bela casa ainda em Carolina, para deixar a antiga que era direito de Kota, como nosso pai tinha declarado no testamento. Compramos novos móveis e também novas roupas. Gerad finalmente tinha espaço suficiente para jogar bola no jardim. E minha mãe estava feliz como nunca. Mas todos sabíamos que faltava alguém ali: nosso pai.
Os primeiros meses foram terríveis. O dia do casamento de Kriss e Maxon chegou, e eu obviamente fui convidada, mas não fui à cerimônia.
Eu só ficava em casa, enquanto May e Gerad iam para a escola. Evitava ao máximo assistir televisão, porque sabia que a vida do novo casal seria notícia constante no começo.
Um dia, quando May e Gerad estavam na escola e minha mãe fazendo compras, Kenna veio me visitar com Astra.
Depois de tomar um chá com minha irmã, ela falou sobre Astra.
Seu primeiro aniversário estava chegando, e Kenna queria comemorar de alguma forma
– America, ouça. Não quero que me dê dinheiro nenhum. Só vim pedir um pouco de dinheiro emprestado para não deixar a data passar em branco. Vamos pagar quando pudermos, se você aceitar que paguemos parcelado...
– Claro que não, Kenna – eu a cortei – Astra é minha primeira sobrinha! E eu perdi seus primeiros momentos por causa da Seleção... Vamos fazer uma festinha linda pra ela! Alugando um espaço e tudo!
– America, não quero nada dado. Eu vou pagar! - ela disse, um pouco impaciente.
– Calma Kenna. Olha, considere um presente ta? Por favor! Eu quero ajudar!
– Tudo bem... Mas o mais simples possível ta bom? – ela disse e eu concordei.
O planejamento para a festa de Astra me deixou muito mais animada. Eu e Kenna visitamos diversos salões de festa, fornecedores e decoradores. E foi como Kenna queria: a festa seria bem simples, com 75 convidados e decoração modesta. O tema da festa era uma cor, amarelo, cor que eu e Kenna concordamos que combinava muito bem com Astra.
O último mês antes da festinha finalmente passou, e o dia chegou. Eu, May, mamãe e Gerad nos arrumamos em casa. May escolheu um dos meus vestidos que eu usava no palácio, verde e bem simples, que ia até pouco acima dos joelhos. Eu, Gerad e mamãe usamos nossas roupas novas.
A decoração estava linda, e Astra ensaiava os primeiros passos no espaço livre do salão.
Nós quatro nos sentamos e conversamos um pouco, mas não havia muito o que falar.
Não sei o que me deu, mas ao ver um garotinho loiro correndo pelo salão, lembrar de Maxon foi inevitável. Eu senti que lágrimas começaram a invadir meus olhos, e como não queria chorar ali, fui pra uma sacada que tinha no salão, e que tinha uma bela vista da cidade toda.
Não sei por quanto tempo fiquei ali, observando a lua e as estrelas, pensando no que será que Maxon estaria fazendo nesse momento. Depois de um tempo, um homem apareceu na sacada.
– Desculpe, não sabia que já tinha alguém aqui.
– Tudo bem. – eu olhei para ele, e só então ele reparou que eu estava chorando.
– Ta tudo bem? Precisa de alguma coisa? – ele perguntou, parecendo preocupado.
– Não, eu to bem. – eu disse
– Quer que eu chame alguém?
– Não, não precisa. Vou ficar bem. – eu respondi, já um pouco irritada.
– Ei.. Você é uma das selecionadas não é? Eu me lembro de você.. Como se chama mesmo? Amanda?
– America. – eu corrigi, cansada de tanta atenção.
– America, isso! – ele disse, se lembrando – Ah, então dá pra entender o motivo da sua tristeza. Ouça, já passou e nada pode mudar isso – ele disse, sobre a escolha de Maxon. – Se lamentar não vai adiantar. Você tem que levantar e seguir em frente.
– Não é tão fácil. – eu murmurei.
– Sei que não, mas não custa tentar. Ouça, vamos voltar pra festa. Vou te fazer companhia, e você também me fará. – ele disse, me guiando de volta para a festa. – A propósito, meu nome é Ethan.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários? Sugestões? O que acharam do Ethan? Ele é bem decidido, não acham? Vou escrever outro capítulo e posto ainda hoje! Até mais tarde!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hits and misses" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.