Depois da visitinha do Dudu, meus pais tinham voltado pra casa.

Levei um grande xingão graças ao meu comportamento na escola, achei que iria ficar sem internet, mas não, pelo  contrário minha mãe me deu um castigo mil vezes pior.. Foi horrível, eu to exagerando um pouco, mas mesmo assim foi horrível.. Minha mãe me fez tirar a sobrancelha, coloco uns trecos no meu cabelo, e me fez dormir a noite inteira toda cheia de creme. Para algumas pessoas isso não é um castigo, mas pra mim que vou no cabeleireiro  uma ou duas vezes por ano é uma judiaria.

Mais que certo que eu não iria na aula no outro dia, iria ser uma grande correria cabelo, mão, vestido tudo pra ficar pronto para a grande festa.. Tinha passado mais rápido que o esperado, minha mãe andava para todo lado, meu pai simplesmente dizia sim, por que se ele falasse não, acho que ele iria levar uma tamancada na cabeça HAHA’

Bom, eu estava calma o suficiente para dormir, já eram 23 horas e o sono não vinha, era óbvio que isso iria acontecer, dormi a tarde inteira e agora quero pegar no sono. Peguei o livro e comecei a ler, quanto mais eu lia, mais os meus olhos estavam começando a ficar pesados.. Pensei em muita coisa, o creme nos meus braços incomodava, pois era grudento e tinha manchado todo o lençol.

Naquela meleca toda consegui pegar no sono, sonhei com muita coisa.. Mais especificamente com o Eduardo, ele não era um Edward Cullen com toda aquela perfeição, não era o Percy Jackson com a coragem, não era um Harry Potter com o jeitinho envergonhado, mas era o Eduardo imperfeito mas feito pra mim, tinha a coragem o suficiente pra armar uma confusão, e era envergonhado ao dizer três palavrinhas : Eu Te Amo.  

Eu precisava dele aqui e agora, no meu sonho ele não vinha em um cavalo branco, não me tirava da torre guardada pelo dragão, não matava todos pra salvar a princesa. Ele apenas vinha caminhando, com seu ‘caminhar’ único.