Feliz pra Sempre? escrita por ju alves


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

To tentando dar o melhor de mim, ok?!



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Quando chegamos na enfermaria, e eu estava com o fluxo de sangue bem menor, sentamos nos bancos de espera e nos olhamos, ele parecia estar bem nervoso ainda, tremia e suava, eu sentia que meu nariz estava enchado, ótimo. Na minha festa de 15 anos, eu iria estar com o rosto deformado, pensei. Mas nossa como esse meu pensamento era estranho, isso não era uma atitude mim. No mesmo instante voltei a olhar para o Dudu, peguei a mão dele e disse:

 

-Calma, a culpa não foi sua. Eu que não sei jogar vôlei, sou uma burra! E ék, odeio ver sangue, isso não me ajudou muito.

 

Os  nossos colegas estavam voltando pra sala, e muitos quando nos viram começaram a comentar novamente, eram fofoquinhas de um canto, e HMMMMMMMM’ de outro. Inclusive a professora estava comentando com a Maria sobre nós, isso era óbvio pois ela havia rido quando nos viu de mãos dadas.  

 

-Juna, é que bom... Você não tem idéia da sua importância, da sua preciosidade pra mim. E eu faço a burrice de te dar uma bolada no rosto, e fazer o seu nariz sangrar, eu fui um bruto, tinha que ter tido mais delicadeza.

 

Ele havia olhado para baixo agora, como aquelas crianças que não ganham as coisas e fazem bico olhando diretamente para o chão, mas naquele momento ele não estava com bico, e apesar de toda aquela fofura, não era uma criança.

 

-Ei Dudu, calma. Eu to bem olha! Não te preocupa com isso, ninguém vai apanhar por eu ter ficado com o nariz sangrando.. Talvez a Jéssica se contar pro Paulo que você me machucou, tu conhece a fera né?

 

Ele voltou a olhar pra mim, e sorriu.

 

-Claro que conheço, mas err.. Se você pensa assim tudo bem, mas Juna desculpa, sério mesmo te peço desculpas eu sou um cavalo.

 

Ele não era um cavalo, era na verdade um príncipe encantado.

Esse garoto tinha que entender que a culpa não era dele, na verdade era minha que não soube defender a bola, eu tenho que retornar a 1* série, onde começamos a aprender regras básicas de como jogar vôlei, como a que, as mãos tem que ficar a frente do rosto, protegendo o nariz. Era meio óbvio, mas para a minha cabeça de vento não, uma coisa era certa eu teria que desistir da minha possível carreira de jogadora de vôlei que eu nem tanto sonhava.

 

 

Assim que a enfermeira terminou de limpar os vestígios da bolada no meu nariz, fomos direto ao recreio, já tínhamos perdido alguns cinco minutinhos só com aquela conversinha, quando saímos pátio a fora, todos nos olhavam, era de se esperar isso.. Mas como a noticia tinha se espalhado rápido, garanto que a fofoqueira de plantão: Maria, já teria contado pra um que teria contado pra outro, deixando a escola inteira a par do assunto, e de todos os detalhes, e das invenções que haviam sido concerteza espalhadas também.

 

O Paulo veio no mesmo minuto que nos viu falar comigo:

 

-Moleque, licença. Mas tenho que conversar com ela, e depois vou ter uma boa conversa com você!

 

Eu acho que a Jéssica vai apanha, acho  não, tenho certeza. Era a única coisa que eu precisava nesse momento a escola inteira sabia do ‘novo casal’ e agora o meu melhor amigo, super hiper, mega protetor iria vir com um longo sermão sobre o meu suposto príncipe encantado.

 

-Juna, eu vou te fazer uma pergunta e quero que tu responda com a maior sinceridade.

 

Lá vem bomba!

 

-Está tudo bem, mas olha se você começar a chingar o Eduardo, quem vai te chingar sou eu ok?    

 

Encarei ele, cansei de ser super protegida pelo Paulo, estava na hora dele entender que a melhor amiga dele cresceu, poxa, a gente se conhece a quantos anos? Vários, ai ele descobre que eu começo a gostar de um garoto e começa a me super proteger, como se eu fosse filha dele.

 

-Tá, tá! Mas agora responda: Você  gosta realmente daquele moleque?

 

Ele estava apontando para o Eduardo, que estava junto das meninas e do Gustavo conversando, mas ele nos olhava pelo canto do olho, posso estar enganada, mas ele estava pensado no que estamos conversando aqui, do que no que eles estão falando lá.

 

E o Paulo fez essa pergunta? Eu acho que não precisava nem dar a resposta, já deveria estar escrito na minha testa, e as atitudes mostram o que sentimos, como era possível alguém, que já me conhece como se fosse a palma da mão, não saber disso.

 

-Paulo, é óbvio que sim, mas onde você quer chegar!

 

Notei que o olhar dele tinha mudado, ele voltou a olhar pra mim como se estivesse vendo eu mudar, como se eu tivesse virado um bixo de sete cabeças ali, em frente dos olhos dele.

 

-Se você gosta realmente dele, eu aprovo, eu deixo vocês namorarem realmente. Mas eu quero que você me conte tudo, e se ele te deixar pra baixo eu vo arranca os dentes da boca dele!

 

Nossa, ain amo meu melhor amigo, pulei nos braços dele na mesma hora, beijei a bochecha dele e agradeci, agradeci de mais. Queria sair correndo para dar a noticia para o Dudu, mas eu ainda tinha que esclarecer uma coisa.

 

-Ain Paulo, te amo muuuuuuuuuuito! Mas não estamos namorando!

 

Ele riu, e apertou a minha bochecha.

 

-Mas sei que logo vão estar Juna!


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Notas finais do capítulo

Quero reviews em! Amo vcs ♥ 'piolhentos || O fim da fic já ta escrito o/ ' e estou pensando seriamente em uma segunda parte, mas quero saber as opiniões