Aventuras no Acampamento Panapaná escrita por giuqueen


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

curtamm! ♥
fãs de CiriQuina, sorry, we love you (pra vc que achou estranho, somos duas autoras que usamos a mesma conta)
NOTAS FINAIS



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Retomando...

— Espera.. você vai ser minha adversária?- perguntou, apavorado. O fato é que não estava com medo, apenas surpreso por ser permitido disputar uma partida com uma garota.

— Medo de perder de mim, Guerra?- a morena indagou, com um sorriso sarcástico nos lábios.

— Não, Gusman. Só não queria que saísse machucada.- explicou-a.- Já sabe né, meio impossível você ganhar de mim.- acrescentou.

— Se fosse você, não estaria tão seguro assim.- esta falou, preparando-se para o combate.

Logo, a partida iniciou. Paulo tomou o controle da maior parte da prova, porém, foi mais surpreendido ainda mais quando viu que Alícia tomou o controle e venceu a prova. Todos ficaram abismados, menos ela, que comemorava.

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— Mas.. como isso é possível?- perguntou Paulo a si mesmo, assim que a partida acabou. De onde Alícia tinha adquirido toda aquela força? Não que ele fosse "o fortão", mas não esperava que poderia ser derrotado por uma garota.

— Eu não acredito, Paulo. Você perdeu para uma garota?- João indagou, sem acreditar também.- Que fracote.- debochou, recebendo olhares negativos da maioria dos integrantes da sua equipe.

— Deixem ele gente, ainda terão outras provas para passarmos o time amarelo.- Mário tentou consolar o melhor amigo, mas nada funcionou. O irmão de Marcelina estava muito abalado pela derrota.

Foi ali que a equipe roxa finalmente reconheceu a derrota e resolveu entrar para o alojamento, pois à noite todos estavam convidados para um jantar que Sr. Campos daria. No entanto, não perceberam a falta de uma pessoa: Maria Joaquina.

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Passados vinte minutos do término da prova, quase todos os adolescentes já estavam em seus respectivos quartos. Exceto por Daniel, que ainda estava na enfermaria, e Maria Joaquina, que ninguém sabia a respeito.

No quarto de Valéria e Margarida, ambas já haviam iniciado os preparativos para o jantar. Tudo ocorria bem. A Ferreira secava os cabelos, enquanto a Garcia escolhia sua roupa. Até que, por ironia do destino, Valéria se lembrou do que havia escutado mais cedo.

"Quero ver quando todos souberem que é uma mentira."

A frase do loiro dominava seus pensamentos. Por mais que achasse inconveniente perguntar, não lhe faltava vontade de fazer a pergunta à Margarida.

— Marga?- chamou-a. Logo, a mesma virou-se, com uma sobrancelha arqueada.

— Hm?- murmurou.

— Você tem algo para me falar?- indagou.- Não tem?

— Não Valéria, não tenho nada. Sempre te conto tudo.- apesar de acreditar na amiga e achar que o que Jorge tinha dito poderia se referir a outra coisa, notou insegurança nas suas palavras.

— Pode me falar, eu não conto para ninguém.- insistiu, a fim de descobrir alguma coisa a respeito do assunto.

— Tudo bem, eu te conto.- a morena pensou hesitar, mas resvoleu ser sincera com a melhor amiga.- Mas você tem que prometer que não vai ficar brava comigo.- exigiu.

— Não prometo nada!

— Então não vou te contar!

— Tudo bem. Não vou ficar.- Valéria cruzou os braços e bufou, ao perceber que Margarida tinha conseguido manipulá-la.

— A Carmen me contou que ficou com o Davi.- revelou, mas não era nada que a amiga não sabia.

— Tá, eu sei disso.- a Ferreira desconversou.- Aliás, todo mundo sabe!- completou, meio irritada com aquela situação.

— Achei que iria ficar bolada com isso, já que já foi namorada dele e tal..

— Não me faça lembrar disso! Me arrependo totalmente.- a morena falou, fechando os olhos com força.- Mas não foge do assunto, Marga.

— Acha que eu te escondo algo relacionado a que?- questionou, indo pegar sua bolsa de maquiagens.

— Sobre seu namoro.- nessa hora, Margarida ficou pálida. Apesar de estar de costas para a amiga, esta podia notar sua tensão e seu nervosismo. Pegou o que tinha que pegar e voltou até onde estava antes.

— O que tem meu namoro?

— Eu devia ter desconfiado. Hoje, no ônibus, você ficou super nervosa quando falei sobre isso contigo, além de ter tentado mudar de assunto. Mais tarde, ignorou o Jorge e foi ver como o Daniel estava. Como que eu não percebi?- indagou, impressionada.- Só não entendi o porquê de ter feito tudo isso.- completou, virando para amiga. Esta já tinha começado a chorar, deixando-a arrependida de ter tocado no assunto. Porém, já era tarde demais.

— Você vai achar algo muito estúpido, Valéria! Eu fiz isso sem pensar, sem perceber que era uma cilada!

— Fez isso o quê?- a Ferreira indagou, sem entender.

— Eu vou te explicar, mas você não pode contar para ninguém.

— Eu prometo!

— Tudo bem.. Ontem, depois da festa na casa dos irmãos Guerra, eu acordei e fui beber algo na cozinha. Até aí tudo bem, mas Jorge logo apareceu. Eu até estranhei depois que ele disse que queria falar comigo, mas mesmo assim conversamos.

— Tá, e o resto?

— Ele me falou algo sobre um tal de segredo meu, que ele havia descoberto. Um segredo que só você sabia, apesar de eu deixar meio que na cara.

— Sobre você gostar do Daniel..- Valéria ia, aos poucos, ligando os fatos. A cada palavra que a amiga lhe dizia, mais lhe impressionava. Nunca poderia esperar aquilo vindo dela.

— Exato. Só que eu não sei como ele descobriu.

— Tá, mas como isso resultou no "namoro" de vocês dois?- fez aspas com os dedos, assim que falou "namoro".

— Ele me confessou que gosta da Marcelina e que não era correspondido por causa que o Mário era como uma pedra no caminho, então me propôs algo..

— Um namoro falso..

— Isso. No começo eu disse que não faria aquilo, já que só iria me afastar ainda do garoto que eu gosto. Entretanto, depois, lembrei de Daniel com outras garotas e, sem pensar, acabei aceitando.- nesse momento, Margarida abaixou a cabeça e passou a chorar mais ainda.- Mas eu me arrependo, e muito!

Dois minutos haviam se passado, mas Valéria ainda não tinha dito nada em resposta. Ainda estava tentando digerir o que havia acabado de descobrir. Algo que lhe incomodou, além de ter ficado com uma raiva enorme do loiro de olhos azuis.

— Por favor, diga algo!- a Garcia pediu.

— Eu vou.. Eu vou matar esse mauricinho de merda!- exclamou, correndo até a porta. No entanto, a "namorada" de Jorge lhe parou.

— Está louca? Se ele descobrir que você sabe, vai querer me matar também!- lembrou-a. Assim que percebeu que a melhor amiga tinha razão, bufou e voltou a se arrumar.

— Eu estou do seu lado, não do lado dele. Vou te ajudar a ficar com Daniel, mesmo não apoiando.- Valéria disse, sorrindo de lado. Margarida riu e a abraçou.

— Você é a melhor amiga do mundo!

— Você também!

Após isso, as duas retomaram os preparativos.

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Apesar de ninguém ter notado, Maria Joaquina havia saído do local em que ocorreu a primeira prova e saiu a procura de Daniel. O motivo? Nem ela sabia. A única coisa que tinha certeza é que havia ficado preocupada com o amigo, apesar de não serem tão próximos. Sentiria-se culpada se algo de mal acontecesse com ele.

Procurou por todos os cantos, até que finalmente encontrou onde ficava o lugar desejado. Era muito longe dos dormitórios, mas mesmo assim resolveu ir procurá-lo.

Entrou em uma das salas que tinha por lá e se deparou com inúmeros aparelhos, macas e medicamentos. Por mais que fosse estranho, não viu nenhum médico ou enfermeiro ali. A única pessoa que notou ali no cômodo foi o Zapata, deitado em uma maca. Resolveu aproximar-se e verificar se ele já estava melhor.

— Daniel?- perguntou, mas não obteve respostas.- Daniel?

— Maria.. Maria Joaquina?- surpreendeu-se.- O que está fazendo aqui?- perguntou. Este, ao contrário do que a garota pensava, ainda não estava recuperado. Possuía dois curativos no braço e um no queixo, local que estavam seus ferimentos. Porém, o machucado da testa estava exposto, pois havia sido aplicado pomadas e remédios naquela região.

— Eu vim..- por um momento, ele achou que ela diria que tinha vindo para lhe ver.- Vim buscar um remédio para a cólica.- completou, deixando-o decepcionado.

— Ah bom..

— Mas e você? Se sente melhor?- sentou-se na ponta da maca, perto dos pés do menino.

— Mais ou menos. Só acho que a enfermeira esqueceu meu machucado na testa.- riu, mas logo se arrependeu. O ato lhe causou mais dor do que já sentia.

— Não se preocupa com isso, eu posso te ajudar.- esta levantou-se e foi buscar algo que Daniel não conseguiu descobrir o que era.

— Como?

— Esqueceu que sou filha de um médico? Sei fazer curativos.- revelou, voltando para perto dele. Só que, desta vez, ficou frente a frente, a fim de facilitar o que faria a seguir.

Ao ver a morena se aproximando, este afastou-se. Não por conta de estar próximo a ela, próximo demais até, mas por medo de que ela errasse alguma coisa, ou algo do tipo.

— Não vou te machucar!- exclamou, dando uma risada baixa.

Então iniciou o procedimento. Limpou a ferida, passou uma pomada antibiótica, colocou gaze e, assim, finalizou o curativo.

— Viu só? Não te machuquei.- a garota falou, fazendo-o gargalhar. Logo, um silêncio passou a reinar ali. Ela olhava para baixo, enquanto ele não conseguia evitar de olhar para ela. De vez em quando ela levantava sua cabeça, dando a ele liberade de encarar seus olhos esverdeados.

— Maria..

— O quê?

— Eu posso...

— Pode.- ela rapidamente o interrompeu, finalmente mantendo seu rosto na mesma linha da dele. Rezava para estarem falando da mesma coisa.

Então, ambos se aproximaram. Hesitaram por um instante, mas logo aconteceu o inesperado: seus lábios se tocaram, dando início a um beijo. Nada de mão boba, nada disso. Fora um beijo romântico. Ele estava com as mãos apoiado na maca, enquanto ela levou uma das suas até a bochecha do garoto. Quando o ar faltou, separaram-se. Depois de encararem-se, sem mesmo saber o que tinha acabado de acontecer, ela saiu correndo dali, deixando-o totalmente confuso.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

vou TENTAR trazer o Cirilo de volta para ficar com a MaJo. Com todos os meus planos para os futuros capítulos (segunda temporada), me dificultaria um pouco tentar encaixá-lo nos mesmos.
voltar ele vai, só não asseguro que fique com a Maria Joaquina.



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